ALMAS AFINS E FELICIDADE

felicidade

F e l i c i d a d e 

Acredito que um dia vou esbarrar com a felicidade e ela não vai querer me deixar nunca mais.
Vera Jacubowski

asas do amor

A visão espírita das almas gêmeas

Escrito por Victor Rebelo
Encontrar um grande amor e ser feliz para sempre é o sonho de muitas pessoas. Muitos passam a vida idealizando sua cara metade; outros, quando se apaixonam, logo acreditam ter encontrado a pessoa ideal, até o momento em que surgem os problemas e as decepções. Como consequência, a desilusão parece desmoronar o castelo construído, como esculturas na areia.
Mas a grande dúvida permanece: nossa alma gêmea realmente existe, ou será apenas um sonho, fruto da imaginação dos mais românticos?
A crença na alma gêmea vem desde a antiguidade. Uma lenda conta que, Deus, no processo de criação do mundo, uniu homens e mulheres em um só corpo (a Bíblia diz que a mulher foi criada a partir da costela de Adão), mas após a queda do Paraíso os seres humanos teriam se distanciado do Criador. Assim, a união foi interrompida, dando origem ao sexo oposto. Desde então, homem e mulher passaram a buscar sua outra metade para se sentirem plenos novamente.
A explicação bíblica é mitológica e está carregada de informações profundas, que se não forem corretamente interpretadas podem dar a ideia de algo fantasioso.
Na psicologia junguiana, que leva em conta a linguagem simbólica, o termo alma gêmea simboliza o arquétipo da afetividade. Alguns psicólogos explicam que, com o tempo, os conceitos evoluíram e o príncipe encantado que chegaria montado em um cavalo branco foi substituído por uma pessoa que se identifique com os ideais do outro, a chamada cara metade ou o companheiro ideal.
Já a ficção alimenta a fantasia das pessoas e, muitas vezes, foge da realidade. Portanto, precisamos ficar atentos para a mensagem que está sendo passada ao público sobre certos conceitos.
O Espiritismo esclarece que não existem dois espíritos criados um exclusivamente para o outro, mas que podem ter em comum os mesmos interesses e afinidades. O espírito imortal poderá encontrar em sua trajetória evolutiva muitos espíritos afins. Essa busca pelo grande amor significa a aspiração da alma pela felicidade completa.
A pergunta 386 de O Livro dos Espíritos explica que duas pessoas que se conheceram e se estimaram em vidas anteriores não se reconhecem, como muitos acreditam; apenas se sentem atraídos um para o outro. Isso acontece porque as recordações das existências passadas trariam grandes inconvenientes; mas é claro que existem raras exceções.
Essas questões nos levam a uma reflexão: como aprender a conviver e aceitar as diferenças, mesmo quando há uma grande afinidade entre os espíritos afins, afinal, cada qual trilha um caminho na jornada evolutiva.

alma gêmea emmanuel chico xavier

Que Deus Permita…

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo eu sabendo que as rosas não falam.
Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre.
Que eu não perca a vontade de VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa…
Que eu não perca a vontade de ter grandes AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas…
Que eu não perca a vontade de AJUDAR as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda.
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.
Que eu não perca a VONTADE de amar, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim…
Que eu não perca a LUZ e o BRILHO no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos…
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos.
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas.
Que eu não perca o sentimento de JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.
Que eu não perca o meu forte ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos…
Que eu não perca a BELEZA e a ALEGRIA de ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorreram por minha alma…
Que eu não perca o AMOR por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia.
Que eu não perca a vontade de doar este enorme AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado.
Que eu não perca a vontade de ser GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno… E acima de tudo…
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois…. a vida é construída nos sonhos e concretizada no amor!
Francisco Cândido Xavier

desencontros

A NOSSA FELICIDADE

A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.
Allan Kardec

lugar do mundo

Estudando a Felicidade

Observa o que desejas e o que fazes, a fim de que ajuízes, com segurança, sobre a felicidade que procuras.
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Certifiquemo-nos de que a alegria possui igualmente diversos níveis e de que nos compete, acima de tudo, cultivar a devoção aos valores amplos e substanciais que possam sobreviver conosco na Vida Maior.
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No mundo, a felicidade varia com a posição das criaturas e se buscamos o Cristo por nosso mestre é indispensável saibamos conquistar o nosso estímulo de viver no clima do Sumo Bem.
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Há pessoas que se contentam com o exclusivo reconforto de comer, dormir e procriar, guardando assim tão somente a felicidade que os seres mais simples cultuam nas linhas inferiores da natureza.
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Vemos espíritos atilados no cálculo que apenas se comprazem, amontoando ouro ou utilidades, com desvantagem para os semelhantes, estabelecendo, desse modo, para si mesmos a felicidade dos loucos.
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Anotamos companheiros da Humanidade que somente se rejubilam com a exibição de títulos suntuários, na ordem social ou econômica, cristalizando-se na vaidade ou no orgulho que lhes facilitam a espetacular descida para a morte, forjando, dessa maneira, em prejuízo deles próprios, a felicidade dos tolos.
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Identificamos irmãos que apenas se honram na crueldade, sorrindo com o alheio infortúnio e alardeando compaixão que não sentem, construindo para si mesmos a felicidade dos que se instalam no purgatório da própria consciência.
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A felicidade cristã, no entanto, é diferente. Nasce da alegria que venhamos a semear para os outros, desenvolve-se no bem infatigável, frondeja no espírito de serviço, floresce na esperança e frutifica no sacrifício daquele que se oferece para a materialização da felicidade geral.
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Não te demores no prazer que hoje te suscita gargalhadas para cerrar-se amanhã em amargosa penitência.
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Procuremos a felicidade de Jesus, que ainda não está completamente neste mundo, para que este mundo se levante para a felicidade perfeita.
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Para isso, não desdenhes a tua cruz, porque somente através do desempenho de nossas obrigações na prática do bem é que encontraremos a nossa verdadeira vitória.
XAVIER, Francisco Cândido. Dinheiro. Pelo Espírito Emmanuel. IDE. Capítulo 9.

Procuremos a felicidade

Convite à Felicidade

“O meu reino não é deste mundo.” (João: capítulo 18º, versículo 36.)
Desnecessária a fortuna a fim de fruí-la.
Secundária a juventude de modo a gozá-la.
Dispensável o poder para experimentá-la.
A felicidade independe dos valores externos, sempre transitórios, sem maior significação, além daquela que se lhes atribuem
Quando na velhice, o homem repassa as evocações, os sucessos e lamenta a juventude vencida.
Na enfermidade, considera os tesouros da saúde e sofre-lhe a ausência.
Diante da constrição da pobreza lembra as dádivas das moedas e experimenta amargura por não as possuir.
Sob condições de dependência, padece não ser forte no mundo dos negócios ou da política, deixando-se afligir desnecessariamente.
Acicatado por problemas morais, angustia-se ao verificar o júbilo alheio daqueles que transitam guindados a situações de destaque ou exibindo sorrisos de tranqüilidade.
Isto por ignorar o testemunho de aflição que cada um deve doar no panorama da evolução inadiável, de que ninguém se pode eximir.
Felicidade é construção demorada, que se realiza interiormente a tributo de laboriosa ação sacrificial.
Sem características externas, a seu turno, quando invade o ser, exterioriza-se qual luz brilhante aprisionada em redoma de delicado cristal…
Mesmo quando o homem consegue adicionar a juventude, o poder, a fortuna e a saúde aparente a felicidade não está implicitamente com ele.
Por essa razão, lecionou Jesus que o Seu Reino não é deste mundo, como a corroborar que a felicidade não pode ser encontrada na Terra, por ser ainda o Orbe o domicílio expiatório e de provações onde todos forjamos a felicidade real, que virá só futuramente.
Realiza o teu quinhão de dever com devotamento e faze sempre o melhor a fim de que o aplauso da consciência tranquila te conduza ao pórtico da felicidade real.
Não te exasperes face à desdita aparente. Nem te apegues ao júbilo momentâneo também ilusório.
De tudo e todos os estados retira o proveito da aprendizagem e, assim fazendo, a pouco e pouco perceberás que a felicidade é consequência da auto-iluminação libertadora, como decorrência do amor exercido em plenitude fraternal.
FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 23.

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