Em formulando rogativas ao Céu não olvides que na oração desejo esforço e realização

No Ato de Pedir

Em formulando rogativas ao Céu, não olvides que a oração, como súplica, tanto quanto ocorre a edificações comezinhas da experiência humana, pode ser dividida em três processos essenciais: desejo, esforço e realização.
O desejo é a aspiração ardente.
O esforço é o trabalho.
A realização é a resposta da vida.
O arquiteto concebe um edifício, mas se não mobiliza os recursos precisos à construção, não logra concretizar o projeto.
O oleiro idealiza o vaso nobre, entretanto, se foge ao contacto com o barro obscuro que lhe propiciará a obra prima, em vão tê-la-á estruturado na visão mental.
O lavrador sonha com a messe rica e farta, contudo, se abandona a enxada à ferrugem, quando a gleba lhe solicita suor na sementeira, debalde esperará pela colheita que se lhe desvanecerá no espírito por ilusão distanciada e inútil…
Não te circunscrevas ao ato de suplicar…
Felicidade e esperança, alegria e amor, cooperação e simpatia, são talentos substanciais que nos reclamam sacrifício para frutescerem no campo da vida.
Indispensável plantar o bem nos mínimos atos de cada dia, nas mais insignificantes situações e entre os mais ínfimos seres, se nos propomos colher o bem, na forma de saúde e bom ânimo, ventura e segurança, contentamento e fé viva.
Recorda que o próprio Cristo, em desejando a redenção da Humanidade, não se limitou ao êxtase das preces inoperantes no Céu.
Oferecendo-se em nosso auxílio, veio até nós e sofreu a extrema renúncia, para legar-nos os tesouros eternos da vida.
Na oração em que te diriges à Providência Divina implorando algo, não te esqueças de que algo deves fazer para que algo obtenhas.
Sobretudo, ajuda indistintamente, porque o serviço ao próximo é a oração mais completa a garantir–nos o crédito necessário aos sentimentos e raciocínios, às ideias e às palavras, que, alicerçados no bem puro e simples, se convertem, com a bênção de Deus, para nós e para os outros em sublime realidade, hoje e amanhã.
Do livro “Instrumentos do Tempo”, psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel.

O PAPEL DA MULHER

Sendo delineada mais graciosamente que o homem, a
mulher denota, naturalmente, uma alma mais delicada; é assim quenos meios semelhantes, em todos os mundos, a mãe será mais bonita
que o pai, porquanto é a ela que a criança vê primeiro; é para o
semblante angelical de uma jovem mulher que a criança volta
incessantemente o olhar; é para a mãe que a criança enxuga as
lágrimas e fixa o olhar ainda fraco e incerto. A criança tem, pois,
uma intuição natural do belo.
A mulher, sobretudo, sabe fazer-se notar pela delicadeza
de seus pensamentos, pela graça de seus gestos, pela pureza de suas
palavras; tudo que dela vem deve harmonizar-se com sua pessoa,
que Deus fez bela.
Seus longos cabelos, derramando-se em ondas sobre o
colo, são a imagem da doçura e da facilidade com que sua cabeça,
diante das provações, dobra-se sem se partir. Refletem a luz dos
sóis, como a alma feminina deve refletir a mais pura luz de Deus.
Jovens mulheres, deixai flutuar vossos cabelos, pois que Deus para
isso os criou. Parecereis, ao mesmo tempo, mais naturais e graciosas.
A mulher deve ser simples no vestir: já saiu bela demais
das mãos do Criador para ter necessidade de adereços. Que o branco
e o azul se confundam sobre vossos ombros. Deixai também flutuar
vossos vestidos; que se veja vossa roupagem estendendo-se para
trás qual se fora extenso tapete de gaze, qual nuvem discreta a
assinalar vossa presença.
Entretanto, para que servem os adereços, os vestidos,
a beleza, os cabelos ondulantes ou flutuantes, amarrados ou presos,
se o sorriso tão doce das mães e das amantes não brilharem em
vossos lábios? Se vossos olhos não semearem a bondade, a caridade,
a esperança nas lágrimas de alegria que deixam correr, nos lampejos
a jorrarem desse braseiro de amor desconhecido?
Mulheres, não temais deslumbrar os homens pela
beleza, pela graça e pela superioridade; mas que saibam eles, a fim de se vos tornarem dignos, que devem ser tão ricos de caráter quanto
sois belas, tão sábios quanto sois boas, tão instruídos quanto sois
ingênuas e simples. É necessário saberem que vos devem merecer,
que sois o prêmio da virtude e da honra, não dessa honra que se
recobre de capa e de escudo, que brilha nas lutas e torneios, que
pisa a fronte do inimigo que caiu.
Não; mas da honra segundo Deus. Homens, sede úteis; e quando os pobres abençoarem vosso nome, as mulheres serão em tudo semelhantes a vós; então formareis um todo: sereis a cabeça e elas o coração; sereis o pensamento benfazejo e elas as mãos liberais.
Uni-vos, pois, não apenas pelo amor, mas para o bem que podeis fazer a dois.
Que esses bons pensamentos e ações, realizados por dois corações que
se amam, sejam os elos dessa corrente de ouro e diamantes que chamamos casamento. Então, quando tais elos forem bastante numerosos, Deus vos chamará para junto dele e continuareis a reunir
ainda novos elos, que se juntarão aos precedentes. Mas não se trata,
como na Terra, de elos de metal pesado: no Céu eles serão de fogo
e luz.
REVISTA ESPÍRITA DEZEMBRO D E 1858
Pág 511.

DESENCARNE E COVID-19

(como a espiritualidade vê o momento planetário)
A espiritualidade diz que “muitas almas tiveram e terão seu desencarne durante a pandemia e isso estava de alguma forma previsto pela maneira como muitos vivem e, assim, criam em seus planos evolutivos essa necessidade”.
Para a espiritualidade, “o vírus é uma manifestação real e indicadora do que precisamos mudar”.
À medida que se sente medo e acredite que o apocalipse esteja chegando, a ação do vírus se fortalece.
Quanto mais egoístas e mais apegados aos bens materiais, mais ele se fortalece.
Saibam que a grande diferença dele para outros tipos de doença é a velocidade em que ele consegue se alastrar, mas a cura, o controle, a fraternidade e a resignação são possíveis.
– Esse processo faz parte da regeneração da humanidade já anunciada pela espiritualidade?
Voltemos aos aspectos da indicação dos orientadores:
“Para essa nova era de regeneração planetária, o sofrimento foi a única alternativa viável.
O vírus convida para uma nova perspectiva de vida, para um alinhamento entre o que a alma pede, o que o planeta suplica e o todo manifesta.
São tempos de dor, mas também de resistência, de luz e de profundas e urgentes mudanças”.
Estamos num período de encontro conosco e de autoconhecimento e podemos despertar uma consciência mais íntima de nós e da vida.
Céu São João Batista

honrar pai e mãe é luz divina

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