“Ninguém pode fazer tudo, mas ninguém existe impossibilitado de acender um raio de amor para a luz do bem.”
Emmanuel
Ante a Luz da Verdade
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”
Jesus (João, 8:32)
A palavra do Mestre é clara e segura.
Não seremos libertados pelos “aspectos da verdade” ou pelas “verdades provisórias” de que sejamos detentores no círculo das afirmações apaixonadas a que nos inclinemos.
Muitos, em política, filosofia, ciência e religião, se afeiçoam a certos ângulos da verdade e transformam a própria vida numa trincheira de luta desesperada, a pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do “ponto de vista”.
Muitos aceitam a verdade, estendem-lhe as lições, advogam-lhe a causa e proclamam-lhe os méritos, entretanto, a verdade libertadora é aquela que conhecemos na atividade incessante do Eterno Bem.
Penetrá-la é compreender as obrigações que nos competem.
Discerni-la é renovar o próprio entendimento e converter a existência num campo de responsabilidade para ‘com o melhor.
Só existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido.
Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes. Observa, desse modo, a tua posição diante da Luz… Quem apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. Quem, todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age mais e fala menos.
XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva.
Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 173.
Sois a Luz
“Vós sois a luz do mundo.” Jesus (Mateus, 5:14)
Quando o Cristo designou os seus discípulos, como sendo a luz do mundo, assinou-lhes tremenda responsabilidade na Terra.
A missão da luz é clarear caminhos, varrer sombras e salvar vidas, missão essa que se desenvolve, invariavelmente, à custa do combustível que lhe serve de base.
A chama da candeia gasta o óleo do pavio.
A iluminação elétrica consome a força da usina.
E a claridade, seja do Solou do candelabro, é sempre mensagem de segurança e discernimento, reconforto e alegria, tranquilizando aqueles em torno dos quais resplandece.
Se nos compenetramos, pois, da lição do Cristo, interessados em acompanhá-lo, é indispensável a nossa disposição de doar as nossas forças na atividade incessante do bem, para que a Boa Nova brilhe na senda de redenção para todos.
Cristão sem espírito de sacrifício é lâmpada morta no santuário do Evangelho.
Busquemos o Senhor, oferecendo aos outros o melhor de nós mesmos.
Sigamo-lo, auxiliando indistintamente.
Não nos detenhamos em conflitos ou perquirições sem proveito.
“Vós sois a luz do mundo” – exortou-nos o Mestre -, e a luz não argumenta, mas sim esclarece e socorre, ajuda e ilumina.
XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva.
Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 105.
Chico Xavier: Patrimônio Mundial da Humanidade
Sabe quem foi Chico Xavier? Que interesse tem isso para a nossa vida? Qual a ligação com o Espiritismo? Será que sabe o que é o Espiritismo? Venha daí, vamos viajar no tempo…
Francisco Cândido Xavier, nasceu em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, Brasil, em 2 de Abril de 1910, tendo largado o corpo físico, pelo fenómeno natural da morte em 30 de Junho de 2002, em Uberaba, Brasil.
Homem simples, de uma bondade e generosidade acima da média, sempre viveu com muitas dificuldades, tendo levado sempre uma vida espartana, própria dos grandes iluminados espiritualmente, na Terra.
Chico Xavier como era conhecido, foi o maior médium do século XX, uma das maiores antenas psíquicas que a Terra já conheceu.
Na sua longa vida, desde pequeno que a sua mediunidade se manifestou ostensivamente, e toda a sua vida foi dedicada ao próximo, aos pobres e à Humanidade em geral.
Homem culto, mas sem instrução escolar, devido à pobreza paternal, desde muito cedo teve de trabalhar. Chico Xavier recebia, em transe, livros atrás de livros, contando-se até à sua morte, mais de 450 livros ditados por centenas de Espíritos diferentes.
O seu livro, “Parnaso de Além-Túmulo”, foi um choque estrondoso para toda a sociedade. Ainda hoje, esta obra é um ex-libris da vida de Chico Xavier, contendo dezenas de poemas de diversos autores nacionais e estrangeiros, cada um com o seu estilo, impossíveis de serem plagiados. Uns diziam que ele era um génio, outros que era um charlatão, mas ele, Chico, dizia que apenas recebia o que os Espíritos lhe ditavam.
Foi investigado até à exaustão, foi vítima da maldade humana, de armadilhas, foi explorado mediunicamente, mas manteve-se sempre ao serviço do próximo, exemplificando que o Amor é o combustível do Universo.
Dos mais de 450 livros ditados pelos Espíritos, vendeu mais de 50 milhões de exemplares, sempre cedeu os direitos de autor, morrendo na pobreza que era afinal a sua grande riqueza moral.
Recebeu mais de 10.000 cartas de Espíritos que vinham consolar familiares, e pelo menos em 2 situações diferentes, as suas mensagens recebidas do mundo espiritual foram consideradas válidas e credíveis em processos judiciais. Reconhecido em todo o Brasil, mesmo pelos não espíritas, Divaldo Franco e outros espíritas intentaram que fosse nomeado para prémio Nobel da Paz. Mas, Chico Xavier era grande demais para poder vencer nos meandros mesquinhos das organizações mundanas.
Foi considerado num concurso nacional, o maior brasileiro de todos os tempos e, no seu funeral, o próprio Estado envolveu-se nas cerimónias, havendo helicópteros militares que derramavam pétalas de rosas sobre o cortejo fúnebre.
Chico Xavier não é pertença de ninguém, nem nunca será, pois é e será sempre património mundial da Humanidade.
Tal como madre Teresa de Calcutá que desencarnou (faleceu) pela porta dos fundos, na mesma altura que a princesa Diana, também Chico tinha profetizado que morreria num dia grande para o Brasil.
Assim foi. Quando o Brasil foi campeão mundial de futebol, e comemorava o facto, Chico saía da vida corpórea, pela porta dos fundos, rumo aos altos planos da espiritualidade.
Os livros recebidos por Chico Xavier são de suprema importância para a Humanidade, abrangendo obras de cariz científico, filosófico e moral.
Alguns dos livros recebidos na década de 40, ditados pelo Espírito André Luiz, começam somente agora a ser reconhecidos pela ciência oficial dos Homens que, com cerca de 70 a 80 anos de atraso, vêm reconhecer os factos científicos aí exarados.
Num processo de retrocesso (aparente) evolutivo, os Homens fizeram com Chico Xavier o mesmo que os espíritas fizeram com o Espiritismo.
Allan Kardec, o eminente codificador da doutrina dos Espíritos (ou Espiritismo) trouxe à Humanidade um conceito de espiritualidade universal e universalista, que os espíritas, rapidamente, tentaram e tentam transformar numa mera religião, por insuficiência de vistas nos seus horizontes.
A Humanidade não conseguiu entender, ainda, o quanto Kardec foi grande.
Chico Xavier, embora num nível espiritual inferior a Kardec, a maior antena psíquica do século XX, foi o exemplo de simplicidade, humildade, serviço, um verdadeiro Homem de Bem, mas o seu exemplo não calou fundo nos Homens que, na sua estreiteza de vistas, viram nele apenas mais um “santo” dos supostos “altares espíritas”, e digladiam-se, procurando na sua pequenez, ver quem é, quem foi, mais e melhor “amigo” de Chico Xavier, repetindo atavicamente processos ancestrais trazidos da hierarquia católica.
Kardec não foi compreendido e, ainda hoje não o é, e Chico Xavier foi e é idolatrado, precisamente o oposto daquilo que o nobre Espírito certamente desejaria que fizessem com a sua memória.
Chico Xavier foi tão grande espiritualmente, que a pequenez humana não suporta olhar para um horizonte tão alto, daí o seu nome ser utilizado para práticas que nada têm a ver com a doutrina dos Espíritos.
Chico Xavier não é pertença de ninguém, nem nunca será, pois é e será sempre património mundial da Humanidade.
Um dia… os Homens reconhecê-lo-ão.
Obrigado, Chico Xavier, pelo imenso bem que me fez, ao proporcionar-me ler e reler tão fundamentais conceitos de espiritualidade, que pelas suas mãos iluminaram, iluminam e iluminarão a Humanidade.
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