
ORANDO COM JOANNA DE ÂNGELIS
Neste clima de harmonia vamos vibrar queridos irmãos pela família: Deus de bondade que através da nossa prece, vibramos vibrações de saúde, ajuda-nos na prática do perdão e da indulgência com as pessoas da nossa convivência diária, entendendo as fraquezas humanas e levando os sentimentos singelos que podemos ofertar. Lembremos também das famílias em situação de miséria, das crianças desprotegidas, das mães abandonadas com seus filhos, dos idosos sem teto, dos que mendigam por necessidade, que nossos pensamentos levem a eles coragem e paciência e que nossos bons corações os despertem para a generosidade alcançando nossas orações em silêncio e com amor.
Deus de amor e caridade, desperta-nos para a verdadeira virtude de amar-nos uns aos outros encontrando a felicidade em meio à grande família humana.
Jesus de Infinita bondade, estende as tuas mãos de luz sobre todos os necessitados de amparo e reabilitação, que através de nossas orações com sentimentos de auxílio cheguem até eles juntamente com tuas bênçãos divinas para restaurar-lhes a saúde e a Vontade de viver.
Ensinaste-nos que a dor é a oficina de lapidação de todos os espíritos e que nosso eterno Pai não concede aos aflitos fardos superior a suas forças na luta evolutiva.
Jesus ampara os que estão em angustiosas provações humanas, reavivando a confiança na vitória da Providência Divina, e que em teu nome espalham-se consolação e amor para que agindo no bem encontremos energias para nosso próprio equilíbrio.
Rogamos Senhor se houver em nosso lar algum irmão desencarnado com intenções menos dignas atraídos pelos nossos pensamentos em desequilíbrio, que ele possa Senhor ser levado pelos mensageiros espirituais para serem atendidos.
Também rogamos Pai pelos doentes nos hospitais, pelas vítimas de corona vírus, pelos nossos irmãos suicidas, pelos nossos irmãos assassinos, pois que eles ainda não te conhecem.
Rogamos Pai, pelos nossos irmãos abortados, e agora meus irmãos vamos fazer um minuto de pausa para que possam fazer a Jesus os seus pedidos de agradecimentos e vamos ficando aqui aguardando o nosso momento de encerramento da nossa
prece.

COMPORTAMENTO CRISTÃO
Os modernos estudiosos do comportamento humano estabelecem regras, mediante as quais o indivíduo se promove na comunidade onde vive. O Evangelho, todavia, sugere métodos de vivência, através dos quais o homem se realiza, produzindo estados felizes da alma que irradiam bem-estar.
Seja gentil para com todos. Não pensando em conquistar amigos, mas em fazê-los felizes.
Use a bondade indistintamente. Não porque deseje influenciar pessoas, porém, para torna-las tranquilas.
Sorria sempre. Não porque essa atitude pareça simpática, e sim por trazer sol na alma.
Evite a crítica ácida em qualquer circunstância. Não porque isso gere cordialidade, antes por reconhecer o direito de não julgar ninguém.
Espalhe impressões de otimismo. Não porque pense em granjear companheiros, todavia, por carregar no íntimo a alegria de viver.
Nunca revide mal por mal. Não porque isso gere inimigos, considerando, entretanto, que o mal é a ausência do bem e só este é-lhe antídoto eficaz.
Desculpe-se, quando equivocado. Não pensando em lograr apoio e sim, porque está é a ação condizente com a sua fé cristã.
Utilize a sinceridade sem dela fazer uma arma certeira. Não porque tal gesto logre aplauso, sem embargo, por coerência entre a fé e a atitude.
Faça-se discreto, sem a necessidade do fingimento; não porque teime em aumentar o círculo das amizades, todavia, por um princípio de compreensão das humanas fraquezas.
Vença a timidez. Não porque assim agrade aos outros, mas para sair de si e conquistar a vida.
Seja você mesmo. Não procure competir com ninguém. Você é o que edifica interiormente.
As aparências desfazem-se. As realidades permanecem. Tente ser sempre amigo, quer conquiste, influencie ou não pessoas para o seu núcleo de afetividade.
MARCO PRISCO
LIVRO: Momentos de Renovação
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

TOLERÂNCIA E CONIVÊNCIA
Confunde – se, quase sempre, uma atitude de tolerância como anuência com o erro, uma forma gentil e diplomática de se estar de acordo com algo que fere o bom-tom, o equilíbrio, os costumes saudáveis.
A TOLERÂNCIA é uma forma de respeito pelo outro indivíduo, por cujo comportamento se lhe demonstram consideração e amizade, em atitude de equilíbrio e não violência contra a sua forma de ser e de proceder.
É natural que se deseje a preservação da ordem em todo lugar, assim como dos propósitos edificantes que trabalham pela harmonia do grupo familiar e da sociedade.
Nada obstante, tendo-se em vista os diferentes níveis de consciência em que estagiam as criaturas, compreende-se que há uma diversidade considerável de conceitos e de comportamentos, nem sempre compatíveis com a educação, as leis e a convivência humana.
Em assim sendo, não se pode esperar que todos os indivíduos mantenham a mesma maneira de proceder, conduzam-se dentro das diretrizes que fomentam o progresso e a paz.
Ei-los, portanto, que se apresentam com características que lhes formam a personalidade, muitas vezes portadores de azedume, de agressividade, de individualismo doentio…
As suas opiniões são divergentes do bom senso, do estabelecido como saudável, preferindo manter-se à margem da corrente do bem, em situação sempre oposta a tudo quanto trabalha para harmonia.
Tolerá-los e dever de todos aqueles que se encontram em nível superior de discernimento, a fim de não lhes piorar a situação deplorável em que estagiam, nem abrir áreas de litígio, desnecessário, que somente agrava os relacionamentos humanos.
A TOLERÂNCIA é filha da Amizade e irmã da Educação, porque ensina sem palavras como todos se devem comportar, especialmente em relação de uns para com os outros.
Compreender o limite intelecto-moral do seu próximo, deve ser atitude de todo aquele que já vislumbra a fraternidade, podendo distinguir as variantes da conduta humana e selecionar aquelas que lhe devem constituir roteiros de segurança para as conquistas da evolução.
Esse comportamento é de alta significação para a construção da sociedade harmônica, concedendo a todos os mesmos direitos de liberdade de pensamento, de palavra e de ação, embora nem sempre se concordando com eles.
Não impor as próprias ideias, expondo-as com oportunidade e discernimento, a fim de não ferir suscetibilidade nem agredir condutas, constitui a maneira mais condizível com o bem viver.
Na condição de animal gregário que deve viver em comunidade, o ser humano não se deve permitir a PRESUNÇÃO de ter-se em conta de irretocável, dando a impressão de que todos se encontram equivocados e apenas ele é conhecedor e praticante de certo, da verdade …
A PRESUNÇÃO, sob qualquer aspecto considerada, é lamentável comportamento agressivo, que desrespeita os valores das demais pessoas.
Apesar dessa necessidade de tolerar-se, nunca permitir-se a convivência com o erro, com tudo aquilo que agride os valores considerados dignos e fomentadores do progresso humano.
A TOLERÂNCIA é um sentimento de compreensão fraternal em relação ao outro, àquele que se encontra em diferente patamar de entendimento da vida.
É necessário que o ser revista-se de coragem para aceitar a conduta diferente como a que melhor se adapta àquele indivíduo, mantendo-se, perfeitamente, coerente com a sua maneira de entender e de considerar a vida e os seus valores.
Coragem que não se dobra submissa em forma de ridícula humildade ou subserviência humilhante.
A LEALDADE para se estar ao lado de quem pensa e age incorretamente, mesmo que não concordando, e demonstrando-o sem palavras, através da conduta correta, é manifestação edificante de tolerância.
O que não é correto não pode adquirir cidadania, seja por intermédio de quem for.
É comum valorizar-se determinados conceitos, tendo-se em vista as pessoas que os expedem.
Não é, porém, o indivíduo que dá dignidade à idéia, mas é ele quem se honra com ela.
Uma opinião elevada, enunciada por um idiota, não perde o seu conteúdo em razão daquele que apresenta, assim como uma asnice dita por um intelectual não se transforma num conceito relevante.
O processo evolutivo de natureza ético-moral não pode ser visto como uma vertical implacável ou uma horizontal perfeita, sem nuanças e oscilações, porque toda aprendizagem resulta das experiências do erro e do acerto.
Desse modo, as variantes, para cima ou para baixo, proporcionam uma inclinada na qual as conquistas novas se estruturam sobre as anteriores, sofrendo algumas descidas, mas sempre ascendendo…
A TOLERÂNCIA faz parte desse projeto de crescimento, porquanto desenvolve os nobres sentimentos da amizade, da compaixão, que se transformam em amor e caridade, à medida que se aprofundam no cerne (essência) do Espírito.
Quando se convive, demonstra-se a debilidade de caráter, que não possuí a qualidade da decência para divergir sem agredir, exteriorizando insegurança moral diante do que se sabe, daquilo em que se crê .
É muito sutil a linha divisória entre ser TOLERANTE e ser CONIVENTE, sendo necessária uma boa dose de sabedoria para os relacionamentos humanos.
Quando alguém esposa uma ideia que lhe parece a mais compatível com a felicidade, a que melhor elucida os enigmas da vida, logo lhe ocorre o desejo de comparti-la com familiares, amigos, com as pessoas gratas …
Às vezes, no natural entusiasmo do deslumbramento inicial, apresenta-se a todos, confiando que será bem entendido e a sua mensagem aceita, chocando-se quando defronta resistência, tombando no ressentimento e na amargura…
É de bom alvitre ter-se em mente que, aquilo que constitui razão de júbilo e de felicidade para uns, não o é para todos.
Essas diferenças conceituais e ideológicas formam o painel de beleza que deve, por enquanto, viger no mundo, permitindo que cada membro da sociedade apresente-se como é, no maravilhoso esforço de crescimento para a unificação, nunca para a uniformização, a igualdade perfeita…
É utopia imaginar-se uma sociedade com todos os seus membros harmonizados, unidos em iguais sentimentos, no atual estágio moral do planeta terrestre…
Cada qual possui metas específicas que pretende alcançar, e o papel do companheiro, do amigo, é o de cireneu, de auxiliar discreto e generoso.
Ninguém cuja TOLERÂNCIA se equipare à de Jesus.
Compassivo, entendia todas as misérias humanas, suas necessidades e aflições.
Generoso, sempre esteve às ordens daqueles que o buscavam.
Nunca se entediou com as pequenas e irrelevâncias a que as criaturas davam superior importância.
Apesar disso, jamais compactuou com a hipocrisia dominante, com a pusilanimidade dos enganadores e mentirosos.
sendo austero e definitivo, especialmente diante da classe sacerdotal e do farisaísmo poltrões (medrosos), invectivando (injuriando) a conduta desses servos da pequenez moral com severidade.
Chamando-os de ” sepulcro caídos de branco por fora, sendo dentro somente podridão”, ou ” raça de víboras, até quando vós suportarei? ” …
Com a Sua autoridade e a percuciência que penetrava o âmago dos sentimentos humanos, podia falar-lhes com franqueza, desnudando-os.
Provavelmente, mesmo sendo TOLERANTE, ocasião se te apresentará, oportunamente, em que se tornará necessário um comportamento austero, mais ou menos dessa natureza, no entanto, sem ressentimento ou rancor, sem ódio ou desprezo por aquele que se encontre na situação INFELIZ.
( Da Obra: Libertação do Sofrimento – Pelo Egrégio Médium Divaldo Pereira Franco – Pelo Excelso Espírito da Poetisa Joanna de Ângelis.)

Ora e estuda,
Não és a única pessoa a sofrer no mundo.
Repara à tua volta a enfermidade física.
Aquele chora o ente querido que a morte levou.
Outro debate-se em aflições, ente os imprevistos do mundo.
Por enquanto, somos todos criaturas que sofrem, carregando suas cruzes intransferíveis.
Todavia, se já podes enxergar a vida do ângulo luminoso que a Doutrina Espírita te oferece, não te lamentes tanto e dedica-te ao trabalho de ajuda ao próximo.
Renova teus pensamentos com a prece e com o estudo, auxiliando os irmãos do caminho, porque toda ajuda ao próximo será sempre auxílio para ti mesmo.
Irmã Scheilla – Clayton Levy

CAMINHOS
O acesso a qualquer lugar enseja variados caminhos, que podem ser percorridos de acordo com as circunstâncias e as possibilidades de cada viandante.
O mesmo ocorre na área das metas morais.
Há caminhos de margens floridas e atapetados que, não obstante a aparência, levam a alucinações e sombras.
Uns caminhos desdobram-se convidativos, acolchoados de ilusões, conduzindo a desencantos e amarguras.
Caminhos outros apresentam-se breves, fáceis de vencidos, que precipitam em abismos terríveis.
Multiplicam-se os caminhos da avareza, gerando loucura; da luxúria, engendrando crimes; do prazer, produzindo fastio posterior; do poder, degenerando em calamidade; da astúcia, empurrando para o descrédito; da frivolidade, propiciando doenças emocionais…
Caminhos de diferente configuração e feitio estão por toda parte…
Há os caminhos da renúncia, que conduzem à plenitude.
Apresentam-se os caminhos do sacrifício, que aureolam o Espírito com os louros da paz.
Muitos são os caminhos da abnegação, que felicitam; do amor, que dignificam; do serviço, que elevam; da caridade, que salvam…
Esses são caminhos assinalados por pedrouços e urzes, por dificuldades e cardos. Apesar disso, em se considerando a situação moral da Terra e de quase todos aqueles que a habitam, transitoriamente envoltos na indumentária carnal, não há por que esperar-se caminhos de felicidade e festa, sem o contributo da expiação, da reparação, do sofrimento, após o que se enflorescem os ideais da harmonia e da liberdade plena…
“Eu sou o Caminho” _ disse Jesus.
Exemplo máximo, sob todos os aspectos em que seja considerado, o Seu conceito torna-se um apelo de incontestável significado, convidando-nos a segui-lO, maneira única de alcançarmos a legítima felicidade – aquela que transcende os limites do imediatismo perturbador e frustrante.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Vigilância
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

A escola do coração
Reunião pública de 25/7/1960 Questão nº 341
O lar, na essência, é academia da alma.
Dentro dele, todos os sentimentos funcionam por matérias educativas.
A responsabilidade governa.
A afeição inspira.
O dever obriga.
O trabalho soluciona.
A necessidade propõe.
A cooperação resolve.
O desafio provoca.
A bondade auxilia.
A ingratidão espanca.
O perdão balsamiza.
A doença corrige.
O cuidado preserva.
O egoísmo aprisiona.
A renúncia liberta.
A Ilusão ensombra.
A dor ilumina.
A exigência destrói.
A humildade refunde.
A luta renova.
A experiência edifica.
Todas as disciplinas referentes ao aprimoramento do cérebro são facilmente encontradas nas universidades da Terra, mas a família é a escola do coração, erguendo seres amados à condição de professores do espírito.
E somente nela conseguimos compreender que as diversas posições afetivas, que adotamos na esfera convencional, são apenas caminhos para a verdadeira fraternidade que nos irmana a todos, no amor puro, em sagrada união, diante de Deus.
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier do livro Seara dos Médiuns

AOS “OBREIROS DA BOA VONTADE”
Meus irmãos:
Jesus nos abençoe.
A obra do Senhor conta com servidores de todas as latitudes, tendências e direções.
Alguns somente cooperam em tarefas que lhes agradem.
São os obreiros caprichosos.
Outros não colaboram, se a multidão dos amigos não lhes observa os esforços.
São os obreiros vaidosos.
Alguns ajudam, segundo as circunstâncias do tempo.
São os obreiros inconstantes.
Vários comparecem, a fim de reparar as contribuições alheias.
São os obreiros levianos.
Diversos colaboram indicando os defeitos dos companheiros.
São os obreiros escarnecedores.
Muitos auxiliam, quando há benefícios imediatos.
São os obreiros oportunistas.
Não poucos surgem no serviço, reclamando as vantagens para o seu círculo pessoal.
São os obreiros egoístas.
Grande parte intervém no trabalho, discutindo direitos e prioridades, privilégios e favores para si ou para aqueles que se lhes façam simpáticos.
São os obreiros apaixonados.
Inúmeros aparecem nos quadros da ação, enganando o tempo e menosprezando-o, recebendo sem dar, desfrutando sem retribuir e absorvendo a luz e a benção sem irradiá-las.
São os obreiros infelizes.
Mas, o Mestre glorifica-se nos cooperadores que não cogitam de prerrogativa e remuneração, que servem onde, como e quando determina a sua Vontade Sábia e Soberana.
São os “Obreiros da Boa Vontade”.
Do livro: ATRAVÉS DO TEMPO
Francisco Cândido Xavier
(André Luiz)

SEGUE CONFIANTE
“A mensagem da Vida é harmonia.
Em toda parte, estua o equilíbrio que deflui das Leis Cósmicas.
A criatura humana está fadada ao amor, percorrendo os caminhos da ordem para atingir as paisagens do bem-estar.
No desenvolvimento das atividades a que se entrega, não raro é surpreendida pelos fenômenos desgastantes do trabalho e da luta em si mesmos.
Se se doa ao desalento, para de crescer. Se se permite mágoas, intoxica-se.
Se se faculta violência, desarmoniza-se e enlouquece.
A conduta recomendada é a que se deriva da vigilância que se mantém atenta aos primeiros sinais de desajuste, logo restabelecendo o ritmo da ação.
Indispensável, portanto, permanecer em sintonia com o Pensamento Universal que vibra em toda parte, preservando a confiança em Deus e aprendendo com o tempo as preciosas lições do equilíbrio.
O concurso da oração, da meditação e as disciplinas morais completam o quadro terapêutico para a preservação da saúde espiritual.”
Joanna de Ângelis
Livro: Desperte e seja Feliz
Médium: Divaldo Pereira Franco

Aflições Desnecessárias
“E, respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada como muitas coisas. Mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.”
(Lucas, cap. 10 – vv. 41 e 42)
Esta passagem do Evangelho de Jesus reveste-se de profundos ensinamentos para os discípulos da atualidade.
As visitas do Senhor à casa de Marta e Maria, irmãs de Lázaro, não eram assim tão frequentes.
Raras eram as oportunidades de se ouvir o Mestre na intimidade doméstica.
Sempre acompanhado por um grupo de companheiros, enquanto prelecionava a cerca da Verdade, segundo o relato evangélico de Lucas, Marta se afadigava “com mil coisas”, certamente preocupada em excesso com os afazeres do lar, a fim de atender o Divino Amigo.
Não podemos negar que, de certo modo, a preocupação e Marta era justa; no entanto a sua ansiedade nos afazeres domésticos valeu-lhe fraterna advertência de Jesus, já que, engolfada em demasia nas suas obrigações cotidianas, ela desprezava a oportunidade única que os Céus lhe concediam de hospedar o Senhor no coração.
Maria, sua irmã, por outro lado, deixava tudo para postar-se aos pés do Mestre, a fim de escutá-lo, consciente do que anotou Mateus, no capítulo 26 – versículo 11: “Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre”.
Infelizmente, a atitude de Marta diante do Cristo continua se repetindo ainda hoje…
Quantos ignoram as lições do Evangelho, absorvidos que estão pelos afazeres do mundo!
Poucos são os que escolhem “a boa parte”, como Maria escolheu.
Alegando tarefas inadiáveis, sofismado em torno da responsabilidade profissional e familiar que abraçaram, muitos afirmam não lhes sobrar tempo para a dedicação às coisas do espírito.
Consomem largas faixas de tempo com lazer e não dispõem de alguns poucos minutos por semana para frequentar uma reunião, visitar um doente, participar de uma distribuição de sopa na periferia, ler páginas edificantes de um livro…
Muitos chegam ao absurdo de dizer que não conseguem orar à noite, no momento do repouso, por se encontrarem excessivamente extenuados!
Fabrica-se tempo para ganhar dinheiro e não se encontra tempo para cuidar da própria alma.
Considera-se prejuízo o que seria lucro, perante os reais valores da Vida.
Maria sabia que as tarefas do lar poderiam ser adiadas, sem maiores problemas… O lanche e a arrumação eram obrigações de todo dia, mas a visita de Jesus talvez demorasse para acontecer de novo.
Reflitamos, portanto, nesta sublime lição e, entre Marta e Maria, procuremos o ponto de equilíbrio, convictos de que as cousas espirituais devem merecer primeiro a nossa atenção, o nosso tempo e o nosso interesse, sem, é claro, que nos tornemos irresponsáveis e levianos ante os deveres que nos cabem cumprir.
Livro: Evangelho e Doutrina, do espírito Irmão José/Psicografia Carlos A. Baccelli – Capítulo 23. Editora Didier.

Quando Tenhas Algo a Dizer
As tuas mãos são o aval de tua palavra…
Que elas não te contradigam no que dizes.
O mundo carece mais de tuas mãos do que de tua voz.
Mil vezes preferível o teu silêncio do que a tua inatividade!…
Os Lábios de Deus são as suas Divinas Mãos…
É por elas que Ele se expressa junto dos homens, fazendo-se ouvir de maneira inconfundível.
Quando tenhas algo a dizer ao mundo, age!
Se desejas que todos silenciem para escutar-te, faze além do que consideras teu dever.
Foge à linguagem comum de tua obrigação cotidiana…
Somente assim, o que disseres ficará ecoando, para sempre, na consciência da Humanidade!
Livro: Ao Alcance das Mãos, do espírito Irmão José/Psicografia Carlos A. Baccelli. Páginas 67 e 68. Editora: Didier

Salve Maria!
Oração
A minha alma glorifica ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
De hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu Israel seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho
e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre.
Amém.

O TEU CRISTO
Possuis recursos inimagináveis que estão em germe em tua alma, aguardando os teus estímulos.
Por enquanto, sintonizas com as províncias de sombra por onde transitaste, e já deverias ter-te libertado da sua presença.
Vez que outra descobres toda a força que jaz em ti, aguardando.
Jesus utilizou-se dos seus recursos para demonstrar a finalidade a que se destinavam.
Acalmou os ventos e devolveu ao mar a sua tranquilidade.
Liberou obsidiados e restituiu o equilíbrio aos obsessores.
Sarou enfermidades e recuperou doentes da alma.
Multiplicou pães e peixes e alimentou Espíritos esfaimados da verdade.
Iluminou a Terra e jamais se eclipsou.
Possuis o Cristo interno, poderoso, que é teu, mas o manténs manietado, sem ensejar-lhe ação.
Deixa-o espraiar-se através de ti.
Ele é harmonia, e tu estás desequilibrado; é amor, e tu és carência; é claridade, e tu és sombra; é vida, e tu te debates nos grilhões da morte.
Com Ele agindo por ti, terás decisão para te negares aos pensamentos doentios que se transformam em tormentos e ações nefastas.
És, antes de tudo, o teu mundo interior, e porque aí ele habita, todo te renovas e dás margem a que estuem as tuas potencialidades para a realização do programa de paz e vida a que estás vinculado.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Filho de Deus
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

A REENCARNAÇÃO
“A reencarnação é sublime oportunidade para reparação de erros, correção de irregularidades, reabilitação moral. De acordo com a gravidade de cada ocorrência, há uma pauta específica de reequilíbrio lúcido, disciplinador e próprio para a felicidade.
A reencarnação enseja reequilíbrio, resgate, reparação.
Faculta o prosseguimento das atividades que a morte pareceria interromper. […]
Proporciona restabelecimento da esperança, entrelaçando as existências corporais que funcionam como classes para o aprendizado evolutivo no formoso Educandário da vida terrestre.
Oferece bênçãos, liberando de qualquer fatalidade má, que candidataria o Espírito a um estado permanente de desgraça.
A reencarnação enobrece o calceta, santifica o vilão, eleva o caído, altera a paisagem moral do revoltado, dulcificando-o ao largo do tempo, sem pressa, nem violência.
A reencarnação é convite ao aproveitamento da oportunidade e do tempo, que sempre devem ser colocados a serviço do progresso espiritual e da perfeição, etapa final da contínua busca do ser.”
Joanna de Ângelis/ Divaldo Franco

Almas…
Há almas que caminham com os ombros curvados, não pelo peso da matéria… mas pelo fardo invisível do cansaço da alma.
Você já sentiu isso? Como se cada manhã fosse uma batalha silenciosa… e cada noite, um eco do que não foi dito, do que ainda dói.
Mas há uma verdade tão antiga quanto as estrelas…
Jesus não prometeu que o chão não teria espinhos,
Mas prometeu que nenhuma lágrima cairia sem ser colhida por Suas mãos.
Ele é como o sol que, mesmo escondido pelas nuvens, nunca deixou de brilhar…
É a presença que não grita, mas sustenta…
É o silêncio que consola — e a voz que, no íntimo da tua alma, sussurra:
“Não temas. Eu estou contigo.”
Quantas vezes você pensou que estava só…
E, no entanto, foi justamente naqueles momentos que Ele mais te carregava — não nos braços visíveis, mas no sopro sagrado da esperança que insistia em não morrer.
O Cristo não te livra da travessia,
Ele te ensina a andar sobre as águas agitadas.
Não tira os desertos,
Mas faz brotar fonte no meio da secura.
Porque Ele não veio apagar os ventos…
Ele veio ser âncora no meio da tempestade.
E quando tudo parecer calado…
Quando o mundo parecer surdo à sua dor…
Lembra: o céu trabalha em silêncio.
Você não foi esquecido(a).
Você está sendo moldado(a).
Na luta, Ele é presença.
Na queda, Ele é recomeço.
No fim das forças… Ele é renascimento.
Confia. Respira. Caminha.
Porque mesmo quando seus olhos não enxergam…
Ele segue do seu lado — sempre.
“E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” — Mateus 28:20

DEPRESSÃO
A depressão tem a sua gênese no Espírito que reencarna com alta dose de culpa, quando renteando no processo da evolução sob fatores negativos que lhe assinalam a marcha e de que não se resolveu por liberar-se em definitivo.
Com a consciência culpada, sofrendo os gravames que lhe dilaceram a alegria íntima, imprime nas células os elementos que as desconectam, propiciando, em largo prazo, o desencadeamento dessa psicose que domina uma centena de milhões de criaturas na atualidade.
Se desejarmos examinar as causas psicológicas, genéticas e orgânicas, bem estudadas pelas ciências que se encarregam de penetrar o problema, temos que levar em conta o Espírito imortal, gerador dos quadros emocionais e físicos de que necessita, para crescer na direção de Deus.
A depressão instala-se, a pouco e pouco, porque as correntes psíquicas desconexas que a desencadeiam desarticulam, vagarosamente, o equilíbrio mental.
Quando irrompe, exteriorizando-se, dominadora, suas raízes estão fixadas nos painéis da alma rebelde ou receosa de prosseguir nos compromissos redentores abraçados.
Em face das suas cáusticas manifestações, a terapia de emergência faz-se imprescindível, embora os métodos acadêmicos vigentes, pura e simplesmente, não sejam suficientes para erradicá-la.
Permanecendo as ocorrências psicossociais, socioeconômicas, psico afetivas, que produzem a ansiedade, certamente se repetirão os distúrbios no comportamento do indivíduo, conduzindo a novos estados depressivos.
Abre-te ao amor e combaterás as ocorrências depressivas, movimentando-te em paz na área da afetividade, com o pensamento em Deus.
Evita a hora vazia e resguarda-te da sofreguidão pelo excesso de trabalho.
Adestra-te, mentalmente, na resignação diante do que te ocorra de desagradável e não possas mudar.
Quando sitiado pela ideia depressiva, alarga o campo de raciocínio e combate o pensamento pessimista.
Açodado pelas reminiscências perniciosas, de contornos imprecisos, sobrepõe as aspirações da luta e age, vencendo o cansaço.
Quem se habilita na ação bem conduzida e dirige o raciocínio com com equilíbrio, não tomba nas redes bem urdidas da depressão.
Toda vez que uma ideia prejudicial intentar esperar-se nas telas do pensamento obnubilando-te a razão, recorre à prece e à polivalência de conceitos, impedindo-lhe a fixação.
Agradecendo a Deus a bênção do renascimento na carne, conscientiza-te da sua utilidade e significação superior, combatendo os receios do passado espiritual, os mecanismos inconscientes de culpa, e produze com alegria.
Recebendo ou não tratamento especializado sob a orientação de algum facultativo, aprofunda a terapia espiritual e reage, compreendendo que todos os males que infelicitam o homem procedem do Espírito que ele é, no qual se encontram estruturadas as conquistas e as quedas, no largo mecanismos da evolução inevitável.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Receitas de Paz
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

VIDA RENOVADA
A dádiva mais extraordinária que existe é a vida. Manifesta-se de formas variadas, obedecendo a ciclos rítmicos, com objetivos estabelecidos.
Não há como evitá-la, nem sequer procrastiná-la no cadenciado fatalismo, no rumo da perfeição.
A vida renova-se sem cessar e esse fenômeno faz parte do seu processamento. O que se não renova morre, transforma-se, perturba o mecanismo existencial.
Especialmente, a vida humana é um dom supremo, que deve ser preservada e utilizada com eficiência, dilatando-a ao máximo, a fim de se recolherem os benefícios que faculta.
Emanação Divina, a vida é a presença do psiquismo superior manifestando-se em toda parte.
Aspirar e inundar-se dessa energia vital é ato de inteligência, aplicado à preservação de conquistas e ampliação delas.
Nesse incessante fluxo de energia, eclodem as possibilidades inatas no ser, e ele se apercebe da glória e da alegria de viver.
Para que a vida estue em abundância em ti, faze uma cuidadosa avaliação de como te sentes, como estás e que tens conseguido.
Tens coragem para proceder a uma autoanálise consciente, responsável, enriquecedora, de forma que ao constatares os resultados negativos te disponhas ao enfrentamento revolucionário de mudança de crenças, pensamentos, hábitos, comportamentos, de tudo quanto constitua obstáculo ao teu desenvolvimento, à valorização da vida e suas realizações.
Velhos hábitos arraigados, pensamentos viciosos, vontade enfraquecida, atavismos perniciosos, ressentimentos conservados conspirarão contra o teu programa de renovação.
Constatarás a necessidade de mudanças, porém, todas as fixações da tua existência se sublevarão, impondo-te restrições, adiamentos, desestímulos…
Entre os muitos fatores negativos que tentarão manter-te na postura de sofrimento ou de paralisia, há o medo do que dirão os outros, de como te verão os demais, do que te sucederá…. Outros mecanismos perturbadores emergirão do inconsciente, pretendendo conservar-te no patamar em que estagias.
Acreditar-te-ás cansado, idoso, jovem, desequipado de vontade, sem força moral, incapaz de enfrentar situações novas, e cederás à tentação de permanecer como te encontras: com problemas, angústias, insatisfação, insucessos…
Começa, assim mesmo, o teu programa renovando as tuas velhas crenças, aquelas que te foram impostas por pessoas incapacitadas para educar-te, embora generosas, com suas opiniões depreciativas, seus conceitos servis, suas previsões funestas.
És capaz de superar o pessimismo e a falta de autoestima que te foram impingidos e aceitaste sem relutância. Este é o teu momento e não mais tarde, ou nunca mais.
Muda os teus pensamentos e raciocínios, direcionando-os para o êxito, em que deves acreditar e, empenhando-te, conseguirás.
Logo depois, passa à ação renovadora.
Os velhos hábitos criam fortes resistências e lutarão contra as tuas disposições de mudança.
Trata-se de um novo programa, que vivenciarás passo a passo, firmando-se, a pouco e pouco, até o momento dos bons resultados.
Não desistas, nunca, de te renovares para melhor, porquanto a vida não retorna às mesmas condições, circunstâncias e tempo, embora nunca cesse de manifestar-se e oferecer ensejos.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Momentos de Saúde e de Consciência
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

OU DEUS, OU NADA
PSICOGRAFIA PELO ESPÍRITO IRMÃO ELIÉZER
Filhos e filhas do Eterno Amor,
Na longa jornada da vida, muitos de vós buscais sentido nas formas passageiras da Terra — na conquista, na posse, no brilho que os olhos do mundo admiram. Entretanto, chega sempre o momento, para cada espírito em marcha, em que o coração se depara com o grande vazio: ou Deus, ou nada.
Sim, meus irmãos, tudo o que é transitório cumpre um papel, mas não preenche a alma sedenta de eternidade. O corpo envelhece, os títulos se apagam, os bens se dispersam… mas o que permanece, o que dá verdadeiro sentido à existência, é aquilo que se funda em Deus.
Quantos de vós, ao longo da experiência terrestre, correis atrás de promessas do mundo como quem tenta encher o cálice da alma com água que escorre pelos dedos… buscais aplauso, segurança, reconhecimento, acumulação de posses, e por um instante tudo isso parece satisfazer.
Mas logo o coração sente a sede que não se sacia. E então surge o desconforto, a inquietação sem nome, o vazio que nenhuma festa preenche, nenhuma vitória apaga, nenhum sorriso externo consola por completo. A alma, que nasceu das estrelas e tem sede de infinito, sente que algo essencial lhe escapa — e esse algo é Deus.
Este é o ponto silencioso em que o Espírito começa a despertar. Quando tudo ao redor parece existir, mas nada preenche por dentro, o ser percebe que lhe falta algo fundamental. E é neste instante de lucidez espiritual — que por vezes chega no cansaço, na perda, na decepção ou na dor — que brota a verdade mais simples e mais profunda: ou Deus, ou nada.
Não se trata de um castigo, mas de um chamado. A alma humana, ao longo das encarnações, vai aprendendo que nenhum prazer, poder ou afeto humano pode substituir a presença do Criador em seu íntimo. O Espírito pode viver cercado de pessoas, e ainda assim sentir-se só. Pode ter bens e ainda assim sentir-se pobre. Pode experimentar mil alegrias externas e ainda assim sentir-se vazio. Porque sem Deus, tudo é sombra. E com Deus, até mesmo a escassez se converte em paz.
A dor que parece nos desnudar, na verdade, retira apenas o que era ilusão, para que vejamos com mais clareza a luz que sempre esteve ali: a presença divina que nos habita, que nos sustenta em silêncio, que nos convida ao retorno, que nos ama mesmo quando a esquecemos.
Quantos, no desespero da perda, descobrem que sua fé estava depositada em coisas frágeis… e então, diante do abismo interior, surge a pergunta que muda tudo: onde está Deus em minha vida?
Não penseis que esta pergunta é castigo. Ao contrário — é porta de salvação. Quando o espírito compreende que fora de Deus não há paz duradoura, nem alegria que se sustente, ele começa a buscar o que realmente importa. E ao buscar o que importa, ele começa a se reencontrar consigo mesmo — com sua origem, seu destino, e sua missão de amar.
“Deus ou nada” não é uma escolha que o Criador nos impõe, mas uma constatação que a alma amadurecida reconhece. Só Deus é o tudo que não se desfaz. Só Deus é o amor que não fere. Só Deus é a luz que não apaga.
E onde está Deus?
Ele habita o silêncio da prece sincera. Ele se revela no perdão difícil, no bem praticado sem aplausos, no consolo oferecido mesmo em meio à própria dor. Deus está no íntimo da consciência, esperando que O reconheçamos como companheiro de todos os instantes.
Escolher Deus é escolher a luz que guia, a esperança que sustenta, a verdade que liberta. Não é negar o mundo, mas viver no mundo sem ser do mundo — com os olhos da alma voltados ao Alto e os pés firmes na estrada do bem.
Por isso, meu irmão, minha irmã, quando sentires o coração inquieto, quando te parecer que tudo está em ruína ou vazio, lembra-te: é Deus que te chama para o reencontro.
E quando, enfim, disseres de alma inteira: “Senhor, sem Ti eu nada sou,” então a luz começará a brilhar por dentro, e não mais te sentirás sozinho.
Porque quem encontra Deus, nunca mais se perde.
Com ternura e serviço,
Irmão Eliézer.
Na paz do Cristo e médium em prece.

CERTEZA-INCERTEZA
A incerteza, quanto ao momento da ocorrência da morte, deve constituir para o homem a mais séria advertência a respeito da transitoriedade do corpo físico.
Dentro de cinco minutos, por meio de uma parada cardíaca; de cinco anos, em um acidente de veículo; ou de cinquenta anos, por uma enfermidade de longo prazo, dolorosa, ninguém sabe quando acontecerá o desprendimento da alma em relação à matéria.
Uma compleição física sadia nem sempre compete com segurança ante uma organização frágil e enfermiça, porquanto a primeira pode interromper-se, enquanto a outra, talvez, permaneça desafiadora.
Um corpo juvenil, atraente e promissor, cede campo para que fique um ser caquético, deficiente físico e mental.
A criança rica de energias deperece, ao tempo que o enfermo desenganado recupera-se …
O espírito é o que conta, no processo reencarnatório.
Os seus atos pretéritos geram-lhe os mecanismos de prolongamento, ou abreviação da vilegiatura carnal.
Nenhuma exceção, porém, produzindo clima de privilégio ante a morte.
As doenças visitam ricos e pobres com a mesma indiferença; belos e deformados com igual liberdade; moços e idosos de maneira equivalente; bons e maus com naturalidade…
Decompõem-se os corpos sob condições idênticas, nivelando-se as formas e assumindo os mesmos critérios transformadores.
A mente, refletindo o estado de evolução intelecto-moral, responde pela maneira como cada pessoa enfrenta a vicissitude do desgaste e o fenômeno da morte.
Morrer, portanto, é acontecimento inevitável.
Bem morrer ou morrer bem, depende da conduta de cada indivíduo.
Aqueles que vivem bem, desfrutam dos favores terrestres, nem sempre morrerão felizes.
Quantas pessoas se deixaram desequilibrar pelos insucessos que lhes cabia vencer, enfrentam a morte em estado de desventura!
Somente quem soube aplicar o patrimônio do tempo com eficiência, bem morre, libertando-se e sendo ditoso.
Pensa na morte, como te preocupas com a vida.
Harmoniza-te ante a sua realidade, permanecendo preparado para a sua ocorrência.
Se forem breves os teus dias terrestres, busca vivê-los com intensidade positiva e, se te forem longos os anos, utiliza-os com sabedoria.
Essa incerteza de quando se dará e esta certeza de que a morte virá, são o díptico da vida orgânica na qual te movimentas.
Faze a luz do discernimento íntimo com o Evangelho de Jesus e, seja em que situação for, permanece em paz e feliz.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Momentos de Coragem
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

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