Mesmo Que Nossos Olhos Físicos Não Vejam Quem Amamos

Mesmo Que Nossos Olhos Físicos Não Vejam Quem Amamos

Quem Amamos

 

Mesmo que nossos olhos físicos não vejam, quem amamos está sempre por perto.

Elaine R

caminhada joanna de ângelis

Apelo da Esperança

 

Minha querida amiga(o):
 
Hoje, estou escrevendo especialmente para você. Tenho acompanhado os seus últimos dias, e muito tem me preocupado a tristeza e a surda revolta que encontrei em seu olhar.
Não me passaram desapercebidas as suas preocupações e medos e, apesar de ter-me colocado ao seu lado, abrindo os meus braços para confortá-la, você passou ao largo, sem abrir o seu coração ao meu.
Por isso estou aqui, insistindo com você! Não desista!
A notícia da gestação inesperada surpreendeu-a com violência e você olha ao seu redor sem encontrar um caminho seguro para seguir.
Aquele que compartilhou com você as horas mornas dos prazeres fáceis, talvez não queira saber mais da sua companhia e menos ainda, do fruto do instante que já é passado.
Sua família talvez não queira saber dos seus problemas e, como de outras vezes, apenas lhe virará as costas, dizendo que você plantou e agora faz a colheita.
Mas, amiga querida, o que cresce em seu íntimo não é um problema. É seu filho!
Uma alma cara ao seu coração, um amor que volta aos seus braços para lhe acompanhar os dias que ainda estão para serem vividos.
Não aborte! Não mate a felicidade que bate às portas de sua alma, pedindo-lhe pouso seguro!
Pela sua mente passam imagens de todos os prazeres que terá que abandonar em nome de uma condição indesejada: as festas, os encontros, a liberdade de ir e vir como queria e com quem queria…
Pensa em seu corpo… Em vê-lo deformado, em perder a forma cobiçada, no desconforto, na dor, no parto.
Pensa nas despesas…nos gastos…
Mas eu sei!… Eu sei de você! Sei que traz tantas coisas guardadas dentro do coração, tantos sonhos que não compartilha com ninguém, tanta doçura que não expressa…
Amiga, eu a conheço! Sei que tem fome de amor, desse amor profundo e sem jaça que procurou nos braços de tantos que não a compreenderam e que muitas vezes, desprezam o seu valor.
Aquele que retorna pelo seu ventre também sabe, por isso, escolheu-a para chamá-la pelo mais sublime nome humano que já pousou nos lábios dos seres que habitam essa terra : Mãe!
Reconheço que não terá dias fáceis, que alguns serão de noites sem estrelas.
Prometo, contudo, estar ao seu lado e ao lado de seu filho, observando, alegre, seu ventre crescer, pleno de vida!
E digo mais: não contará apenas com a minha presença, mas, com a presença de muitos que a amam e que velam pela sua paz e pela paz de seu filho!
Não desista de ser feliz! Não aborte seu sonho! Não mate seu filho, para o seu próprio bem!
Com todo o carinho de meu coração.
Sua amiga e companheira eterna: A esperança.

 

Redação do Momento Espírita Em 19.07.2010.

caridade do exemplo

A Fé: Mãe da Esperança e da Caridade

 

Para ser proveitosa, a fé tem de ser ativa; não deve entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.
A esperança e a caridade são corolários da fé e formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?
Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira.
A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não na tinham, ou, mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas que vão à alma. ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para a incutirdes nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes da vida.
Tende, pois, a fé, com o que ela contém de belo e de bom, com a sua pureza, com a sua racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da cegueira. Amai a Deus, mas sabendo porque o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo porque acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do um que vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai sem desfalecimento: os milagres são obras da fé.
 
 José, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.).
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 19. Item 11.

alegria do espírito

A Beneficência

 

Várias maneiras há de fazer-se a caridade, que muitos dentre vós confundem com a esmola. Diferença grande vai, no entanto, de uma para outra. A esmola, meus amigos, é algumas vezes útil, porque dá alívio aos pobres; mas é quase sempre humilhante, tanto para o que a dá, como para o que a recebe. A caridade, ao contrário, liga o benfeitor ao beneficiado e se disfarça de tantos modos! Pode-se ser caridoso, mesmo com os parentes e com os amigos, sendo uns indulgentes para com os outros, perdoando-se mutuamente as fraquezas, cuidando não ferir o amor-próprio de ninguém. Vós, espíritas, podeis sê-lo na vossa maneira de proceder para com os que não pensam como vós, induzindo os menos esclarecidos a crer, mas sem os chocar, sem investir contra as suas convicções e, sim, atraindo-os amavelmente às nossas reuniões, onde poderão ouvir-nos e onde saberemos descobrir nos seus corações a brecha para neles penetrarmos. Eis aí um dos aspectos da caridade.
Escutai agora o que é a caridade para com os pobres, os deserdados deste mundo, mas recompensados de Deus, se aceitam sem queixumes as suas misérias, o que de vós depende. Far-me-ei compreender por um exemplo.
Vejo, várias vezes, cada semana, uma reunião de senhoras, havendo-as de todas as idades. Para nós, como sabeis, são todas irmãs. Que fazem? Trabalham depressa, muito depressa; têm ágeis os dedos. Vede como trazem alegres os semblantes e como lhes batem em uníssono os corações. Mas, com que fim trabalham? É que vêem aproximar-se o inverno que será rude para os lares pobres. As formigas não puderam juntar durante o estio as provisões necessárias e a maior parte de suas utilidades está empenhada. As pobres mães se inquietam e choram, pensando nos filhinhos que, durante a estação invernosa, sentirão frio e fome! Tende paciência, infortunadas mulheres. Deus inspirou a outras mais aquinhoadas do que vós; elas se reuniram e estão confeccionando roupinhas; depois, um destes dias, quando a terra se achar coberta de neve e vós vos lamentardes, dizendo: “Deus não é justo”, que é o que vos sai dos lábios sempre que sofreis, vereis surgir a filha de uma dessas boas trabalhadoras que se constituíram obreiras dos pobres, pois que é para vós que elas trabalham assim, e os vossos lamentos se mudarão em bênçãos, dado que no coração dos infelizes o a amor acompanha de bem perto o ódio.
Como essas trabalhadoras precisam de encorajamento, vejo chegarem-lhes de todos os lados as comunicações dos bons espíritos. Os homens que fazem parte dessa sociedade lhes trazem também seu concurso, fazendo-lhes uma dessas leituras que agradam tanto. E nós, para recompensarmos o zelo de todos e de cada um em particular, prometemos às laboriosas obreiras boa clientela, que lhes pagará à vista, em bênçãos, única moeda que tem curso no Céu, garantindo-lhes, além disso, sem receio de errar, que essa moeda não lhes faltará. 
 
Cárita. (Lião, 1861.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 13. Item 14.

funções complementares léon denis

 

O AMOR E A VERDADE

 

Tudo passará – juventude, beleza, saúde,
dinheiro, posição social.
Teorias equivocadas não resistirão.
Enganos cederão à evidência dos fatos.
A injustiça não prevalecerá.
Ninguém detém o carro do progresso,
que esmaga sob as suas rodas os recalcitrantes.
Os poderosos envelhecerão.
Reis rolarão do trono.
Apenas o Amor e a Verdade permanecerão
inalteráveis, ante o olhar severo do Tempo.
Dentro de ti, todas as ilusões, bre­ve se farão em cinzas.
Não te arredes do que for bom
e nem te afastes do que for justo.
Às hecatombes morais da alma,
apenas o Amor e a Verdade
te ajudarão a sobreviver.

 

IRMÃO JOSÉ

dor e sofrimento
injustiças sócrates

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