Na Apreciação Acerca de Alguém/Emmanuel

abençoa e segue

ABENÇOA E SEGUE

 

Fita a caravana de companheiros que renteiam contigo, na via pública, e reconhecerás na face de cada um, quase sempre, apreensões e desgostos, a te pedirem simpatia e compreensão.
O cavalheiro bem posto, que passa no carro de luxo, talvez esteja seguindo ao encontro de credores implacáveis, cujas exigências lhe amargam os dias. A dama que surge, causando admiração pelos dotes de elegância e beleza, possivelmente, estará suportando espinhoso fardo de inquietações.
O atleta que aplaudes, partilhando o delírio da multidão, em muitos casos, terá sofrido inesperada perda afetiva e, embora apareça sorrindo, muitas vezes, tem o íntimo embraseado de angústia.
E aquela própria criança inteligente e robusta que observas sob a tutela de alguém, talvez esconda consigo a dor de haver perdido o pai que a trouxe ao mundo.
Na apreciação acerca de alguém ou no exame de situações determinadas, usa a misericórdia, a fim de que te vejas no caminho certo. Abençoa e segue adiante. Na Terra, comumente, afrontada de condenações, sê a presença da paz e o reconforto da benção.
Emmanuel

a vitória emmanuel

LIDERANÇA – EMMANUEL / CHICO XAVIER

LIDERANÇA
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Paciência. Lição nº 01. Página 13.

Não raro, ouvimos respeitáveis representantes das comunidades terrestres, reclamando Líderes capazes de conduzi-las à concórdia e ao progresso, sem ódio e destruição.
Justo, no entanto, não esquecer que a Terra conhece o Líder de todos os Líderes humanos, habilitados a guiar a coletividade para o Reino do Bem.
Importante refletir que Ele transportava consigo a própria grandeza sem mostrar consciência disso.
Não colheu da vida mais que o necessário à própria sustentação.
Associou-se a companheiros tão pobres e tão anônimos quanto ele o era no início da revelação de que se fazia mensageiro, a fim de realizar o apostolado que trazia.
Aconselhou o respeito aos condutores do poder humano mas nunca indicou a desordem e a crueldade para a solução dos problemas do mundo.
Conviveu com a multidão, compadecendo-se de suas aflições e necessidades.
Chamava a si os pequeninos, de modo a ouvi-los atentamente.
Amou aos enfermos, aliviando-lhes as enfermidades, com a força do amor, nascida na oração.
Amparou aos irmãos obsessos e dialogou com os desencarnados sofredores, endereçando-lhes expressões de esclarecimento e reconforto.
Alimentou os famintos, antes de ministrar-lhes a verdade.
Ensinou o perdão e a tolerância.
Não possuía ouro nem prata que lhe garantisse a influência.
Acusado sem culpa, aceitou agravos e injúrias, sem defender-se.
Executado por alguns de seus contemporâneos que se lhe faziam adversários gratuitos, portou-se com humildade e grandeza de espírito, rogando a benevolência dos Céus para os seus próprios inimigos.
Entretanto, desde que desapareceu do cenário dos homens, passou a viver mais intensamente na Terra, conquistando corações para a sua causa.
Em quase vinte séculos, famosos condutores de povos foram esquecidos.
No entanto a influência do Líder dos Líderes do mundo, sem ameaças e sem armas, cresce com os dias.
Quem estiver procurando Liderança na Terra, saiba que ele, Jesus Cristo, até hoje tem o nome de Senhor Jesus e, no limiar do terceiro milênio dos tempos novos, temo-Lo sempre por Esperança das criaturas e Luz das nações.

dá e receberás emmanuel

VERSÃO MODERNA

Chico Xavier & Irmão X (Humberto de Campos). Livro: Relicário de Luz. Lição nº 27. Página 61.

E, respondendo ao companheiro que lhe havia solicitado a tradução do Sermão do Monte, em linguagem moderna, o velhinho deteve-se no capítulo cinco do Apóstolo Mateus, com voz cheia e vibrante:
– Bem-aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando em silêncio, sem a mania da glorificação pessoal, atentos à vontade do Senhor e distraídos das exigências da personalidade, porque viverão sem novos débitos, no rumo do Céu que lhes abrirá as portas de ouro, segundo os ditames sublimes da evolução.
– Bem-aventurados os mansos, os delicados e os gentis sem reclamação e sem gritaria, suportando a maledicência e o sarcasmo, sem ódio, compreendendo nos adversários e nas circunstâncias que os ferem, abençoados aguilhões do socorro divino, a impeli-los para diante, na jornada redentora, porque realmente serão consolados.
– Bem-aventurados os mansos, os delicados e os gentis que sabem viver sem provocar antipatias e descontentamentos, mantendo os pontos de vista que lhes são peculiares, conferindo, porém, ao próximo, o mesmo direito de pensar, opinar e experimentar de que sentem detentores, porque, respeitando cada pessoa e cada coisa em seu lugar, tempo e condição, equilibram o corpo e a alma, no seio da harmonia, herdando longa permanência e valiosas lições na Terra.
– Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, aguardando o pronunciamento do Senhor, através dos acontecimentos inelutáveis da vida, sem querelas nos tribunais e sem papelórios perturbadores que somente aprofundam as chagas da aflição e aniquilam o tempo, trabalhando e aprendendo sempre com os ensinamentos vivos do mundo, porque, efetivamente, um dia, serão fartos.
– Bem-aventurados os misericordiosos, que se compadecem dos justos e dos injustos, dos ricos e dos pobres, dos bons e dos maus, entendendo que não existem criaturas sem problemas, sempre dispostos à obra de auxilio fraterno a todos, porque no dia de visitação da luta e da dificuldade receberão o apoio e a colaboração de que necessitem.
– Bem-aventurados os limpos de coração que projetam a claridade de seus intentos puros sobre todas as situações e sobre todas as coisas, porque encontrarão a “parte melhor” da vida, em todos os lugares, conseguindo penetrar a grandeza dos propósitos divinos.
– Bem-aventurados os pacificadores que toleram sem mágoa os pequenos sacrifícios de cada dia, em favor da felicidade de todos, que nunca atiçam o incêndio da discórdia com a lenha da injuria ou da rebelião, porque serão considerados filhos obedientes de Deus.
– Bem-aventurados os que sofrem a perseguição ou a incompreensão, por amor à solidariedade, à ordem, ao progresso e à paz, reconhecendo, acima da epiderme sensível, os sagrados interesses da Humanidade, servindo sem cessar ao engrandecimento do espírito comum, porque, assim, se habilitam à transferência justa para as atividades do Plano Superior.
– Bem-aventurados todos os que forem dilacerados e contundidos pela mentira e pela calúnia, por amor ao ministério santificante do Cristo, fustigados diariamente pela reação das trevas, mas agindo valorosos com paciência, firmeza e bondade pela vitória do Senhor, porque se candidatam desse modo, à coroa triunfante dos profetas celestiais e do próprio Mestre que não encontrou, entre os homens, senão a cruz pesada, antes da gloriosa ressurreição.
A essa altura, o iluminado pregador passeou o olhar percuciente e límpido sobre o nosso grupo e, finda a ligeira pausa, fixou nos lábios amplo e belo sorriso, rematando serenamente:
– Rejubilem-se, cada vez mais, quantos estiverem nessas condições, porque, hoje e amanhã, são bem-aventurados na Terra e nos Céus…
Em seguida, retomou o passo leve para a frente, deixando-nos na estranha quietude e na indagação imanifesta de quem se dispõe a pensar.

Ensinamentos que iluminam!

Emmanuel:

Dentro de nossa pequenez, sucumbiríamos de fome espiritual, estacionados na sombra da ignorância, não fosse essa videira da verdade e do amor que o Supremo Senhor nos concedeu em Jesus-Cristo. De sua seiva divina procedem todas as nossas realizações elevadas, nos serviços da Terra. Alimentados por essa fonte sublime, compete-nos reconhecer que sem o Cristo as organizações do mundo se perderiam por falta de base. Nele encontramos o pão vivo das almas e, desde o princípio, o seu amor infinito no orbe terrestre é o fundamento divino de todas as verdades da vida.
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A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las.
Santo Agostinho

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