PREOCUPAÇÕES DA VIDA

bom dia grandes e pequenos
PREOCUPAÇÕES DA VIDA

Preocupações da Vida

Não se preocupe com tempo, nem aquilo que virá…
Levante, abre a cortina da vida, o sol intercala entre as sombras do passado…
O que virá para você será como a onda do mar em seus pés.
Alberto Ferreira

Não se preocupe com tempo

Insegurança e Medo

O homem é as suas memórias, o somatório das experiências que se lhe armazenam no inconsciente, estabelecendo as linhas do seu comportamento moral, social, educacional.
Essas memórias constituem-lhe o que convém e o que não é lícito realizar.
Concorrem para a libertação ou a submissão aos códigos estabelecidos, que propõem o correto e o errado, o moral, o legal, o conveniente e o prejudicial.
Em face de tais impositivos desencadeiam-se, no seu comportamento, as fobias, as ansiedades, as satisfações, o bem ou o mal-estar.
Neste momento social, o medo assume avantajadas proporções, perturbando a liberdade pessoal e comunitária do indivíduo terrestre.
Procurando liberar-se desse terrível algoz, as suas vítimas intentam descobrir-lhe as causas, as raízes que alimentam a sua proliferação. Todavia, essas são facilmente detectáveis. Estão constituídas pela insegurança gerada pela violência, pelo desequilíbrio social vigente, pela fragilidade da vida física — saúde em deterioramento, equilíbrio em dissolução, afetividade sob ameaça, receio de serem desvelados ao público os engodos e erros praticados às escondidas, e, por fim, a presença invisível da morte…
Mais importante do que pensar e repensar as causas do medo é a atitude saudável, ante uma conduta existencial tranquila, pelo fruir cada momento em plenitude, sem memória do passado – evitando o padrão atemorizante – nem preocupação com o futuro.
A existência humana deve transcorrer dentro de um esquema atemporal, sem passado, sem futuro, num interminável presente.
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Não transfiras para depois a execução de tarefas ou decisões nenhumas.
Toma a atitude natural do momento e age conforme as circunstâncias, as possibilidades.
Cada instante, vive-o, totalmente, sem aguardar o que virá ou lamentar o que se foi.
Descobrirás que assim agindo, sem constrições, nem pressas ou postergações, te sentirás interiormente livre, pois que somente em liberdade o medo desaparece.
Não aguardes, nem busques a liberdade. Realiza-a na consciência plena, que age de forma responsável e tranquiliza os sentimentos.
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O medo desfigura e entorpece a realidade. Agiganta e avoluma insignificâncias, produzindo fantasmas onde apenas suspeitas se apresentam.
É responsável pela ansiedade – medo de perder isto ou aquilo – sem dar-se conta de que somente se perde o que se não tem, portanto, o que não faz falta.
A ação consciente, prolongando-se pelo fio das horas, anula o medo, por não facultar a medida do comportamento nas memórias pessoais ou sociais.
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Simão Pedro, por medo dos poderosos do seu tempo, negou o Amigo que o amava e a Quem amava.
Judas, por medo que Ele não levasse a cabo os compromissos assumidos, vendeu o Benfeitor.
Os beneficiários das mãos misericordiosas de Jesus, por medo se omitiram, quando Ele foi levado ao sublime holocausto.
Pilatos, por medo, indeciso e pusilânime, lavou as mãos quanto à vida do Justo.
(…) E Anás, Caifás, a turbamulta, com medo do Homem Livre, resolveram crucificá-lO, mediante o hediondo e covarde conciliábulo da própria miséria moral que os caracterizava.
Ele, porém, não teve medo.
Pensa e busca-O, libertando-te do medo e seguindo-O, em consciência tranquila, por cujo comportamento te sentirás pleno, em harmonia.
FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Felicidade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 4.ed. LEAL, 2011. Capítulo 11.

“No mundo a fórmula para se encontrar a felicidade, com esplendor, é uma gota de verdade, dentro de um litro de amor.”


atividade no bem

Um Dever de Consciência

O fato de médicos e hospitais de vários municípios do Rio Grande do Sul terem se recusado a fazer o abortamento em uma adolescente de 14 anos, apesar da autorização judicial que trazia consigo, foi manchete nas mídias, no ano de 2005.
Segundo as notícias, a jovem disse que sua gravidez foi fruto de estupro e obteve do juiz a permissão para realizar o aborto, isentando médicos e hospitais que se dispusessem a eliminar a vida que pulsava em seu ventre.
Embora o juiz tenha autorizado o aborto, não lhe caberia o direito de obrigar ninguém a realizar o feito, pois nem sempre a legalidade de um ato o torna moral.
O que vale ressaltar na atitude desses médicos, é a consciência do dever. O dever de defender a vida, assumido perante si próprios.
O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros.
Ao concluírem o curso os médicos fazem um juramento, o mesmo juramento feito por Hipócrates, um sábio grego que viveu no século V antes de Cristo, e é considerado o Pai da Medicina.
O juramento diz o seguinte:
Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade.
Darei, como reconhecimento a meus mestres, meu respeito e minha gratidão. Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade.
A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação.
Respeitarei os segredos a mim confiados. Manterei, a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica. Meus colegas serão meus irmãos.
Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais, partidárias ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes.
Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção.
Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza.
Faço estas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra.
Ao fazer tal juramento, o médico passa a ter um dever moral consigo mesmo. E, se o violar, estará ferindo a própria consciência.
Ao se comprometer com esse ideal, o médico também estabelece o dever para com os outros, que é o segundo passo do dever ético-moral.
Lamentável é que muitos desses homens e mulheres que juraram, solene e livremente, que manteriam o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção, usem seus conhecimentos médicos para eliminar a vida que pulsa no santuário do ventre materno.
Por outro lado, é admirável a coragem e a honra desses homens e mulheres que não se permitem sujar as mãos com sangue inocente, mesmo sob qualquer pressão.
Isso porque sabem que, se agirem em desacordo com o juramento feito por livre vontade, não terão como se olhar no espelho da consciência e enxergar um cidadão honrado.
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O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados.
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas.
O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.
O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho.
O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.
O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade.
Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da Sua obra resplandeça a seus próprios olhos.
Redação do Momento Espírita, com base no item 7 do cap. XVII de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb. Em 24.09.2009.
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A VIDA TERRESTRE

A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
Léon Denis

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