A nossa Fatalidade é o Bem

A nossa fatalidade é o bem

A real alegria rumo a felicidade deve ter como fundamental importância a tarefa de servir.
Abençoado rastro luminoso em nossa jornada evolutiva, o bem dá significado interior gerando satisfação íntima, para a realidade do Ser espiritual que se é, e sentido ao ato de viver.
Vera Jacubowski

FAZER O BEM

O homem possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperar recompensa, paga o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre o seu interesse à justiça. (Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XVII)
A beneficência, meus amigos, dar-vos-á nesse mundo os mais puros e suaves deleites, as alegrias do coração, que nem o remorso, nem a indiferença perturbam. Oh! pudésseis compreender tudo o que de grande e de agradável encerra a generosidade das almas belas, sentimento que faz olhe a criatura as outras como olha a si mesma, e se dispa, jubilosa, para vestir o seu irmão! Pudésseis, meus amigos, ter por única ocupação tornar felizes os outros! (…)
Oh! compreendei quão deliciosas são as impressões que recebe aquele que vê renascer a alegria onde, um momento antes, só havia desespero! Compreendei as obrigações que tendes para com os vossos irmãos! (…) Ide, meus bem amados, e tende em mente estas palavras do Salvador: “Quando vestirdes a um destes pequeninos, lembrai-vos de que é a mim que o fazeis!” (…) Caridade! sublime palavra que sintetiza todas as virtudes, és tu que hás de conduzir os povos à felicidade. (…)
É na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida. Oh! quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo de vós; vede que de misérias a aliviar, que de pobres crianças sem família, que de velhos sem qualquer mão amiga que os ampare e lhes feche os olhos quando a morte os reclame! Quanto bem a fazer!
Oh! não vos queixeis; ao contrário, agradecei a Deus e prodigalizai a mancheias a vossa simpatia, o vosso amor, o vosso dinheiro por todos os que, deserdados dos bens desse mundo, enlanguescem na dor e no insulamento! Colhereis nesse mundo bem doces alegrias e, mais tarde… só Deus o sabe!…. Adolfo, bispo de Argel. (Bordéus, 1861) Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XIII.
Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; e o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei de progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus. (Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo IX)
O mundo precisa, urgentemente, de ações voltadas para o bem; não basta, tão somente, não praticar o mal é necessário praticar o bem. Muitas vezes deixamos da fazer o bem esperando realizações de grande vulto; nos voltamos para o macro, mas pelo orgulho, rejeitamos o micro. Esquecemos que o micro forma o macro. “Pensar em fazer grandes coisa é o melhor pretexto para não fazer as pequenas.” (Jacinto Benavente y Martinez). Fazer o bem é simples, nós é que complicamos. O poder de um simples sorriso clareia o dia de quem o recebe; o aconchego de um abraço abriga, aquece e energiza; uma mão estendida a erguer aquele que está caído; um elogio sincero incentiva e dá novo vigor; um bom dia, uma boa tarde, um boa noite, um obrigado, transforma o momento de uma pessoa, faz alguém se sentir lembrado, considerado. São atitudes simples mas de incalculáveis benefícios tanto para quem os recebe, mas também aquele que pratica.
Não nos olvidemos de que o primeiro a ser ajudado é sempre aquele quem ajuda! “O bem não significa simplesmente não fazer o mal, mas antes não desejar fazer o mal.” (Demócrito) Como a corrente do bem, que gerou, inclusive o filme, devemos semear o bem, divulgá-lo, multiplicá-lo, exemplificá-lo.
O bem deve fazer parte de nossas vidas, os nossos pensamentos devem ser norteados pelo bem, pelo amor a humanidade. Se o pensamento é fonte de criação, mudemos, então, as nossas atitudes através de reforma íntima. Filme: A corrente do bem Warner Bros, EUA, ano 2000 com: Kevin Spacey, Helen Hunt e Haley Joel Osment Trecho do filme onde o aluno expõe a ideia da corrente do bem. O sentimento é a porta de entrada para a nossa mudança interior; não tenhamos vergonha de sentir, de nos emocionar. Somente através da empatia, nos colocando no lugar do nosso irmão, sentir as suas emoções é que poderemos dar início a essa mudança.
É a dor do outro doendo em mim! “Faça todo o bem que você puder, com todos os recursos que você puder, por todos os meios que você puder, em todos os lugares que você puder, em todos os tempos que você puder, para todas as pessoas que você puder, sempre que você puder.”
(John Wesley)

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PRATICAR O BEM

Como uma verdeira corrente vamos praticar o bem, e, a cada ato de bondade que nos for concedido vamos multiplicar; vamos ceder lugar a quem precisa, valorizemos todos, a toda humanidade. Vamos fazer a inclusão social daqueles que são discriminados; o importante é amor, pois o problema não é a diferença, mas ser tratado diferente. Vamos fazer o coração de alguém bater mais forte. Quem disse que não podemos mudar o mundo? O nosso Mestre Jesus não disse: “Vós sois deuses”? (João 10:34) Disse, ainda: “podem fazer o que eu faço e muito mais”. (João 14:12) Não temos que acreditar, mas sim, termos CERTEZA desse ensinamento do Mestre! Devemos mudar nossa postura acanhada para fazer o bem, o mal é ousado; sejamos mais ousados ainda, mas com muito amor. “Vale a pena ser bom, mas o melhor é fazer o Bem”.
(Robert Baden-Powell).

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SE JESUS…

Se Jesus de corpo presente tivesse se apresentado entre nós com pretensões políticas para satisfazer os orgulhosos daquele tempo, poderia facilmente ter se poupado de muitos sacrifícios, mas não teria se perpetuado na condição de Espírito mais iluminado que já passou pelo Planeta Terra.
Jesus não cultivou em momento algum a pretensão de ser um rei terreno, mas sim nos trazer os Exemplos e Ensinamentos para nos despertar para as atividades de Espíritos eternos. Veio como Enviado Divino para dar início à redenção da humanidade, com normas simples de conduta, através das quais pudesse ela (a humanidade) se conduzir para estágios espirituais mais elevados no que tange principalmente ao aprimoramento moral.
Se irmãos desavisados criaram expectativas fantasiosas de serem alçados a potentados terrenos, só encontraram motivos para frustrações, por que Nosso Querido Mestre Jesus deixou muito claro que o Seu Reino não era desse mundo.
Seu foco nunca foi expandir fronteiras de nação alguma como queriam os Judeus e sim iluminar irmãos mais simples, apregoando o amor, a tolerância e recomendando-nos o Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, além de prometer a Bem Aventurança aos pacificadores e humildes.
(Texto extraído do Livro “Evangelho de Redenção”).
“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face em todas as épocas da humanidade”.
“Todos os Espíritos estão destinados à perfeição, e Deus lhes fornece as maneiras de alcançá-la por meio da reencarnação”.
“Fora da caridade não há salvação”.
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“Que todas as coisas boas cheguem até você. Que o amor permaneça, que o bem prevaleça e a fé continue firme. Que Deus encha o seu coração de esperança e alegria. Que a sua alma tenha paz e você simplesmente sorria.
Sabrina Braga
O bem está em toda parte,
Na beleza da flor,
No sorriso do desconhecido que cruza nosso caminho pela manhã,
Naquele outro que se alegra nos desejando bom dia.
Carmi Wildner
o bem real VERA JACUBOWSKI

Exercício do bem

Mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam e nem roubam. Jesus (Mateus, 6: 20)
A mensagem começa com este ensinamento de Jesus, que nos mostra aquilo que podemos apresentar no mundo espiritual, ou seja, o bem que se faz por amor ao próximo.
Sede bons e caridosos: essa a chave dos céus, chave que tendes em vossas mãos. Toda a eterna felicidade se contém nesse preceito: Amai-vos uns aos outros.
São Vicente de Paula – ESE (Cap. 13, Item 12)
Esta é mais uma citação, ao início da mensagem em análise, reforçando a ideia de que a nossa felicidade encontra-se no bem realizado em favor do nossos irmãos de caminhada.

O bem em como agimos

O benfeitor Emmanuel nos alerta para o fato de que estamos sempre à procura de desculpas como pretexto para recusar o exercício do bem e que não ignoramos a necessidade de agir e servir, porém nos instalamos em nosso egoísmo para permanecer na inércia e na indiferença. Estas atitudes são comuns quando: confessamo-nos incompetentes, alegamos cansaço, afirmamo-nos sem tempo, declaramo-nos enfermos, reclamamos cooperação. Também lançamos uso de expressões que justifiquem a nossa fuga : “muito difícil”, “melhor esperar”, “vamos ver”, e apesar de estarmos bem intencionados, Emmanuel nos alerta que não estamos com vontade de realizar o trabalho.

Necessidade de despertarmos para o bem

Neste segundo momento da mensagem, somos chamados a despertar para nossa responsabilidade, para que, no futuro, não aleguemos ignorância.
Na maioria das vezes, para o bem exigimos o atendimento a preceitos e cálculos, enquanto que para o mal apenas de raro em raro imaginamos consequências.
Julgamos o nosso próximo quando nos pede auxílio, analisando se não estamos sendo enganados e em contrapartida, raramente analisamos uma atitude nossa que possa ser injusta frente ao que acreditamos ser “correto”.
Entretanto, o conhecimento, do bem para que o bem se realize é de tamanha importância que o apóstolo Tiago afirma no versículo 17 do capítulo 4 de sua carta, no Evangelho “Todo aquele que sabe fazer o bem e não o fez comete falta”.
E traz ainda os ensinamentos dos desencarnados, no Livro dos Espíritos, questão 642:
Cumpre ao homem fazer o bem, no limite das suas forças, porquanto responderá pelo mal que resulte de não haver praticado o bem.
Emmanuel nos lembra ainda que a Doutrina Espírita nos esclarece que responderemos não só pelo mal que houvermos feito, mas também pelo bem que não fizermos em decorrência do nosso comodismo.

O que é o bem

Na questão 630 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta aos espíritos como podemos distinguir o bem do mal:
“O bem é tudo o que é conforme a Lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a Lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.”
Trazendo ainda o respaldo das obras básicas, o palestrante cita mais duas perguntas de O Livro dos Espíritos:
631. Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal? R : “Sim, quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe deu a inteligência para distinguir um do outro.”
632. Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?
R:“Jesus disse: vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganareis.”
Nesta mesma obra, os espíritos benfeitores nos ensinam que todos nós, espíritos criados simples e ignorantes, vamos nos melhorando, pelo nosso próprio esforço, passando de uma ordem inferior a uma ordem superior, na escala espiritual.
No capítulo III de A Gênese, Kardec trata sobre a classificação dos mundos, e no Mundo de Expiações e Provas, onde ainda transitamos, o mal ainda predomina e a nós cabe aprender, praticar, evoluir e cada vez mais nos distanciar do mal.

Sendo instrumentos do bem

Cada filho de Deus recebe ou doa o auxílio que lhe for atribuído pelo Pai, portanto cabe a nós entendermos quando podemos ser um instrumento do bem. Faz parte da Justiça Divina auxiliar ou ser auxiliado e quando temos a oportunidade de servir, não podemos desperdiçá-la.
Todos podemos participar da construção do bem em nós mesmos ou pelo outro, atendendo desta forma à orientação de Jesus quando disse:
Quem não está comigo, está contra mim, e quem não ajunta comigo, dispersa. (Mateus 12:30)

Oportunidades de exercer o bem

As oportunidades para a prática do bem nos são apresentadas de inúmeras formas, quando temos “olhos de ver e ouvidos de ouvir”. Podemos ser o abraço que conforta, o ouvido paciente, a mão que se estende, o braço que sustenta o peso para alguém, o coração que acolhe a dor, os olhos que procuram onde está o sofrimento, as mãos que preparam o alimento, a consciência que cuida da natureza, o irmão que perdoa o equívoco do outro e enxerga a beleza.

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