DIANTE DA VIDA IMORTAL

erros corrigidos

 

DIANTE DA VIDA IMORTAL

“Nossos erros de agora serão corrigidos amanhã. Nada fica impune diante da vida imortal, sem que haja acertos, e com base fundamentadas nas reparações futuras a Lei de Deus é inexorável para todos indistintamente.
Crescimento significa aprender no perdão e, na correção dos erros, que são estas nossas maiores necessidades morais, passadas e presentes marcadas na individualidade de toda alma humana.
Vivências neste mundo e em planos espirituais.
Vera Jacubowski

pacificador joanna de ângelis

Imortalidade

Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir, tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de amar, e de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. (Eclesiastes, 3:1-8.)
A imortalidade da alma é uma realidade incontestável.
O homem, inclusive o materialista, tem e sempre teve dela a intuição.
É que tendo sido criado por Deus, ou tendo d’Ele saído, contém em si mesmo o germe da vida futura.
Os gregos, mesmo os anteriores a Sócrates e Platão criam que a alma sobrevivia à morte. Pitágoras, famoso matemático que viveu no século VI a. C., já divulgava que a alma era imortal e estava sujeita ao ciclo de renascimentos.
Na antiga Pérsia, no século VII a. C. Zoroastro também falava da imortalidade através de uma forma de adoração que ficou conhecida como Zoroastrismo. As escrituras zoroastrianas afirmam que, na imortalidade, a alma do justo estará sempre em alegria, mas a do mentiroso estará certamente em tormento. Entretanto, a ideia da alma imortal já fazia parte da religião persa antes mesmo de Zoroastro.
Também para os egípcios era fundamental a crença na imortalidade. Acreditavam que a alma após a morte seria julgada por Osíris, o deus principal do mundo do Além.
As religiões da Índia – Vedismo, Bramanismo, Hinduísmo, Jainísmo e Budismo – afirmavam a crença na imortalidade.
A imortalidade da alma e a vida após a morte é também no judaísmo um de seus princípios fundamentais. Ensina que se acreditamos na Justiça Divina, consequentemente cremos também na imortalidade da alma.
De que maneira poderíamos conciliar o fato de tantas pessoas justas sofrerem nesta vida?
O Alcorão ensina que o homem tem uma alma e que essa continua viva após a morte. Seu destino futuro depende do que fez enquanto habitou o corpo físico.
Jesus, na sua caminhada pela Terra, apresentou-nos a vida futura. Ao falar das bem-aventuranças e as recompensas prometidas ao servo fiel, colocou todos os homens num mesmo nível de salvação e eternidade.
Allan Kardec, em todas as suas obras, nada mais faz do que nos mostrar as influências que os nossos atos presentes terão em nossa vida futura.
Apesar da imortalidade estar gravada nos refolhos de nossa alma, Espíritos imortais que somos, a grande maioria de nós deixa-se arrastar, hodiernamente, pelos estímulos sociais e culturais vigentes, que induzem à luxúria e sensualidade, ao poder desenfreado, ao apego à materialidade, sufocando o despertamento para a vida real do Espírito.
Em sua busca pela ascensão, esquece o homem que a matéria é fugaz, interiorizando uma visão equivocada da vida, esquecido que a edificação deve ser interior, espiritual, para que o futuro nos encontre despertos para as reais necessidades.
É compreensível que, para viver-se no mundo, sejam utilizados os mecanismos que lhe dizem respeito. Viver, porém, no mundo e não exclusivamente para o mundo. Fruir as benesses da organização material, tendo-se em vista o futuro inevitável que todos alcançarão, despertos ou adormecidos no engodo da transitoriedade das coisas. (…) Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando à convivência social, religiosa, humana…*
Na atual fase de transição planetária, quando o homem desperta para o amanhecer de uma Nova Era, é impreterível lembrar que a libertação do mundo torna-se improrrogável, embora ser livre ou escravo da materialidade seja escolha de cada um. As aflições são resultado do apego às ilusões e fantasias criadas pelas ilusões humanas no decorrer de sua existência terrena. Cabe a cada um acordar para os valores reais da existência, o respeito a si mesmo e ao próximo, o cumprimento dos deveres grafados no íntimo.
A matéria é impermanente. Tudo na vida física se altera constantemente, do nascimento até a morte. O corpo dissolve-se e transforma-se diversas vezes durante a vida, assim como todo ser vivo. No entanto, continuamos a ser a mesma pessoa. Isto nos remete à reflexão sobre o permanente, ou seja, a vida real do Espírito, eterna, plena, dimensionando a importância de cada fato.
Tudo no Universo, portanto, atende às leis de harmonia que o geraram, prosseguindo no cosmo individual de cada ser, apontando-lhe a diretriz de segurança para alcançar a realização a que está destinado.
(…) Espiritualmente considerada a reencarnação, a sua meta é o reencontro com a Realidade, e o meio para consegui-la, é a busca que pode proporcionar o êxito no grande desafio.*
A consciência da imortalidade constitui o único fim da existência terrestre para atingir a harmonia e a saúde integral.
Herdeiro de Deus e de todo o Seu amor, o Espírito traz, ínsitos, os valores divinos, que lhe cumpre fazer germinar e desenvolver a potencialidade adormecida, assim candidatando-se à grandeza estelar.
Toda e qualquer aglutinação de moléculas que se encontram sob a força de atração experimenta mudanças, desarticulando-se em face de impositivos mais poderosos, assumindo outras expressões na forma.
A impermanência é inevitável ocorrência em todas as organizações e estruturas que existem no Universo.
Permanentes são o Espírito e a sua especial constituição energética, porquanto, criado por Deus, a Eterna Causalidade, avança, sem cessar, na direção da fatalidade para a qual se encontra destinado.*
*Divaldo Pereira Franco/Carlos Torres Pastorino/
permanência e Imortalidade, ed. FEB.

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A Vida de Jesus – Contexto Histórico

O livro Boa Nova, o Espírito Humberto de Campos nos faz o seguinte relato sobre o período que antecedeu a vinda do Mestre até nós:
Os historiadores do Império Romano sempre observaram com espanto os profundos contrastes na gloriosa época de Augusto.
Caio Júlio César Otávio chegara ao poder, (…), por uma série de acontecimentos felizes.(…)
Uma nova era principiara com aquele jovem enérgico e magnânimo. O grande império do mundo, como que influenciado por um conjunto de forças estranhas, descansava numa onda de harmonia e de júbilo, depois de guerras seculares e tenebrosas.(…)
(…) A paisagem gloriosa de Roma jamais reunira tão grande número de inteligências. É nessa época que surgem Virgílio, Horácio, Ovídio, Salústio , Tito Lívio e Mecenas, (…)
É que os historiadores ainda não perceberam, na chamada época de Augusto, o século do Evangelho ou da Boa Nova. Esqueceram-se de que o nobre Otávio era também homem e não conseguiram saber que, no seu reinado, a esfera do Cristo se aproximava da terra, numa vibração profunda de amor e de beleza. Acercavam-se de Roma e do mundo não mais Espíritos belicosos, como Alexandre ou Aníbal, porém outros que se vestiriam dos andrajos dos pescadores, para servirem de base indestrutível aos eternos ensinos do Cordeiro. Imergiam nos fluidos do planeta os que preparariam a vinda do Senhor e os que se transformariam em seguidores humildes e imortais dos seus passos divinos.(…)
Entre esses Espíritos, destaca-se a iluminada figura de Maria de Nazaré, que aceitou do Plano Maior da Vida a missão de ser a mãe daquele que o mundo conheceria como o “Salvador”.
Qualquer narrativa em torno da incomparável personalidade de Jesus, ou da evocação dos seus feitos insuperáveis, não pode prescindir de uma análise, superficial que seja, da terra onde ele viveu e do povo que a habitava.
Somente assim, se poderá compreender a posição por Ele assumida ante as transitórias governanças política e religiosa então vigentes, características desse povo sofredor, destemido e temente a Deus, que vivia num verdadeiro oásis de monoteísmo, situado num imenso deserto de politeísmo, no qual se desenvolveram as civilizações da antiguidade.
A Palestina, que literalmente significa “terra dos filisteus”, está encravada entre o Mediterrâneo, o Líbano, o deserto da Síria, na região denominada Oriente Próximo. Inicialmente, a sua localização geográfica a punha na encruzilhada das grandes e indispensáveis rotas comerciais, que levaram, na Ásia Menor, do Egito, à Mesopotâmia e à Arábia.
Graças a isso, experimentou sucessivas invasões dos egípcios, mesopotâmicos, persas e, por fim, dos romanos, que a destroçaram por largos séculos.
Pelos acontecimentos históricos que ali tiveram lugar, foi denominada como “Terra Santa” face às ocorrências bíblicas que lhe deram notoriedade, unindo fatos e revelações humanas, como espirituais, igualmente por se tornar o lugar de nascimento de Jesus.
A Judéia e os hebreus ofereciam todos os requisitos para o sucesso da missão salvacionista de Jesus. O Velho Testamento sempre considerou o povo judeu como eleito para o advento do Messias prometido.
Com o nascimento do menino Jesus, há como que uma comunhão direta do céu com a terra.
Esse é um momento especial de sua missão ininterrupta. Nasce e cresce no seio de um povo e de uma raça que sempre se caracterizou pela crença no Deus único e que já havia merecido a presença de adiantados Espíritos preocupados em reafirmar ao povo antigas crenças no seu Deus, fé inabalável, transmitindo-lhe adiantada legislação de ordem moral e civil e constantes advertências através do profetismo.
Desde seu aparecimento na Terra, até sua volta aos Páramos Celestes, Jesus, o Cristo anunciado e esperado durante séculos, ensinou aos homens as leis de Deus, usando diferentes métodos e formas, mas especialmente através da exemplificação.
Seu nascimento na manjedoura, nos diz Emmanuel: assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes. Seu crescimento, no seio da família é exemplo de obediência aos pais; sua sabedoria já é destaque aos doze anos, e aos trinta inicia publicamente sua missão, que se desenvolve por três anos; e nos momentos derradeiros dá mostra de submissão aos desígnios do Pai, aceitando uma crucificação injusta e infamante, como a nos definir que, se quisermos ressurgir como Espíritos em glória, temos que aceitar o momento difícil e solitário da crucificação.

Para cada um dos 7 pecados, também tem uma virtude oposta a ele, que são:

  • Soberba – Humildade.
  • Avareza – Caridade.
  • Luxúria – Castidade.
  • Inveja – bondade.
  • Gula – Temperança.
  • Ira – Paciência.
  • Preguiça – Diligência.
Ainda durante a sua vida terrena, mostra o poder e o amor de Deus, o criador de todas as coisas, e, que amar ao próximo como a si mesmo é o maior de todos os mandamentos.
Com sua autoridade incontestável, mostra o sentido exato das leis divinas, contrariando usos e costumes do povo hebreu, quando estes não estavam de acordo com o objetivo maior da vida.
Seu poder e domínio sobre a matéria visível e sobre os fluidos são continuamente evidenciados nas mais diferentes curas de cegos paralíticos e de variadas doenças físicas. Sua hierarquia espiritual é incontestável ao expulsar demônios (espíritos rebeldes), curar possessos, e ao impor respeito e autoridade moral a legiões de espíritos inferiores, maus e perseguidores. Seus métodos de ensino e transferência de conhecimentos são modernamente conhecidos como os mais eficazes nos campos psicológico e didático, utiliza o exemplo, a palavra, os fenômenos e os elementos da natureza. Sua linguagem é apropriada aos ouvintes e às circunstâncias. A parábola e as experiências mais conhecidas de todos são continuamente utilizadas em suas prédicas. Demonstrou que o importante não era vencer no mundo, mas vencer o mundo. Estar aqui, mas sem ser daqui.
Sua mensagem, como enviado de Deus, imortalizou-se para beneficiar toda a Humanidade. Ao contrário dos valores vivenciados pelos homens, sua força extraordinária é constituída pela bondade, pela humildade, pela paciência , pelo amor e pela fé absoluta no Poder Supremo.
Em lugar de amigos poderosos, recrutou homens simples, sinceros e humildes, com os quais contou para universalizar sua mensagem. Assim continua a falar, através do seu Evangelho de amor, aos discípulos de ontem e de hoje, aos mansos, aos que têm puro o coração, aos misericordiosos e aos pacificadores.
Para a generalidade dos estudiosos, o Cristo permanece tão somente situado na história, modificando o curso dos acontecimentos políticos do mundo; para a maioria dos teólogos, é simples objeto de estudo, nas letras sagradas, imprimindo novo rumo às interpretações da fé; para os filósofos, é o centro de polêmicas infindáveis; e para a multidão dos crentes inertes, é o benfeitor providencial nas crises inquietantes da vida comum
Todavia, quando o homem percebe a grandeza da “Boa Nova”, compreende que o Mestre não é apenas o legislador da crença, o reformador da civilização, o condutor do raciocínio ou o doador de facilidades terrestres, mas também, acima de tudo, o renovador da vida de cada um..

Livro: Apostila do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro Espírita Amor e Caridade – Goiânia – GO – 1997

mestre galileu emmanuel

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