Nossos Verdadeiros Tesouros Espirituais

Nossos Verdadeiros Tesouros Espirituais

Nossos Verdadeiros Tesouros Espirituais

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Verdadeiros Tesouros

Nossos verdadeiros tesouros espirituais não são os bens materiais, eles são transitórios e perecíveis, nossos bens eternos são as propriedades adquiridas nos valores da alma.
Vera Jacubowski

deus abençoe

O Verdadeiro Tesouro

Escrito por Katia Tamietti
” Porque onde estiver o vosso tesouro aí estará também o vosso coração.” (Mateus, 6-21)
Quando falamos em tesouro, pensamos logo em riquezas, bens materiais e de grande valor.
O tesouro pode ser insignificante, pois o valor somos nós que lhe atribuímos. O que é muito valioso para alguém, pode não ter nenhum valor para o outro.
Allan Kardec no Evangelho Segundo o Espiritismo, no cap.16, nos esclarece que em relação às riquezas materiais somos simples administradores e que, portanto são tesouros efêmeros, passageiros e que os verdadeiros tesouros são espirituais, posses eternas do espírito. No item 9 deste mesmo capítulo nas instruções dos espíritos temos: “o homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado a levar deste mundo.’
Ainda hoje, estas posses transitórias nos fascinam, e nos desviam da senda redentora.
Possuir bens materiais não é o problema; Jesus não condenou a riqueza, como observamos no livro Boa Nova no cap.23, quando o Mestre se encontra com Zaqueu. Ele recomenda que não nos escravizássemos a ela, que fizéssemos dela (riqueza material) um manancial de bens.
Por que ainda a posse transitória dos bens terrenos domina os nossos corações, os nossos sentimentos a ponto de nos cegar, se são meros instrumentos e que o essencial é a busca pela iluminação interior, representada pelas virtudes conquistadas e melhoramento intimo, pois são as verdadeiras posses que ninguém pode nos tirar?
Procuremos estabelecer em nós valores reais capazes de governar com segurança nossos corações. O coração é o símbolo do sentimento. E aquilo que valorizamos e buscamos com insistência domina os nossos sentimentos.
Onde situamos os nossos valores ai também colocamos o nosso coração!
E quais são os nossos atuais valores?
Somos ainda terreno que jogada a semente divina, ela brota e quando vai crescendo é sufocada pela riqueza simbolizada pelos espinheiros que não deixam a planta crescer, ou nossos valores já conseguem vislumbrar mais além, colocando os nossos sentimentos em conquistas verdadeiras para o espírito?
O Espírito Emmanuel no livro Pão Nosso lição 156 nos diz: “Quando Jesus nos recomendou ajuntássemos tesouros no céu, aconselhava-nos a dilatar os valores do bem na paz do coração. O homem que adquire fé e conhecimento, virtude e iluminação, nos recessos divinos da consciência, possui o roteiro celeste. Quem aplica os princípios redentores que abraça, acaba conquistando essa carta preciosa; e quem trabalha diariamente na prática do bem, vive amontoando riquezas nos Cimos da Vida.” Riquezas imperecíveis!
Kátia Tamietti
Nossos Verdadeiros Tesouros Espirituais

silêncio

Observai os Pássaros do Céu

Não acumuleis tesouros na Terra, onde a ferrugem e os vermes os comem e onde os ladrões os desenterram e roubam; – acumulai tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem os vermes os comem; – porquanto, onde está o vosso tesouro aí está também o vosso coração.
Eis por que vos digo: Não vos inquieteis por saber onde achareis o que comer para sustento da vossa vida, nem de onde tirareis vestes para cobrir o vosso corpo. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes?
Observai os pássaros do céu: não semeiam, não ceifam, nada guardam em celeiros; mas, vosso Pai celestial os alimenta. Não sois muito mais do que eles? – e qual, dentre vós, o que pode, com todos os seus esforços, aumentar de um côvado a sua estatura?
Por que, também, vos inquietais pelo vestuário? Observai como crescem os lírios dos campos: não trabalham, nem fiam; – entretanto, eu vos declaro que nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. – Ora, se Deus tem o cuidado de vestir dessa maneira a erva dos campos, que existe hoje e amanhã será lançada na fornalha, quanto maior cuidado não terá em vos vestir, ó homens de pouca fé!
Não vos inquieteis, pois, dizendo: Que comeremos? ou: que beberemos? ou: de que nos vestiremos? – como fazem os pagãos, que andam à procura de todas essas coisas; porque vosso Pai sabe que tendes necessidades delas.
Buscai primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, que todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo. – Assim, pois, não vos ponhais inquietos pelo dia de amanhã, porquanto o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu mal. (S. MATEUS, cap. VI, vv. 19 a 21 e 25 a 34.)
Interpretadas à letra, essas palavras seriam a negação de toda previdência, de todo trabalho e, conseguintemente, de todo progresso. Com semelhante princípio, o homem limitar-se-ia a esperar passivamente. Suas forças físicas e intelectuais conservar-se-iam inativas. Se tal fora a sua condição normal na Terra, jamais houvera ele saído do estado primitivo e, se dessa condição fizesse ele a sua lei para a atualidade, só lhe caberia viver sem fazer coisa alguma. Não pode ter sido esse o pensamento de Jesus, pois estaria em contradição com o que disse de outras vezes, com as próprias leis da Natureza. Deus criou o homem sem vestes e sem abrigo, mas deu-lhe a inteligência para fabricá-los. (Cap. XIV, no 6; cap. XXV, no 2.)
Não se deve, portanto, ver, nessas palavras, mais do que uma poética alegoria da Providência, que nunca deixa ao abandono os que nela confiam, querendo, todavia, que esses, por seu lado, trabalhem. Se ela nem sempre acode com um auxílio material, inspira as idéias com que se encontram os meios de sair da dificuldade. (Cap. XXVII, no 8.)
Deus conhece as nossas necessidades e a elas provê, como for necessário. O homem, porém, insaciável nos seus desejos, nem sempre sabe contentar-se com o que tem: o necessário não lhe basta; reclama o supérfluo. A Providência, então, o deixa entregue a si mesmo. Freqüentemente, ele se torna infeliz por culpa sua e por haver desatendido à voz que por intermédio da consciência o advertia. Nesses casos, Deus fá-lo sofrer as conseqüências, a fim de que lhe sirvam de lição para o futuro. (Cap. V, no 4.)
A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentâneo supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência do outro; e cada um terá o necessário. O rico, então, considerar-se-á como um que possui grande quantidade de sementes; se as espalhar, elas produzirão pelo cêntuplo para si e para os outros; se, entretanto, comer sozinho as sementes, se as desperdiçar e deixar se perca o excedente do que haja comido, nada produzirão, e não haverá o bastante para todos. Se as amontoar no seu celeiro, os vermes as devorarão. Daí o haver Jesus dito: “Não acumuleis tesouros na Terra, pois que são perecíveis; acumulai-os no céu, onde são eternos.” Em outros termos: não ligueis aos bens materiais mais importância do que aos espirituais e sabei sacrificar os primeiros aos segundos. (Cap. XVI, no 7 e seguintes.)
A caridade e a fraternidade não se decretam em leis. Se urna e outra não estiverem no coração, o egoísmo aí sempre imperará. Cabe ao Espiritismo fazê-las penetrar nele.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 25. Itens 6 a 8.

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