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O AMOR É A ASA MAIS VELOZ

ASA VELOZ

Asa Veloz

O amor é a asa mais veloz que Deus deu
à alma para que ela voe até o céu.
Michelangelo

Amor verdadeiro

 

Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento.
Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.
O mestre disse que respeitava sua opinião mas lhes contou a seguinte história:
Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um infarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete.
Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.
Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou.
Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.
Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:
“Meus filhos, foram 55 bons anos…
Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem ideia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.”
Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:
“Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade.
Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam.
Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal, e perdoamos nossos erros…
Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida.
Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim…”
Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo:
“Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa. Este foi um bom dia.”
E, por fim, o professor concluiu:
Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.
Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar pois esse tipo de amor era algo que não conheciam.
* * *
O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias.
O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.
Quem ama, verdadeiramente, prefere sofrer a causar sofrimento. Prefere renunciar à própria felicidade para promover a felicidade de quem ama.
Alguns dirão que quem age assim não tem amor próprio, mas amor próprio, não quer dizer individualismo.
O que geralmente acontece com o individualista, em caso de separação pela morte, é debruçar-se sobre o caixão e perguntar: O que será de mim?
Já aquele que ama e se preocupa com o ser amado, perguntará: O que será dele? Ou, ou que será dela?
Isso demonstra que seu amor é grande o suficiente para pensar mais no outro do que em si mesmo.
E você, está aproveitando o seu casamento para construir um verdadeiro amor?
Redação do Momento Espírita, baseado em história de autoria desconhecida.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 7, ed. Fep. Em 09.07.2009.

Por Amor

 

“Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos e compreendam no coração e se convertam e eu os cure.”
– (JOÃO, capítulo 12, versículo 40.)
 
Os planos mais humildes da Natureza revelam a Providência Divina, em soberana expressão de desvelo e amor.
Os lírios não tecem, as aves não guardam provisões e misteriosa força fornece-lhes o necessário.
A observação sobre a vida dos animais demonstra os extremos de ternura com que o Pai vela pela Criação desde o princípio: aqui, uma asa; acolá, um dente a mais; ali, desconhecido poder de defesa.
Afirma-se a grande revelação de amor em tudo.
No entanto, quando o Pai convoca os filhos à cooperação nas suas obras, eis que muita vez se salientam os ingratos, que convertem os favores recebidos, não em deveres nobres e construtivos, mas em novas exigências; então, faz-se preciso que o coração se lhes endureça cada vez mais, porque, fora do equilíbrio, encontrarão o sofrimento na restauração indispensável das leis externas desse mesmo amor divino. Quando nada enxergam além dos aspectos materiais da paisagem transitória, sobrevém, inopinadamente, a luta depuradora.
É quando Jesus chega e opera a cura.
Só então torna o ingrato à compreensão da Magnanimidade Divina.
O amor equilibra, a dor restaura. É por isso que ouvimos muitas vezes: “Nunca teria acreditado em Deus se não houvesse sofrido.”

 

XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 139.

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