O EGOÍSMO E A DESONESTIDADE

o egoísmo e a desonestidade

O egoísmo e a desonestidade

O egoísmo e a desonestidade são os grandes causadores do maior empecilho do homem, para poder passar pela porta estreita.
Vera Jacubowski

pensa crê e deseja andré luiz

II – O Egoísmo
EMMANUEL – Paris, 1861

11 – O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral. É ao Espiritismo que cabe a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é portanto o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem. Digo coragem, porque esta é a qualidade mais necessária para vencer-se a si mesmo do que para vencer aos outros. Que cada qual, portanto, dedique toda a sua atenção em combatê-lo em si próprio, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas. Ele é a negação da caridade, e por isso mesmo, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
Jesus vos deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o do egoísmo. Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: Que me importa! Disse mesmo aos judeus: Esse homem é justo, por que quereis crucificá-lo? E, no entanto, deixa que o levem ao suplício.
É a esse antagonismo da caridade e do egoísmo à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter ainda cumprido toda a sua missão. E é a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, que cabem a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho dos obstáculos que lhe entravam a marcha. Expulsai o egoísmo da Terra, para que ela possa elevar-se na escala dos mundos, pois já é tempo da humanidade vestir a sua toga viril, e para isso é necessário primeiro expulsá-lo de vosso coração.
*
PASCAL
Sens, 1862
12 – Se os homens se amassem reciprocamente, a caridade seria mais bem praticada. Mas, para isso, seria necessário que vos esforçásseis no sentido de livrar o vosso coração dessa couraça que o envolve, a fim de torná-lo mais sensível ao sofrimento do próximo. O Cristo nunca se esquivava: aqueles que o procuravam, fossem quem fossem, não eram repelidos. A mulher adúltera, o criminoso, eram socorridos por ele, que jamais temeu prejudicar a sua própria reputação. Quando, pois o tomareis por modelo de todas as vossas ações? Se a caridade reinasse na Terra, o mal não dominaria, mas se apagaria envergonhado; ele se esconderia, porque em toda parte se sentiria deslocado. Seria então que o mal desapareceria; compenetrai-vos bem disso.
Começai por dar o exemplo vós mesmos. Sede caridosos para com todos, indistintamente. Esforçai-vos para não atentar nos que vos olham com desdém. Deixai a Deus cuidar de toda a justiça, pois cada dia, no seu Reino, Ele separa o joio do trigo.
O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem caridade não há tranqüilidade na vida social, e digo mais, não há segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, essa vida será sempre uma corrida favorável ao mais esperto, uma luta de interesses, em que as mais santas afeições são calcadas aos pés, em que nem mesmo os sagrados laços de família são respeitados.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

plantação e colheita

Amizade é o amor sublimado

Nascer e morrer são duas situações que deveriam ser encaradas pelos encarnados como uma coisa normal. A pessoa, para nascer, recebe ajuda de pessoas especializadas e. na minha época. em vida, de parteiras prestimosas. era o chegar ria vida. Ali era cortado o cordão umbilical, a criança respirava pelos seus pulmõezinhos e começava mais unia etapa reencarnatória, mais experiências, mais vivências, o resgatar de débitos, o assimilar de conhecimentos e a vida era recebida, na sua grande maioria. com manifestações de alegria. Era um bebê que chegava, era uma vida nova.
Quando a pessoa desencarna, ela tem os mesmos preparativos de quando ela nasce, ela parte para o inundo espiritual‑. Assim como existe para os que nascem o cordão umbilical, existe no plano espiritual o cordão fluídico, seja qual for a forma pela qual a pessoa desencarnou, com exceção de mortes violentas ou suicídio‑ que quando .não está tempo previsto, o cordão fluídico rompe‑se com violência‑ existem os mesmos aparatos, cortar o cordão fluídico, a importância desse seccionar o cordão fluídico paia que o espírito permaneça num mundo espiritual sem aquela força vital que pode lhe trazer alguns distúrbios. É a mesma técnica para se nascer, porque se você não cortar bem o cordão umbilical, ou deixá‑lo sem cortar, a criança pode se esvair em sangue. Então, a vida material depende desse cortar do cordão, como a vida espiritual, no seu equilíbrio, depende desse cortar do cordão fluídico.
Mas o ser humano encara a vida como promessa e o desencarne como uma fatalidade. O desencarne material programado. aquele desencarne que é o cessar da prova, é visto no plano espiritual com muita alegria por aqueles que se encontram, no além. P com muita tristeza quando alguém parte por acidente, por invigilância ou por suicídio porque sabemos que aí a criatura vai esvaindo o seu fluido vital em grande sofrimento, não terá toda aquela ;reparação para se esgotar o fluido vital e ajuda: esta pessoa. então ela ficará colocada à própria sorte, porque se rebelou contra os desígnios divinos, se rebelou contra a dor que ela mesma programou para si.
Porque, se nós sofremos, se nós choramos, se passamos por testes difíceis, se o desespero nos bate à porta da alma, tudo isso foi conquistado pela nossa vontade, com nossos esforços, com as nossas opções de ‑‑ida. em decorrência das nossas decisões tomadas em vidas pretéritas.
Existem aquelas vidas em que, na própria carne, a pessoa já vai complicando o seu quadro cármico, com atitudes, com viciações, com imprevidência, com leviandade, com desonestidade, com indignidade, tudo isso são agravantes sérios para a criatura que já traz uma programação reencarnatória, dificuldades para serem superadas e tudo isso representará também agravantes seríssimos no plano espiritual para a pessoa que veio resgatar o que leva na sua bagagem, mais algumas contas para saldar. No geral do saldo ainda fica o devedor.
Sabemos o quanto é difícil enfrentar o mundo com as suas lutas, tomar as decisões certas, nos momentos mais imprevistos. Nós estamos juntos a todos vocês, sentimos a dor de todos vocês. compartilhamos desta dor e procuramos minorá‑las tanto quanto possível, mas respeitando sempre o canoa de cada urre, porque se nós não respeitarmos esse traçado cármico, nós estaremos impedindo as pessoas que amamos de crescer.
Uma criança aprende a escrever com sua própria mão, ela não aprende a escrever com a mão da mãe ou a do pai. A mãe que faz os exercícios do filho não está ajudando o seu filho, ela tem que ajudar o filho a superar as suas dificuldades, ensiná‑lo. estar presente, ter aquela voz mansa, não aquela voz traumática e agressiva, não a voz punitiva, mas a voz apoio, para que o filho aprenda. sem traumas, adquira conhecimentos de forma agradável. Mas a criança tem que fazer por ela, tem que amealhar conhecimentos. tem que incorporar em seu cérebro as informações que obtém no curse que está realizando, e, no curso da vida, as experiências naturais de todo espírito em desenvolvimento.
Por isto, fazer grandes dramas diante da morte só complica o quadro cármico daqueles que estão na terra e daqueles que partiram, porque a saudade desequilibrada, o amor desajustado, provoca sofrimentos enormes, mesmo para aqueles que já estão en5 colônias, já estão em hospitais e enfermarias. Eles passara por convulsões, espasmos violentíssimos, passam horas, dias era inconsciência, só recebendo aquelas emanações envenenadas da terra.
Por isso, em relação àqueles que partiram de uma forma violenta, desajustada ou suicídio, não .se deve pensar nas imagens negativas que eles deixaram. Deve‑se pensar nos instantes em que eles foram felizes, deve‑se pensar em momentos jubilosos. não nos instantes dolorosos, para que eles tenham força e se alimentem dessas energias lenitivas que são emitidas pelo pensamento.
Abençoado aquele que sabe orar pelos que partiram, porque nós sabemos a terapia de apoio que representa. mesmo para os que estão muito desajustados no plano espiritual. Às vezes nos encontramos com eles nos corredores, radiosos, felizes e perguntamos
‑ Porque você está tão feliz ?
‑ Recebi hoje uma prece de uma pessoa amiga. E essa notícia me foi muito prazerosa.
Ou então, quando alguém está dando uma aula, fazendo urra palestra ou recebendo uma terapia e chega aquela vibração boa, aí é projetado nos telões de prece‑ que nós chamarmos de telas de prece‑ em que é projetado o rosto da pessoa ali. Muitas vezes eles choram.
‑ Porque que esta pessoa que eu não conheço está orando por mim ? Porque não estão orando por mim meus parentes. meus filhos, meus amigos?
Naquele instante ele percebe, o ser que está recebendo a prece, que realmente a amizade não está ligada aos elos biológicos, amizade é o amor sublimado, na sua mais alta essência divina. Amizade é o sentimento mais puro que envolve a terra. Amor e paixão passam em várias experiência reencarnatórias, mas, a amizade são os companheiros de sempre, nas alegrias de sempre.
Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Shyrlene Soares Campos

gotas energizadas

Qualidades da prece 

Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas, que, afetadamente, oram de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. — Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. — Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa.
Não cuideis de pedir muito nas vossas preces, como fazem os pagãos, os quais imaginam que pela multiplicidade das palavras é que serão atendidos. Não vos torneis semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que é que tendes necessidade, antes que lho peçais.
(S. MATEUS, cap. VI, vv., 5 a 8.)
Quando vos aprestardes para orar, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, também vos perdoe os vossos pecados. — Se não perdoardes, vosso Pai, que está nos céus, também não vos perdoará os pecados.
(S. MARCOS, cap. XI, vv. 25 e 26.)
Também disse esta parábola a alguns que punham a sua confiança em si mesmos, como sendo justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu, publicano o outro. — O fariseu, conservando-se de pé, orava assim, consigo mesmo: Meu Deus, rendo-vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem mesmo como esse publicano. Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que possuo.
O publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousava, sequer, erguer os olhos ao céu; mas, batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador.
Declaro-vos que este voltou para a sua casa, justificado, e o outro não; porquanto, aquele que se eleva será rebaixado e aquele que se humilha será elevado.
(S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 9 a 14.)
Jesus definiu claramente as qualidades da prece. Quando orardes, diz ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas. Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade.
Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 1 a 4.)

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