O ÓBVIO Chico Xavier – Redação do Momento Espírita

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O ÓBVIO

 

Certa vez, um amigo abordou o médium Chico Xavier e lhe perguntou:

 

Chico, na sua opinião, qual é o homem mais rico?

 

Para mim, respondeu ele, o homem mais rico é o que tenha menos necessidades.
Arriscando nova pergunta, o companheiro quis saber:
E o homem mais justo e sábio?
Com o fraterno sorriso de sempre, ele voltou a responder:
O homem mais justo e sábio é o que cumpre com o dever.
Mas – voltou a insistir o homem, certamente querendo uma resposta ou revelação diferente – o que você está me dizendo é o óbvio!
Sem parar o que estava fazendo e, com a espontaneidade de sempre, Chico terminou dizendo:
Meu filho, tudo que está no Evangelho é o óbvio!
Não existem segredos nem mistérios para a salvação da alma.
Nada mais óbvio que a verdade!
O nosso problema é justamente este: queremos alcançar o céu, vivendo fora do óbvio na Terra!
* * *
A palavra óbvio vem do latim obvius e significa tudo aquilo que é evidente, à vista, lugar-comum.
Ela é formada de ob, que representa à frente; e de via, que significa caminho.
Assim, ela indica aquilo que está à nossa frente, sem ser segredo ou estar escondido, o que salta à vista.
O querido médium da paz, na sua humildade de sempre, mostrou excelsa sabedoria ao apontar uma característica humana dos dias atuais: a de complicar o que é extremamente simples.
Assim criamos fórmulas, palavras mágicas, receitas e esquemas mil, para entender o que sempre esteve tão claro nas palavras do Evangelho.
Por vezes, parece que a fuga do óbvio é fuga da responsabilidade.
Responsabilidade de quem já sabe o que deve fazer, de quem já tem o conhecimento, mas deixa a ação, a mudança, a renovação sempre para amanhã.
Por que relutamos tanto em entender o óbvio? Será entendimento o que falta? Acreditamos que não. Nossa geração já tem entendimento e inteligência suficientes.
O que falta é o movimento interior da mudança, de deixar as paixões negativas para trás.
Viver de acordo com as lições de um mestre, como Jesus, não é ser fanático religioso, extremista e cego. Não, de forma alguma.
O verdadeiro cristão é discreto, porém atuante e firme nas ações.
Não enxerguemos Jesus como um santo, inatingível, que serve apenas para ser adorado. Já passamos desse tempo.
Hoje é tempo de vê-lo como um exemplo, um referencial, num mundo onde as referências são tão pueris.
A lição do Evangelho é o óbvio. O óbvio tão necessário para acalmar nossas almas angustiadas com as incertezas do mundo.
É via segura à nossa frente, conduzindo à tão sonhada felicidade.

 

Redação do Momento Espírita

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Reciprocidade

Ação e reação consequente integram inderrogável lei da vida.
Procure ouvir a esperança e você encontrará a certeza da vitória.
Detenha-se no bem e obterá o lado melhor das pessoas e circunstâncias.
Auxilie a alguém e esse alguém se fará canal de auxílio em seu apoio.
Promova a tranquilidade alheia e a paz virá em seu encontro.
Aproveite seu tempo construindo elevação e o tempo lhe trará maravilhas.
Abençoe a vida e a vida lhe abençoará a existência.
Busque servir e o seu próprio trabalho lhe oferecerá a orientação de que você necessita.
Ame aos semelhantes e os semelhantes retribuirão a você com medidas transbordantes de afeto.
Plante isso ou aquilo e você colherá dos recursos que semeou; alguém poderá dizer que isso é óbvio; entretanto, ligados no bem de todos, tranfiramo-nos da palavra à vivência e decerto que surpresas iluminadas de alegrias virão fatalmente a você se você experimentar.
XAVIER, Francisco Cândido. Respostas da Vida.
Pelo Espírito André Luiz. IDEAL. Capítulo 18.

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ESPÍRITO DE COMPREENSÃO

Existem na vida social determinados tipos de inquietação que podem nos incomodar e muito, quando o espírito de compreensão não nos permite exteriorizá-los.
Exemplos: A pessoa querida perdida por caminhos indesejáveis; alguém que estimamos profundamente mergulhar-se em atividades clandestinas; a companheira que se afasta dos próprios deveres, comprometendo-se com aventuras inconfessáveis; o esposo que se envolveu em obrigações incompatíveis às responsabilidades que abraça; o amigo que se entregou a costumes infelizes; a maioria das criaturas pertencentes ao nosso grupo afetivo, quando eles se preparam para dar um golpe de grandes proporções sobre interesses alheios; o irmão que nos mente abertamente, visando interesses escusos; o parente amado que deserta de casa, lançando culpas indébitas sobre outrem.
Justo nos é observar que seríamos capazes de dar quanto nos fosse possível “para socorrer semelhantes corações” que se nos fazem extremamente estimáveis, mas o respeito por todos eles nos faz sentir emudecidos.
Mesmo assim, compete-nos lembrar que ainda dispomos de possibilidades valiosas para auxiliá-los: A primeira é o silêncio com que lhes manifestamos o nosso apreço; “a segunda e a mais importante” é a oração, porquanto através dela, ser-nos-á possível entrega-los a Deus, cujo amor por esses amigos “é infinitamente maior que o nosso”.
(Texto extraído do Livro “HOJE” Chico Xavier/Emmanuel).

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