O Perfume que se Exala de Todos os Bons Sentimentos

amizade querida

O Perfume da Prece

 

O perfume que se exala de todos os bons sentimentos
é uma prece constante que se eleva para Deus,
e todas as boas ações são ações de graça ao Eterno.

 

Autor: SRA. VICTOR HUGO

Fonte: Revista Espírita, dezembro de 1868.

MÚSICA MENINO GATO

RECOMEÇO

 

Não gastes a riqueza do tempo com lamentações improfícuas, nem destruas o valor das horas no fogo da agitação.
Cala-te e pensa.
Sofreste talvez prejuízos enormes.
Provavelmente caíste em erro.
Padeces desenganos que jamais esperaste.
Encontraste problemas que te parecem insolúveis.
Fracassaste naquilo que entendias como sendo o melhor em teu favor.
Entretanto, queixas e aflições vazias, não te amparam de modo algum.
Reflete em teu arsenal interior de recursos e bênçãos e surpreenderás um tesouro de energias em ti mesmo, cujo acesso descobrirás, meditando simplesmente nestas duas palavras:

 

– POSSO RECOMEÇAR.

 

Chico Xavier . Recados do Além.
Pelo Espírito Emmanuel. IDEAL. Capítulo 35.

história

O Descuido Impensado

 

No orfanato em que trabalhava, Irmã Clara era o ídolo de toda gente pelas virtudes que lhe adornavam o caráter.
Era meiga, devotada, diligente.
Daquela boca educada não saíam más palavras.
Se alguém comentava faltas alheias, vinha solícita, aconselhando:
— Tenhamos compaixão…
Inclinava a conversa em favor da benevolência e da paz.
Insuflava em quantos a ouviam o bom ânimo e o amor ao dever.
Além do mais, estimulava, acima de tudo, em todos os circunstantes a boa vontade de trabalhar e servir para o bem.
— Irmã Clara – dizia uma educadora -, tenho necessidade do vestido para o sábado próximo.
Ela, que era a costureira dedicada de todos, respondia, contente:
— Trabalharemos até mais tarde. A peça ficará pronta.
— Irmã – intervinha uma das criadas -, e o avental?
— Amanhã será entregue – dizia Clara sorrindo.
Em todas as atividades, mostrava-se a desvelada criatura qual anjo de bondade e paciência.
Invariavelmente rodeada de novelos de linha, respirava entre a agulha e a máquina de costurar.
Nas horas da prece, demorava-se longamente contrita na oração.
Com a passagem do tempo, tornava-se cada vez mais respeitada. Seus pareceres eram procurados com interesse.
Transformara-se em admirável autoridade da vida cristã.
Em verdade, porém, fazia por merecer as considerações de que era cercada.
Amparava sem alarde.
Auxiliava sem preocupação de recompensa.
Sabia ser bondosa, sem humilhar a ninguém com demonstrações de superioridade.
Rolaram os anos, como sempre, e chegou o dia em que a morte a conduziu para a vida espiritual.
Na Terra, o corpo da inesquecível benfeitora foi rodeado de flores e bênçãos, homenagens e cânticos e sua alma subiu, gloriosamente, para o Céu.
Um anjo recebeu-a, carinhoso e alegre, à entrada.
Cumprimentou-a. Reportou-se aos bens que ela espalhara, todavia, sob impressão de assombro, Irmã Clara ouviu-o informar:
— Lastimo não possa demorar-se conosco senão por três semanas.
— Oh! por quê? – interrogou a valorosa missionária.
— Será compelida a voltar, tomando novo corpo de carne no mundo – esclareceu o mensageiro.
— Como assim?
O anjo fitou-a bondoso, e respondeu:
— A Irmã foi extremamente virtuosa; entretanto, na posição espiritual em que se encontrava não poderia cometer tão grande descuido. Desperdiçou uma enormidade de fios de linha, impensadamente. Os novelos que perdeu, por alhear-se à noção de aproveitamento, davam para costurar milhares de vestidos para crianças desamparadas.
— Oh! Oh! Deus me perdoe! – exclamou a santa desencarnada – e como resgatarei a dívida?
O anjo abraçou-a, carinhoso, e reconfortou-a dizendo:
— Não tema. Todos nós a ajudaremos, mas a querida irmã recomeçará sua tarefa no mundo, plantando um algodoal.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio. FEB.

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