Hora de fazer e Construir
Ontem foi. Amanhã será.
Hoje é. Ontem experiência adquirida.
Amanhã lutas novas. Hoje, porém,
é a nossa hora de fazer e de construir.
“A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome. A humildade está na pessoa que, tendo o direito de reclamar, julgar, reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas abençoa.”
Emmanuel
“Sou adepto da verdade, mas acho que a verdade não deve ser lançada na cara de ninguém. Jesus silenciou diante de Pilatos. Naquelas circunstâncias adiantava dizer alguma coisa? Nunca prevaleça da verdade pra humilhar alguém. A verdade que esmaga está destituída de amor, o que é totalmente contrário a lei de Cristo.”
(Chico Xavier)
Tempo de Edificação
Vera Meira Bestene
“Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas devem ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos. “ (Espírito da Verdade prefaciando o Evangelho Segundo o Espiritismo)
O Evangelho é um código moral e neste sentido deve ser encarado pelos espíritas. Escrito e organizado sob a orientação do Espírito da Verdade, seu conteúdo moral sustentam-se através de verdadeiras vozes que vem esclarecer os homens e convidá-los à sua prática.. Com Allan Kardec e a codificação do espiritismo, raiou a “Era do Espírito”, Somente o espiritismo bem compreendido, bem interpretado pode servir de grande alavanca à transformação da humanidade. Todos os sofismas existentes quebrar-se-ão quando de encontro com a razão, pois esta nada lhe tem a opor. Embasada nas Leis da Natureza, corresponde às legítimas aspirações do homem, posto que é esclarecedor e induz à prática moral. A fraternidade é o laço de união da família espírita, mantida através da unidade fundamental em torno do Evangelho de Jesus.
A missão dos espíritas, embasada firmemente no bem , transforma-se na estrada das reflexões para compreendermos melhor os esforços à consolidação do espiritismo.
O Brasil, cujas Leis são compatíveis com as Leis do Criador, tem uma missão, assim como a cada tempo os diferentes povos também a tiveram, como foi o caso de Atenas e Roma que desempenharam papel importante, a seu turno, na formação do Estado e com profundas reformulações nos caminhos históricos da Humanidade. . Nossa Pátria, hoje, está em seu momento de “servir de farol “ aos outros povos. Emmanuel, em seu prefácio no livro de autoria espiritual de Humberto de Campos, “Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” esclarece: “O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro”…
A concepção de que o Brasil tem uma missão especial relativamente à Doutrina Espírita, registra-se quase que ao tempo do início do espiritismo entre nós. O Espírito Ismael, falando de sua própria missão como condutor do espiritismo no Brasil, através do médium Albino Gonçalves Teixeira, transcrito no Reformador de primeiro de abril de 1920, com clareza inigualável afirma: “ A árvore do Evangelho, semeada há dois mil anos na Palestina, eu a transplantei para o rincão de Santa Cruz, onde o meu olhar se fixa, nutrindo o meu espírito a esperança de que breve florescerá, estendendo a sua fronde por toda parte e dando frutos sazonados de amor e perdão”.
A “árvore do Evangelho”, entre nós, ainda está em pequeno porte mas em nenhum outro país trabalha-se mais pela renascença do cristianismo. No Brasil ela cresce, ergue-se e projeta-se, espalhando-se e ramificando-se, alimentando cada dia mais a unidade de raças e ideologias, através de uma única estrutura, firmemente amparada pela humildade, amor fraternal e paz construtiva, preparando e engrandecendo a fé e a moral Cristã, à luz do Consolador.
As falanges revezar-se-ão. A tarefa é vagarosa, mas é a única forma sensata de transformação.
Agora é chegado o tempo. O nosso tempo de reconhecer a vivência do Evangelho de Jesus Cristo objetivando conhecê-lo e difundi-lo pela humanidade.
É chegado o tempo de promover a unidade fundamental do Movimento Espírita que sempre deve trilhar o entendimento, a confraternização, a harmonia das próprias atividades em face à promoção da união que deve reinar nos Centros Espíritas.
É tempo de promover evangelização em vistas ao aprimoramento íntimo; é tempo de incentivar e orientar jovens às tarefas no Centro; é tempo de promover a divulgação da Doutrina Espírita através da difusão do livro espírita, periódicos, rádios e televisão, estudo da mediunidade, assistência espiritual e a efetiva realização do Evangelho no Lar.
Aproxima-se o tempo da real transformação da Humanidade o que faz necessário colocar ao alcance e a serviço de todos a mensagem consoladora que a Doutrina Espírita oferece.
”Recordemos, na palavra de Jesus, que ‘a casa dividida rui’ , todavia ninguém pode arrebentar um feixe de varas que se agregam numa união de forças”. (Bezerra de Menezes, psicografado por Divaldo P.Franco, Unificação paulatina, união imediata, trabalho incessante…)
‘Reformador’ fev/76)
(Publicado no Boletim GEAE Número 334 de 2 de março de 1999)
Estudando a Felicidade
Observa o que desejas e o que fazes, a fim de que ajuízes, com segurança, sobre a felicidade que procuras.
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Certifiquemo-nos de que a alegria possui igualmente diversos níveis e de que nos compete, acima de tudo, cultivar a devoção aos valores amplos e substanciais que possam sobreviver conosco na Vida Maior.
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No mundo, a felicidade varia com a posição das criaturas e se buscamos o Cristo por nosso mestre é indispensável saibamos conquistar o nosso estímulo de viver no clima do Sumo Bem.
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Há pessoas que se contentam com o exclusivo reconforto de comer, dormir e procriar, guardando assim tão somente a felicidade que os seres mais simples cultuam nas linhas inferiores da natureza.
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Vemos espíritos atilados no cálculo que apenas se comprazem, amontoando ouro ou utilidades, com desvantagem para os semelhantes, estabelecendo, desse modo, para si mesmos a felicidade dos loucos.
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Anotamos companheiros da Humanidade que somente se rejubilam com a exibição de títulos suntuários, na ordem social ou econômica, cristalizando-se na vaidade ou no orgulho que lhes facilitam a espetacular descida para a morte, forjando, dessa maneira, em prejuízo deles próprios, a felicidade dos tolos.
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Identificamos irmãos que apenas se honram na crueldade, sorrindo com o alheio infortúnio e alardeando compaixão que não sentem, construindo para si mesmos a felicidade dos que se instalam no purgatório da própria consciência.
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A felicidade cristã, no entanto, é diferente. Nasce da alegria que venhamos a semear para os outros, desenvolve-se no bem infatigável, frondeja no espírito de serviço, floresce na esperança e frutifica no sacrifício daquele que se oferece para a materialização da felicidade geral.
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Não te demores no prazer que hoje te suscita gargalhadas para cerrar-se amanhã em amargosa penitência.
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Procuremos a felicidade de Jesus, que ainda não está completamente neste mundo, para que este mundo se levante para a felicidade perfeita.
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Para isso, não desdenhes a tua cruz, porque somente através do desempenho de nossas obrigações na prática do bem é que encontraremos a nossa verdadeira vitória.
XAVIER, Francisco Cândido. Dinheiro. Pelo Espírito Emmanuel. IDE. Capítulo 9.
Convite à Edificação
“… O amor edifica.” (1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 8º, versículo 1.)
Aqui, escombros acumulados refletindo desolação e queda. Ali, montanhas de resíduos, assoberbando terrenos baldios. Além, poluição multiplicando miasmas, em ameaça à vida. Em toda parte desagregação em regime de urgência, desvalorizando os estímulos otimistas, como se tudo marchasse para um aniquilamento imediato, avassalador…
O erro moral em aceitação tácita, tranqüila.
A conivência com as vantagens da extravagância, favorecendo clima de alucinação e balbúrdia perturbadora..
Não obstante as calamidades, medram as flores da esperança, no mesmo campo terrestre.
O pantanal renovado pela drenagem reverdesce-se.
A aridez desértica socorrida pela irrigação torna-se pomar e jardim.
Os muros velhos, desolados, sob tépido beijo solar da primavera, enflorecemse.
Assim a vida.
Do caos aparente em que o mal governa, a construção nova do bem, a edificação legítima da felicidade.
Não te consideres marginalizado nestes dias, porque teus olhos fitam paisagens lúgubres em que o desencanto moral se demora vencedor e a aflição conduz triunfante.
Operário da ação nobilitante, possuis recursos valiosos para a obra superior.
Necessário, apenas, que te disponhas.
Do terreno revolvido surge a sementeira feliz, dos destroços das demoliçôes nasce a construção atraente.
Edifica o teu lar de paz onde estejas, sem a preocupação de retificar tudo de um só golpe.
Não te agastes com os ociosos, que nada fazem nem te irrites com os incompreensíveis, que te dificultam a marcha.
Produze a tua quota, mesmo que ela seja a humilde cooperação da gentileza, da paciência, do tijolo modesto ou da colher de cimento da boa vontade, fazendo a tua parte.
Insta contigo próprio a fim de executares o serviço edificante.
Exige-te mais esforço.
Concede-te a oportunidade feliz.
Pondera acuradamente e resolve-te superar quaisquer limites, sejam dificuldades, incapacidade, problemas…
Acima de tudo lembra-te, também, de reedificar-te interiormente consoante o ensino do Senhor, facultando que nasça do “homem velho”, que todos somos, acostumados aos erros e gravames, o “homem novo”, idealista, sonhador do bem, colocado a posto para o amanhã feliz. E tem em mente que só “o amor edifica”.
FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 15.
Hoje Sim
Ontem passado.
Amanhã futuro.
Hoje agora.
Ontem promessa.
Amanhã probabilidade.
Hoje ação.
Ontem parecia.
Amanhã quem sabe?
Hoje sem dúvida.
Ontem anseio.
Amanhã mudança.
Hoje oportunidade.
Ontem sementeira.
Amanhã colheita.
Hoje seleção.
Ontem não mais.
Amanhã talvez.
Hoje sim.
Ontem foi.
Amanhã será.
Hoje é.
Ontem experiência adquirida.
Amanhã lutas novas.
Hoje, porém, é a nossa hora
de fazer e de construir.
Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Ideal Espírita. Espíritos Diversos. CEC.
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