Os Pequenos Gestos de Hoje – Bom Dia

Os Pequenos Gestos de Hoje

Necessidade do Bem

 

“E consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos à caridade e às boas obras.” Paulo (Hebreus, 10 :24)
Muitas instituições da vida cristã, respeitáveis por seus programas e fundamentos, sofrem prejuízos incalculáveis, em razão da leviandade com que muitos companheiros se observam uns aos outros.
Aqui, comenta-se o passado desairoso de quem procura hoje recuperar-se dignamente ali, pequenos gestos infelizes são analisados, através das escuras lentes do sarcasmo e da crítica…
A censura e a reprovação indiscriminadas, todavia, derramam-se na família de ideal, como chuva de corrosivos na plantação, aniquilando germes nascentes, destruindo flores viçosas e envenenando frutos destinados aos celeiros do progresso comum.
Nunca é demais repetir a necessidade de perdão, bondade e otimismo, em nossas fileiras e atividades.
Lembremo-nos de que, com o nosso auxílio, tudo hoje pode ser melhor que ontem, e tudo amanhã será melhor que hoje.
O mal, em qualquer circunstância, é desarmonia à frente da Lei e todo desequilíbrio redunda em dificuldade e sofrimento.
Examinemo-nos mutuamente, acendendo a luz da fraternidade para que a fraternidade nos clareie os destinos.
Sem perseverança no bem, não há caminho para a felicidade.
Por isso mesmo, recomendou-nos o Apóstolo Paulo: – “e consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos à caridade e às boas obras”, porque somente nessa diretriz estaremos servindo à construção do Reino do Amor.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 176.

JESUS

Auto-Doação

 

“893. Qual a mais meritória de todas as virtudes?
“Toda virtude tem seu mérito próprio porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade”.
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Aprende a doar-te, se desejas atingir a prática legítima do Evangelho. Pregador que se alça à tribuna dourada, derramando conceitos brilhantes mas não se gasta nos labores que propõe é apenas máquina de falar, inconsciente e inconsequente.
O verdadeiro aprendiz da Boa Nova está sempre a postos.
Se convidado a dar algo, abre a bolsa humilde, e, recordando-se da parábola da viúva pobre, oferta o seu óbulo sem constrangimento.
Se chamado a dar-se, empenha-se no trabalho, gastando-se em amor, consumindo as energias recordando o Mestre na carpintaria nobre.
Há muita gente nas fileiras do Cristianismo que ensina com facilidade, utilizando linguagem escorreita, falando ou escrevendo, mas logo que é convocada a dar ou doar-se recua apressadamente ferida no amor próprio.
Prefere as posições superiores de mando, distante das honrosas situações do serviço.
Pode ser comparada a parasitas em alta posição na árvore de que se nutrem, inúteis.
Em comezinhos exemplos, encontrarás, no quotidiano, o ajudar-gastando-se.
A pedra que afia a lâmina, consome-se no mister.
A grafite que escreve, desaparece enquanto registra.
O sabão que higieniza, dissolve-se, atendendo ao objetivo.
Em razão disso, não receies sofrer nas tarefas a que te propões.
São os maus que te necessitam. Os enfermos te aguardam e os infelizes confiam em ti.
Pede a ti mesmo, algo por ele, e embora o teu verbo não tenha calor nem a tua pena seja portadora da fraseologia retumbante, haverá sempre muita beleza em teus atos e muita bondade em teus gestos quando dirigidos àqueles para quem, afinal, a Boa Nova está no mundo, recordando que Jesus, após cada pregação sublime, dava-se a si mesmo para a felicidade geral.
A estes oferecia a palavra de alento e paz.
Àqueles ministrava, compassivo, lições de vida e gestos de amor.
A uns abria os olhos fechados ou os ouvidos moucos.
A outros lavava as mazelas em forma de pústulas ou recuperava a paz, afastando os Espíritos infelizes.
E a todos se doava, sem cessar, cantando a Boa Nova e vivendo-a entre os sofredores até a Cruz, que transformou em ponte de luz na direção da Vida Imperecível.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 10.

TE AMO AMIGO

Ao Salvar-nos

 

“Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.” – (MARCOS, capítulo 15, versículo 30.)
Esse grito de ironia dos homens maliciosos continua vibrando através dos séculos.
A criatura humana não podia compreender o sacrifício do Salvador. A Terra apenas conhecia vencedores que chegavam brandindo armas, cobertos de glórias sanguinolentas, heróis da destruição e da morte, a caminho de altares e monumentos de pedra.
Aquele Messias, porém, distanciara-se do padrão habitual. Para conquistar, dava de si mesmo; a fim de possuir, nada pretendia dos homens para si próprio; no propósito de enriquecer a vida, entregava-se àmorte.
Em vista disso, não faltaram os escarnecedores no momento extremo, interpelando o Divino Triunfador, com mordaz expressão.
Nesse testemunho, ensinou-nos o Mestre que, ao nos salvarmos, no campo da maldade e da ignorância ouviremos o grito da malícia geral, nas mesmas circunstâncias.
Se nos demoramos colados à ilusão do destaque, se somos trabalhadores exclusivamente interessados em nosso engrandecimento temporário na esfera carnal, com esquecimento das necessidades alheias, há sempre muita gente que nos considera privilegiados e vitoriosos; se ponderamos, no entanto, as nossas responsabilidades graves no mundo, chama-nos loucos e, quando nos surpreende em experiências culminantes, revestidas da dor sagrada que nos arrebata a esferas sublimes, passa junto de nós exibindo gestos irônicos e, recordando os altos princípios esposados por nossa vida, exclama, desdenhosa:
– “Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.”
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 94.

CARINHO BEIJOS

Nunca Desfalecer

 

“Orar sempre e nunca desfalecer.” (Lucas, 18:1)
Não permitas que os problemas externos, inclusive os do próprio corpo, te inabilitem para o serviço da tua iluminação.
Enquanto te encontras no plano de exercício, qual a crosta da Terra, sempre serás defrontado pela dificuldade e pela dor.
A lição dada é caminho para novas lições.
Atrás do enigma resolvido, outros enigmas aparecem.
Outra não pode ser a função da escola, senão ensinar, exercitar e aperfeiçoar.
Enche-te, pois, de calma e bom ânimo, em todas as situações.
Foste colocado entre obstáculos mil de natureza estranha, para que, vencendo inibições fora de ti, aprendas a superar as tuas limitações.
Enquanto a comunidade terrestre não se adaptar à nova luz, respirarás cercado de lágrimas inquietantes, de gestos impensados e de sentimentos escuros.
Dispõe-te a desculpar e auxiliar sempre, a fim de que não percas a gloriosa oportunidade de crescimento espiritual.
Lembra-te de todas as aflições que rodearam o espírito cristão, no mundo, desde a vinda do Senhor.
Onde está o Sinédrio que condenou o Amigo Celeste à morte?
Onde os romanos vaidosos e dominadores?
Onde os verdugos da Boa Nova nascente?
Onde os guerreiros que fizeram correr, em torno do Evangelho, rios escuros de sangue e suor?
Onde os príncipes astutos que combateram e negociaram, em nome do Renovador Crucificado?
Onde as trevas da Idade Média?
Onde os políticos e inquisidores de todos os matizes, que feriram em nome do Excelso Benfeitor?
Arrojados pelo tempo aos despenhadeiros de cinza, fortaleceram e consolidaram o pedestal de luz, em que a figura do Cristo resplandece, cada vez mais gloriosa, no governo dos séculos.
Centraliza-te no esforço de ajudar no bem comum, seguindo com a tua cruz, ao encontro da ressurreição divina. Nas surpresas constrangedoras da marcha, recorda que, antes de tudo, importa orar sempre, trabalhando, servindo, aprendendo, amando, e nunca desfalecer.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 61.

ENSINAMENTOS

No Esforço Comum

“Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?” Paulo (II Coríntios, 5:6)
Não nos esqueçamos de que nossos pensamentos, palavras, atitudes e ações constituem moldes mentais para os que nos acompanham.
Cada dia, por nossa vez, sofremos a influência alheia na construção do próprio destino.
E, como recebemos conforme atraímos, e colhemos segundo plantamos é imprescindível saibamos fornecer o melhor de nós, a fim de que os outros nos proporcionem o melhor de si mesmos.
Todos os teus pensamentos atuam nas mentes que te rodeiam.
Todas as tuas palavras gerarão impulsos nos que te ouvem.
Todas as tuas frases escritas gerarão imagens nos que te lêem.
Todos os teus atos são modelos vivos, influenciando os que te cercam.
Por mais que te procures isolar, serás sempre uma peça viva na máquina da existência.
As rodas que pousam no chão garantem o conforto e a segurança do carro.
Somos uma equipe de trabalhadores, agindo em perfeita interdependência.
Da qualidade do nosso esforço nasce o êxito ou surge o fracasso do conjunto.
Nossa vida, em qualquer setor de luta, é uma grande oficina de moldagem.
Escravizar-nos-emos ao cativeiro da sombra ou libertar-nos-emos para a glória da luz, de conformidade com os moldes vivos que as nossas diretrizes e ações estabelecem.
Lembremo-nos da retidão e da nobreza nos mais obscuros gestos.
Recordemos a lição do Evangelho.
“Um pouco de fermento leveda a massa toda.”
Façamos do próprio caminho abençoado manancial de trabalho e fraternidade, auxilio e esperança, a fim de que o nosso Hoje Laborioso se converta para nós em Divino Amanhã.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 161.

DIFICULDADES JOANNA DE ÂNGELIS

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