Os temporais da Vida

Os temporais da Vida

Os temporais da Vida

Os temporais das nossas vidas
são necessários para que aja mudanças
ou trocas de procedimentos que
não condizem com as Leis Divinas.
Refletir, analisar e ponderar é fundamental.
São as atitudes desencontradas
que precisam ser mudadas.
Sempre após as tempestades
vem a bonança de dias melhores.
Vera Jacubowski

Espiritualidade

– desafios espirituais da vida temporal

Marcos Porto

Mensagens recebidas através do universo nos têm revelado a inigualável oportunidade à nossa disposição como seres humanos espirituais, ou seja, nossa chance de escalar a montanha do nosso progresso evolutivo, iniciando do ponto do instinto quase animal, atingindo os patamares dos níveis de consciência superiores.
Esta escalada cósmica, se assim a podemos chamar, é apoiada e nos supre a nós, seres mortais, de profunda compreensão e compaixão, sentimentos estes que nenhum outro ser vivo do planeta poderá usufruir.
Sendo assim, não devemos nos sentir, como que estarmos constantemente nos desgastando nos nossos esforços de crescimento pessoal e espiritual sem resultados imediatos e, desta forma, nos colocarmos de prevenção em assumir por inteiro nossa missão como seres humanos espirituais.
O desafio espiritual da vida temporal, sinônima de profana ou mundana, é viver apropriadamente sob ampla variedade de condições, as quais se convertem nos testes dos mistérios de nossas vidas.
Como se manifesta este desafio?
Vamos lá refletir sobre o tema?
Mestre Confúcio (551-479 AC) filósofo chinês, atualmente Mestre Ascensionado da Grande Fraternidade Branca, na sua obra em vida “Os Analectos” nos diz: “Para viver corretamente, devemos pensar de forma correta”.
Trazendo esta afirmativa para nossa reflexão, isto significa que devemos manter atitude de vida positiva, construtiva, emocionalmente responsável, administrando as ocorrências em níveis saudáveis de desapego e bom humor, vivermos em constante proximidade e confiança com Deus, praticando sempre nossas boas intenções de amor com todos os seres vivos do planeta, particularmente com nossos semelhantes.
Quando pensamos em desafio, isto poderá se referir à disposição permanente de luta do tipo: “Pode vir que estou pronto! Enfrentarei esta prova até que ela se resolva!”
Talvez esta seja a resposta adequada, mas por outras vezes não seja bem isso. Qual a diferença?
O sentido de aprendizado nestes casos é importante, ou seja, diferentes contextos, lugares, e épocas de nossas vidas, nos mostram que embora tenhamos frequentado diferentes escolas de experiências de vida, e tendo nos graduado em todas elas, nós estaremos sempre diante de solicitações.
E sempre haverá espaço para melhorar!
Compreensão poderá ser eternamente aprofundada. Da mesma forma que viver corretamente, compreensão é um caminho eterno, sempre renovado.
As pessoas costumam dizer: “Primeiro você entende o que acontece, e então depois você compreende! A cada vez você aprende a lição melhor do que a vez anterior”. Faz sentido?
Com isso, queremos dizer que o fascinante no desenvolvimento espiritual, é que não há limites na profundidade que poderemos atingir.
Quanto maior a clareza e lucidez de consciência, maior será a resplandecência da resposta espiritual. Como significado mais amplo, nossas respostas às ocorrências de nossas vidas determinam o grau de nosso progresso de evolução. Este fato nos dá o porquê devemos responder espiritualmente aos fatos da vida, principalmente aos mais dificultosos como, por exemplo, lidar com pessoas difíceis, e com as decepções de nossas expectativas.
Seguindo com os exemplos, seria espiritualmente inapropriado em relação aos nossos propósitos, trabalhar egoisticamente visando somente interesses próprios, ao invés da atitude espiritualmente adequada de trabalhar para o bem e melhoria do nível de compreensão da humanidade. A atitude inadequada nos conduzirá a sermos defensivos, inseguros destrutivos, ao passo que espiritualmente conscientes seremos confiantes, positivos e construtivos. Correto?
Os contatos diretos com o universo são desta forma estimulados porque as respostas tornam-se frequentes.
Sabemos que nossos problemas permanecem conosco onde quer que estejamos. Nossa personalidade não muda por milagre só porque nos transferimos de um lugar para outro. Assim é também com nossa passagem para o plano espiritual.
Não há garantias de que quando deixarmos o corpo físico nesta vida, miraculosamente, estaremos agindo corretamente na outra dimensão. A forma de agirmos e reagirmos aqui será muito semelhante a de como agiremos e reagiremos lá. Isto é uma boa notícia para quem está sentindo, pensando e agindo de forma correta, mas caso não, aí estará o perigo, não é verdade?
É muito conhecida por todos nós a história da pessoa orgulhosa e arrogante que ‘morreu’ na mesa de cirurgia, fazendo sua passagem para o plano espiritual. Depois do tempo devido de permanência, ela foi solicitada a renascer voltando à forma humana, e resistiu novamente no seu modo usual orgulhoso e arrogante, dizendo que ainda não havia aprendido a mudar.
Então, pacientemente, os Mestres de Luz mostraram a necessidade do retorno, porque é aqui, durante a vida temporal, que o processo de aprendizado cria situações para que por compreensão e amor as pessoas possam evoluir para níveis superiores de consciência.
Portanto, parece evidente que a nossa passagem pelos portais espirituais quando deixarmos o corpo, não nos habilita a resolver nossos defeitos de personalidade – e isto representa o desafio dos mistérios da vida temporal– esta é a ‘lição de casa’ permanente do nosso processo de evolução. Está claro?
Aqui, ali ou em qualquer lugar o propósito da evolução é auxiliar nosso processo de aprendizado para atingirmos a plenitude.
Na medida em que evoluímos no entendimento de nossa missão espiritual, cresceremos mais e mais em compreensão e amor, o que significará encontrar respostas adequadas aos desafios da vida temporal.
rios

Ceifeiros

“Então disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.” (Mateus, 9:37.)
O ensinamento aqui não se refere à colheita espiritual dos grandes períodos de renovação no tempo, mas sim à seara de consolações que o Evangelho envolve em si mesmo.
Naquela hora permanecia em torno do Mestre a turba de corações desalentados e errantes que, segundo a narrativa de Mateus, se assemelhava a rebanho sem pastor. Eram fisionomias acabrunhadas e olhos súplices em penoso abatimento.
Foi então que Jesus ergueu o símbolo da seara realmente grande, ladeada porém de raros ceifeiros.
É que o Evangelho permanece no mundo por bendita messe celestial destinada a enriquecer o espírito humano, entretanto, a percentagem de criaturas dispostas ao trabalho da ceifa é muito reduzida. A maioria aguarda o trigo beneficiado ou o pão completo para a alimentação própria. Raríssimos são aqueles que enfrentam os temporais, o rigor do trabalho e as perigosas surpresas que o esforço de colher reclama do trabalhador devotado e fiel.
Em razão disto, a multidão dos desesperados e desiludidos continua passando no mundo, em fileira crescente, através dos séculos.
Os abnegados operários do Cristo prosseguem onerados em virtude de tantos famintos que cercam a seara, sem a precisa coragem de buscarem por si o alimento da vida eterna. E esse quadro persistirá na Terra, até que os bons consumidores aprendam a ser também bons ceifeiros.
XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 148.

TEMPORAIS DA VIDA VERA JACUBOWSKI

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