É PENSAR QUE MERECEMOS O CÉU ?

MERECEMOS O CÉU VERA JACUBOWSKI

MELHORAMENTO MORAL

E TRABALHO

“Outra coisa é pensar que merecemos o céu, sem ter feito nada, a favor de nosso melhoramento moral, e do trabalho no exercício do bem comum.”
Vera Jacubowski

MAIORIDADE


(Do livro “Fonte Viva”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
… “O menor é abençoado pelo maior” – Paulo. (Hebreus – 7:7).

Em todas as atividades da vida, há quem alcance a maioridade natural entre os seus parentes, companheiros ou contemporâneos.

Há quem se faz maior na experiência física, no conhecimento, na virtude ou na competência.

De modo geral, contudo, aquele que se vê guindado a qualquer nível de superioridade costuma valer-se da situação para esquecer seu débito para com o espírito comum.

Muitas vezes quem atinge a maioridade financeira torna-se avarento, quem encontra o destaque científico faz-se vaidoso e quem se vê na galeria do poder abraça o orgulho vão.

A Lei da Vida, porém, não recomenda o exclusivismo e a separatividade.

Segundo os princípios divinos, todo progresso legítimo se converte em bênçãos para a coletividade inteira.

A própria Natureza oferece lições sublimes nesse sentido.

Cresce a árvore para a frutificação.
Cresce a fonte para benefício do solo.

Se cresceste em experiência ou em elevação de qualquer espécie, lembra-te da comunhão fraternal com todos.

O Sol, com seus raios de luz, não desampara a furna barrenta e não desdenha o verme.

Desenvolvimento é poder.

Repara como empregas as vantagens de que a tua existência foi acrescentada. O Espírito Mais Alto de quantos já se manifestaram na Terra aceitou o sacrifício supremo, a fim de auxiliar a todos, sem condições.

Não te esqueças de que, segundo o Estatuto Divino, o “menor é abençoado pelo maior”.

bom dia SORTE

 

Ocupação útil

O pai auxilia o filho com a lição de casa. Ao folhear um livro, se depara com fotos das pirâmides do Egito.
Pai, quem construiu isso?
Foram os egípcios. – Foi a resposta rápida.
Isso eu sei. – Diz o esperto garoto. Quero saber quem foi que colocou as pedras umas sobre as outras para montar as pirâmides.
Ora, foram os construtores, os trabalhadores, os escravos. – Esclarece o pai.
Mas qual era o nome deles? Devem ter sido muitos.
Com certeza. Faz muito tempo e não sabemos os nomes deles. Só ficaram registrados o nome dos faraós que as mandaram construir e de alguns dos arquitetos que as planejaram.
Mas pai, isso não é justo. Tinha de ter uma plaquinha com os nomes de todos os que trabalharam duro prá gente poder agradecer essa belezura que eles fizeram.
Diante do raciocínio do filho, o pai sorriu e pensou em muitas outras obras magníficas feitas por mãos anônimas.
* * *
Assim como o ser humano edifica monumentos, também outros seres elaboram obras incríveis, nas quais muitas vezes nem reparamos.
Pássaros fazem ninhos, simples ou complexos, que acolhem os ovos, protegem os filhotes e acomodam a família.
Insetos constroem abrigos, casulos e colmeias com intrincados sistemas de organização.
Alguns animais constroem tocas com lascas de madeira, galhos e folhas.
Mesmo os seres que não possuem mobilidade, como árvores e plantas, trabalham ao produzir oxigênio, flores, frutos e seiva.
Na natureza, o trabalho de construção é incessante. O fruto do trabalho dos seres preserva as espécies e mantém o equilíbrio das coisas.
Quando pensamos em trabalho, normalmente nos vem à mente uma ação que remunera e provê recursos para obter bens materiais, pagar contas, manter a vida.
Mas nem todo trabalho envolve dinheiro. Trabalho é, em verdade, toda ocupação útil.
O que define sua utilidade é o que esperamos obter com ele, de acordo com a forma como enxergamos a vida.
Para alguns, trabalho é obrigação, servidão. Para os escravos egípcios a construção das pirâmides foi um trabalho forçado, penoso e que custou o sacrifício de suas vidas.
Para muitos trabalhadores, é algo que lhes confere status, dignidade, motivo para acordar de manhã.
Para alguns, trabalhar é fazer algo que possa ser usufruído por outros. Executam seu trabalho com prazer, cientes de estarem cumprindo com um dever que transcende a matéria. Trabalham conectados a algo maior, sem se importar com reconhecimento e fama.
* * *
Quando o objetivo do trabalho é unicamente obter dinheiro para sustentar necessidades e patrocinar prazeres, não propiciará a plena realização e evolução do ser humano.
Quando se foca no progresso, na construção de um mundo melhor para todos, saindo de uma visão restrita e egocêntrica, objetivando edificar o melhor para a coletividade, passa a ser prazeroso.
Trabalho comprometido com justiça, respeito, qualidade de vida, igualdade e em equilíbrio com a natureza traz muito mais que resultados materiais. Traz ganhos preciosos que, mesmo sem serem vistos, podem ser sentidos.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. III,
pt.3 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.Em 30.9.2015.

VERDADEIRO sucesso

Riqueza para o Céu

“Ajuntai tesouros no céu…” Jesus (Mateus, 6:20)
Quem se aflige indebitamente, ao ver o triunfo e a prosperidade de muitos homens impiedosos e egoístas, no fundo dá mostras de inveja, revolta, ambição e desesperança. É preciso que assim não seja!
Afinal, quem pode dizer que retém as vantagens da Terra, com o devido merecimento?
Se observamos homens e mulheres, despojados de qualquer escrúpulo moral, detendo valores transitórios do mundo, tenhamos, ao revés, pena deles.
A palavra do Cristo é clara e insofismável.
– “Ajuntai tesouros no céu” – disse-nos o Senhor.
Isso quer dizer “acumulemos valores íntimos para comungar a glória eterna!”
Efêmera será sempre a galeria de evidência carnal.
Beleza física, poder temporário, propriedade passageira e fortuna amoedada podem ser simples atributo da máscara humana, que o tempo transforma, infatigável.
Amealhemos bondade e cultura, compreensão e simpatia.
Sem o tesouro da educação pessoal é inútil a nossa penetração nos céus, porquanto estaríamos órfãos de sintonia para corresponder aos apelos da Vida Superior.
Cresçamos na virtude e incorporemos a verdadeira sabedoria, porque amanhã serás visitado pela mão niveladora da morte e possuirás tão-somente as qualidades nobres ou aviltantes que houveres instalado em ti mesmo.
XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 177.

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