A Paz se Faz Primeiro Dentro de Nós

paz e bem

A  PAZ 

A paz se faz primeiro dentro de nós, e depois abraçando aos nossos irmãos em humanidade, fazendo o bem indiscriminadamente.


Vera Jacubowski

espiritismo chico xavier

A Oração

Elevemo-nos pela prece.

A oração é recurso que proporciona paz, rebate as trevas, acalma as paixões e conduz com segurança ao porto final. No turbilhão da vida cotidiana os espaços dedicados à prece funcionam com terapia valiosa para a preservação da saúde mental, emocional e física: por consequência, para o bem estar do Espírito. Quando alguém ora, rompe as barreiras do infinito e ala-se na direção do incomensurável.
Orar é superar a concha limitadora da pequenez e expandir-se como luz, que não encontrando obstáculos, propaga-se incessantemente.
Orando, Jesus comungava com Deus.
Orando, Francisco comungava com Jesus.
Orando, a alma comunga com a vida.
Nessa comunhão, abriremos oportunidades luarizantes para os que estão nos sofrimentos.
O intercâmbio mediúnico, em oração, faz-se como fenômeno natural, enriquecedor, que propicia equilíbrio geral.
Oremos, portanto, mais do que nunca, em se considerando as circunstâncias graves que todos vivemos no contexto do planeta.
Estejamos orando, desencarnados ou não, e que a nossa seja a prece de louvor, de gratidão e de apelo a Deus, pela harmonia geral.
Autor: João Cleofas
Psicografia de Divaldo Franco

ponto certo

Cristificação pelo Amor

É certo que gostarias de ser amado, recebendo a afetividade de outrem em demonstrações de carinho conforme as necessidades que acreditas te afligirem.
Talvez fosse melhor que te chegassem ao sentimento as expressões retributivas do amor que esparzes, diminuindo-te as carências íntimas, acalmando-te as ansiedades, alegrando-te.
O problema, porém, é geral.
Não há indivíduo algum que se encontre referto na Terra, nessa área.
Quem recebe amor de determinadas pessoas, aspira pelo afeto de outras, que não aquelas que se lhe acercam.
Tens o pensamento dirigido para alguém que, possivelmente, não te corresponde, assim como outrem te anela, sem que sintas algo de especial por ele.
*
Se as pessoas se correspondessem na mesma faixa de ternura; se os corações se manifestassem na mesma onda de sentimento; se os afetos se exteriorizassem na mesma vibração de trocas, a Terra já seria o paraíso desejado.
Há, no entanto, infinidade de graus, nos quais se manifestam as emoções.
Ninguém, todavia, que viaje a sós.
*
Possivelmente, não te associas com a pessoa de quem gostas, ou não recebes a companhia do ser amado. Todavia, se espraiares o olhar de bondade compreensiva, identificarás companhias outras agradáveis, que se encontravam solitárias, porque anelavam por ti e não logravam aproximar-se.
São os aparentemente inexplicáveis paradoxos da existência corporal, cujas causas se encontram na conduta passada, quando de outras reencarnações.
*
Ama, desse modo, sem te impores, sem exigires retribuição.
Experimenta querer bem, pelo prazer pessoal de fazê-lo, e descobrirás um filão de ouro atraente que te propiciará uma grande fortuna, em forma de paz e de satisfação pessoal.
O melhor do amor é amar, e não somente ser amado.
A preparação de uma viagem, não raro, é sempre mais agradável do que esta em si mesma, ou a sua chegada, que, às vezes, causa frustração e desencanto.
As chamadas “pessoas maravilhosas”, por quem te apaixonas, assim o são, porque as desconheces.
Todos os homens têm problemas, limitações, defeitos, necessidades.
O insucesso das uniões conjugais, na maioria dos casos, resulta da precipitação na escolha, da imaturidade na busca, do apego às ilusões e da afetividade por ídolos de pés de barro que se despedaçam facilmente.
*
Enobrece-te com o amor, irradiando-o em forma de simpatia, de gentileza, de serviço pelo próximo, de abnegação.
Não há quem resista à força do amor sem interesse imediato, sem aprisionamento.
Ama, portanto, libertando.
Cristifica-te através do amor. Talvez, para consegui-lo, seja-te necessário crucificares-te nas traves da renúncia e da sublimação. Todavia, somente por meio da crucificação é que alguém se pode cristificar. E o amor, sem dúvida, ainda é o mais suave, perfeito e eficaz instrumento para consegui-lo.
FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Coragem. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

CASOS DE CHICO XAVIER

Todos aqueles irmãos que se dispunham a vir de todas as regiões do Brasil para se encontrar com Chico Xavier nem sempre o encontrava em condições de saúde suficiente para atendê-los. Como não sabiam avaliar essa situação com o devido bom senso, muitos deles acabavam ficando decepcionados e até mesmo “um tanto fora de controle”. Nesse contexto, um visivelmente mais alterado, decidiu insistir a seu modo. Em julho de 1983, um senhor de meia idade e bem vestido, saltou sobre o muro da casa de Chico e começou a gritar como um louco. “Os PMs não estavam a postos” como de costume e Eurípedes Higino dos Reis estava fora nessa ocasião. “O inconformado” não parava de berrar. Alguns vizinhos tentaram convencê-lo a desistir do intento desagradável naquela noite. Diziam para ele: Chico está muito doente e precisa descansar! Nenhum argumento no entanto, funcionou. O homem alegava intolerante, que não podia esperar pela sessão do Grupo Espírita da Prece, para não correr o risco de ficar de fora do grupo selecionado para “uma conversa com o médium”. Estava simplesmente apoplético (excessivamente irritado). Passou uma hora, duas, chegaram a três e o homem continuava aos gritos: – Dirigindo-se diretamente a Chico ele insistia: Não saio daqui enquanto eu não falar com você! No quarto dos fundos, “os berros alcançavam Chico” que a essa altura encolhido sob o cobertor, só rezava. “Seu coração era sacudido pelos urros do intruso”. O peito já doía muito e Chico para todos os efeitos, querendo se antecipar a um possível infarto tomou uma decisão “não menos aflita”. Se arrastou com imensa dificuldade “até a beira do muro” e aos pés daquele homem, se ajoelhou diante e implorou com um resto de voz: – “Por favor filho! Eu lhe rogo que me deixe!”. “Agora preciso mais do seu silêncio que o senhor do meu auxílio”. Diante dessa súplica inusitada, “O homem foi embora penalizado”. 
– Ao se deparar com Chico Xavier à sua frente de joelhos, implorando-lhe silêncio para que pudesse refazer as parcas energias de seu corpo físico através do descanso noturno, “o homem dos berros incontroláveis” se compadeceu sinceramente dele e “despareceu com todos os seus problemas pessoais”. Sabemos infelizmente que nem todos tinham pena daquele médium que “como todo ser humano” também dependia de repouso para continuar trabalhando. Muitos deles começaram até mesmo a sentir raiva dele. No entendimento deles a casa de Chico estava sempre aberta para cantores, deputados, senadores, etc. Os mais necessitados então questionavam: Mas e os outros?. Seriam esquecidos em favor de visitantes ilustres e famosos como “Wanderléia” e tantos outros? A cantora realmente precisou ser recebida no Grupo Espírita da Prece com urgência. Ela estava arrasada porque “seu filho Leonardo de dois anos” havia morrido afogado na piscina de sua casa”. Chico apertou sua mão e “pode lhe dar” a melhor notícia naquele momento. “Aquele Espírito” voltaria logo em outra gravidez”. Bem mais consolada, a partir dessa revelação, ela respirou fundo e acreditou plenamente. “Já no ano seguinte, nasceu uma menina”. Em 1985, “Dona Risoleta”, viúva de “Tancredo Neves” também bateu à porta de Chico Xavier e foi recebida de braços abertos. Quatro meses após a morte do quase Presidente da República, ela pedia uma mensagem do marido, mas naquele momento, ela saiu de mãos abanando: Ainda não havia chegado a hora deles se manifestar; Não tinha autorização para contato. “Ela precisava de fortalecer de paciência para tal”. . 
– Não desconhecemos que Chico Xavier teve algumas vezes de passar por situações constrangedores que pelo menos dentro do nosso ponto de vista limitado, chegaram a colocar em risco a sua vida. . Como sabemos, os visitantes ilustres se faziam presentes com frequência e se sentiam com direitos especiais, mas quando eram barrados protestavam e chegavam a ser agressivos. Um deles (desaconselhável citar) se aproximou de Chico e o comunicou com uma faca nas mãos: Vim aqui para te matar “só que agora não tenho mais coragem”! Chico se limitou a lhe dizer com serenidade: – Deus é quem sabe, meu filho! Um outro se atreveu a acusá-lo sem meias palavras: Você tem amigos na penúria, mas não hesita em ir para São Paulo em carrão de gente rica! Chico apesar de ofendido, chegava às vezes a se justificar com atenção e carinho dizendo: Isso é verdade! Mas pelo que sei, só meus amigos ricos têm carro! Como eu vou sempre à noite no dia de fazer acupuntura, não posso recusar a oferta deles!. Não ignoramos que a maioria daqueles necessitados que vinham à procura de Chico não tinham mesmo a menor ideia da extensão do seu trabalho. Com o máximo de discrição e acompanhado de poucos amigos esse “nosso querido e admirado irmão especial”, fazia questão de percorrer os barracos para visitar doentes pobres nos bairros da periferia na noite de 24 para 25 de dezembro. Todo Natal ele liderava uma comitiva formada por vários carros repletos de cestas com alimentos, brinquedos e doces. “Aquele Papai Noel franzino,” com uma peruca bem penteada e “um sorriso sempre aberto”, entrava nas casas e era recebido com aplausos pelos adultos, Algumas crianças se alegravam em cantar “Noite Feliz e outas Músicas Natalinas”,
(Texto extraído do Livro “As Vidas de Chico Xavier” de Marcel Souto Maior).
“Viva o presente, agindo e servindo com fé e alegria, sem afligir-se pelo futuro, porque, para viver o amanhã, você precisará viver hoje.”
André Luiz, psicografia de Chico Xavier
Livro: Respostas da Vida, Ideal editora.

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