pensamentos mensagens e cartões verdade luz

PENSAMENTOS FRASES MENSAGENS E CARTÕES

PENSAMENTOS FRASES MENSAGENS E CARTÕES

A prece

A prece deve ser uma expansão íntima da alma para com Deus, um colóquio solitário, uma meditação sempre útil, muitas vezes fecunda. É, por excelência, o refúgio dos aflitos, dos corações magoados.
Nas horas de acabrunhamento, de pesar íntimo e de desespero, quem não achou na prece a calma, o reconforto e o alívio a seus males? Um diálogo misterioso se estabelece entre a alma sofredora e a potência evocada.
A alma expõe suas angústias, seus desânimos; implora socorro, apoio, indulgência. E, então, no santuário da consciência, uma voz secreta responde: É a voz d’Aquele donde dimana toda a força para as lutas deste mundo, todo o bálsamo para as nossas feridas, toda a luz para as nossas incertezas.
E essa voz consola, reanima, persuade; traz-nos a coragem, a submissão, a resignação estoicas. E, então, erguemo-nos menos tristes, menos atormentados; um raio de sol divino luziu em nossa alma, fez despontar nela a esperança.
Léon Denis
Livro Depois da Morte – 5ª Parte – Cap. 51, p. 295
“Dentro de cada coração há um jardim secreto… Nele plantamos nossos sonhos, regamos nossas esperanças e colhemos as flores de nossa alma.”
Nicoli Miranda

PENSAMENTO DO DIA

Ninguém chegou a ser sábio por acaso.
(Gotas de Paz)

Prece: Será que Resolve?

Quando se fala em prece, logo pensamos em tudo aquilo que pediremos à Deus para que ele nos conceda. Fazemos uma lista mentalmente. Porventura, até a escrevemos. Deus, quero um carro; quero ser aprovado em um concurso; quero viajar pelo mundo; quero isso; quero aquilo.
A lista é longa, pois desejamos ter muitas coisas. E também desejamos ser muitas coisas. Não aceitamos pouco. Sempre queremos mais.
Rezamos depressa, pois o tempo é curto. Deus sabe disso. Ele é onipresente, onipotente e mais um monte de “oni”.
Assim, ao elencarmos todos os itens de nossa lista de desejos, esperamos que Deus nos conceda tudo, claro. E bem rápido, obviamente. Como num passe de mágica. Ora, somos merecedores disso e muito mais.

Mas será esse o real objetivo da prece?

Será que a prece só serve para que consigamos bens materiais, emprego, viagens etc.?
Para responder esse questionamento, precisamos primeiro aprender o que é a prece.

O que é a prece?

Léon Denis, na obra Depois da Morte, ensina que “a prece é uma elevação acima de todas as coisas terrestres, um ardente apelo às potências superiores”.
“A prece deve ser uma expansão íntima da alma para com Deus”.
A prece, então, nos eleva à espiritualidade superior. Faz com que fiquemos envoltos de boas energias.
A prece altera a vibração do nosso campo eletromagnético e passamos então a perceber as intuições que os bons espíritos nos dirigem.
Logo, não se trata apenas de uma petição endereçada a Deus com nossa lista de desejos terrenos. Se assim fosse, Deus seria reduzido à categoria de Papai Noel e nós apenas crianças esperando pelo presente de Natal.
Na Revista Espírita de janeiro de 1866, no capítulo “Considerações sobre a prece no Espiritismo” é dito que:
“A prece é, pois, uma necessidade universal, independente das seitas e das nacionalidades. Depois da prece, se a pessoa é fraca, sente-se mais forte; se está triste, sente-se consolada. (…)”
“Pela prece ele eleva sua alma, entra em comunhão com Deus, identifica-se com o mundo espiritual, desmaterializa-se, condição essencial de sua felicidade futura. Sem a prece, seus pensamentos permanecem na Terra e se ligam cada vez mais às coisas materiais. Daí um atraso no seu adiantamento”.

O PENSAMENTO É FONTE CRIADORA.

PENSAMENTO EMITIDO É PENSAMENTO QUE RETORNA!

O pensamento é criador. Não atua somente em torno de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós; gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura. Modelamos nossa alma e seu invólucro com os nossos pensamentos; estes produzem formas, imagens que se imprimem na matéria sutil.
Assim, pouco a pouco, nosso ser povoa-se de formas frívolas ou austeras, graciosas ou terríveis, grosseiras ou sublimes; a alma se enobrece, embeleza ou cria uma atmosfera de fealdade. Segundo o ideal a que visa, a chama interior aviva-se ou obscurece-se.
Não há assunto mais importante que o estudo do pensamento, seus poderes e ação. É a causa inicial de nossa elevação ou de nosso rebaixamento; prepara todas as descobertas da Ciência, todas as maravilhas da Arte, mas também todas as misérias e todas as vergonhas da Humanidade.
Segundo o impulso dado, funda ou destrói as instituições como os impérios, os caracteres como as consciências. O homem só é grande, só tem valor pelo seu pensamento; por ele suas obras irradiam e se perpetuam através dos séculos. (…)
As vibrações de nossos pensamentos, de nossas palavras, renovando-se em sentido uniforme, expulsam de nosso invólucro os elementos que não podem vibrar em harmonia com elas; atraem elementos similares que acentua as tendências do ser. Uma obra, muitas vezes inconsciente, elabora-se; mil obreiros misteriosos trabalham na sombra; nas profundezas da alma esboça-se um destino inteiro; em sua ganga o diamante purifica-se ou perde o brilho.

Leon Denis

No Invisível

Léon Denis – (Parte 7)

Continuamos o estudo metódico e sequencial do clássico “No Invisível”, de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l’Invisible.

Questões preliminares

A. É possível a um médium atrair Espíritos de grande elevação para que participem de sua missão na mediunidade?

Sim, mas para isso é necessário oferecer-lhes aptidões e notáveis qualidades. Aliás, o ardente desejo que tais Espíritos têm com respeito à regeneração do gênero humano torna essa intervenção muito menos rara do que se poderia imaginar. Centenas de Espíritos superiores pairam acima de nós e dirigem o movimento espiritualista, inspirando os médiuns, projetando sobre os homens de ação as vibrações de sua vontade, a fulguração do seu próprio gênio. Vários grupos possuem uma assistência dessa ordem. (No Invisível – O Espiritismo experimental: V – Educação e função dos médiuns.)

B. A prece é importante na aquisição de faculdades superiores?

Evidentemente. Descerrando nossa alma, pela vontade e pela prece, às influências do Alto, podemos franquear aos eflúvios celestes o nosso ego interior. Pela prece humilde, breve, fervorosa, a alma se dilata e dá acesso às irradiações do divino foco. Mas, para ser eficaz, não pode a prece ser uma recitação banal, uma fórmula decorada, e sim uma solicitação do coração, um ato da vontade, que atrai o fluido universal, as vibrações do dinamismo divino. (Obra citada – O Espiritismo experimental: V – Educação e função dos médiuns.)

C. Que é necessário à educação e adestramento dos médiuns?

A mediunidade é uma delicada flor que, para desabrochar, necessita de acuradas precauções e assíduos cuidados. Exige, portanto, método, paciência, altas aspirações, sentimentos nobres e, sobretudo, a terna solicitude dos bons Espíritos que a possam envolver em seu amor, em seus fluidos vivificantes. (Obra citada – O Espiritismo experimental: V – Educação e função dos médiuns.)

CAMINHOS

O mapa está escrito em seu coração.
Os caminhos do mundo são floridos,
enfeitados de ilusão.
Ali uma cortesã convidando a dança.
Acolá, o licor capitoso que embriaga
os sentidos.
Mais além, as falsas promessas de irmandades
arbitrárias que falam em nome de Deus.
Labirintos que enchem os olhos e esvaziam o coração.
E quando a dor chega procuramos o Sagrado
nos profetas humanos embriagados pelo poder.
Buscamos Deus em templos de pedra,
enquanto Deus procura corações sofridos
para erigir um mundo novo.
São tantos os caminhos, mas é na solidão da dor
que a neblina ilusória se dissipa e vemos com clareza.
Não busque no humano o caminho que só Deus pode ofertar.
Não precisa de roupa de gala para o encontro com o Teu Senhor.
Ele te quer nu, alma desnuda, feridas a mostra, corpo chagado.
E que seja a noite mais escura do teu caminhar, pois
será assim, pelas tuas pústulas que a luz irá penetrar teu ser.
Durante o percurso te confundiste, e acreditaste
que deveria deixar de ser humano para à comunhão com o sagrado.
É na tua humanidade que o Sagrado te encontra, prossegue.
E quando estiveres bem cansado, não esqueça do convite:
“Vinde a mim todos vós que estais cansados que eu vos aliviarei”
Adeilson Salles
Quanto maior for a nossa capacidade em ouvir a voz interior, menor será o efeito do barulho externo sobre nós.

Carmi Wildner

QUASE TODOS OS DESEQUILÍBRIOS DO MUNDO SE ORIGINAM DA INTEMPERANÇA!

Quem sabe precisa ser sóbrio.
Não vale saber para destruir.
Muita gente, aos primeiros contatos com a fonte do conhecimento, assume atitudes contraditórias. Impondo ideias, golpeando aqui e acolá, semelhantes expositores do saber nada mais realizam que a perturbação.
É por isso que a ciência, em suas expressões diversas, dá mão forte a conflitos ruinosos ou inúteis em política, filosofia e religião.
Quase todos os desequilíbrios do mundo se originam da intemperança naqueles que aprenderam alguma coisa.
Não esqueçamos. Toda ciência, desde o recanto mais humilde ao mais elevado da Terra, exige ponderação.
O homem do serviço de higiene precisa temperança, a fim de que a sua vassoura não constitua objeto de tropeço, tanto quanto o homem de governo necessita sobriedade no lançamento das leis, para não conturbar o espírito da multidão. E não olvidemos que a temperança, para surtir o êxito desejado, não pode eximir-se à paciência, como a paciência, para bem demonstrar-se, não pode fugir à piedade, que é sempre compreensão e concurso fraternal.
Se algo sabes na vida, não te precipites a ensinar como quem tiraniza, menosprezando conquistas alheias. Examina as situações características de cada um e procura, primeiramente, entender o irmão de luta.
Saber não é tudo. É necessário fazer. E para bem fazer, homem algum dispensará a calma e a serenidade, imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, que é a companheira dileta do amor.

Emmanuel

Apesar de todas as tempestades, todos os tropeços, todas as lágrimas, a gente sempre tem que acreditar que algo bom está por vir.

Perguntei ao mar que estava tranquilo e sereno:
De onde eu vim?

Ele me respondeu que assim como as ondas que vão e vem, eu também já estive aqui várias vezes e como o próprio mar eu nasci como pequeno fio d’água e fui me transformando em riacho, me juntei a outros fios d’água e virei um rio que um dia vai se encontrar com o mar, pois todos nós viemos e voltaremos para o mesmo Criador.
Perguntei ao vento que suavemente tocou o meu rosto:
Para onde eu deveria ir?
O Vento respondeu que eu deveria seguir sempre em frente, mas avisou que durante o meu caminho eu iria encontrar montanhas difíceis de se transpor, outras correntes mais fortes e fenômenos da natureza que nem sempre me seriam favoráveis.
Com todas as dificuldades o meu caminho é seguir em frente sempre, que não iria me faltar ajuda nessa caminhada e no fim da estrada eu encontraria o meu destino.
Perguntei ao pássaro que ali passava:
Com o que eu deveria me preocupar para ser feliz?
Ele me respondeu que deveria ser com o dia de hoje.
Que o dia de ontem não poderia ser modificado e o mesmo nos serviria como placa indicando um caminho.
Lembrou-me que o amanhã pode não chegar e carregar nossos planos.
Carregue apenas o que puder levar na grande viagem, seu caráter, sua doçura, seu esforço, sua capacidade intelectual e sua moral.
Perguntei então a grande nuvem no céu
Para onde eu iria depois da minha jornada?
Ela me respondeu que todos os dias, nós construímos uma escada com nossos atos e pensamentos.
Essa escada é exatamente do tamanho do lugar que podemos e merecemos alcançar.
Quanto mais o bem praticares, mais alto te levará essa escada, disse a nuvem com sabedoria.
Eu olhei de novo para o céu, e parece-me ter visto uma grande mão me acenando, senti-me pequeno diante da grandeza do Universo, mas, enorme diante da bondade de Deus.
E foi assim que eu aprendi a construir e viver um dia de cada vez e assim, a vida fica mais leve e feliz.
Paulo Roberto Gaefke

PERMANECER COM O CRISTO JESUS

“Quanta gente fala em Cristo sem buscar-lhe a companhia!
O problema do cristão não é apenas suspirar pelo Senhor. É permanecer com Ele, assimilando-lhe a palavra e seguindo-lhe o exemplo.”
Emmanuel
Livro: Segue-me, psicografia de Chico Xavier, O Clarim editora.
“Vencer não é competir com o outro.
É derrotar seus inimigos interiores”
Roberto Shinyashiki

SENHOR,

ajuda-nos a entender os Teus desígnios e executarmos os Teus propósitos Divinos com Amor, para que nossas ações sejam uma oficina de infinitas bênçãos!… Permita que nossas dificuldades sirvam de estímulo, para transformarmos os desafios em preciosas lições de renovação!… Que em Teu nome, possamos semear o Bem onde existir os espinhos do mal e em nome de JESUS, que possamos receber a Bênção da Tua Misericórdia e da Tua Paz!

Assim seja, Amém!

Vencerás

Não desanimes.
Persiste mais um tanto.
Não cultives pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.

Avança, ainda que seja por entre lágrimas.
Trabalha constantemente.
Edifica sempre.
Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.
Não te impressiones à dificuldade.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia.

Não desistas da paciência.
Não creias em realização sem esforço.
Silêncio para a injúria.
Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.
Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.

Não contes vantagens nem fracassos.
Estuda buscando aprender.
Não te voltes contra ninguém.
Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração para que se te faça luz na vida íntima.

Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar.
Age auxiliando.
Serve sem apego.
E assim vencerás.

Emmanuel , Astronautas do Além.
Ler, curtir, compartilhar, postar e publicar somente mensagens positivas, é caminho de pacificação dos corações.
Corações pacificados, são garantia de vida feliz, plena de amor.

Carmi Wildner

Orar e agir

A prece não nos retira magicamente das situações de desconforto e sofrimento.
Por meio da prece, e da elevação que ela nos proporciona, ficamos mais suscetíveis às intuições que os benfeitores espirituais nos enviam.
Assim, com essas intuições em mente podemos nos levantar e agir, de acordo com nosso livre-arbítrio, para conseguirmos driblar as adversidades que a vida nos impõe e com elas aprender.
Digo “de acordo com nosso livre-arbítrio”, pois podemos receber a intuição e agir. Assim como também podemos receber a intuição e não agir. Ou então decidimos seguir pelo caminho mais difícil. Cabe a nós.
Isso me faz lembrar uma piada (meio tosca até), mas que reflete bem a situação.
Lá vai:
padre
Um homem bastante religioso estava em sua casa, enquanto lá fora uma enchente estava ocorrendo. E ele dizia: “Vou ficar aqui porque Deus vai me salvar”.
Primeiro, apareceu um bote para resgatá-lo e o homem disse: “Vou ficar aqui porque Deus vai me salvar”. A água continuava a subir. A enchente estava cada vez mais forte.
Em seguida, veio um jetski para resgatá-lo e o homem disse: “Vou ficar aqui porque Deus vai me salvar”.
Quando a água estava quase no pescoço, apareceu um helicóptero para resgatá-lo e o homem disse: “Vou ficar aqui porque Deus vai me salvar”.
Por fim, o homem não foi resgatado e morreu.
Chegando no Céu, o homem questionou Deus: “Deus, eu era um homem de tanta fé, por que Você não me salvou da morte?”.
E Deus disse: “Eu mandei um bote, um jetski e um helicóptero para te salvar, o que mais você queria que eu fizesse?”.
Então, por mais que acreditemos que a prece não surta efeitos, por mais que pensemos que não há utilidade em fazer uma oração, por mais que aquilo que solicitamos à divindade não nos foi concedido, mesmo assim, nunca estaremos desamparados.
Cabe a nós ouvir as intuições, levantar do chão, sacudir a poeira e agir.

Mas, afinal, qual a utilidade da prece?

ajoelhado orando
Afirma Léon Denis que:
“O seu alvo não é a obtenção de uma graça, de um favor, mas, sim, a elevação da alma e o relacionamento desta com as potências superiores fluídicas e morais”.
“Na prece que diariamente dirige ao Eterno, o sábio não pede que o seu destino seja feliz; não deseja que a dor, as decepções, os reveses lhe sejam afastados”.
“Não! O que ele implora é o conhecimento da lei para melhor cumpri-la; o que ele solicita é o auxílio do Altíssimo, o socorro dos espíritos benévolos, a fim de suportar dignamente os maus dias. E os bons Espíritos respondem ao seu apelo”.
“Eles trazem a seus irmãos da Terra a inspiração que os sustém contra as influências materiais; favorecem esses nobres e salutares pensamentos, esses impulsos do coração que, levando-os para altas regiões, os libertam das tentações e das armadilhas da carne”.

Conhecimento das Leis Divinas

Nas palavras de Léon Denis, o sábio não pede que seu destino seja feliz, que a dor seja afastada, mas sim solicita o conhecimento das leis divinas para melhor poder cumpri-las, bem como clama pelo auxílio dos benfeitores espirituais para conseguir suportar os dias ruins.
Porém, nem sempre é fácil agir dessa maneira.
Na Revista Espírita de maio de 1866 no capítulo “Aquiescência à prece”, vemos que:
“Imaginais quase sempre que o que pedis na prece deve realizar-se por uma espécie de milagre. Esta crença errônea é fonte de uma porção de práticas supersticiosas e de muitas decepções”.
“Também conduz à negação da eficácia da prece. Considerando que vosso pedido não é acolhido da maneira como desejáveis, concluís que ele é inútil e então, por vezes, murmurais contra a justiça de Deus”.
“Outros pensam que tendo Deus estabelecido leis eternas, às quais todos os seres estão submetidos, não é possível derrogá-las para atender aos pedidos que lhe são feitos. É para vos premunir contra o erro, ou melhor, contra o exagero destas duas ideias que me proponho vos dar algumas explicações sobre o modo de aquiescência à prece”.

Não há barreiras à Prece

“Nas aflições, a prece é não apenas uma prova de confiança e de submissão à vontade de Deus, que a escuta, se for pura e desinteressada, mas ainda tem por efeito, como sabeis, estabelecer uma corrente fluídica que leva para longe, no espaço, o pensamento do aflito, como o ar leva o som de sua voz”.
“Esse pensamento repercute nos corações simpáticos ao sofrimento e estes, por um movimento inconsciente e como atraídos por um poder magnético, se dirigem para o lugar onde sua presença pode ser útil”.
“Deus, que quer socorrer aquele que implora, sem dúvida poderia fazê-lo por si mesmo, instantaneamente, mas, como eu já disse, ele não faz milagres, e as coisas devem seguir seu curso natural. Ele quer que os homens pratiquem a caridade, socorrendo-se uns aos outros”.
“Por seus mensageiros, leva o lamento onde pode encontrar eco e lá bons Espíritos sopram um bom pensamento. Embora suscitado, o pensamento, pelo simples fato de ser desconhecida sua fonte, deixa ao homem toda a sua liberdade. Nada o constrange. Ele tem, por conseguinte, todo o mérito da espontaneidade se cede à voz que em seu íntimo apela ao sentimento do dever, e tudo o desmerece se, dominado por uma indiferença egoística, ele resiste”.
Daí a importância dos bons pensamentos…
Orando e andando…
Relata Léon Denis que “o nosso pensamento, quando é atuado por grande força de impulsão, por uma vontade perseverante, vai impressionar as almas a distâncias incalculáveis. Uma corrente fluídica se estabelece entre umas e outras e permite que os Espíritos elevados nos influenciem e respondam aos nossos chamados, mesmo que estejam nas profundezas do espaço”.
Não é preciso dizer mais nada.

Poesia sobre a Prece

Para finalizar, trago uma poesia que está na Revista Espírita de Junho de 1861, chamada “A Prece”, que diz o seguinte:
“Que eu não posso, mortais, com meus fracos acentos
Dar-vos ao coração o mais sublime incenso!
Ensinar-vos aqui, no colher desta messe
O que é a prece em si mesma e o que é fazer a prece.
É um impulso de amor, de fluídico ardor
Que se escapa da alma e se eleva ao Senhor.
Sublimada expansão da humilde criatura
Que retorna à sua fonte e eleva a sua natura!
Orar não muda em nada a lei do Pai Eterno
Sempre imutável, mas o coração paterno
Derrama o seu influxo no que o implora
E assim redobra o ardor do fogo que o devora.
É então que ele se sente crescer e elevar
E pelo amor do próximo o peito pulsar.
Mais se expande no amor, mais o sublime Ser
Enche-lhe o coração com os dons do saber.
Desde então, santo anseio de orar pelos mortos,
Sob o peso da dor e pungentes remorsos,
Nos mostra as exigências do seu novo estado,
De a eles dirigir seu fluido suavizado,
Cuja eficácia, bálsamo consolador,
Penetra-lhes no ser como um libertador.
Tudo neles se anima; um raio de esperança
Ajuda-lhes o esforço, à liberdade os lança.
Assim como aos mortais vencidos pelo mal
Que um bálsamo supremo devolve ao normal,
Eles se regeneram pelo impulso oculto
De augusta prece, ardente, e seu divino culto.
Redobremos o ardor; nada se perde enfim;
Preces, preces por eles, preces até o fim;
A prece, sempre a prece, essa estrela divina
Faz-se foco de amor e no final domina.
Oremos pelos mortos, sim, e logo por sua vez nos lançarão doce raio de amor”.

A Prece nos conecta

Ah, a prece! Que possamos utilizar cada vez mais essa ferramenta de acesso e conexão às instâncias superiores da espiritualidade; que possamos nos tornar com o passar do tempo melhores ouvintes das intuições que os benfeitores nos endereçam; que possamos agir de maneira mais justa e acertada nessa encarnação que nos foi concedida.

E que assim seja.

Comentários