SE ALGUMA ALFINETADA TE AGUILHOA

SE ALGUMA ALFINETADA TE AGUILHOA – Meimei

ALFINETADA

Feliz Coração

Alma fraterna, escuta:
Se podes atender,
Mesmo imperfeitamente,
À tarefa que a vida te confia,
Rende graças a Deus!…
Se alguma alfinetada te aguilhoa,
Se alguma prova sobrevém,
Auxilia, perdoa
E prossegue no rumo
Que o caminho te aponte para o bem…
Lembra: quantos irmãos, ainda hoje,
Clamam desesperados,
Sob a luta sombria
Dos que se entregam à revolta,
Enceguecidos pela rebeldia!…
Quantos jazem no leito,
Situando na morte a última esperança…
Quantos caem, aos gritos do remorso,
Na delinqüência que os arrasa…
Quantos choram, em vão,
As horas que perderam!…
Recorda tanta gente,
Em pranto, junto a nós,
E nem pela fração de um só momento,
Não te queixes de mágoa ou sofrimento…
Ergue-te de ti mesmo
E busquemos agir
Para estender o bem ao nosso alcance.
Se podes trabalhar
Não fales de amargor,
Desengano, tristeza ou cicatriz,
Porque, servindo aos outros por amor,
Já tens, por Dom de Deus, coração feliz.
Autor: Meimei
Psicografia de Chico Xavier. Livro: Aguarda.

BÊNÇÃO DO TRABALHO MEIMEI

A Benção do Trabalho

É pela bênção do trabalho que podemos esquecer os pensamentos que nos perturbam, olvidar os assuntos amargos, servindo ao próximo, no enriquecimento de nós mesmos.
Com o trabalho, melhoramos nossa casa e engrandecemos o trecho de terra onde a Providência Divina nos situou.
Ocupando a mente, o coração e os braços nas tarefas do bem, exemplificamos a verdadeira fraternidade, e adquirimos o tesouro da simpatia, com o qual angariaremos o respeito e a cooperação dos outros.
Quem não sabe ser útil não corresponde à Bondade do Céu, não atende aos seus justos deveres para com a Humanidade nem retribui a dignidade da pátria amorosa que lhe serve de Mãe.
O trabalho é uma instituição de Deus.
*
“Quem move as mãos no serviço,
Foge à treva e à tentação.
Trabalho de cada dia
É senda da perfeição.”
XAVIER, Francisco Cândido.
Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.

GRAÇAS A DEUS MEIMEI

 

EM BUSCA DO MESTRE

Aos ouvidos da Alma atormentada, que lhe pedia a comunhão com Jesus, respondeu, generoso, o mensageiro celestial:
— Sim, em verdade reconheces no Cristo o Senhor, mas não te dispões a servi-lo…
Clamas por Ele, como sendo a Suma Compaixão, todavia, ainda te acomodas com a maldade…
Não te cansas de anunciá-lo por Luz dos Séculos, entretanto, não te afastas da sombra…
Dizes que Ele é o Amor Infinito, mas ainda te comprazes na agressividade e no ódio…
Afirmas aceitá-lo por Príncipe da Paz e não vacilas em favorecer a discórdia…
— Contudo — suplicou a Alma em pranto —, tenho fome de consolo, no aflitivo caminho em que se me alongam as provações… Que fazer para encontrar-lhe a presença redentora?!…
— Volta ao combate pela vitória do bem e não desfaleças! — acrescentou o emissário celeste. — Ele é teu Mestre, a Terra é tua escola, o corpo de carne a tua ferramenta e a luta a nossa sublime oportunidade de aprender. Se já lhe recolheste a lição, sê um traço d’Ele, cada dia…
Ama sempre, ainda que a fogueira da perseguição te elimine a esperança, estende os braços ao próximo, sem esmorecer, ainda que o fel das circunstâncias adversas te envenene a taça de solidariedade e carinho!…
Sê um raio de luz nas trevas e a mão abnegada que insiste no socorro fraternal, ainda mesmo nos lugares e nas situações em que os outros hajam desistido de auxiliar…
Vai! Esquece-te e ajuda no silêncio, assim como no silêncio recolhes d’Ele o alento de cada instante! Não pretendas improvisar a santidade e nem esperes partilhar-lhe, de imediato, a glória sublime! Ouve! Basta que sejas um traço do Senhor, onde estiveres!…
Aos olhos da Alma supliciada desapareceu a figura do excelso dispensador dos Talentos Eternos.
Viu-se, de novo, religada ao corpo, sob desalento inexprimível…
Contudo, ergueu-se, enxugou os olhos doridos e, calando-se, procurou ser um traço do Mestre cada dia.
Correu, célere, o tempo.
Amou, tolerou, sofreu e engrandeceu-se…
O mundo feriu-a de mil modos, os invernos da experiência enrugaram-lhe a face e pratearam-lhe os cabelos, mas um momento surgiu em que os traços do Mestre como que se lhe gravaram no íntimo…
Viu Jesus, com todo o esplendor de sua beleza, no espelho da própria mente, no entanto, não dispunha de palavras para transmitir aos outros qualquer notícia do divino milagre…
Sabia tão somente que transportava no coração as estrelas da alegria e os tesouros do amor.
– Meimei/Chico Xavier
(Instruções psicofônicas, cap. 2)

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