Avançar
Se pretendes avançar ao encontro do melhor, despoja-te do inútil.
Emmanuel
O amor
Desejo que todos possam sentir essa alegria, que todos nós temos em relação a vocês.
Saibam que muitos de nossos caminhos um dia já se cruzaram, alguns de forma mais próxima que outros, mas sempre fazendo algum sentido em nossa vida.
Hoje eu gostaria de falar um pouco sobre o amor. Eu já falei e mais de uma vez, mas sempre é bom lembrar, e mais importante, é algo que todos precisamos em nossa vida, seja com maior ou menor intensidade.
Quando amamos alguém, realmente devemos fazer com o nosso coração.
Não julgamos ou condenamos, mas sim respeitamos e entendemos que por mais que a pessoa faça más decisões, são coisas que ela precisa e a nós cabe aceitar isso.
Nem sempre é fácil fazer isso, afinal, temos ainda em nossa vida muitos julgamentos e tabus que a sociedade diz certo ou errado, ou ainda estamos muito presos a uma encarnação, que deixamos questões e sentimentos nos prenderem a matéria e a coisas que achamos serem corretas.
O amor não é algo que criamos de um dia para o outro, mas sim algo que trabalhamos ao longo do tempo, com dedicação e esforço, e acima de tudo, sabendo que amamos os outros da mesma forma que nos amamos.
Não podemos realmente amar alguém se na verdade não nos amamos isso é algo que aprendemos com o passar do tempo. Podemos não aceitar tudo sobre nós mesmos, mas podemos entender e trabalhar isso com o tempo.
Claro que há pessoas e espíritos que por algum motivo no passado desenvolvemos algumas inimizades, mas são estas pessoas que devemos nos esforçar a aprender a entendê-las. Pois são alguns dias ou motivos torpes que acabam por fazer-nos ter um mal dia e com isso, ao ver ou falar com alguém, termos um desentendimento que acaba por deixar uma mágoa em nosso caminho.
Não é fácil perdoarmos ou amarmos, muito menos pedir desculpa, a alguém que no momento não gostamos, por assim dizer, mas são estas pessoas que devemos nos forçar e esforçar, pois são elas que encontramos e sempre revemos em busca de redenção.
Como disse, não é fácil, mas se nossa caminhada fosse fácil, provavelmente aqui não estaríamos, mas, já que aqui estamos, podemos ao menos nos esforçar e deixar algumas coisas como bônus em nosso currículo espiritual.
É com estas palavras que os deixo esta noite, e espero que logo possamos nos reencontrar novamente e buscar aqui uma palavra que possa fazer os seus dias melhores e mais esclarecidos.
Que assim seja.
GRUPO ESPÍRITA E ASSISTENCIAL MARIA DE NAZARÉ
30.05.13
Médium: Ana Helena
Irmão: Matheus
A Grande Pergunta
“E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” – Jesus. (LUCAS, capítulo 6, versículo 46.)
Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo.
Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito. O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz.
É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros.
Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações diretas. Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas. Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças.
Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal. Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam as atividades a que se ajustam.
Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus.
É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos os templos, para que os discípulos, em lhe pronun ciando o nome, nunca se esqueçam de atender, sinceramente, às recomendações do seu verbo sublime.
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 47.
Altar Íntimo
“Temos um altar.” Paulo (Hebreus, 13:10)
Até agora, construímos altares em toda parte, reverenciando o Mestre e Senhor.
De ouro, de mármore, de madeira, de barro, recamados de perfumes, preciosidades e flores, erguemos santuários e convocamos o concurso da arte para os retoques de iluminação artificial e beleza exterior.
Materializado o monumento da fé, ajoelhamo-nos em atitude de prece e procuramos a inspiração divina.
Realmente, toda movimentação nesse sentido é respeitável, ainda mesmo quando cometemos o erro comum de esquecer os famintos da estrada, em favor das suntuosidades do culto, porque o amor e a gratidão ao Poder Celeste, mesmo quando mal conduzidos, merecem veneração.
Todavia, é imprescindível crescer para a vida maior.
O próprio Mestre nos advertiu, junto à Samaritana, que tempos viriam em que o Pai seria adorado em espírito e verdade.
E Paulo acrescenta que temos um altar.
A finalidade máxima dos templos de pedra é a de despertar-nos a consciência.
O cristão acordado, porém, caminha oficiando como sacerdote de si mesmo, glorificando o amor perante o ódio, a paz diante da discórdia, a serenidade à frente da perturbação, o bem à vista do mal.
Não olvidemos, pois, o altar íntimo que nos cabe consagrar ao Divino Poder e à Celeste Bondade.
Comparecer, ante os altares de pedra, de alma cerrada à luz e à inspiração do Mestre, é o mesmo que lançar um cofre impermeável de trevas à plena claridade solar. Se as ondas luminosas continuam sendo ondas luminosas, as sombras não se alteram igualmente.
Apresentemos, portanto, ao Senhor as nossas oferendas e sacrifícios em quotas abençoadas de amor ao próximo, adorando-o, através do altar do coração, e prossigamos no trabalho que nos cabe realizar.
XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 93.
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