Se Queres Tranquilidade Bem Estar Humor de Escol -Casimiro Cunha

SOL AMIGO CHICO XAVIER

O SOL !

Se queres tranquilidade,
Bem estar, humor de escol,
Não deixes de ponderar
No esforço da luz do sol.

Contra os males do caminho,
Contra a doença e a tristeza,
Convém a observação
Das forças da Natureza.

Esse sol bondoso e franco,
Que brilha através do abismo,
É bem a fonte amorosa
Do trabalho e do otimismo.

Não vacila em seus deveres,
Tudo chama ao seu calor,
Derrama por toda a parte
Os raios de vivo amor.

Há ruínas entre os homens,
Guerra e sombra entre os ateus
Acima de tudo, entende
O bem do serviço a Deus.

Milênios sobre milênios
E amando os lares e os ninhos,
Vem o sol diariamente
dar vida nova aos caminhos.

Jamais se desesperou
Ante os pântanos do caos,
Abraçando o mundo inteiro,
Ilumina bons e maus.

Aquecendo a casa nobre
Da metrópole mais bela,
Não esquece a folha tenra
Que surge pobre e singela.

Brilha em tudo para todos,
Sem privilégio a ninguém,
Encontrando o homem do mal,
Só sabe fazer-lhe o bem.

Esse sol amigo e farto,
Que revigora e ilumina,
Retrata em toda expressão
A Providência Divina.
☆☆☆
(Francisco Cândido Xavier por Casimiro Cunha. in: Cartilha da Natureza)

MÃE

Procurei ansiosamente
Um símbolo do amor de Deus no mundo,
Carinho permanente,
Amor que nada mais pedisse à vida,
A fim de estar contente,
Que o dom de ser amor sublimado e profundo.
Vi o Sol trabalhando sem cansaço
Doando-se sem pausa, alto e bendito,
O astro imenso, porém, pedia espaço,
De maneira a brilhar nas telas do Infinito.
Julguei achar na fonte esse traço perfeito,
Fitando-lhe a corrente a servir sem parar,
Mas a fonte exigia a hospedagem do leito
A fim de prosseguir à procura do mar.
Fui à árvore amiga e anotei-lhe a lição:
Conquanto a se entregar tanto aos bons,
quanto aos frutos,
Precisa defesa e vínculos no chão
Ao fornecer, sem paga, a riqueza dos frutos.
Vi a abelha no favo a pedir mel às flores,
Nuvens para servir solicitando alturas,
Escolas em função buscando professores
E o lar para ser lar exigindo estruturas.
Toda força do bem que ao bem se entregue
Em bondade constante e em contínua grandeza,
Assegura-se, vive, auxilia e prossegue,
Algo requisitando ao Mundo e à Natureza.
Em ti, unicamente, Mãe querida,
Encontro o amor que nasce e cresce, em suma,
No sacrifício pura, acalentando a vida,
Sem reclamar da Terra cousa alguma.
Eis porque sobre todo amor que existe
As Mães são guias, anjos, cireneus,
Cujo brilho por si só nos protege e persiste
Em ser somente amor, no excelso amor de Deus.
Estrela, Deus te guarde em teu fulgor celeste! …
Agradeço-te a luz, o carinho e o perdão …
Bendita sejas, Mãe, porque me deste
A presença de Deus no coração.
Maria Dolores
(De Somente Amor, de Francisco Cândido
Xavier, pelos Espíritos Maria Dolores e Meimei)

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