Tenhamos Coragem de Examinar a Nós Mesmos – Emmanuel

A consciência amparada pela razão

Tenhamos, desta maneira, a coragem de examinar a nós mesmos, ouvindo a própria consciência que jamais nos engana quanto ao rumo que nos compete seguir.
 
“Não nos esqueçamos do mundo vasto de nós mesmos, onde a consciência amparada pela razão, nos adverte, serena e incorruptível, quanto às normas que nos cabe esposar, em favor de nossa segurança e alegria.
Muitas vezes, recorremos ao parecer dos outros nos assuntos que nos dizem de perto à paz espiritual, com receio do parecer de nossa própria alma e, quase sempre, apelamos para a orientação de muitos encarnados e desencarnados, por nos sentirmos incapazes de escutar os avisos de nosso templo interior, em cujo altar, a Bondade Divina nos concita às obrigações que a vida nos delegou.
Em muitas ocasiões, queixamo-nos dos companheiros que nos partilham a luta, cegos para com a nossa posição reprovável diante deles; declaramo-nos desditosos e perseguidos, sem perceber os calhaus de amargura que lançamos, desassisados, no caminho dos outros e arrojamo-nos a reivindicações descabidas, sem observar que nós próprios fomos os autores da desconsideração que nos arrasa ou desprestigia…
Em várias circunstâncias, reclamamos o trabalho do próximo sem dar a mínima parte da quota de serviço que lhe devemos, exigimos que a tranquilidade nos favoreça, alimentando a guerra silenciosa e tenaz contra os nossos vizinhos e bradamos contra as perturbações que nos visitam a casa, cultivando a leviandade e a calúnia, a destruição e a maledicência…
Tenhamos, desta maneira, a coragem de examinar a nós mesmos, ouvindo a própria consciência que jamais nos engana quanto ao rumo que nos compete seguir. Decerto, é muito fácil julgar a conduta alheia e repetir a famosa frase: – “Se fosse comigo faria assim”. Mas, é sempre difícil atender à justiça em nós mesmos para retificar as próprias atitudes e corrigir os próprios atos.
Acendamos, cada dia, por alguns instantes, a luz da prece em nosso próprio íntimo e roguemos a Jesus nos ensine a ver e a discernir para que, através da oração possamos aprender e servir sem compromissos escuros nos laços da tentação.”
Emmanuel

CORAGEM EMMANUEL

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Embainha Tua Espada

 

“Embainha tua espada…” Jesus (João, 18:11)

A guerra foi sempre o terror das nações.
Furacão de inconsciência, abre a porta a todos os monstros da iniquidade por onde se manifesta. O que a civilização ergue, ao preço dos séculos laboriosos de suor, destrói com a fúria de poucos dias.
Diante dela, surgem o morticínio e o arrasamento, que compelem o povo à crueldade e à barbaria, através das quais aparecem dias amargos de sofrimento e regeneração para as coletividades que lhe aceitaram os desvarios.
Ocorre o mesmo, dentro de nós, quando abrimos luta contra os semelhantes.
Sustentando a contenda com o próximo, destruidora tempestade de sentimentos nos desarvora o coração. Ideais superiores e aspirações sublimes longamente acariciados por nosso espírito, construções do presente para o futuro e plantações de luz e amor, no terreno de nossas almas, sofrem desabamento e desintegração, porque o desequilíbrio e a violência nos fazem tremer e cair nas vibrações do egoísmo absoluto que havíamos relegado à retaguarda da evolução.
Depois disso, muitas vezes devemos atravessar aflitivas existências de expiação para corrigir as brechas que nos aviltam o barco do destino, em breves momentos de insânia.
Em nosso aprendizado cristão, lembremo-nos da palavra do Senhor:
-“Embainha tua espada…”
Alimentando a guerra com os outros, perdemo-nos nas trevas exteriores, esquecendo o bom combate que nos cabe manter em nós mesmos.
Façamos a paz com os que nos cercam, lutando contra as sombras que ainda nos perturbam a existência, para que se faça em nós o reinado da luz.
De lança em riste, jamais conquistaremos o bem que desejamos.
A cruz do Mestre tem a forma de uma espada com a lâmina voltada para baixo.
Recordemos, assim, que, em se sacrificando sobre uma espada simbólica, devidamente ensarilhada, é que Jesus conferiu ao homem a bênção da paz, com felicidade e renovação.
XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva.
Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 114.

FAZER ACONTECER EMMANUEL

Esforço e Oração

“E, despedida a multidão, subiu ao monte a fim de orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.” – (MATEUS, capítulo 14, versículo 23.)
De vez em quando, surgem grupos religiosos que preconizam o absoluto retiro das lutas humanas para os serviços da oração.
Nesse particular, entretanto, o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. O trabalho e a prece são duas características de sua atividade divina.
Jesus nunca se encerrou a distância das criaturas, com o fim de permanecer em contemplação absoluta dos quadros divinos que lhe iluminavam o coração, mas também cultivou a prece em sua altura celestial.
Despedida a multidão, terminado o esforço diário, estabelecia a pausa necessária para meditar, à parte, comungando com o Pai, na oração solitária e sublime.
Se alguém permanece na Terra, é com o objetivo de alcançar um ponto mais alto, nas expressões evolutivas, pelo trabalho que foi convocado a fazer. E, pela oração, o homem recebe de Deus o auxílio indispensável à santificação da tarefa.
Esforço e prece completam-se no todo da atividade espiritual.
A criatura que apenas trabalhasse, sem método e sem descanso, acabaria desesperada, em horrível secura do coração; aquela que apenas se mantivesse genuflexa, estaria ameaçada de sucumbir pela paralisia e ociosidade.
A oração ilumina o trabalho, e a ação é como um livro de luz na vida espiritualizada.
Cuida de teus deveres porque para isso permaneces no mundo, mas nunca te esqueças desse monte, localizado em teus sentimentos mais nobres, a fim de orares “à parte”, recordando o Senhor.
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 6.

 

Oração Nossa

Senhor!

Ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho.
A dar sem olhar a quem.
A servir sem perguntar até quando.
A sofrer sem magoar seja a quem for.
A progredir sem perder a simplicidade.
A semear o bem sem pensar nos resultados.
A desculpar sem condições.
A marchar para a frente sem contar os obstáculos.
A ver sem malícia.
A escutar sem corromper os assuntos.
A falar sem ferir.
A compreender o próximo sem exigir entendimento.
A respeitar os semelhantes sem reclamar consideração.
A dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever sem cobrar taxas de reconhecimento
Senhor!
Fortalece em nós, a paciência para com as dificuldades dos outros
Assim como precisamos da paciência dos outros para com as nossas próprias dificuldades.
Ajuda-nos, para que a ninguém façamos aquilo que não desejamos para nós.
Auxilia-nos sobretudo a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente, aquela de cumprir os desígnios, onde e como queiras.
Hoje agora e sempre.
Emmanuel / Chico Xavier 

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