Ternura é Tão Importante que Sustenta a Vida

Ternura é Tão Importante que Sustenta a Vida – Eros – Divaldo Franco

DIVALDO FRANCO

Ternura

 


É tão importante que sustenta a vida. Muitas criaturas a negam, mas ninguém a dispensa.

Apresenta-se tímida, quase como se não existisse. No entanto, engrandece quem a dá e embeleza quem a recebe.
Manifesta-se em pequenos nadas, como um olhar num momento muito especial. Um olhar que tem o brilho de uma estrela em um céu cheio de astros.

Pode se exteriorizar em um sorriso, em um aperto de mão. O namorado que se aproxima da sua amada e lhe acaricia com suavidade o rosto, como se estivesse tocando o veludo de uma rosa que desabrocha.

Pode ser sentida em uma canção que alguém entoa à distância, uma canção que fala de momentos doces, de um pôr-de-sol, de um amanhecer…

Irradia-se de uma palavra em um momento oportuno. Palavra que tem o dom de acariciar a alma e lembra o voo gracioso de uma ave no céu azul.

Expressa-se no silêncio de um amigo que nos reconhece a dor íntima e simplesmente se senta ao nosso lado, aguardando que desejemos falar, dizer do que nos está magoando, machucando. Oferece-nos o ombro amigo para o desabafo e as lágrimas.

Expressa-se na mãe e no pai que chega em casa e brinda os filhos com um terno beijo ou abraço, dizendo-lhes silenciosamente: eu amo você. Um afago nos cabelos, um olhar que compreende. Uma comidinha quente, um lanchinho, um ficar juntos mesmo sem dizer nada.

Ela fala sem voz. Atua sem mãos. Brilha sem luz…

Falamos da ternura, que é alma e é coração.

Ela sustenta os matrimônios na Terra e aquece os corações maternos quando a neve dos invernos já coloriu os cabelos com sua brancura.

No namoro, ela faz parte do doce encantamento que toma de assalto os enamorados. Nos primeiros dias do casamento, é a brisa que visita os apaixonados todas as manhãs. Depois, quando os anos já se dobram sobre o casal, é o sentimento que alimenta a relação a dois.

Feita de coisas pequenas, como chegar do trabalho com uma flor e oferecer à amada. Ou um telefonema, no meio da tarde, para uma pequena declaração de eterno amor.

Um bilhete em envelope discreto, com uma frase curta e a marca de um beijo.

Quando a ternura se ausenta, as criaturas envelhecem mais rapidamente, parecendo murchar, como flores sem água, sem sol, sem ar.

A ternura é sempre espontânea, por isso mesmo tão preciosa. Não pode ser imposta. Quem pode dizer a uma criança que deixe a brincadeira e nos venha acariciar os cabelos com suas mãos pequeninas?

Mas, quando ela o faz de forma espontânea, nos enriquece e enche de bênçãos o coração.

A ternura é componente imprescindível às manifestações do amor.

Brota como as flores que explodem dos botões aos beijos do sol da primavera.

Onde chega produz harmonia, paz, porque a ternura é a mais forte expressão que traduz a elevação do Espírito.
Ternura, do livro Heranças de amor.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Ternura, do livro Heranças de amor, pelo Espírito Eros, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 17.12.2010.

 

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Janelas na Alma

 

O sentimento e a emoção normalmente se transformam em lentes que coam os acontecimentos, dando-lhes cor e conotação próprias.
De acordo com a estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter a significação que nem sempre corresponde à realidade.
Quem se utiliza de óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor intensidade de luz.
Variando a cor das lentes, com tonalidade correspondente desfilarão diante dos olhos as cenas.
Na área do relacionamento humano, também, as ocorrências assumem contornos de acordo com o estado de alma das pessoas envolvidas.
É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação com eles.
Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de bem observar os sucessos da vilegiatura humana.
De acordo com a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vivê-la de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.
Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando a usança de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação.
Coloca, nas tuas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o mundo e o seu séquito de ocorrências.
O amor te facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os teus amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranquilidade.
A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição que se te acerquem.
O perdão constituirá a tua força revigoradora colocada a benefício do delinquente, do mau, do alucinado, que te busquem.
A ternura espraiará o perfume reconfortante da tua afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de ti.
As janelas da alma são espaços felizes para que se espraie a luz, e se realize a comunhão com o bem.
*
Colocando os santos óleos da afabilidade nas engrenagens da tua alma, descerrarás as janelas fechadas dos teus sentimentos, e a tua abençoada emoção se alongará, afagando todos aqueles que se aproximem de ti, proporcionando-lhes a amizade pura que se converterá em amor, rico de bondade e de perdão, a proclamarem chegada a hora de ternura entre os homens da Terra.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Felicidade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 4.ed. LEAL, 2011. Capítulo 12.

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Anjo Misericordioso

 

As mais belas palavras entretecidas em forma de uma auréola de gratidão não expressam, realmente, a grandeza de que te revestes, anjo querido.
Sendo uma estrela luminífera, escondes a tua claridade no corpo físico, a fim de não ofuscares os caminhos que percorres, particularmente quando te tornas mãe.
O brilho, porém, da tua luminosidade exterioriza-se e clareia a noite densa do processo de crescimento daqueles que vêm aos teus braços, na condição de filhos, na ansiosa busca do progresso e da plenitude.
Os teus silêncios, nos momentos de testemunho, transformam–se em canções de inigualável beleza, dando sentido psicológico e harmonia à vida, porque te sacrificas em benefício daqueles que Deus te concedeu por empréstimo sublime para os conduzires ao Seu coração inefável.
O teu devotamento contínuo constitui a lição preciosa de perseverança de quem acredita na Vida e no triunfo do Bem Eterno, nunca desistindo de lutar e de doar-te.
A tua paciência gentil e a tua serena abnegação, mesmo nas horas difíceis, são poemas vivos de amor incomum, que terminam por transformar as estruturas morais humanas deficientes em resistência e vigor para os enfrentamentos da reencarnação.
A tua serenidade, quando tudo parece conspirar contra o êxito daqueles que educas, e a tua certeza de que o amor tudo pode, convertem- se na segurança que se faz indispensável para que a vitória seja alcançada.
As ingratidões dos filhos não te desanimam, as vicissitudes da existência não te desarmonizam, os embates do cotidiano não te enfraquecem, e prossegues a mesma, sofrida, às vezes, perseverando, porém, nos deveres a que te entregas com doação total.
Aprendeste a sorrir quando os teus filhos estão alegres e a chorar ante as suas preocupações e fracassos, nunca cedendo espaço ao desespero ou à revolta, quando eles não conseguem superar os impedimentos e tombam em momentâneos fracassos…
Nesses momentos, renovada em forças e revestida de coragem, ergue-os, dando-lhes as mãos generosas e direcionando-lhes os passos no rumo certo, a fim de que recomecem e se recuperem.
Estejas na opulência ou na pobreza total, a tua maternidade é sinal do poder de Deus que te consagrou como co-criadora, na condição de anjo do lar, a fim de que o mundo cresça e a vida humana alcance a meta para a qual foi organizada.
É certo que nem todos os filhos sabem compreender a tua grandeza, os teus sacrifícios e lutas, mas isso não te é importante.
Consideras antes que o teu é o dever de os amar em quaisquer situações em que se encontrem, educando-os sem cessar, amparando-os continuamente e emulando-os ao avanço com os seus próprios pés, mesmo quando tenham as pernas trôpegas e feridos os sentimentos.
Sabes que as melhores condecorações para exornarem os heróis são as cicatrizes internas que permanecem no coração e na alma do lutador após as refregas. Por isso mesmo, insistes e perseveras sem descanso, trabalhando com esses diamantes brutos que deves lapidar, a fim de que permitam o brilho da Estrela Polar – Jesus! – no recesso do ser.
…E se, por acaso, a desencarnação te arrebatar do corpo, impedindo- te continuar cuidando deles, permanecerás, no Além-túmulo, inspirando-os, acariciando-os e envolvendo-os em vigorosa proteção.
*
Doce mãezinha!
Quando as criaturas da Terra dedicam um dia ao teu amor, apenas um entre 364 outros, sinalizando que já estão despertando para o significado do teu apostolado, apesar das imposições mercadológicas que esperam lucros, nessa oportunidade, quando todos deveriam oferecer-te somente amor, desejamos homenagear-te, envolvendo-te em ternura e em gratidão, pela nobre tarefa que desempenhas e pelas bênçãos que a todos nos concedes.
Maria, a Mãe Santíssima da Humanidade, coroe-te de paz e de alegria, no teu e em todos os dias da tua existência, anjo misericordioso de todos nós!

 

Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Amélia Rodrigues. Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de 10 de março de 2006, na residência de George e Akemi Adams, em Santa Monica, Califórnia, EUA. Fonte: Reformador de Maio de 2006.

FELICIDADE DIVALDO FRANCO

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