Ao Toque de Reunir – Bezerra de Menezes

AO TOQUE DE REUNIR

Ao Toque de Reunir

Está escrito: “Seus anjos tocarão as trombetas, porque é chegada a hora santa do Senhor!”
As vozes dos Céus se farão ouvir e todos os povos e todas as nações entoarão hosanas ao Senhor nas alturas.
Lentamente, no pautar das comunhões fraternas, Ismael vai reunindo o rebanho e fortalecendo o Coração do Mundo, para que a vontade excelsa do divino Mestre se manifeste em glória e saber, por todos os séculos, em todo o orbe terrestre. E a paz descerá sobre os homens, que então falarão na linguagem dos anjos e todos se entenderão, por muito se amarem.
Assinalada a passagem natalícia do Pacto Áureo, ouvimos novamente o toque de reunir, para que os escolhidos de Ismael transmitam aos povos a necessidade de renovação moral, entendimento fraterno, sublimação dos sentimentos. A hora santa está presente. Povos e nações se digladiam.
Preparem-se os dirigentes das instituições de Ismael para a tremenda responsabilidade de levarem a doutrina pura, em espírito e verdade, para os corações sofredores que olham os Céus e buscam nas estrelas distantes um raio de esperança para a grande dor de seus corações.
Preparem-se como amigos escolhidos, para que o triunfo do Senhor seja completo, na alegria e na dor. O segundo toque já foi desferido; os anjos dos Céus partem em todas as direções, baixados do Infinito, para erguer os corações caídos na tibieza dos costumes. Preparem-se na oração e na vigilância, pois esta é a hora sem limites, para que todos sintam a mensagem da fraternidade cristã.
Glorificamos a realização de Ismael, que faz surgir o sol da liberdade para os corações envoltos nas sombras; faz desabrochar as flores do entendimento nos lares confinados na indiferença e faz saltar a água viva do Evangelho, para que a glória do Senhor não sofra a mácula do descuido.
Por isto, saudamos os Estados brasileiros que, sob a égide de Ismael, buscam a comunhão fraterna do amor divino, espalhando por seus dirigentes responsáveis a bênção do Espiritismo dor’>consolador. E a responsabilidade individual vai crescendo e aumentando à medida que os clarões da verdade penetram e atingem os mais diversos âmbitos da grande nação brasileira.
Irradiai, irmãos, o vosso amor, irradiai incansavelmente os ensinos do Mestre, para que o coração do planeta possa sustentar todo o orbe, que se assemelha a corpo doente necessitado de novo sangue.
Bendigamos ao Senhor e, unidos sob o seu amor, sintamos a bênção do momento presente, quando for desferido o segundo toque. 

BEZERRA DE MENEZES

PAZ PÃO E AMOR BEZERRA

Resumo da Biografia

Conhecido como o Médico dos Pobres, Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti,

filho de Antônio Bezerra de Menezes, tenente-coronel da Guarda Nacional, e Fabiana de Jesus Maria Bezerra, nasceu em 29 de agosto de 1831, na antiga freguesia do Riacho do Sangue, hoje Jaguaretama, no interior do Estado do Ceará.
Entrou para a escola em 1838 e, em apenas dez meses, desenvolveu a leitura, a escrita e solução das contas matemáticas, em uma escola pública da Vila do Frade. Foi criado dentro dos princípios religiosos do Catolicismo e, também, da disciplina militar. Aos 11 anos, morando com a família em Serra do Martins, RN, ingressou no Curso de Humanidades.
Partiu do Ceará rumo à capital do Império (Rio de Janeiro), pois o objetivo que tinha era seguir sua vocação maior: a Medicina. Ali, encontrou a grande oportunidade de praticar sua generosidade, formando-se em 1856, pela antiga Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Recebeu, um ano depois, a posição de membro-titular da Academia Imperial de Medicina.
Sua carreira profissional sempre foi pautada pelo mais elevado ideal. Usava os conhecimentos adquiridos na faculdade e os dons concedidos por Deus a ele como um meio de auxiliar a todos, mesmo aqueles que não tinham os recursos financeiros para uma consulta médica, levando aos aflitos, não apenas o amparo médico, mas também uma palavra de Bondade e Esperança.
Na política, Dr. Bezerra foi líder do Partido Liberal e presidente da Câmara Municipal da Corte (cargo equivalente ao de prefeito nos dias atuais), além de ser grande defensor da Abolição da Escravatura. Porém, de todas as obras realizadas, aquela em que mais se destacou foi a do trabalho constante em prol da população mais carente, sendo apelidado carinhosamente por ela de “O Médico dos Pobres”. Em 1887, tornou-se presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB). E assim como o Evangelista Lucas, é dono de um profundo sentimento de respeito por Maria Santíssima.
Em dezembro de 1899, foi acometido de uma congestão cerebral, voltando ao Mundo Espiritual em 11 de abril de 1900.
HORA BEZERRA DE MENEZES

A Diferença

A reunião alcançava a parte final. E, na organização mediúnica, Bezerra de Menezes retinha a palavra.
O benfeitor desencarnado distribuía consolações, quando um companheiro o alvejou com azedume:
– Bezerra, não concordo com tanta máscara no ambiente espírita. Estou cansado de tartufismo. Falo contra mim mesmo. Posso, acaso, dizer que sou espírita-cristão? Vejo-me fustigado por egoísmo e intolerância, avareza e ciúme; cometo desatenções e disparates; reconheço-me frequentemente caído em maledicência e cobiça; ainda não venci a desconfiança, nem a propensão para ressentir-me; quando menos espero, chafurdo-me nos erros da vaidade e do orgulho; involuntariamente, articulo ofensas contra o próximo; a ambição mora comigo e, por isso, agrido os meus semelhantes com toda a força de minha brutalidade; a crítica, o despeito, a maldade e a imperfeição me seguem constantemente. Posso declarar-me espírita com tantos defeitos?
O venerável orientador espiritual respondeu, sereno:
– Eu também, meu amigo, ainda estou em meio de todas essas mazelas e sou espírita-cristão…
– Como assim? – revidou o consulente agitado.
– Perfeitamente – concluiu Bezerra, sem alterar-se. – Todas essas qualidades negativas ainda me acompanham… Só existe, porém, um ponto, meu caro, que não posso esquecer. É que, antes de ser espírita-cristão, eu fazia força para correr atrás de todas elas e agora, que sou cristão e espírita, faço força para fugir delas todas…
E, sorrindo:
– Como vê, há muita diferença.
Pelo Espírito Irmão X
XAVIER, Francisco Cândido. Momentos de Ouro. Espíritos Diversos. GEEM.

CAUSA E EFEITO

Oração a Maria de Nazaré;

Maria mãe espiritual de toda humanidade, saudamos-te cheia de graça e pedimos a assistência para os abandonados, força para os fracos, luz para os cegos espirituais, amparo aos caídos, alimento para os famintos de amor e paz para os prisioneiros do ódio.
Sede Senhora o abrigo para todos nós, pequenas sementes que o jardineiro de Deus, vosso filho todos os dias sai para semear nas veredas divinas, nós que ainda teimamos no desejo que nos aprisiona a terra, longe do sol da verdade e da brisa do amor.
Mas vós que sois estandarte ao lado do Senhor livrai-nos da morte e nos prestai assistência dando-nos a claridade do vosso coração de mãe amorosa.
Abrigo dos que sofrem, em vosso colo enveredamos nossa cabeça, na certeza de que ouviremos do vosso lábio de mulher e mãe esta rogativa, meu Deus concede-lhes o perdão porque crianças são ainda, precisando e muito do pastor divino, Jesus Cristo, para que esteja presente em nossos corações por todos os séculos.
Bezerra de Menezes

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