A vida é aquilo que você deseja diariamente – André Luiz

A vida é aquilo que você deseja diariamente

Paciência 

A vida é aquilo que você deseja diariamente.

 

André Luiz

 desafetos chico xavier

Paciência e Nós

 

Quando as dificuldades atingem o apogeu, induzindo os companheiros mais valorosos a desertarem da luta pelo estabelecimento das boas obras, e prossegues sob o peso da responsabilidade que elas acarretam, na convicção de que não nos cabe descrer da vitória final…
Quando os problemas se multiplicam na estrada, pela invigilância dos próprios amigos, e te manténs, sem revolta, nas realizações edificantes a que te consagras…
Quando a injúria te espanca o nome, procurando desmantelar-te o trabalho, e continuas fiel às obrigações que abraçaste, sem atrasar o serviço com justificações ociosas…
Quando tentações e perturbações te ameaçam as horas, tumultuando-te os passos, e caminhas à frente, sem reclamações e sem queixas…
Quando te é lícito largar aos ombros de outrem a carga de atribuições sacrificiais que te assinala a existência, e não te afastas do serviço a fazer, entendendo que nenhum esforço é demais em favor do próximo…
Quando podes censurar e não censuras, exigir e não exiges…
Então, terás levantado a fortaleza da paciência no reino da própria alma.
Nem sempre passividade significa resignação construtiva.
Raramente pode alguém demonstrar conformidade, quando se encontre sob os constrangimentos da provação.
Paciência, em verdade, é perseverar na edificação do bem, a despeito das arremetidas do mal, e prosseguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir.

 

Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

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Tesouros de Amor

 

À medida que o tecnicismo modifica a face da Terra, imprimindo um glorioso período, fenecem altas expressões dos sentimentos, no âmago das afeições humanas.
Aqui, a indústria do “presente” asfixia os nobres impulsos, tudo reduzindo ao mercantilismo, onde o amor pode ser valorizado pelo preço da mercadoria.
Ali, as paredes do cronômetro apertam as ruas da amizade e os atos de entendimento fraterno se reduzem a uma palavra, contendo significados de ocasião.
Mais além, a cobiça e o empreguismo assassinam as manifestações da ordem, e em nome do progresso inutilizam homens que se desdobram exaustivamente ou se paralisam, lamentavelmente, no comodismo.
Ninguém pode perder a ocasião no jogo social.
Não se dispõe de tempo para “sentimentalismos”.
Os simulacros de amor e respeito, consideração e reconhecimento são encontrados nas salas modernas dos “magazines” que se encarregam de encaminhá-los protocolarmente ao preço de uma taxa simples…
Todo sentimento que se deseja exteriorizar depende do dinheiro.
O dinheiro que é servo se faz algoz e sendo fonte de crescimento social se converte em implacável azorrague que deprecia a humanidade.
Há, no entanto, outros meios de expressar o canto de ternura da alma nas taças reluzentes da afeição.
Tesouros de amor, sim, todos temos para ofertar.
Um singelo cartão manuscrito é verdadeira gema preciosa dirigido a um ser querido.
Uma frase assinalada pela música da esperança pode ser considerada um adereço delicado a quem merece carinho.
Duas palavras de cordialidade numa visita pessoal oferecem calor humano a quem se estima e está a sós.
Uma oração em conjunto, ao lado de um leito onde sofre uma afeição fraternal, é oferenda valiosa e especial…
E o sorriso gentil, o pensamento generoso, o aperto de mão cordial, a atenção dispensada numa palestra, o silêncio discreto, a postura educada são, igualmente, presentes que transcendem as aquisições lojistas que têm o sabor puro e simples de “dever social”.
Não te deixes corromper na tempestade louca do tempo “sem tempo”.
Sempre podes fazer algo pessoal, intransferível, assinalado pela vibração da tua emotividade.
Na tarefa espírita onde respiras, honrado, aplica esses tesouros na destruição da sementeira negativa.
Respeita o ausente;
Perdoa o ofensor;
Seja tua a dádiva da abnegação;
Faze o trabalho que outros desconsideram;
Ora pelo ingrato;
Sê mais generoso com o exigente…
A ventura do céu começa no piso onde repousa a escada de ascensão espiritual.
Nos detritos oculta-se a vitalidade para o vegetal… Honrado na casa de Simão pela mesa farta e a presença de homens de destaque, o Senhor deixou-se comover pelas lágrimas da mulher sofredora que lhe banhavam os pés, enquanto os enxugava com os cabelos. Era o único tesouro ali que não custara moedas, refletindo em toda a sua grandeza o arrependimento do erro e a sede de amor.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 23.

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