VIVER DE MANEIRA BEM SIMPLES

bem simples vera jacubowski

VIVER DE MANEIRA BEM SIMPLES

“Viver de maneira bem simples é a melhor forma de encontrar a verdadeira felicidade.”
Desejamos que haja emoção e bem no coração de todos nós.
Quando estamos prontos para que a luz de Deus penetre no nosso dia a dia, tudo se transforma, e nos sentimos renovados para o amor, saúde e alegrias.
Hoje e sempre muita paz.
Vera Jacubowski

JESUS SOL DE NOSSAS ALMAS

Jesus tu és o Sol que alimenta nossas almas.
És a claridade que ilumina nossos caminhos.
És a bússola que orienta a direção de nossos passos.
És o amigo que nos levanta quando estamos caídos.
És o irmão que nos ensina a fraternidade.
És o companheiro que nos compreende.
És o exemplo vivo de tudo o que nos propôs.
És o caminho, a verdade e a vida!
Jesus, pedimos que possa irradiar a menor partícula dos raios do sol divino que brilha em seu coração, levando, neste instante, saúde, paz e esperança a todos os irmãos e irmãs que necessitam do seu amparo.
Assim seja!

perdão e paciência

O Mundo Atual

De um lado, a riqueza cultural e intelectual, as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia que modificaram totalmente a face do Planeta, ampliando os horizontes cósmicos e os tornando compreensíveis ao pensamento, enquanto que pandemias terríveis vêm sendo varridas do orbe lentamente.
A contribuição inestimável das vacinas, a relativa e lúcida facilidade de diagnóstico de muitas enfermidades, os produtos farmacêuticos de extraordinário valor, as medidas preventivas a muitos males, a vigência de hábitos alimentares saudáveis, de exercícios físicos e contato com a natureza, os notáveis recursos cirúrgicos, os de transplantes de órgãos e de próteses constituem bênçãos jamais sonhadas antes, tornando a existência humana mais amena e saudável.
As ciências psicológicas facultam a compreensão dos conflitos humanos e dos transtornos que se ampliam com altos índices de depressão, de loucura, de desvios de comportamento…
Sob outro aspecto, porém, os valores ético-morais, imprescindíveis ao equilíbrio mente-corpo, demonstram que a evolução espiritual tem sido menos ampla do que aquela de natureza intelectual.
Simultaneamente, o espectro da fome, da miséria sob diferentes aspectos, a drogadição, a volúpia do prazer exacerbado, como se a função do corpo fosse direcionada apenas para o gozo, as fugas espetaculares para os vícios de toda ordem e a violência perversa dominam as criaturas que, aturdidas, não sabem qual rumo a seguir.
Valiosos estudiosos do comportamento e da economia apelam para o comedimento, para a liberdade responsável, enquanto outros, que se encontram alucinados, proclamam a necessidade da liberação do aborto, da eutanásia, da discriminação da maconha e de outras substâncias alucinógenas com excessiva liberdade para os seus usuários, sem a preocupação de educá-los preventivamente ou de tratá-los após o tombo nas suas armadilhas soezes.
Mulheres e homens infelizes proclamam a excelência do suicídio ante os insucessos, as doenças incuráveis, os problemas afligentes, as situações embaraçosas, exteriorizando os tormentos que os caracterizam e que desejam transformar em condutas normais…
Uma onda de desespero cresce no mundo ante expectativas dolorosas em relação às culturas religiosas do Oriente assim como as do Ocidente e vice-versa, ao mesmo tempo, em um período em que os direitos humanos são proclamados e reconhecidos, o fanatismo de diversas condutas e o radicalismo ameaçam a paz entre os povos dominados pelas paixões primitivas disfarçadas de civilização…
Há, em toda parte, a busca desenfreada por algo que complete o ser, facultando-lhe as fugas terríveis para os esportes radicais, para as experiências aberrantes, para as condutas extravagantes, para a formação de tribos e de clãs agressivos que facilitam a vigência do ódio e da crueldade, em uma época em que os mesmos já deveriam ter sido substituídos pela compreensão, pela fraternidade, pela compaixão…
Infelizmente, não tem havido lugar na sociedade imediatista para o amor e a paz, para os ideais de enobrecimento e de solidariedade que não encontram espaço na grande mídia, conforme desfrutam a sexolatria, os crimes hediondos e as futilidades rotuladas de condutas ideais.
A família, desagregada, cede lugar a um grupamento de pessoas vinculadas pela consanguinidade e separadas pelos sentimentos de amizade e de dever, facultando os desvios para os sites e blogs da convivência virtual que facilitam o intercâmbio doentio e cruel, com psicopatas e atormentados, que se ocultam atrás da tela dos computadores, assim como de outros instrumentos de comunicação do mesmo gênero…
Em consequência, a deserção moral é volumosa e profundamente lamentável, permitindo todos os tipos de condutas desastradas com graves prejuízos para o indivíduo em si mesmo e para a sociedade em geral.
Há abundância de conforto e de diversões para alguns e escassez absoluta de quase tudo para a maioria das criaturas terrestres.
São inevitáveis as interrogações: Que se fazer ante tantos paradoxos? Como se viver corretamente sem alienação? Existe alguma diretriz para o encontro com o equilíbrio e a harmonia interior?
A resposta é simples e talvez contundente: A diretriz e a conduta a se vivenciar podem ser enunciadas no conceito: evitar-se o mal ou dele libertar-se, caso já se lhe encontre instalado.
Pensando na grande problemática referida acima em alguns dos seus mais graves aspectos elaboramos, ao longo dos últimos meses, estudos espíritas em torno de trinta temas, convidando os interessados à conquista da paz, da saúde e da alegria de viver, à luta pela própria felicidade.
Baseando-nos nas vigorosas lições de Jesus e nas sábias diretrizes do Espiritismo, procuramos atualizar os seus conteúdos em linguagem própria para estes dias, oferecendo sugestões oportunas e fáceis para a conquista da harmonia pessoal e para a cooperação com as demais pessoas.
Reconhecemos não trazerem estas páginas novidades muito do agrado de grande número de leitores, mas sabemos que um dos requisitos essenciais para a aprendizagem é a metodologia da repetição, a fim de que se fixem nos painéis da memória e nos delicados tecidos dos sentimentos as informações que se devem transformar em recurso para a sua vivência.
Tudo quanto anotamos já tem sido apresentado por estudiosos sérios e interessados nos comportamentos felizes, assim como por sociólogos e psicólogos, religiosos e cidadãos afeiçoados ao Bem.
O nosso trabalho encontra-se, porém, enraizado nos textos do Evangelho de Jesus e nas seguras orientações que os Espíritos trouxeram ao mundo desde o dia do surgimento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a 18 de abril de 1857 e as obras que foram publicadas depois pelo insigne codificador.
São o resultado da nossa própria experiência, assim como da experiência de milhões de indivíduos que optaram pelo Bem em luta incessante para a libertação do mal, que ainda vige no íntimo de todos os seres humanos, como herança doentia do processo grandioso da evolução antropológica e psicológica através das sucessivas reencarnações.
Com este modesto contributo, esperamos cooperar com as pessoas sinceras e afeiçoadas ao amor e à verdade, a fim de que não desanimem nunca no afã da edificação e da vivência do amor, conforme o Mest
re de Nazaré nos ensinou, em todas e quaisquer situações em que se encontre.
…E o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados se apresentem.
Joanna de Ângelis
Salvador, (BA), 21 de setembro de 2011.
Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Liberta-te do Mal
gratidão

A falsa mendiga

Zezélia pedia esmolas, havia muitos anos.
Não era tão doente que não pudesse trabalhar, produzindo algo de útil, mas não se animava a enfrentar qualquer disciplina de serviço.
— Esmola pelo amor de Deus! — clamava o dia inteiro, dirigindo-se aos transeuntes, sentada à porta de imundo telheiro.
De quando em quando, pessoas amigas, depois de lhe darem um níquel, aconselhavam:
— Zezélia, você não poderia plantar algum milho?
— Não posso… — respondia logo.
— Zezélia, quem sabe poderia você beneficiar alguns quilos de café?
— Quem sou eu, meu filho? não tenho forças…
— Não desejaria lavar roupa e ganhar algum dinheiro? — indagavam damas bondosas.
— Nem pensar nisto. Não aguento…
— Zezélia, vamos vender flores! — convidavam algumas jovens que se compadeciam dela.
— Não posso andar, minhas filhas!… — exclamava, suspirando.
— E o bordado, Zezélia? — interrogava a vizinha, prestativa — você tem as mãos livres. A agulha é uma boa companheira. Quem sabe poderá ajudar-nos? Receberá compensadora remuneração.
— Não tenho os dedos seguros — informava, teimosa — e falta-me suficiente energia… Não posso, minha senhora..
E, assim, Zezélia vivia prostrada, sem ânimo, sem alegria. Afirmava sentir dores por toda parte do corpo. Dava notícias da tosse, da tonteira e do resfriado com longas palavras que raras pessoas dispunham de tempo para ouvir. Além das lamentações contínuas, clamava que não bebia café por falta de açúcar, que não almoçara por não dispor de alimentação.
Tanto pediu, chorou e se queixou Zezélia que, em certa manhã, foi encontrada morta e a caridade pública enterrou-lhe o corpo com muita piedade.
Todos os vizinhos e conhecidos julgaram que a alma de Zezélia fora diretamente para o Céu; entretanto, não foi assim.
Ela acordou em meio dum campo muito escuro e muito frio.
Achava-se sem ninguém e gritou, aflita, pelo socorro de Deus.
Depois de muito tempo, um anjo apareceu e disse-lhe, bondoso:
— Zezélia, que deseja você?
— Ah! — observou, muito vaidosa — já sou conhecida na Casa Celestial?
— Há muito tempo — informou o emissário, compadecido.
A velha começou a chorar e rogou em pranto:
— Tenho sofrido muito!… quero o amparo do Alto!…
— Mas, ouça! — esclareceu o mensageiro o auxílio divino é para quem trabalha. Quem não planta, nada tem a colher. Você não cavou a terra, não cuidou de plantas, não ajudou os animais, não fiou o algodão, não teceu fios, no costurou o pano, não amparou crianças, não fez pão, não lavou roupa, não varreu a casa, não cuidou de flores, não tratou nem mesmo de sua saúde e de seu corpo… Como pretende receber as bênçãos de Cima?
A infeliz observou, então:
— Nada podia fazer… eu era mendiga…
O anjo, contudo, replicou:
— Não, Zezélia! — você não era mendiga. Você foi simplesmente preguiçosa. Quando aprender a trabalhar, chame por nós e receberá o socorro celeste.
Cerrou-se-lhe aos olhos o horizonte de luz e, às escuras, Zezélia voltou para a Terra, a fim de renovar-se.
Neio Lúcio

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