FATOR DETERMINANTE DA VITÓRIA
“Muitas vezes o fator determinante da vitória não são as escolhas, mas sim as renúncias. “
(Desc.Aut)
Objetivos para a Moral Elevada
Voltemos nossos objetivos para a moral elevada em busca de uma espiritualidade superior, que nos preencha os vazios existenciais
nos dando as verdadeiras alegrias celestes.
Vera Jacubowski
Reciprocidade
O discípulo abeirou-se do orientador e queixou-se magoado:
– Instrutor amigo, o pior de tudo em meu aprendizado é adquirir a ciência do relacionamento. Creio estar lutando inutilmente contra a animosidade alheia… Auxilie-me, por favor. De que modo agir para viver com a intolerância e com o azedume dos outros?
O mentor refletiu, por alguns momentos, e esclareceu:
– Sim, a indagação é justa. Mas para que tenhamos uma resposta clara, é importante considerar que os outros, igualmente, precisam viver contigo.
Chico Xavier
SAÚDE FÍSICA E SAÚDE ESPIRITUAL
A doutrina Espírita nos traz noções mais completas a respeito do conceito de saúde, esclarecendo-nos que esta advêm do espírito, e não somente do corpo físico.
A ideia de saúde mais aceita pela ciência do mundo refere-se à “ausência de doenças”. Portanto, ser ou estar saudável significa, segundo a visão materialista, não estar doente.
A doutrina codificada por Kardec nos mostra que essa questão é mais complexa. Ela divide o conceito de saúde em duas vertentes distintas, mas que se combinam:
– Saúde física, que reflete a tal ausência de doenças e um bom comportamento orgânico;
– Saúde espiritual, que reflete a vibração do espírito e influi diretamente sobre o corpo físico, através do perispírito.
Sabemos pelos relatos do espírito André Luiz (psicografia de Chico Xavier) que as energias emitidas pelo pensamento do espírito espalham-se por todo o seu perispírito, antes de se espraiarem pelo universo. Sabemos também que este liga-se intimamente ao corpo físico. Portanto, as energias que “inundam” o perispírito atuam também sobre o corpo físico. Significa dizer que se as energias mentais forem boas, o perispírito receberá e transmitirá ao corpo físico boas sensações, causando-nos bem estar! Porém, os maus pensamentos…
Jesus é pra nós o maior exemplo de saúde espiritual, que influía o organismo carnal. Viveu em região extremamente quente, sem higiene e conforto mínimo. Não obstante, jamais se ouviu falar que Ele tenha adoecido!
Públio Lêntulus (encarnação de Emmanuel relatada no livro “Há Dois Mil Anos”) relata ao governador romano Tibério César seu encontro com Jesus. Relata o senador que o Cristo aparentava idade menor do que tinha, e nenhuma ruga, mesmo pregando em região quente e sol forte. Por sua vibração sublimada, fruto de pensamentos organizados bem dirigidos, o corpo físico resistia aos ataques externos, pois internamente era fortalecido por energias puras.
Podemos, de posse dessas informações (e de muitas outras trazidas pelo Espiritismo) alterar nossa conduta mental.
Melhorando nossa vibração, o comportamento orgânico se alterará. Para melhor! Evitar-se-ão problemas que no futuro poderão se agravar. Pela energia que se condensa para a formação da matéria, contaminada pelo pensamento doentio, formar-se-á matéria doente.
“Vigiai e orai”, disse Jesus.
Nossa vibração depende dessa vigilância, e nossa saúde também.
André Sobreiro
A Caridade Material e a Caridade Moral
“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles.” Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nestes dois preceitos. Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes: não mais aí ódios, nem ressentimentos. Direi ainda: não mais pobreza, porquanto, do supérfluo da mesa de cada rico, muitos pobres se alimentariam e não mais veríeis, nos quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava.
Ricos! pensai nisto um pouco. Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes. Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sairdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.
Se pudésseis saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além aqueles a quem, na minha última existência, me fora dado servir!…
Amai, portanto, o vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que, repelindo um desgraçado, estareis, quiçá, afastando de vós um irmão, um pai, um amigo vosso de outrora. Se assim for, de que desespero não vos sentireis presa, ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos!
Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer-se.
A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral.
Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra. Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante. Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito: Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa. Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxílio.
Lembrai-vos de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo. Adeus: pensai nos que sofrem e orai. Irmã Rosália.(Paris, 1860.)
Meus amigos, a muitos dentre vós tenho ouvido dizer: Como hei de fazer caridade, se amiúde nem mesmo do necessário disponho?
Amigos, de mil maneiras se faz a caridade. Podeis fazê-la por pensamentos, por palavras e por ações. Por pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem se acharem sequer em condições de ver a luz.
Uma prece feita de coração os alivia. Por palavras, dando aos vossos companheiros de todos os dias alguns bons conselhos, dizendo aos que o desespero, as privações azedaram o ânimo e levaram a blasfemar do nome do Altíssimo: “Eu era como sois; sofria, sentia-me desgraçado, mas acreditei no Espiritismo e, vede, agora, sou feliz.
” Aos velhos que vos disserem: “É inútil; estou no fim da minha jornada; morrerei como vivi”, dizei: “Deus usa de justiça igual para com todos nós; lembrai-vos dos obreiros da última hora.” As crianças já viciadas pelas companhias de que se cercaram e que vão pelo mundo, prestes a sucumbir às más tentações, dizei: “Deus vos vê, meus caros pequenos”, e não vos canseis de lhes repetir essas brandas palavras. Elas acabarão por lhes germinar nas inteligências infantis e, em vez de vagabundos, fareis deles homens. Também isso é caridade.
Dizem, outros dentre vós: “Ora! somos tão numerosos na Terra, que Deus não nos pode ver a todos.” Escutai bem isto, meus amigos: Quando estais no cume da montanha, não abrangeis com o olhar os bilhões de grãos de areia que a cobrem? Pois bem: do mesmo modo vos vê Deus. Ele vos deixa usar do vosso livre-arbítrio, como vós deixais que esses grãos de areia se movam ao sabor do vento que os dispersa. Apenas, Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará. As vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal. Ela, então, se cala. Mas, ficai certos de que a pobre escorraçada se fará ouvir, logo que lhe deixardes aperceber-se da sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a e com freqüência vos achareis consolados com o conselho que dela houverdes recebido.
Meus amigos, a cada regimento novo o general entrega um estandarte. Eu vos dou por divisa esta máxima do Cristo: “Amai-vos uns aos outros.” Observai esse preceito, reuni-vos todos em torno dessa bandeira e tereis ventura e consolação.
Um Espírito protetor. (Lião, 1860.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 13. Itens 9 e 10.
Resumo da Doutrina Espírita
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