passagem no mundo

NOSSA EXISTÊNCIA NA TERRA É UMA PASSAGEM

NOSSA EXISTÊNCIA NA TERRA É UMA PASSAGEM

Nossa existência na terra é uma passagem, em cuja viagem curta ou longa, viemos a este planeta e sabemos que não se trata de um simples passeio, trata-se de um mundo de provas e expiações.
Recebemos inúmeras oportunidades de reajustes com as Leis Divinas.
Reencarnamos com um objetivo útil e somos proprietários do privilégio do nosso “livre-arbítrio’, concedido por Deus, mas com atrações nas Leis de “Causa e Efeito” – “Ação e Reação” de nossos próprios atos, atitudes e ações que nos configuram a qualidade, ou a decadência em que nos encontramos.
Perante o Pai nada fica oculto, perante a espiritualidade tudo é visível, seja bem ou mal, nada fica encoberto, consequências há muitas, boas ou ruins, cada um sabe a dor que tem, cada um cruza o seu destino de acordo com o que faz, e nada acontece de diferente, como nos Disse Jesus: “a cada um segundo suas obras”, a plantação é livre, mas a colheita é obrigatória.
Fatalmente terás que usufruir dos seus frutos, cedo ou tarde, reclamar não será uma boa opção, para quem errou consciente ou inconsciente, é da Lei a colheita ser exclusivamente do espírito promotor do seu próprio estado físico, psíquico, espiritual, profissional, intelectual ou moral.
Somos individualidades no universo infinito e a nossa desdita ou a nossa glorificação, depende exclusivamente das nossas escolhas. Portanto amados, “Reconcilia-te com Teu irmão, enquanto estiver a caminho com ele, para que coisa pior não te aconteça”. Afirmou Jesus.! 
Auto-perdão, perdão ao próximo, respeito recíproco, fraternidade e amor são reajustes abençoados, desde que usados com boa vontade e responsabilidade.
Fiquemos em paz com nosso Mestre Divino Jesus.
Muita luz a todos.
Vera Jacubowski

O PROVEITO DE TODOS

(Do livro “Segue-me”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

“A manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso”. – Paulo (Coríntios, 12:7).
Cada individualidade encontra na reencarnação um quadro de valores potenciais de trabalho, análogos àqueles que a pessoa recebe quando é favorecida por um cargo determinado.
Assim como o obreiro é indicado para integrar a tabela nominativa de certa repartição, com atribuições específicas, também nós, quando nos dirigimos para a esfera física, recolhemos semelhante designação; somos como que nomeados para servir em determinado setor de atividade e, consequentemente, colocados na equipe de familiares e companheiros que nos possibilitam a execução da tarefa. Mas, se a obtenção do cargo resulta de concessão ou de ordem do Plano Superior, o aproveitamento do encargo depende do interessado em desenvolver ou consolidar os próprios méritos. À face disso, precisamos considerar que todos nós possuímos o talento de capacidade para investir na edificação do bem, onde estivermos.
Ninguém está órfão de oportunidade.
Em toda parte, há serviço que prestar e o melhor que fazer.
Observa em torno de ti e ouvirás múltiplos chamamentos à obra do progresso geral.
Ninguém está privado do ensejo de auxiliar o próximo, elevar, consolar, instruir, renovar.
Não te detenhas.
O amparo do Senhor é concedido a cada ser humano, visando ao proveito de todos.
Considera a indicação que recebeste para servir, segundo as possibilidades que te enriquecem o coração e as mãos.
O cargo vem a nossa esfera de ação por efeito da Providência Divina, mas a valorização do encargo parte de nós.

Recapitulação

Cada dia, na Terra, a vida se te recomeça no coração.
Cada nascer do sol é nova luz para que ai nos desfaçamos da sombra que ainda nos obscurece o espírito.
E, nos círculos da evolução em que ainda te agitas, a claridade matinal é como que o convite sempre renovado para as obras do bem.
A Infinita Bondade do Céu te apagou a lembrança temporariamente, a fim de que o esquecimento te valorize a movimentação da consciência sempre livre para escolher.
Não te detenhas em dúvidas e incertezas.
Vale-te do dia para a sementeira do bem.
Cada pessoa que te busca é alguém que regressa de longe para auxiliar-te na edificação da felicidade ou para auxiliar-te no aprimoramento interior que necessitas desenvolver.
Cada problema que te preocupa é serviço que deixaste à distância, sem solução, retornando-te à esfera de trabalho, para o aclaramento do raciocínio ou para a melhoria do coração.
Cada sofrimento é uma sombra que estendeste no passado e que volta ao presente, a fim de que a transformes em luz.
Cada aflição que te requisita a alma é o espinheiro que cultivaste no pretérito a reaproximar-se de ti, para que convertas os acúleos antigos em flores de amor para a imortalidade.
Vale-te das bênçãos do olvido temporário e dos valores potenciais de cada dia, trabalhando em favor da própria elevação, porque, mais tarde, a memória ser-te-á restaurada no santuário interno e abençoarás a dor e a luta de agora por preciosos recursos de reajuste, concórdia e sublimação.
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
“INDULGÊNCIA”

CAPÍTULO III – HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI

DIFERENTES ESTADOS DA ALMA NA ERRATICIDADE

 
1 – Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim.
– Há muitas moradas na casa de meu pai.
Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito; pois vou preparar-vos o lugar.
E depois que eu me for, e vos aparelhar o lugar, virei outra vez e tomar-vos-ei para mim, para que lá onde estiver, estejais vós também. (João, XIV:1-3).
 

2 – A Casa do Pai é o Universo.

As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos Espíritos desencarnados estações apropriadas ao seu adiantamento.
Independentemente da diversidade dos mundos, essas palavras podem também ser interpretadas pelo estado feliz dos Espíritos na erraticidade.
Conforme for ele mais ou menos puro e liberto das atrações materiais, o meio em que estiver, o aspecto das coisas, as sensações que experimentar, as percepções que possuir, tudo isso varia ao infinito.
Enquanto uns, por exemplo, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos.
Enquanto certos Espíritos culpados erram nas trevas, os felizes gozam de uma luz resplandecente e do sublime espetáculo do infinito.
Enquanto, enfim, o malvado, cheio de remorsos e pesares, frequentemente só, sem consolações, separado dos objetos da sua afeição, geme sob a opressão dos sofrimentos morais, o justo, junto aos que ama, goza de uma indizível felicidade.
Essas também são, portanto, diferentes moradas, embora não localizadas nem circunscritas.
DIVERSAS CATEGORIAS DE MUNDOS HABITADOS
 
3 – Do ensinamento dado pelos Espíritos, resulta que os diversos mundos possuem condições muito diferentes uns dos outros, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes.
Dentre eles, há os que são ainda inferiores à Terra, física e moralmente.
Outros estão no mesmo grau, e outros lhe são mais ou menos superiores, em todos os sentidos.
Nos mundos inferiores a existência é toda material, as paixões reinam soberanas, a vida moral quase não existe.
 
À medida que esta se desenvolve, a influência da matéria diminui, de maneira que, nos mundos mais avançados, a vida é por assim dizer toda espiritual.
 
4 – Nos mundos intermediários, o bem e o mal se misturam, e um predomina sobre o outro, segundo o grau de adiantamento em que se encontrarem.
 
Embora não possamos fazer uma classificação absoluta dos diversos mundos, podemos, pelo menos, considerando o seu estado e o seu destino, com base nos seus aspectos mais destacados, dividi-los assim, de um modo geral: mundos primitivos, onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e de provas, em que o mal predomina; mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm o que expiar adquirem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos felizes, onde o bem supera o mal; mundos celestes ou divinos, morada dos Espíritos purificados, onde o bem reina sem mistura.
 
A Terra pertence à categoria dos mundos de expiações e de provas, e é por isso que nela está exposto a tantas misérias.
 
5 – Os Espíritos encarnados num mundo não estão ligados a ele indefinidamente, e não passam nesse mundo por todas as fases do progresso que devem realizar, para chegar à perfeição.
 
Quando atingem o grau de adiantamento necessário, passam para outro mundo mais adiantado, e assim sucessivamente, até chegarem ao estado de Espíritos puros.
 
Os mundos são as estações em que eles encontram os elementos de progresso proporcionais ao seu adiantamento.
 
É para eles uma recompensa passarem a um mundo de ordem mais elevada, como é um castigo prolongarem sua permanência num mundo infeliz, ou serem relegados a um mundo ainda mais infeliz, por se haverem obstinado no mal.
 

DESTINO DA TERRA E CAUSA DAS MISÉRIAS HUMANAS

 
6 – Admira-se de haver sobre a Terra tantas maldades e tantas paixões inferiores, tantas misérias e enfermidades de toda sorte, concluindo-se que miserável coisa é a espécie humana.
Esse julgamento decorre de uma visão estreita, que dá uma falsa ideia do conjunto.
 
É necessário considerar que toda humanidade não se encontra na Terra, mas apenas uma pequena fração dela.
 
Porque a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão, que povoam os inumeráveis mundos do Universo.
 
Ora, o que seria a população da Terra, diante da população total desses mundos?
 
Bem menos que a de um lugarejo em relação a de um grande império.
 
A condição material e moral da humanidade terrena nada tem, pois, de estranho, se levarmos em conta o destino da Terra e a natureza de sua população.
 
7 – Faríamos uma ideia muito falsa da população de uma grande cidade, se a julgássemos pelos moradores dos bairros mais pobres e sórdidos.
 
Num hospital, só vemos doentes e estropiados; numa galé, vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes.
 
Pois bem: consideremos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal, porque ela é tudo isso a um só tempo, e compreenderemos porque as suas aflições sobrepujam os prazeres.
 
Porque não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de correção os que não praticam crimes, e nem os hospitais, nem as casas de correção, são lugares de delícias.
 
Ora, da mesma maneira que , numa cidade, toda a população não se encontra nos hospitais ou nas prisões, assim a humanidade inteira não se encontra na Terra.
 
E como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando cumprimos a pena, o homem sai da Terra para mundos mais felizes, quando se acha curado de suas enfermidades morais.

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS:

 

I – MUNDOS SUPERIORES E INFERIORES

 
8 – A classificação de mundos inferiores e mundos superiores é antes relativa do que absoluta, pois um mundo é inferior ou superior em relação aos que se acham abaixo ou acima dele, na escala progressiva.
Tomando a Terra como ponto de comparação, pode fazer-se uma ideia do estado de um mundo inferior, supondo os seus habitantes no grau evolutivo dos povos selvagens e das nações bárbaras que ainda se encontram em nosso planeta, como restos do seu estado primitivo.
 
Nos mundos mais atrasados, os homens são de certo modo rudimentares.
 
Possuem a forma humana, mas sem nenhuma beleza; seus instintos são temperados por nenhum sentimento de delicadeza ou benevolência, nem pelas noções do justo e do injusto; a força bruta é sua única lei.
 
Sem indústrias, sem invenções, dedicam sua vida à conquista de alimentos.
 
Não obstante, Deus não abandona nenhuma de suas criaturas.
 
No fundo tenebroso dessas inteligências encontra-se, latente, a vaga intuição de um Ser Supremo, mais ou menos desenvolvida.
 
Esse instinto é suficiente para que uns se tornem superiores aos outros, preparando-se para a eclosão de uma vida mais plena.
 
Porque eles não são criaturas degradadas, mas crianças que crescem.
 
Entre esses graus inferiores e mais elevados, há inumeráveis degraus, e entre os Espíritos puros, desmaterializados e resplandecentes de glória, é difícil reconhecer os que animaram os seres primitivos, da mesma maneira que, no homem adulto, é difícil reconhecer o antigo embrião.
 
9 – Nos mundos que atingiram um grau superior de evolução, as condições da vida moral e material são muito diferentes das que encontramos na Terra.
 
A forma dos corpos é sempre, como por toda parte, a humana, mas embelezada, aperfeiçoada, e sobretudo purificada.
 
O corpo nada tem da materialidade terrena, e não está, por isso mesmo sujeito às necessidades, às doenças e às deteriorações decorrentes do predomínio da matéria.
 
Os sentidos, mais sutis, têm percepções que a grosseria dos nossos órgãos sufoca.
 
A leveza específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil.
 
Em vez de se arrastarem penosamente sobre o solo, eles deslizam, por assim dizer, pela superfície ou pelo ar, pelo esforço apenas da vontade, à maneira das representações de anjos ou dos manes dos antigos nos Campos Elíseos.
 
Os homens conservam à vontade os traços de suas existências passadas, e aparecem aos amigos em suas formas conhecidas, mas iluminadas por uma luz divina transfiguradas pelas impressões interiores, que são sempre elevadas.
 
Em vez de rostos pálidos, arruinados pelos sofrimentos e as paixões, a inteligência e a vida esplendem, com esse brilho que os pintores traduziram pela auréola dos santos.
 
A pouca resistência que a matéria oferece aos Espíritos já bastante adiantados, facilita o desenvolvimento dos corpos e abrevia ou quase anula o período de infância.
 
A vida, isenta de cuidados e angústias, é proporcionalmente muito mais longa que a da Terra.
Em princípio, a longevidade é proporcional ao grau de adiantamento dos mundos.
 
A morte não tem nenhum dos horrores da decomposição, e longe de ser motivo de pavor, é considerada como uma transformação feliz, pois não existem dúvidas quanto ao futuro.
Durante a vida, não estando à alma encerrada numa matéria compacta, irradia e goza de uma lucidez que a deixa num estado quase permanente de emancipação, permitindo a livre transmissão do pensamento.
10 – Nos mundos felizes, a relação de povo para povo, sempre amigáveis, jamais são perturbadas pelas ambições de dominação e pelas guerras que lhes são consequentes.
 
Não existem senhores nem escravos, nem privilegiados de nascimentos.
 
Só a superioridade moral e intelectual determina as diferentes condições e confere a supremacia.
 
A autoridade é sempre respeitada, porque decorre unicamente do mérito e se exerce sempre com justiça.
 
O homem não procura elevar-se sobre o seu semelhante, mas sobre si mesmo, aperfeiçoando-se.
 
Seu objetivo é atingir a classe dos Espíritos puros, e esse desejo incessante não constitui um tormento, mas uma nobre ambição, que o faz estudar com ardor para os igualar.
 
Todos os sentimentos ternos e elevados da natureza humana apresentam-se engrandecidos e purificados.
Os ódios, as mesquinharias dos ciúmes, as baixas cobiças da inveja, são ali desconhecidos.
 
Um sentimento de amor e fraternidade une a todos os homens e os mais fortes ajudam os mais fracos.
 
Suas posses são correspondentes às possibilidades de aquisição de suas inteligências, mas ninguém sofre a falta do necessário, porque ninguém ali se encontra em expiação.
 
Em uma palavra, o mal não existe.
 
11 – No vosso mundo, tendes necessidade do mal para sentir o bem, da noite para admirar a luz, da doença para apreciar a saúde. Lá, esses contrastes não são necessários.
 
A eterna luz, a eterna bondade, a paz eterna da alma, proporcionam uma alegria eterna, que nem as angústias da vida material, nem os contatos dos maus, que ali não tem acesso, poderiam perturbar.
Eis o que o Espírito humano só dificilmente compreende.
 
Ele foi engenhoso para pintar os tormentos do inferno, mas jamais pôde representar as alegrias do céu.
 
E isso por que?
 
Porque, sendo inferior, só tem experimentado penas e misérias, e não pode entrever as claridades celestes.
 
Ele não pode falar daquilo que não conhece.
 
Mas, à medida que se eleva e se purifica, o seu horizonte se alarga e ele compreende o bem que está à sua frente, como compreendeu o mal que deixou para trás.
 
12 – Esses mundos afortunados, entretanto, não são mundos privilegiados.
 
Porque Deus não usa de parcialidade para nenhum, de seus filhos.
 
A todos os mesmos direitos e as mesmas facilidades para chegarem até lá.
 
Fez que todos partissem do mesmo ponto, e não dota a uns mais do que os outros.
 
Os primeiros lugares são acessíveis a todos: cabe-lhes conquistá-los pelo trabalho, atingi-los o mais cedo possível, ou abandonar-se durante séculos e séculos no meio da escória humana.

II – MUNDOS DE EXPIAÇÕES E DE PROVAS

 

SANTO AGOSTINHO – Paris, 1862

 
13 – Que vos direi, que já não conheçais, dos mundos de expiações, pois que basta considerar a Terra que habitais?
 
A superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encarnação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador.
 
Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizaram um certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral.
 
Eis porque Deus os colocou num mundo ingrato, para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo mais feliz.
 
14 – Não obstante, não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação.
 
As raças que chamais selvagens constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contato de Espíritos mais avançados.
 
Vem a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso.
 
Essas são, de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos.
 
Os Espíritos em expiação aí estão, se assim nos podemos exprimir como estrangeiros.
 
Já viveram em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação do mal, que os tornava causa de perturbação para os bons.
 
Foram relegados, por algum tempo, entre os Espíritos mais atrasados, tendo por missão fazê-los avançar, porque trazem uma inteligência desenvolvida e os germes dos conhecimentos adquiridos.
 
È por isso que os Espíritos punidos se encontram entre as raças mais inteligentes, pois são estas também as que sofrem mais amargamente as misérias da vida, por possuírem mais sensibilidade e serem mais atingidas pelos atritos do que as raças primitivas, cujo senso moral é mais obtuso.
 
15 – A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de mundos expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm por caráter comum servirem de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus.
 
Nesses mundos, os Espíritos exilados têm de lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos homens e a inclemência da natureza, trabalho duplamente penoso, que desenvolve a uma só vez as qualidades do coração e as da inteligência.
 
È assim que Deus, na sua bondade, torna o próprio castigo proveitoso para o progresso do Espírito.

III – MUNDOS REGENERADORES

 

SANTO AGOSTINHO – Paris, 1862

 
16 – Entre essas estrelas que cintilam na abóbada azulada, quantas delas são mundos, como o vosso, designados pelo Senhor para expiação e provas!
 
Mas há também entre elas mundos mais infelizes e melhores, como há mundos transitórios, que podemos chamar de regeneradores.
 
Cada turbilhão planetário, girando no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo mundos primitivos, de provas, de regeneração e de felicidade.
 
Já ouvistes falar desses mundos em que a alma nascente é colocada, ainda ignorante do bem e do mal, para que possa marchar em direção a Deus, senhora de si mesma, na posse do seu livre-arbítrio.
 
Já ouvistes falar das amplas faculdades de que a alma foi dotada, para praticar o bem. Mas ai!, existem as que sucumbem!
 
Então Deus, que não quer aniquilá-las, permite-lhes ir a esses mundos em que, de encarnações em encarnações podem fazer-se novamente dignas da glória a que foram destinadas.
 
17 – Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os felizes.
 
A alma que se arrepende, neles encontra a paz e o descanso, acabando por se purificar.
 
Sem dúvida, mesmo nesses mundos, o homem ainda está sujeito às leis que regem a matéria.
 
A humanidade experimenta as vossas sensações e os vossos desejos, mas está isenta das paixões desordenadas que vos escravizam.
 
Neles, não há mais o orgulho que emudece o coração, a inveja que o tortura e o ódio que os asfixia.
 
A palavra amor está escrita em todas as frontes; uma perfeita equidade regula as relações sociais; todos manifestam a Deus e procuram elevar-se a Ele, seguindo as suas leis.
 
Nesses mundos, contudo, ainda não existe a perfeita felicidade, mas a aurora da felicidade.
 
O homem ainda é carnal, e por isso mesmo sujeito às vicissitudes de que só estão isentos os seres completamente desmaterializados.
 
Ainda tem provas a sofrer, mas estas não se revestem das pungentes angústias da expiação.
 
Comparados à Terra, esses mundos são mais felizes, e muito de vós gostariam de habitá-los, porque representa a calma após a tempestade, a convalescença após uma doença cruel.
 
Menos absorvido pelas coisas materiais, o homem entrevê melhor o futuro do que vós, compreende que são outras as alegrias prometidas pelo Senhor aos que tornam dignos, quando a morte ceifar novamente os seus corpos, para lhes dar a verdadeira vida.
 
É então que a alma liberta poderá pairar sobre os horizontes. Não mais os sentidos materiais e grosseiros, mas os sentidos de um períspirito puro e celeste, aspirando às emanações de Deus, sob os aromas do amor e da caridade, que se expandem do seu seio.
 
18 – Mas, ah!, nesses mundos o homem ainda é falível, e o Espírito do mal ainda não perdeu completamente o seu domínio sobre ele.
 
Não avançar é recuar, e se ele não estiver firme no caminho do bem, pode cair novamente em mundos de expiação, onde o esperam novas e mais terríveis provas.
 
Contemplai, pois, durante a noite, na hora do repouso e da prece, essa abóbada azulada, e entre as inumeráveis esferas que brilham sobre as vossas cabeças, procurai as que levam a Deus, e pedi que um mundo regenerador vos abrisse o seu seio, após a expiação na Terra.

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Oração para que nada falte

Deus querido!
O Senhor é o meu pastor e nada me faltará.
De ti vem o meu provimento fonte inesgotável de bênçãos de fartura.
Que nada me falta em minha mesa, e sua luz me alcance em minha linhagem, para que todos sintam o teu poder e majestade.
Te agradeço pela luz do dia, que ela me faz recordar que ela foi preparada por ti.
Gratidão por tanto amor e cuidado.
Que assim seja! Amém.
(Leilane Castro)

AS QUATRO LEIS DA ESPIRITUALIDADE

A primeira lei diz:
“A pessoa que vem até você é a pessoa certa.”
Ninguém entra em nossas vidas por acaso… Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, tem algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.
A segunda lei diz:
“Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido.”
Nada, nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma, mesmo o menor detalhe… Não há nenhum: “Se eu tivesse feito tal coisa.” Ou: “Aconteceu que um outro…” Não! O que aconteceu foi tudo que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas!
A terceira lei diz:
“Toda vez que você iniciar é o momento certo.”
Tudo começa na hora certa, nem antes, nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo em nossas vidas é que as coisas acontecem.
E a quarta e última afirma:
“Quando algo termina, ele termina.”
Simplesmente assim! Se algo acabou em nossas vidas, é para nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em frente e se enriquecer com a experiência.
*
Não é por acaso que estamos lendo este texto agora. Se ele vem à nossa vida hoje, é porquê estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado.

As 4 leis da espiritualidade indiana

Autor desconhecido

Vozes Do Espírito

Deus é meu Pai.
A Natureza é minha Mãe.
O Universo é meu Caminho.
A Eternidade é meu Reino.
A Imortalidade é minha Vida.
A Mente é meu Lar.
O Coração é meu Templo.
A Verdade é meu Culto.
O Amor é minha Lei.
A Forma em si é minha Manifestação.
A Consciência é meu Guia.
A Paz é meu Abrigo.
A Experiência é minha Escola.
O Obstáculo é minha Lição.
A Dificuldade é meu Estímulo.
A Alegria é meu Cântico.
A Dor é meu Aviso.
A Luz é minha Realização.
O Trabalho é minha Bênção.
O Amigo é meu Companheiro.
O Adversário é meu Instrutor.
O Próximo é meu Irmão.
A Luta é minha Oportunidade.
O Passado é minha Advertência.
O Presente é minha Realidade.
O Futuro é minha Promessa.
O Equilíbrio é minha Atitude.
A Ordem é minha Senha.
A Beleza é meu Ideal.
A Perfeição é meu Destino.
Chico Xavier

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