A FAMÍLIA NA VISÃO ESPÍRITA

laços de família

 

Laços de Família

 

A família na visão espírita

Então, um doutor da lei, tendo se levantado, disse-lhe para o tentar: Mestre, o que é preciso que eu faça para possuir a vida eterna?
Jesus lhe respondeu:
Que é o que está escrito na lei? Que ledes nela? Ele lhe respondeu: Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda vossa alma, de todas as vossas forças e de todo o vosso espírito, e vosso próximo como a vós mesmos.
Jesus lhe disse: Respondestes muito bem; fazei isso e vivereis
(E.S.E. , cap. XV – ítem 2)
Ainda hoje encontramos dificuldades para compreender as palavras de Jesus. Buscamos respostas distantes, quando na realidade a misericórdia Divina nos permite o exercício do amor e da caridade, no próprio convívio familiar, junto daqueles que nos cercam.
Somente a Doutrina dos Espíritos consegue nos explicar as verdadeiras necessidades de aprendizado que fazem parte da nossa bagagem espiritual, e que, pela reencarnação, nos é permitido esse exercício através do relacionamento familiar.
Quantas reencarnações teriam sido melhor aproveitadas por nós, pelo simples cumprimento do planejamento que acreditávamos poder realizar enquanto encarnados.
Se ainda habitamos um mundo de Provas e Expiações, é porque grandes são as nossas dificuldades de trabalharmos as nossas relações com os nossos desafetos; pendências muitas vezes seculares, que somente próximos e no meio familiar, poderemos avançar no nosso aprendizado.
Somente o exercício do amor e da caridade, em substituição ao ódio, ao orgulho, poderá fazer de nós, criaturas melhores.
De extrema importância e responsabilidade a presença dos pais na educação dos filhos, espíritos que dependem da qualidade dos ensinamentos recebidos desde seus “nascimentos”, para que as virtudes recebidas, possam transformar as dificuldades por eles trazidas. Infelizmente nem sempre isso ocorre.
Dificuldades recíprocas entre familiares impedem muitas vezes que um equilíbrio seja mantido no relacionamento, quando não temos forças suficientes para controle e domínio do mal que ainda trazemos em nós. Nesses casos, não conseguimos compreender que a dificuldade que “o outro” apresenta, na realidade, é a ferramenta que “precisamos” para corrigir nossas próprias imperfeições e fraquezas.
Nossos benfeitores espirituais aguardam de nós aquele “sinal verde” que permite recebermos as inspirações e os eflúvios benéficos que nos auxiliariam nos momentos difíceis,
mas nada conseguem se mantivermos uma “muralha” em nossos corações.
Somos seres milenares e ainda vivenciaremos muitas outras encarnações nessa jornada redentora para a nossa transformação moral.
Mas alguns poderão perguntar: de quantas encarnações ainda precisaremos?
A resposta se encontra em cada um de nós, pois somos os únicos responsáveis pelos nossos próprios atos e pensamentos, definindo dessa forma a velocidade da nossa trajetória de crescimento espiritual.
Para os que perseveram no erro, a dor e o sofrimento são os antídotos que recebemos para a cura do mal gerado.
Deus jamais abandona nenhuma de Suas criaturas pois, Sua obra é perfeita, e, por maiores que possam ser as nossas dificuldades, um dia nos tornaremos espíritos puros; quanto ao tempo, ele é irrelevante, pois somos imortais e temos toda a eternidade disponível.
Paz e muita luz a todos!
Carlos Cristini

pensamentos puros

Energia de Muito Amor

“Toda pessoa dotada de muito amor interfere no outro, mesmo sem saber.
O amor é uma energia potencialmente impactante, que atravessa o corpo espiritual como se fossem raios de sol atravessando uma janela.
Existem janelas mais fechadas, de material mais denso, onde a luz penetra pouco.
Outras que o vidro é tão fino e cristalino que a luz penetra com força total.
Há vários tipos de janelas, assim como há vários estágios de maturidade espiritual.
Não há necessidade de religião para ter ligação com Deus.
Essa ligação é gerada pelos pensamentos, pelos nossos atos, se somos coerentes com o que pensamos, o que falamos e o que fazemos.
É uma ligação tão fluida e ao mesmo tempo tão forte que só pode ser sentida.
Algumas pessoas funcionam como repelentes da luz. Quanto mais amor, mais se afastam. São geralmente mentes doentes e atormentadas, marcadas por existências passadas onde foram traídas, maltratadas, e hoje temem a vulnerabilidade perante o amor.
Há também um tipo em que a luz deixa um certo desconforto. Ela permite que o indivíduo se veja por completo , e isso causa medo, raiva, rejeição.
Uma ou outra categoria de pessoas invejam a luz. Queriam amar e ser amadas, mas não conseguem, então lutam para ver essa luz apagada, isolada, escondida.
Mas como deter a luz? Como impedir o nascer do sol? Certamente que ele virá! Assim como, em breve a era do amor reinará entre os homens. É inevitável. É a lei da vida. A lei do progresso.
Ocorre que durante o amadurecimento e despertar de cada um, faceiam muitos melindres , muita maledicência, muito orgulho e arrogância.
Todas essas ferramentas criadas para impedir o amor-doação.
Se já percebes uma chama de amor em seu peito, corre para afagá-la, protegendo-a do vento frio da indiferença.
Aumenta essa chama em ti se permitindo amar. Ama muito mais, não permitindo o desânimo diante da obra do amor.
Encontrarás pelo teu caminho aqueles que queiram te ferir, mudar os teus conceitos e crenças sobre o mundo, no entanto, se já conquistaste a chama do amor, nada poderá apagá-la de dentro de ti.
Não permita que os carentes de amor fragilizem as tuas conquistas morais.
Segue de cabeça erguida e confiante, porque aquele que tem amor estará sempre no caminho da luz.”
Mensagem psicografada dia 08/12/16, em reunião mediúnica da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla. Compartilho com amor.

o amor é fundamental

Família


Conceito 

Grupamento de raça, de caracteres e gêneros semelhantes, resultado de agregações afins, a família genericamente, representa o clã social ou de sintonia por identidade que reúne espécimes dentro da mesma classificação. Juridicamente, porém, a família se deriva da união de dois seres que se elegem para uma vida bem comum, através de um contrato, dando origem à genitura da mesma espécie. Pequena república fundamental para o equilíbrio da grande república humana representada pela nação.
A família tem suas próprias leis, que consubstanciam as regras de bom comportamento dentro do impositivo do respeito ético, recíproco entre os seus membros, favorável à perfeita harmonia que deve vigir sob o mesmo teto em que se agasalham os que se consorciam.
Animal social, naturalmente monogâmico, o homem, na sua generalidade, somente se realiza quando comparte necessidades e aspirações na conjuntura elevada do lar.
O lar, no entanto, não pode ser configurado como a edificação material, capaz de oferecer segurança e paz aos que aí se resguardam. A casa são a argamassa, os tijolos, a cobertura, os alicerces e os móveis, enquanto o lar são renúncia e a dedicação, o silêncio e o zelo que se permitem àqueles que se vinculam pela eleição afetiva ou através do impositivo consanguíneo, decorrente da união.
A família, em razão disso, é o grupo de espíritos normalmente necessitados, desajustados, em compromisso inadiável para a reparação, graças à contingência reencarnatória. Assim, famílias espirituais freqüentemente se reúnem na Terra em domicílios físicos diferentes, para as realizações nobilitantes com que sempre se viram a braços os construtores do Mundo.
Retornam no mesmo grupo consanguíneo os espíritos afins, a cuja oportunidade às vezes preferem renunciar, de modo a concederem aos desafetos e rebeldes do passado o ensejo da necessária evolução, da qual fruirão após as renúncias às demoradas uniões no Mundo Espiritual…
Modernamente, ante a precipitação dos conceitos que generalizam na vulgaridade os valores éticos, tem-se a impressão de que paira rude ameaça sobre a estabilidade da família.
Mais do que nunca, porém, o conjunto doméstico se deve impor para a sobrevivência a benefício da soberania da própria Humanidade.
A família é mais do que o resultante genético… São os ideais, os sonhos, os anelos, as lutas e árduas tarefas, os sofrimentos e as aspirações, as tradições morais elevadas que se cimentam nos liames da concessão divina, no mesmo grupo doméstico onde medram as nobres expressões da elevação espiritual na Terra.
Quando a família periclita, por esta ou aquela razão, sem dúvida a sociedade está a um passo do malogro…
Histórico – Graças ao instinto gregário, o homem, por exigência da preservação da vida, viu-se conduzido à necessidade da cooperação recíproca, a fim de sobreviver em face das ásperas circunstâncias nos lugares onde foi colocado para evoluir. A união nas necessidades inspirou as soluções para os múltiplos problemas decorrentes do aparente desaparelhamento que o fazia sofrer ao lutar contra os múltiplos fatores negativos que havia por bem superar.
Formando os primitivos agrupamentos em semi-barbárie, nasceram os pródromos das eleições afetivas, da defesa dos dependentes e submissos, surgindo os lampejos da aglutinação familial.
Dos tempos primitivos aos da Civilização da Antiguidade Oriental, os valores culturais impuseram lentamente as regras de comportamento em relação aos pais -representativos dos legisladores, personificados nos anciãos; destes para os filhos – pela fragilidade e dependência que sempre inspiram; entre irmãos – pela convivência pacífica indispensável à fortaleza da espécie; ou reciprocamente entre os mais próximos, embora não subalternos ao mesmo teto, num desdobramento do próprio clã, ensaiando os passos na direção da família dilatada…
A Grécia, aturdida pela hegemonia militar espartana, não considerou devidamente a união familial, o que motivou a sua destruição, ressalvada Atenas, que, não obstante amando a arte e a beleza, reservava ao Estado os deveres pertencentes à família, facultando-a sobreviver por tempo maior, mas não lobrigando atingir o programa estético e superior a que se propuseram os seus excelentes filósofos.
A Roma coube essa indeclinável tarefa, a princípio reservada ao patriciado, e depois, através de leis coordenadas pelo Senado, que alcançaram as classes agrícolas, militares, artísticas e a plebe, facultando direitos e deveres que, embora as hediondas e infelizes guerras, se foram fixando no substrato social e estabelecendo os convênios que o amor sancionou e fixou como técnica segura de dignificação do próprio homem, no Conjunto da família.
A Idade Média, caracterizada pela supremacia da ignorância, desfigurou a família com o impositivo de serem doados os filhos à Igreja e ao suserano dominador, entibiando por séculos a marcha do espírito humano.
Aos enciclopedistas foi reservada a grandiosa missão de, em estabelecendo os códigos dos direitos humanos, reestruturarem a família em bases de respeito para a felicidade das criaturas.
Todavia, a dialética materialista e os modernos conceitos sensualistas, proscrevendo o matrimônio e prescrevendo o amor livre, voltam a investir contra a organização familial por meio de métodos aberrantes, transitórios, e certo, mas que não conseguirão, em absoluto, qualquer triunfo significativo.
São da natureza humana a fidelidade, a cooperação e a fraternidade como pálidas manifestações do amor em desdobramento eficaz. Tais valores se agasalham, sem dúvida, no lar, no seio da família, onde se arregimentam forças morais e se caldeiam sentimentos na forja da convivência doméstica.
Apesar de a poliandria haver gerado o matriarcado e a promiscuidade sexual feminina, a poligamia, elegendo o patriarcado, não foi de menos infelizes conseqüências.
Segundo o eminente jurista suíço Bachofen, que procedeu a pesquisas históricas inigualáveis sobre o problema da poliandria, a mulher sentiu-se repugnada e vencida pela vulgaridade e abuso sexual, de cuja atitude surgiria o regime monogâmico, que ora é aceito por quase todos os povos da Terra.
Conclusão – A família, todavia, para lograr a finalidade a que se destina, deve começar desde os primeiros arroubos da busca afetiva, em que as realizações morais devem sublevar às sensações sexuais de breve durabilidade.
Quando os jovens se resolvem consorciar, impelidos pelas imposições carnais, a futura família já padece ameaça grave, porqüanto, em nenhuma estrutura se fundamenta para resistir aos naturais embates que a união a dois acarreta, no plano do ajustamento emocional e social, complicando-se, naturalmente, quando do surgimento da prole.
Fala-se sobre a necessidade dos exames pré-nupciais, sem dúvida necessários, mas com lamentável descaso pela preparação psicológica dos futuros nubentes em relação aos encargos e às responsabilidades esponsalícias e familiares.
A Doutrina Espírita, atualizando a lição evangélica, descortina na família esclarecida espiritualmente a Humanidade ditosa do futuro promissor. Sustentá-la nos ensinamentos do Cristo e nas Lições da reta conduta, apesar da loucura generalizada que irrompe em toda pane, é o mínimo dever de que ninguém se pode eximir.
ESTUDO E MEDITAÇÃO:
“Será contrário à lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres?
“É um progresso na marcha da Humanidade.”

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 695.)
“(…)Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue (…).”
(O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo 14º, item 8.)
FRANCO, Divaldo Pereira. SOS Família. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 1.

Comentários