O QUE É O PASSE MAGNÉTICO
O QUE É O PASSE MAGNÉTICO ?
PASSE ESPÍRITA
O que é ?
O Passe Espírita, ou Fluidoterapia, como é também conhecido, é uma transfusão de uma certa quantidade de energias fluídicas vitais (psíquicas) ou espirituais, utilizando-se a imposição das mãos, com o propósito de atuar em nível perispiritual, usada e ensinada por Jesus, como se vê nos Evangelhos.
Origina-se das práticas de cura do Cristianismo Primitivo.
Há pessoas (médiuns passistas) que tem uma capacidade maior de absorção e armazenamento dessas energias que emanam do Fluido Cósmico Universal e da própria intimidade do Espírito.
Tal capacidade as coloca em condições de transmitirem essas energias a outras criaturas que eventualmente estejam necessitando.
A aglutinação dessa força se faz automaticamente e também, atendendo ao apelo do médium passista (prece) que então municiado dessa carga, transmite de suas mãos em discretos movimentos.
Desde as origens da vida humana na Terra encontramos os ritos de aplicação dos passes, não raro acompanhados de rituais, como o sopro, a fricção das mãos, a aplicação de saliva e até mesmo a mistura de saliva e terra para aplicação no doente.
No próprio Evangelho vemos a descrição da cura de um cego por Jesus usando essa mistura. Porém Jesus agiu sempre, em seus atos e em sujas práticas, de maneira anti-ritual, de maneira que essas descrições, feitas entre quarenta e oitenta anos após a sua morte, podem ser apenas influências de costumes religiosos da época. Todo o ensino de Jesus visava afastar os homens das superstições vigentes no tempo. Essas incoerências históricas, como advertiu Kardec, não podem provir dele, mas dos evangelistas. Caso contrário Jesus teria procedido de maneira incoerente no tocante aos seus ensinos e aos seus exemplos, o que seria absurdo.
Roque Jacinto em seu livro “Passe e Passista” informa que a prática do Passe sempre foi de todos os lugares e de todos os tempos, externamente revestida das mais variadas fórmulas e dos mais exóticos ritos, ajustados ao degrau mental de seus praticantes: nasce o passe no cântico ou evocação dos selvagens em favor dos enfermos de sua tribo, passando pelas vias da “benzedura” e das “rezas” de médiuns naturais, chegando à bênção sacerdotal pelos doentes, encontradiço na prece maternal em favor de filhos assaltados pelas dores ou pelas angústias e tribulações, e culmina nos Templos do Espiritismo Cristão da atualidade, onde foi incorporado como recurso fundamental para a re-harmonização do perispírito no curso de diversas provas e explicações e das mais variadas enfermidades da alma ou do corpo.
…Viajando nos caminhos evangélicos, encontramos cenas inumeráveis, tanto do Cristo como de seus discípulos, impondo as mãos sobre os enfermos e curando-os, falando com os paralíticos e restabelecendo seus movimentos, olhando para as pessoas desorientadas e devolvendo-lhes a paz e a esperança, Jesus foi o mestre, por excelência, nessa arte, e deixou para a humanidade esse recurso, como herança divina, e a Boa Nova como disciplinadora dessas forças benfeitoras.
P a r a q u e s e r v e:
Como permuta das energias universais, quer entre desencarnados, quer entre encarnados elege-se por delicado e precioso auxiliar a ser utilizado no tratamento das doenças de longo curso; nas crises bruscas e repentinas de dor, no combate às chamadas “doenças-fantasmas”, nas perturbações espirituais transitórias que sofrem as almas encarnadas, nas enfermidades da mente, no reequilíbrio de si mesmo, quando o homem está sob o fogo da auto-obsessão, nos abalos do sistema nervoso.
Por atuar diretamente sobre o perispírito, ou seja, sobre a matriz onde se funde o nosso organismo físico e, por conseguinte, onde se localizam as raízes profundas de nossos distúrbios somáticos, o passe é o mais importante elemento para a promoção do equilíbrio perdido ou ainda não conquistado, sempre que todo e qualquer desajuste se instale ou se revele.
Objetivos do Passe:
Em primeiro lugar o Passe é direcionado para a pessoa ou para o espírito que carece e procura por esse notável “agente de cura”, o socorro que lhe proporciona o reequilíbrio orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual.
Em segundo lugar, apesar do socorro fluídico propiciar, quase sempre, o alívio dos males orgânicos e o reequilíbrio psíquico, com notáveis conquistas no campo físico e perispiritual, a cura de qualquer mal não será atingida se as causas desse mal não forem sanadas. Assim sendo, o assistido necessita de “evangelho terapia”, submetendo-se aos tratamentos espirituais que a Casa Espírita vai oferecer e, mais tarde, do estudo. Nesse sentido, a Fluidoterapia objetiva auxiliá-lo nessa conquista, na auto-cura, propiciando-lhe o reequilíbrio transitório, com base no tratamento das causas, até que ele, por si, tenha meios de combater os efeitos. Através do reequilíbrio energético, a pessoa aos poucos consegue ter modificada sua visão, enxergando as mesmas circunstâncias de maneira diversa. Dessa forma ela consegue modificar a sua vida, não com uma mudança das situações que o cercam mas com a mudança de sua ótica em relação a elas.
Médiuns Passistas:
Pondera-se, por vezes, que a aplicação de passes exige que o homem possua determinadas qualidades inatas, chegando-se mesmo a confundi-las com a mediunidade curativa ou com o conhecimento de certas e determinadas “orações secretas”
Assim, nem todos poderiam ministrá-lo.
Essas afirmações trazem uma verdade e um engano ao mesmo tempo.
O engano está na restrição que se queira criar, selecionando aqueles que não possuam dons especiais para ser passistas. Na realidade qualquer pessoa sadia, em princípio, pode aplicá-lo e o aplica mesmo inconscientemente já que os Mentores Divinos, na sua tarefa de amparo, nem sempre podem aguardar a perfeição do intermediário que se lhes oferece para só então exercer sua bênção regenerativa.
A verdade está em que o conhecimento do mecanismo do passe e o aprimoramento moral e espiritual do homem facultam mais eficácia nos seus efeitos, criando condições básicas no paciente.
Num sentido geral, ninguém recebe uma graça ou um acréscimo especial da Misericórdia Divina para ser aqui na Terra, um passista comum. E no mesmo sentido, ninguém, para essa atividade normal, traz missão especialíssima.
Por isso é que, mesmo sem nunca tê-lo praticado, qualquer um de nós, que repletemos o coração de confiança nos Planos Celestes e sustentemos pensamentos de amor e humildade, pode ensaiar as primeiras experiências de transmitir essa maravilhosa força de saúde e harmonia em favor de nossos semelhantes. E o fato de não nos julgarmos dignos ou possuídos de suficientes conhecimentos não nos exime de submeter os nossos semelhantes à ação de nossos pensamentos. E esse envolvimento natural é uma das fases embrionárias em que desenvolvemos nossa vontade e que nos conduzirá, um dia, à condição de passistas espontâneos e generosos, tão logo nos empreguemos na conquista do Bem.
Para nos qualificarmos como bons servidores do passe, precisamos muito esforço, muita vontade ativa, muita disciplina para irmos adquirindo certas condições mínimas, para sua aplicação.
A Transmissão do Passe:
O fluxo energético se mantém e se projeta às custas da vontade do médium passista, assim como de entidades espirituais desencarnadas que auxiliam na composição dos fluidos.
A transmissão do Passe se faz pela vontade que dirige os fluidos para atingir os fins desejados. Dessa forma, podemos concluir que a disposição mental de quem aplica o Passe e de quem o recebe é muito importante.
As forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do estado de saúde do médium passista e as espirituais de seu grau de elevação moral. Assim é que o médium passista deverá estar o mais possível em equilíbrio orgânico e moral.
Na transmissão do Passe deve-se evitar condicionamentos que possam desvirtuar a prática espírita, assim como as encenações e gesticulações. Todo poder e toda eficácia do Passe dependem do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium passista e não dele mesmo.
As encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas descruzados para impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante, sé servem para ridicularizar o passe, o passista e o paciente.
O médium passista age somente sob a influência da entidade, não havendo necessidade de incorporação mediúnica, não precisa falar, aconselhar ou transmitir mensagens concomitantes ao passe.
O passe deve ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces, repetições de chavões ou orientações a modo de palavras sacramentais.
Não há a necessidade do toque, a qualquer pretexto, no assistido. A transmissão da energia se dá através de aura a aura. O toque pode causar reações contrárias a boa recepção de fluidos e criar situações embaraçosas que convém prevenir.
Não há necessidade de o médium passista receber passe de outro médium ao final dos trabalhos, a pretexto de revitalização. À medida que o passista aplica o passe ele automaticamente se recarrega de fluidos salutares. Poderá haver cansaço físico, mas não desgaste fluídico se o passista estiver em condições físicas e espirituais e o trabalho estiver bem orientado.
Evitar os passes em domicílio para não favorecer comodismo. Em casos de doença grave ou impossibilidade total do assistido em comparecer a casa espírita, deverá ser ministrado por uma pequena equipe, na residência do necessitado, enquanto perdurar o impedimento.
Deve-se evitar a prática de dar-se passes em roupas, toalhas, objetos, fotografias que pertençam ao doente, para que ele seja atendido à distância.
Deve-se sempre aliar ao tratamento espiritual, o tratamento médico, pois os benefícios somar-se-ão em favor do necessitado.
Em geral, os assistidos tomam os passistas ou trabalhador como exemplo de elevação. Recomenda-se, então, a tais servidores o cuidado em sua conduta e conversas, pautando sempre pela elevação e dignidade.
Será sempre aconselhável apresentar-se na sala de passes de maneira mais simples possível, sendo inconveniente jóias, bijuterias, ou peças quaisquer que o passista ao movimentar-se produzam ruídos, vestes exageradas impeçam os movimentos, perfumes fortes que, por serem voláteis, impregnam a câmara de passes modificando a pré disposição dos que nela penetram.
Não há necessidade de roupas especiais (uniformes) para a transmissão do passe, sob o pretexto de higiene e facilitar a transmissão de energias.
Resultados do Passe:
Durante a transmissão do Passe temos um agente transmissor, dotado de recursos vitais e espirituais (médium passista) e um agente receptor (assistido, paciente, doente, etc.)
Os resultados podem ser de três ordens:
Benéficos;
Maléficos;
Nulos.
Benéficos
Dependem do médium passista, que deve estar em condições de transmitir o Passe:
saúde física em boas condições para que o fluído vital possa ser doado;
equilíbrio espiritual elevado para que os fluídos espirituais estejam em harmonia.
Dependem do assistido quando está:
receptivo, em condições de favorecer o recebimento da ajuda, vibrando mentalmente para melhor absorver os recursos espirituais;
disposto a se melhorar espiritualmente, pois a ajuda do Passe é passageira e se fixará através de suas modificações íntimas.
Maléficos
Dependem do médium passista quando está:
em estado de saúde precária (fluido vital deficitário)
com o organismo intoxicado (fumo, álcool, drogas, pensamentos desvirtuados, etc.);
em estado de desequilíbrio espiritual (revolta, vaidade, orgulho, raiva, desespero, desconfiança, ansiedade, etc.).
Depende do assistido:
quando suas defesas estão praticamente nulas, não podendo neutralizar a torrente de fluídos grosseiros que lhe são transmitidos, visto que, de alguma forma se afiniza com eles. Quando tais fluidos não são atraídos pelo assistido, o próprio plano espiritual atuante desintegrará a carga transmitida pelo médium passista despreparado.
Nulos
Depende do assistido:
embora a ajuda do médium passista, o assistido se coloca em posição impermeável (descrença, vaidade, aversão, leviandade, etc.)
TÉCNICA DE APLICAÇÃO DO PASSE
Há uma certa discussão mo meio espírita sobre como o passe deveria ser aplicado. Alguns defendem a tese de que os passes deveriam ser ministrados movimentando-se as mãos ao redor do corpo do indivíduo, de modo que as energias espirituais pudessem melhor atingir seus objetivos de cura. Outros, acham que o ato de apenas impor as mãos sobre a cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente.
André Luiz nos informa em “Conduta Espírita” que “o passe dispensa qualquer recurso espetacular”.
José Herculano Pires, no livro “Mediunidade”, diz que “o passe é tão simples que não se pode fazer nada mais do que dá-lo”.
José Herculano Pires, no livro “Ciência Espírita”, diz que “a eficácia do passe depende da boa vontade do médium, que se entrega humildemente à ação dos espíritos, sem perturbá-la com gesticulações excessivas, limitando-se às que os espíritos lhe sugerirem no momento. Não temos nenhum conhecimento objetivo do processo de manipulação dos fluidos pelos espíritos e poderíamos perturbar-lhes a ação curadora com nossa intervenção pretensiosa. O médium é instrumento vivo e inteligente da ação espiritual, mas só deve utilizar a sua inteligência para compreender o seu papel de doador de fluídos, como se passa no caso da doação de sangue nos hospitais”.
Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista Espírita, em setembro de 1865, diz aos médiuns que: “Apenas sua ignorância lhe faz crer na influência desta ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto misturam práticas evidentemente supersticiosas, às quais se deve emprestar o valor que merecem”.
O orientador Odilon, na obra “Do Outro Lado do Espelho” indagado a respeito das técnicas concernentes ao passe, assim se expressou: “Obsoletas e desnecessárias. Nenhuma delas substituirá ou terá maior eficácia que a da imposição das mãos. O que foge da simplicidade complica, e o que complica não é Espiritismo”.
Perguntado, em seguida, com referência aos trabalhos de cura, informou:
– A transmissão do passe e a magnetização da água, a prece e a tarefa assistencial são as mais genuínas atividades de cura em um centro espírita; o que fugir disto – permitam-me a expressão – é invencionice… Precisamos de espiritualizar a cura e não materializá-la, como tem sido feito. A cura real do corpo brota da intimidade celular – se é assim para o corpo, por que não deveria ser assim para a alma? Todo processo de cura passa pela renovação do pensamento.
Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma metodologia para o Passe. Cada grupo é livre para se posicionar de um modo ou de outro, desde que sem exageros. A técnica de aplicação do Passe dever ser a mais simples possível, evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação em torno do paciente. Cada grupo deve ter o bom senso de trabalhar da forma que achar mais conveniente desde que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.
O que é preciso levar em conta é que nenhuma das duas formas de aplicação do Passe surtirá efeito se o médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e condições morais salutares para concretizá-lo. Mesmo que se aplique a melhor metodologia, não se conseguirão bons resultados se o passista for pessoa de má índole.
A Título de estudo, estamos citando neste trabalho algumas técnicas de aplicação de passes citadas por alguns autores e aplicadas em algumas poucas casas espíritas, uma vez que a sugestão dos seus criadores não encontrou eco no movimento espírita em geral.
Assim, defendemos a pureza e a simplicidade doutrinária espírita, especialmente na aplicação dos passes, que não devem ser aplicados de modo diferente do que nos ensinou Jesus: “imposição das mãos”, nada mais.
Passes nas Crianças:
Os passes nas crianças deverão ter as mesmas características do que os Passes nos adultos, apenas com o cuidado de evitar atingir o centro genésico, sem que isso se torne regra, pois as crianças, bem o sabemos, são Espíritos reencarnantes e que podem trazer em gérmen características que ignoramos.
Quando deve ser aplicado ?
A variação das condições fluídicas perispirituais de qualquer criatura viva produz desequilíbrios orgânicos e psicológicos, que podem dar origem a enfermidades.
Alterações psicológicas ou traumas orgânicos podem provocar mudanças fluídicas na camada exterior do perispírito, agravando doenças ou iniciando estados mórbidos. Daí a importância da terapia energética dos passes como tratamento, mas principalmente como profilaxia das enfermidades. Por isso o passe deve ser aplicado regularmente, desde que seja esclarecido que o procedimento não é obrigatório, para desvinculá-lo de ritual ou dogma.
Os Fluidos
CONCEITOS BÁSICOS:
André Luiz nos fala do fluido cósmico chamando-o de “plasma divino, hausto do Criador ou força do Todo-Sábio”. E continua: “nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres…” – Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas em processo de comunhão indescritível (…) Na essência, toda matéria é energia tornada visível e toda energia, originalmente, é força divina de que todos nós nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da criação”. “O fluido cósmico universal é, como já foi demonstrado, a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza. Como princípio elementar do Universo, ele assume dois estados distintos: o de eterização ou imponderabilidade, o de materialização ou de ponderabilidade, que é, de certa maneira, consecutivo àquele. O ponto intermédio é o da transformação do fluido em matéria tangível. Mas, ainda aí, não há transição brusca, porquanto podem considerar-se os nossos fluidos imponderáveis como termo médio entre os dois estados”. “Cada um desses dois estados dá lugar, naturalmente, a fenômenos especiais: ao segundo pertencem os do mundo visível e ao primeiro os do mundo invisível. Uns, os chamados fenômenos materiais, são da alçada da Ciência propriamente dita, os outros, qualificados de fenômenos espirituais ou psíquicos, porque se ligam de modo especial à existência dos Espíritos, cabem nas atribuições do Espiritismo. Como, porém, a vida espiritual e a vida corporal se acham incessantemente em contato, os fenômenos das duas categorias muitas vezes se produzem simultaneamente.
PROPRIEDADES:
André Luiz, chama a partícula do pensamento como “corpúsculo fluídico” que é uma unidade na essência, a subdividir-se em diversos tipos, “conforme a quantidade, qualidade, comportamento e trajetória dos componentes que a integram. E assim como o átomo é uma força viva e poderosa na própria contextura, passiva, entretanto, diante da inteligência que a mobiliza para o bem e para o mal, a partícula de pensamento (…) é igualmente passiva perante o sentimento que lhe dá forma e natureza, para o bem ou para o mal, convertendo-se , por acumulação, em fluido gravitante ou libertador, ácido ou balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante, vivificador ou mortífero, segundo a forma do sentimento que o tipifica e configura, nomeável, à falta de terminologia equivalente, como RAIO DA EMOÇÃO ou RAIO DO DESEJO, força essa que lhe opera a diferenciação de massa e trajeto, impacto e estrutura”.
Nos ensina Allan Kardec que os espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade.
Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinada; mudam-lhes as propriedades, como o químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. – Os fluidos não possuem qualidades “sui-generis”, mas as adquirem nos meios em que são elaborados; modificam-se pelos eflúvios desse meio … –
Os fluidos também carecem de denominações particulares; como os odores eles são designados pelas suas propriedades, seus efeitos e tipos originais. Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, inveja, ciúme, orgulho, egoísmo, violência, hipocrisia, bondade, benevolência, amor , caridade, doçura, etc..” Concluindo, a despeito das conformações dos fluidos para nós, encarnados, ser muito restrita, Allan Kardec afirma (11) que “esses fluidos , para os espíritos, têm uma aparência tão material quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que são para nós as substâncias do mundo terrestre”. E conclui mais adiante: “ainda não conhecemos senão as fronteiras do mundo invisível; o porvir, sem dúvida, nos reserva o conhecimento de novas leis, que nos permitirão compreender o que se nos conserva em mistério”.
MECÂNICA DE ATUAÇÃO:
Como vimos, o fluido cósmico universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do perispírito, do qual são transformações. Pela identidade de sua natureza, este fluido, condensado no perispírito, pode fornecer ao corpo os princípios reparadores; o agente propulsor é o Espírito, encarnado ou desencarnado, que infiltra num corpo deteriorado uma parte da substância de seu envoltório fluídico.
A cura se opera pela substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. A potência curadora estará , pois, na razão da pureza da substância inoculada; ela depende ainda da energia da vontade, a qual provoca uma emissão fluídica mais abundante e dá ao fluido uma força maior de penetração; depende, enfim, das intenções que animam aquele que quer curar, quer seja ele homem ou espírito.
Os fluidos que emanam de uma fonte impura são como substâncias medicamentosas alteradas. “O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmitem de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes”.
“O perispírito dos encarnados sendo de natureza idêntica a dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade como uma esponja se embebe de um líquido, dependendo, é claro, da lei de sintonia e afinidade. “Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este , a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acham em contato molecular; se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos os eflúvios maus podem causar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades”(57)
“Considerado como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pela fé do doente. Com relação a corrente fluídica, o primeiro age como uma bomba calcante e o segundo como uma bomba aspirante. Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das duas ações; noutras, basta uma só…”Um fluido mau, não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor.
O poder terapêutico está na pureza da substância inoculada, mas depende também da energia da vontade que, quanto maior for, mais abundante emissão fluídica provocará e maior força de penetração dará aos fluidos.
Imposição de Mãos
Quando nos identificamos com o pensamento do Cristo e nos impregnamos da mensagem de que Ele se fez Messias, sempre temos algo que dar em Seu nome, àqueles que se nos acercam em aflição.
Dentre os recursos valiosos, de que podemos dispor em benefício do nosso próximo, destaca-se a “imposição das mãos” em socorro da saúde alquebrada ou das forças em deperecimento. A recuperação de pacientes, portadores de diversas enfermidades, estava incluída na pauta das tarefas libertadoras de Jesus.
De acordo com a gênese do mal de que cada necessitado se fazia portador, Ele aplicava o concurso terapêutico, restabelecendo o equilíbrio e favorecendo com a paz.
“Impondo as mãos” generosas, cegos e surdos, mudos e feridos renovavam-se, tornando ao estado de bem-estar anterior. Estimuladas pela força invisível que Ele transmitia, as células se refaziam, restaurando o organismo em carência.
Com o seu auxílio, os alienados mentais eram trazidos de volta à lucidez e os obsedados recobravam a ordem psíquica em face dos espíritos atormentadores que os maltratavam, os deixarem.
Estáticos e catalépticos obedeciam-Lhe à voz, quando chamados de retorno.
Esse ministério, porém, que decorre do amor, Ele nos facultou realizar, para que demos prosseguimento ao Seu trabalho entre os homens sofredores do mundo.
Certamente, que não nos encontramos em condições de conseguir os feitos e êxitos que Ele produziu. Sem embargo, interessados na paz e renovação do próximo, é-nos lícito oferecer as possibilidades de que dispomos, na certeza de que os nossos tentames não serão em vão.
Jesus conhecia o passado daqueles que O buscavam, favorecendo-os de acordo com o merecimento de cada um. Outrossim, doando misericórdia de acréscimo, mediante a qual os beneficiados poderiam conquistar valores para o futuro, repartindo os bens da alegria, estrada a fora, em festa de corações renovados.
Colocando-se, o cristão novo, à disposição do bem, pode e deve “impor as mãos” nos companheiros desfalecidos da luta, nos que tombaram, nos que se encontram aturdidos por obsessões tenazes ou desalinhados mentalmente.
Ampliando o campo de terapia espiritual, podemos aplicar sobre a água os fluídos curadores que revitalizarão os campos vibratórios desajustados naqueles que a sorveram, confiantes e resolutos à ação salutar da própria transformação interior.
Tal concurso, propiciado pela caridade fraternal, não só beneficia os padecentes em provas e expiações redentoras, como ajuda aqueles que se aprestam ao labor, em razão destes filtrarem as energias benéficas que promanam da Espiritualidade através dos mentores desencarnados e que são canalizadas na direção daqueles necessitados.
É compreensível que se não devam aguardar resultados imediatos, nem efeitos retumbantes, considerando-se a distância de evolução que medeia entre o Senhor e nós, máxime na luta de ascensão e reparação dos erros conforme nos encontramos.
Ninguém se prenda, neste ministério, às fórmulas sacramentais ou a formas estereotipadas, que distraem a mente que se deve fixar no objetivo do bem e não na maneira de expressa-lo.
Toda técnica é valiosa, quando a essência superior é preservada. Assim, distende o passe socorrista com atitude mental enobrecida, procurando amparar o irmão agoniado que te pede socorro.
Não procures motivos para escusar-te.
Abre-te ao amor e o amor te atenderá, embora reconheças as próprias limitações e dificuldades, em cujo campo te movimentas.
Dentre muitos que buscavam Jesus, para o toque curador, destacamos a força e confiança expressa no apelo a que se refere Marcos, no capítulo cinco, versículo vinte e três do Evangelho: “E rogava-Lhe muito, dizendo: – Minha filha está moribunda; rogo-Te que venhas e Lhe imponhas as mãos para que sare e viva.”
Faze, portando, a “imposição das mãos”, com o amor e a “Fé que move montanhas”, em benefício do teu próximo, conforme gostarás que ele faça contigo, quando for tua a vez da necessidade.”
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco no dia 2 de abril de 1983, em Bucaramanga, Colômbia).
Joana de Angêlis
Algumas evidências científicas
sobre a eficácia do passe:
Efeitos detectados na prática da imposição de mãos:
Interessantes são os experimentos realizados pelo Dr. Bernard Grad, da McGill University, no Canadá, em 1957, ao estudar um curador húngaro chamado Estabany. Grad verificou os efeitos fisiológicos provocados pela imposição de mãos do curador sobre animais e plantas. Em todos esses experimentos ficou comprovada a existência de uma força vital que emana das pessoas – mais de alguns do que de outras – e esta energia parece estar intimamente associada a mecanismos homeostáticos, ou seja, parece agir de forma a otimizar o desempenho do organismo em seu funcionamento.
Segundo as conclusões de Grad, e também de posteriores descobertas, estados emocionais afetam a qualidade dessa energia.
Acelerando o crescimento e a motilidade em bactérias:
Entre inúmeros experimentos realizados com enzimas, hemoglobina, bactérias, fungos, plantas, água, etc. vale a pena citar os do Dr. Robert Miller, engenheiro químico, e os da Dra. Elizabeth Rascher, especialista em medicina nuclear. Ambos trabalharam com os curadores Dr. Alex Tanous e Dra. Olga Worrall.
Esses experimentos comprovaram que a imposição de mãos sobre culturas de bactérias acelerou-lhes o crescimento e a motibilidade, mesmo na presença de inibidores de crescimento, como a tetraciclina e cloranfenicol, ou de inibidores de movimento, como o fenol.
Cura à distância:
O poder dessa energia benéfica emanada pelo médium curador não é afetada pela distância. Em outro experimento, o Dr, Miller pediu à Dra. Worral que visualizasse, por cinco minutos, o crescimento de uma planta localizada num laboratório a 600 milhas de distância. A planta estava ligada a um aparelho desenvolvido pelo Ministério de Agricultura americano para aferir índices de crescimento de plantas. A taxa de crescimento que apresentava a planta em questão estava estabilizada em 0,00625 polegadas por hora. Assim, exatamente às 21 horas, quando a Dra. Worral começou a emitir a energia, o registro traçado passou a acusar um desvio para cima e até 08 horas da manhã seguinte a planta apresentou um crescimento 830% maior do que o esperado.
A conclusão dos pesquisadores foi a de que esta energia emitida pelo sensitivo pode produzir manifestações visíveis no mundo físico, mesmo quando gerada à distância.
Benefícios do passe espírita:
Dentro desse contexto, todo espírita atuante, não apenas fossilizado na teoria, mas sobretudo, experimentado no labor da prática, já observou a relevância do passe espírita como poderoso recurso reestruturador do equilíbrio psicofísico, eficiente nos mais variados casos. Já compreendeu e experimentou que nesse procedimento de interatividade magnético-mental-emocional, não somente ocorre a impulsão bioenergética do médium, mas também a de competentes Espíritos qualificados e comprometidos com a prática do bem, assumindo, com naturalidade, juntamente com o médium, o papel que cabe a todo ser de boa vontade em cooperar na grande obra da Inteligência Suprema.
E nesses preciosos momentos, pequenas maravilhas ocorrem. E delas, bem sabem desfrutar os que foram e continuam sendo beneficiados, tanto na condição de doadores, como na condição de receptores dessas maravilhosas energias físico-espirituais.
Transfusão Fluídica:
O passe é uma transfusão de plasma extra físico (para usarmos essa expressão de Rhine) certamente composto de partículas livres de antimatéria. Nas famosas pesquisas da Universidade de Kirov, na URSS, em que os cientistas soviéticos (materialistas) descobriram o corpo-bioplásmico do homem, verificou-se por meios tecnológicos recentes que a força-psíquica de Willian Crookes é uma realidade vital na nossa própria estrutura psicofísica. O ectoplasma de Charles Richet, agindo nessas experiências como um plasma radiante, confirmou a teoria espírita (de Kardec) da ação de fluidos sem imateriais nos fenômenos de telecinesia (movimento e levitação de objetos à distância).
A suposta incompatibilidade de matéria e antimatéria já havia sido afastada pela produção em laboratório de um antiátomo de Hélio, comprovando-se à realidade dos espaços interpenetrados. De todas essas conquistas resultou necessariamente a comprovação da existência dos fluidos vitais invisíveis do organismo humano e de todos os organismos vivos, fotografados pelas Câmeras Kirlian. O oficialismo ideológico soviético fez calar os cientistas, em defesa do materialismo de Estado, mas a descoberta foi registrada e divulgada por pesquisadoras da Universidade de Prentice Hall, nos Estados Unidos.
Essa epopéia científica e tecnológica da Universidade de Kirov, combatida também pelo espiritualismo igrejeiro, deu-nos a chave do mistério das mãos humanas e do passe. Raul de Montandon já havia obtido na França, por meios mais modestos, fotos de corpos bio-plásmicos de animais inferiores, e Gustavo Geley comprovara, em Paris, o fluxo de ectoplasma em torno das sessões mediúnicas. As mãos humanas funcionam, no passe espírita como antenas que captam e transmitem as energias do plasma vital de antimatéria. Hoje conhecemos, portanto, toda a dinâmica do passe espírita como transmissão de fluidos no processo aparentemente simplíssimo e eficaz do passe. Não há milagre nem sobrenatural na eficácia do passe, modestamente aplicado e divulgado por Jesus há dois mil anos. Essas as razões que nos levam a exigir, na atualidade, o respeito que o passe merece.
José Herculano Pires
CENTROS DE FORÇA
OU RODAS
O QUE É O PASSE MAGNÉTICO ?
Centros de forças
Centros de Força ou Rodas são acumuladores e distribuidores de força espiritual, situados no corpo etéreo, pelos quais transitam os fluidos energéticos de uns para outros dos envoltórios exteriores do espírito encarnado. No homem comum, o centro de força se apresenta como um círculo de mais ou menos 5 centímetros de diâmetro, quase sem brilho; porém, no homem espiritual, é quase sempre um vórtice luminoso e refulgente.
Quanto mais ativo ou desenvolvido for o centro de força, maior capacidade de energia ele comporta e, portanto, maiores possibilidades oferece em relação ao emprego dessa mesma energia; e como as faculdades psíquicas são afetadas e estão, em grande parte, subordinadas ao funcionamento dos centros de força, compreende-se que o maior desenvolvimento de um deles acarreta o desenvolvimento da faculdade psíquica correspondente e vice-versa.
Fonte: Passes e Radiações (Edgard Armond)
” No perispírito possuímos todo o equipamento de recursos automáticos que governam os bilhões de entidades microscópicas a serviço da inteligência, nos círculos de ação em que demoramos, recursos estes, adquiridos vagarosamente pelo ser, em milênios de esforço e recapitulação, nos múltiplos setores da atividade anímica, assim que, segundo a atividade funcional dos órgãos relacionados a fisiologia terrena, nele identificamos os centros de força”.
Analisando a fisiologia do perispírito, classificamos os seus centros de força, aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre”.
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