As mais belas flores nascem após os rigorosos invernos

belas flores

AS MAIS BELAS FLORES

“As mais belas flores nascem após os rigorosos invernos. Não tenha medo das dificuldades da vida, pois podem lhe trazer grandes jardins.”
Augusto Cury

Com Amor

“E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vinculo da perfeição.” – Paulo. (COLOSSENSES, 3:14.)
Todo discípulo do Evangelho precisará coragem para atacar os serviços da redenção de si mesmo.
Nenhum dispensará as armaduras da fé, a fim de marchar com desassombro sob tempestades.
O caminho de resgate e elevação permanece cheio de espinhos.
O trabalho constituir-se-á de lutas, de sofrimentos, de sacrifícios, de suor, de testemunhos.
Toda a preparação é necessária, no capitulo da resistência; entretanto, sobre tudo isto é indispensável revestir-se nossa alma de caridade, que é amor sublime.
A nobreza de caráter, a confiança, a benevolência, a fé, a ciência, a penetração, os dons e as possibilidades são fios preciosos, mas o amor é o tear divino que os entrelaçará, tecendo a túnica da perfeição espiritual.
A disciplina e a educação, a escola e a cultura, o esforço e a obra, são flores e frutos na árvore da vida, todavia, o amor é a raiz eterna.
Mas, como amaremos no serviço diário?
Renovemo-nos no espírito do Senhor e compreendamos os nossos semelhantes.
Auxiliemos em silêncio, entendendo a situação de cada um, temperando a bondade com a energia, e a fraternidade com a justiça.
Ouçamos a sugestão do amor, a cada passo, na senda evolutiva.
Quem ama, compreende; e quem compreende, trabalha pelo mundo melhor.
XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 5.

A Lenda dos Milagres de Amor

A família chegara à floresta para fixar residência, fazia poucos dias.
Os ventos bons da primavera trouxeram o perfume das flores e das árvores – tílias, rönn, bétulas – o canto dos pássaros e as mil vozes da natureza para saudarem os novos habitantes.
Havia festa de cor e de alegria que se exteriorizava em toda parte, bailando no ar.
Extasiado, o casal, à porta de entrada da choupana, bendizia a vida, agradecendo essas belas homenagens. Menos o filhinho único de seis anos, que tinha o olhar distante e melancólico.
Neste momento de alegria, saiu do bosque, risonho, um troll (duende), que se aproximou dos recém-chegados e pediu licença para fazer parte do grupo familiar.
Vendo-o, assustaram-se os adultos, que o expulsaram com insultos, dizendo-lhe:
– Como se atreve a vir importunar-nos, esse velho de grandes orelhas e disforme nariz, feio de rosto com rabo eriçado e tão pequeno de estatura, que é insignificante!?
Procurando sorrir, ele explicou:
– Eu sou um small troll (gentil duende) e desejo ser útil. Eu sei amar; porém, ninguém me ama. Por favor, deixem-me entrar e ficar com vocês. Eu vivo muito só.
Com azedume, os adultos exigiram-lhe que não os importunasse mais e se fosse dali, imediatamente.
O troll fitou, então, o menino melancólico, que o olhava com simpatia, e sorriu-lhe. Por um momento a criança não reagiu, mas logo depois, corando, retribuiu-lhe o sorriso.
A partir dali, diariamente, o troll retornava e brincava com a criança, para desagrado dos pais, que o toleravam somente porque perceberam a suave mudança que se foi operando na face pálida e triste do filhinho. Ele agora sorria e falava, corria e cantava as músicas que o troll lhe ensinava.
O novo amigo falou-lhe, então, dos encantos da floresta, dos animais, das águas, dos ventos, das árvores, das folhas, das flores e dos frutos. Apresentou-o às fadas e aos elfos, aos gênios e aos gnomos…
Conforme se passava os dias, o troll foi tendo diminuído o rabo eriçado, as grandes orelhas, o enorme nariz, assumindo uma forma grácil e terminando por torna-se um lindo jovem, que se incorporou à família.
O amor recíproco, entre o troll e a criança, operou os milagres de tornar a criança feliz e o troll um belo e ditoso jovem.
Pelo Espírito Selma Largerlöf
FRANCO, Divaldo Pereira. Sob a Proteção de Deus. Espíritos Diversos. LEAL.

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