Tarefa de Redenção e os Cristãos no Mundo

Na Tarefa de Redenção os Cristãos no Mundo

Na Tarefa de Redenção os Cristãos no Mundo

Hino da Prisão Mamertina.

Hino composto pelos cristãos presos na prisão Mamertina, em Roma, dentre os quais se encontravam Nestório e Ciro, e cantado no instante de sua morte no circo romano.
“Cordeiro Santo de Deus,
Senhor de toda a Verdade,
Salvador da Humanidade,
Sagrado Verbo de Luz!…
Pastor da Paz, da Esperança,
De Tua mansão divina,
Senhor Jesus, ilumina
As dores de nossa cruz!…
Também tiveste o Calvário
De dor, de angústia, de apodo,
Ofertando ao mundo todo
As luzes da redenção;
Tiveste a sede, o tormento,
Mas, sob o fel, sob as dores,
Redimiste os pecadores
Da mais triste escravidão!
Se também sorveste o cálix
De amargor e de ironia,
Nós queremos a alegria
De padecer e chorar…
Pois, ovelhas tresmalhadas,
Nós somos filhos do erro,
Que no mundo do desterro
Vivemos de Te esperar.
Dá, Senhor, que nós possamos
Viver a felicidade
Nas bênçãos da Eternidade
Que não se encontram aqui;
O júbilo de reencontrar-Te
Nos últimos padeceres,
Acende em nós os prazeres
De bem morrermos por Ti!…
Senhor, perdoa os verdugos
De tua doutrina santa!
Protege, ampara, levanta
Quem no mal vive a morrer…
A caminho do Teu reino,
Toda a dor se transfigura,
Toda a lágrima é ventura,
O bem consiste em sofrer!…
Consola, Jesus Amado,
Aqueles que nós queremos,
Que ficarão nos extremos
Da saudade e do amargor;
Dá-lhes a fé que transforma
Os sofrimentos e os prantos
Nos tesouros sacrossantos
Da vida de Teu amor!…”
Emmanuel / Chico Xavier
(50 anos depois) 

O médium e a vivência da caridade

1 A caridade sempre foi a força que me sustentou; tudo sempre valeu a pena, por causa dela…
2 Quando ficava muito aborrecido comigo mesmo, com as minhas imperfeições e erros, procurava a periferia da cidade, visitando as favelas…
3 Sempre encontrei na prática do bem a mensagem de consolação e o conforto espiritual de que me achava carente!
4 Eu pensava comigo: — “Meu Deus, a minha vida não é tão inútil assim!…” As pessoas se alegravam com a minha presença; eu me sentava com elas e ficávamos longos minutos conversando… Éramos iguais.
5 Ali, eu pensava em muita coisa… Aqueles irmãos e irmãs ignoravam o meu mundo de lutas, as críticas que recebia, as calúnias, os ataques da imprensa, a incompreensão dos companheiros… Eu voltava refeito para casa.
6 Trocava um pedaço de pão por energia para o dia seguinte. O sorriso daquela gente me acompanhava… Aquelas senhoras pobres me abençoavam…
7 O médium que vive distante da vivência na caridade não possui retaguarda… Emmanuel me ensinou isto.
8 Ele me dizia: — “Chico, deixemos os nossos escritos; a página mediúnica pode esperar um pouco; é hora de você se reabastecer… Vamos para a periferia!”
9 E eu ia com ele ou ele comigo, não sei… Quando na minha cabeça eu já tinha esquecido tudo, voltava para a psicografia…
10 Sem a caridade, o médium não consegue sustentar o vínculo com a sua própria espiritualidade!…
.Chico Xavier
O Evangelho de Chico Xavier — O próprio (Encarnado)
Ensinamentos de Francisco Cândido Xavier (Encarnado) registrados por Carlos A. Baccelli
“Que toda paz venha do alto,
que todo amor venha de dentro,
que todo bem esteja ao redor.”

O Cristão e o Mundo

“Primeiro a erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio na espiga.” – Jesus. (MARCOS, capítulo 4, versículo 28.)
Ninguém julgue fácil a aquisição de um título referente à elevação espiritual. O Mestre recorreu sabiamente aos símbolos vivos da Natureza, favo recendo-nos a compreensão.
A erva está longe da espiga, como a espiga permanece distanciada dos grãos maduros.
Nesse capítulo, o mais forte adversário da alma que deseja seguir o Salvador, é o próprio mundo.
Quando o homem comum descansa nas vulgaridades e inutilidades da existência terrestre, ninguém lhe examina os passos. Suas atitudes não interessam a quem quer que seja. Todavia, em lhe surgindo no coração a erva tenra da fé retificadora, sua vida passa a constituir objeto de curiosidade para a multidão. Milhares de olhos, que o não viram quando desviado na ignorância e na indiferença, seguem-lhe, agora, os gestos mínimos com acentuada vigilância. O pobre aspirante ao título de discípulo do Senhor ainda não passa de folhagem promissora e já lhe reclamam espigas das obras celestes; conserva-se ainda longe da primeira penugem das asas espirituais e já se lhe exigem voos supremos sobre as misérias humanas.
Muitos aprendizes desanimam e voltam para o lodo, onde os companheiros não os vejam.
Esquece-se o mundo de que essas almas ansiosas ainda se acham nas primeiras esperanças e, por isso mesmo, em disputas mais ásperas por rebentar o casulo das paixões inferiores na aspiração de subir; dentro da velha ignorância, que lhe é característica, a multidão só entende o homem na animalidade em que se compraz ou, então, se o companheiro pretende elevar- se, lhe exige, de pronto, credenciais positivas do céu, olvidando que ninguém pode trair o tempo ou enganar o espírito de sequência da Natureza. Resta ao cristão cultivar seus propósitos sublimes e ouvir o Mestre: Primeiro a erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio na espiga.
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 102.
“Se um dia a razão te pedir para desistir e o coração te mandar lutar, lute, pois não é a razão que bate para você viver, mas sim seu coração”
Joana Almeida

No Serviço Cristão

“Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” – (I PEDRO, 5:3.)
Aos companheiros de Espiritismo cristão cabem tarefas de enormes proporções, junto das almas.
Preocupam-nos profundos problemas da fé, transcendentes questões da dor.
Porque dão de graça o que por graça recebem, contam com a animosidade dos que vendem os dons divinos; porque procuram a sabedoria espiritual, recebem a gratuita aversão dos que se cristalizam na pequena ciência; porque se preparam em face da vida eterna, desligando-se do egoísmo destruidor, são categorizados como loucos, pelos que se satisfazem na fantasia transitória.
Quanto maior, porém, a incompreensão do mundo, mais se deverá intensificar naqueles as noções da responsabilidade.
Não falamos aqui dos estudiosos, dos investigadores ou dos observadores simplesmente. Referimo-nos aos que já entenderam a grandeza do auxílio fraternal e a ele se entregaram, de coração voltado para o Cristo. Encontram-se nos círculos de uma experiência nobre demais para ser comentada, mas a responsabilidade que lhes compete é igualmente muito grande para ser definida.
A ti, pois, meu irmão, que guardas contigo os interesses de muitas almas, repito as palavras do grande apóstolo, para que jamais te envaideças, nem procedas “como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho”
XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 69.

O DESCANÇO É SAGRADO

Muitas vezes, tudo o que a gente precisa é descansar, porque quando a gente está muito cansado, quando chega a níveis de exaustão muito intenso, a gente corre o risco de desistir daquilo que não deveria. O cansaço embota a compreensão.
E então nós vamos reagindo emocionalmente diante das situações com muita irritação, com desatenção, com distanciamento.
O descanso é sagrado. O corpo precisa de descanso, a mente, a alma.
Assim como todos os seres vivos do universo também precisam do seu ciclo de produtividade e descanso. Nossa maior necessidade na vida também é o nosso maior desafio. Porque para descansar eu preciso entregar, confiar, aceitar que por um certo momento eu vou sair do controle.
Eu preciso confiar que a vida vai continuar o seu fluxo natural, que as rotinas vão seguir e que as pessoas vão cumprir sua parte. Um dos convites de Jesus de Nazaré que mais falam nosso coração é: venham a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados e eu darei a vocês descanso.
Alexandre Robles

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