o poder do olhar de jesus

SOB O OLHAR DE JESUS – VERDADE LUZ

O Olhar de Jesus

Eu fico aqui conversando com os meus botões e procurando me entender comigo mesmo e, ao mesmo tempo, com as interferências desses amigos botões que deslocam as minhas reflexões ao universo invisível de mim mesmo.
Mas… vamos lá! Vamos falar de assuntos mais empolgantes, que nos acordem e nos façam sair de nós mesmos ao encontro da realidade.
A realidade – chego à conclusão – deve ser olhada com carinho, ao estilo nobre do olhar de Jesus: o nosso guia e modelo de perfeição. (Vide Questão 625 de O Livro dos Espíritos)
É o olhar tríplice da realidade: benevolente, indulgente e com o perdão das ofensas. (Vide Questão 886 de O Livro dos Espíritos)
O olhar de Jesus é todo caridade, é o amor em ação, promovendo à felicidade todos aqueles que necessitam de amparo material e espiritual.
É o olhar da boa vontade para com todos, do querer bem o bem a todos;
É o olhar indulgente, doce por dentro, do qual emana doçura a todos indistintamente;
É o olhar que a tudo e a todos perdoa, releva; pois, reconhece as fraquezas e a falta de conhecimento que ainda pairam na caminhada…

É o olhar que acalma e doa a doçura de si mesmo e se doa a cada instante para o bem da humanidade.
E assim, Jesus percorre em nossos caminhos, olhando e cuidando atentamente de cada um de nós; pois, Ele nunca nos abandonou e nunca nos condenou, nem nos abandona, nem nos abandonará, nem nos condena, nem nos condenará.
Que todos nós possamos nos inspirar em Jesus, que é o nosso guia e modelo de perfeição, procurando olhar as pessoas, os animais, a natureza, as situações e circunstâncias, ao modo de Jesus!
Imaginemos cada um de nós, em particular, envolvidos numa situação difícil, a exemplo de uma crise financeira ou de relacionamento conjugal, ou mesmo uma enfermidade, ou simplesmente diante das arrogâncias de um vizinho temperamental, etc…
Agora, perguntemos a nós mesmos; mas, a cada um de nós, individualmente:
– Se Jesus estivesse no meu lugar, como Ele procederia?
– Quais seriam o olhar e as reações de Jesus?
* * *
Imaginemos cada um de nós, em particular, no lugar de Jesus diante da mulher que lhe foi encaminhada sob a alegação de adultério!

Qual seria o nosso comportamento diante daquela situação?!
Mandaríamos atirar-lhe as pedras?
Ou nós mesmos, de próprio punho, arremessaríamos pedras contra aquela mulher?
Imaginemos os acontecimentos da atualidade, assim como nos julgamentos que fazemos uns dos outros, em nosso cotidiano corriqueiro, dos nossos líderes políticos, religiosos e comunitários, e assim por diante…
Quantas pedras abstratas são lançadas contra os acusados de toda ordem?
E quantas dessas pedras abstratas chegam a pesar mais do que as pedras concretas, deixando marcas profundamente agressivas nos corações muitas das vezes inocentes e/ou inofensivos?
E quantas dessas pedras podem dificultar o progresso dos agressores e agredidos na marcha evolutiva?
Que possamos estudar as teorias acadêmicas ou não em relação a Jesus!
Que possamos saber de toda a história de Jesus e conhecer o Evangelho de cor e salteado!
Que possamos falar e palestrar com elegância, com vocabulário impecável, a respeito de Jesus e do seu Evangelho!
Mas, que não esqueçamos nós da suma importância de entender e compreender Jesus!
Porque, entendendo e compreendendo Jesus encontraremos o melhor caminho para colocarmos em prática os seus ensinamentos, que é a verdadeira vivência da caridade, isto é:
– No trato com os necessitados de toda ordem, prestemos a devida assistência, com boa vontade, ou seja, com benevolência;
– Nos julgamentos que fizermos ao outro, que façamos com indulgência, com doçura, colocando-nos no lugar do outro;
– E ao receber uma ofensa, que a recebamos com o perdão, entendendo e compreendendo a fraqueza alheia.
* * *
E aqui, amigo leitor, fiquemos nós, imaginando e, ao mesmo tempo, contemplando o doce olhar de Jesus!
 Yé Gonçalves

O doce poder do olhar de Jesus

“Quantas vezes me tenho perguntado como seria o olhar de Jesus? E depois de reflexionar duramente, eu busquei alguns personagens do Evangelho.
O olhar de Jesus para Maria Madalena foi silencioso, e só o coração dela ouviu: ‘Não voltes a pecar’.
O olhar dele a Zaqueu, o avarento que cobrava impostos, foi também uma doce canção que ele escutou na volata da sua alma: ‘Hoje a felicidade entrou na tua casa’.
À mulher surpreendida em equívoco e quase apedrejada defronte do templo em Jerusalém, na canícula da manhã de sol forte: ‘Ninguém te condenou, também eu não te condeno’.
O olhar de Jesus a Marta que se afadigava nas coisas materiais que ficam, e na doce Maria que o contemplava com sorriso de paixão e uma suave ternura do lírio do coração: ‘Marta, Marta, Maria escolheu a melhor parte’.
Como seria o olhar dele a Lázaro, que arrancou da tumba, zombado, criticado, naquele sábado no templo? Lázaro modificou a estrutura da veste e olhando os fariseus hipócritas, ele traduziu o olhar de Jesus, dizendo-lhes: ‘Aquele que me arrancou do túmulo também vos pode levar à sepultura’.
O olhar de Jesus a Dimas, que a história chama o bom ladrão: ‘Eu te prometo, estarás comigo um dia depois que passarem todas as tormentas’.
O olhar de Jesus para mim, para nós, está dizendo baixinho: ‘Bom ânimo, eu vos amo desde ontem e vos amarei até o final dos tempos’.
Confiemos.”
Divaldo Franco

O olhar de Jesus

Emmanuel
Recordemos o Olhar Compreensivo e Amoroso de Jesus, a fim de esquecermos a viciosa preocupação com o argueiro que, por vezes, aparece no campo visual dos nossos irmãos de experiência.
O Mestre Divino jamais se deteve na faixa escura dos companheiros de caminhada humana.
Em Bartimeu, o cego de Jericó, não encontra o homem inutilizado pelas trevas, mas sim o amigo que poderia tornar a ver, restituindo-lhe, desse modo, a visão que passa, de novo, a enriquecer-lhe a existência.
Em Maria de Magdala, não enxerga a mulher possuída pelos gênios da sombra, mas sim a irmã sofredora e, por esse motivo, restaura-lhe a dignidade própria, nela plasmando a beleza espiritual renovada que lhe transmitiria, mais tarde, a mensagem divina da ressurreição.
Em Zaqueu, não identifica o expoente da usura ou da apropriação indébita, e sim o missionário do progresso enganado pelos desvarios da posse e, por essa razão, devolve-lhe o raciocínio à administração sábia e justa.
Em Simão Pedro, no dia da negação, não se refere ao cooperador enfraquecido, mas sim ao aprendiz invigilante, a exigir-lhe compreensão e carinho, e por isso transforma-o, com o tempo, no baluarte seguro do Evangelho nascente, operoso e fiel até o martírio e a crucificação.
Em Judas, não surpreende o discípulo ingrato, mas sim o colaborador traído pela própria ilusão e, embora sabendo-o fascinado pelas honrarias terrestres, sacrifica-se, até o fim, aceitando a flagelação e a morte para doar-lhe o amor e o perdão que se estenderiam pelos séculos, soerguendo os vencidos e amparando a justiça das nações.
Busquemos algo do Olhar de Jesus para nossos olhos e a crítica será definitivamente banida do mundo de nossas consciências, porque então teremos atingido o grande entendimento que nos fará discernir em cada companheiro do caminho, ainda mesmo quando nos mais inquietantes espinheiros do mal, um Irmão Nosso, necessitado, antes de tudo, de nosso auxílio e de nossa compaixão.
Emmanuel
Do livro Viajor, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

O Legado de Jesus sob um Olhar Espírita

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá.
Não se perturbe nem se intimide vosso coração.”
(João, 14:27)
Os ensinamentos que Jesus nos deixou são atemporais e ainda hoje, pouco mais de 2000 anos da sua passagem pela Terra, tudo o que Ele ensinou ainda faz sentido para que a nossa vida possa fluir de maneira mais simples, sempre rumo à prática do bem. A fim de falar sobre o Mestre querido e o legado que Ele nos deixou, lembremo-nos das inúmeras lições do Evangelho Segundo o Espiritismo e pensemos em como alguns dos ensinamentos ali contidos podem ser aplicados continuamente às nossas vidas. Veremos que as lições continuam tão atuais como na época em que foram trazidas por Jesus.
Em um dos Seus muitos ensinamentos, Jesus nos chamou a atenção para o amor pelos nossos inimigos (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 12). Amar aqueles que nos querem mal, naturalmente, não significa que tenhamos por eles o mesmo carinho que dispensamos àqueles que de fato amamos, pois isso seria falso quase que todo o tempo, uma vez que a maioria de nós não está ainda preparada para de fato amar aquele que nos prejudica. Aqui, pensemos que o amor é na verdade respeitar e desejar o bem, nunca o mal, e jamais ter desejos de vingança em relação a tais pessoas.
Pensemos na vida como uma grande escola, e em cada um de nós como um aluno que frequenta determinada série. É claro que aquele que tem mais conhecimento e o coloca em prática está mais apto a tomar certas atitudes do que outro que ainda está aprendendo as primeiras letras.
No capítulo 14, Jesus fala sobre honrar pai e mãe, o que também não significa que tenhamos que amar de fato os nossos pais, uma vez que as diversas encarnações nem sempre possibilitam que assim seja, pois pode ser que aqueles que nos deram a vida tenham sido nossos inimigos em outra encarnação, o que explica facilmente a aversão que muitas vezes filhos e pais sentem uns pelos outros. Porém, de uma coisa é necessário nos lembrarmos sempre: os pais possibilitaram que estivéssemos aqui vivendo a atual encarnação. Por isso, independentemente de afinidade ou de amor, o mais importante é que tenhamos respeito por eles e que sejamos gratos por haverem nos proporcionado essa oportunidade.
Sempre convido os filhos, mesmo adotivos, a serem gratos aos pais biológicos que lhes proporcionaram essa chance, uma vez que sem o veículo carnal não podemos viver aqui na Terra como encarnados. Por vezes, os pais biológicos são apenas instrumentos para que possamos nascer aqui, e sermos depois adotados ou cuidados por pessoas que estejam dispostas a fazê-lo.
Quando Jesus disse aos apóstolos que eles poderiam operar milagres, (capítulo 19), deixou o ensinamento de que a nossa fé pode transpor obstáculos que muitas vezes parecem intransponíveis. A fé nos sustenta nos momentos em que tudo parece perdido e a nossa esperança parece não fazer mais sentido. Naturalmente não poderemos ressuscitar os mortos, mas podemos encontrar na fé e na certeza da continuidade da vida as forças necessárias para superar esse momento de despedida momentânea. E assim ocorre em relação a todos os desafios que enfrentamos diariamente. A fé nos fortalece em dias de tristeza e em dias nos quais as nossas forças parecem nos deixar, pois ela sempre acena para nós com novas possibilidades.
O capítulo 11 fala sobre amar o próximo como a si mesmo. Isso é interessantíssimo, pois Jesus deixa claro aqui como é importante nós nos amarmos. E isso faz todo o sentido, uma vez que cada um só pode dar o que tem. Ora, se eu amo o próximo e não me amo, esse amor fica um pouco fora de contexto, pois eu quero oferecer ao outro algo que não possuo. Amar o próximo como a si mesmo: eu me amo, aprendo o que é o amor, e aí posso distribuir esse amor, pois a fonte de amor é inesgotável. Muitos dos nossos males, como a baixa autoestima e complexos dos mais variados tipos, residem na falta de autoamor.
Jesus na sua doçura nos ensinou que não é necessário nos preocuparmos em demasia. Nós achamos que preocupação é sinônimo de responsabilidade, mas não é. Precisamos sim nos ocupar das coisas a fim de obtermos resultados, mas sem preocupação, pois preocupar-nos causa ansiedade e faz com que fiquemos o tempo todo nos cobrando por tudo, exigindo de nós uma porção de coisas que acabam colocando sobre nós uma pressão desnecessária. Então, lembremo-nos das palavras de Jesus quando
Ele diz, “Observai como crescem os lírios do campo; eles não trabalham, nem fiam; e, entretanto, eu vos declaro que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, nunca se vestiu como um deles”. É claro que isso não é um convite à preguiça nem à acomodação, mas sim a certeza do amparo e do suporte que temos do invisível. Por certo precisamos fazer a nossa parte, pois sem o trabalho ficaríamos com o corpo e a mente atrofiados, e isso está embasado na Lei do Trabalho e na Lei do Progresso, e é deixado muito claro no capítulo 25, Buscai e Achareis, mais especificamente nas palavras, “Ajuda-te e o Céu te ajudará”.

Jesus nos convida à oração, quando diz Pedi e Obtereis (capítulo 27). Nós todos temos o direito de pedir, mas precisamos também nos lembrar de agradecer e de glorificar. Podemos – e devemos – vibrar pelo nosso planeta, pelos nossos semelhantes, e por todos os seres que habitam a Terra e o Universo, uma vez que de um modo ou de outro estamos todos interligados, sendo filhos do mesmo Pai. Muitos pedem e se revoltam ou se decepcionam ao não conseguirem o que pediram, mas muitas vezes, lá adiante, entendem que foi melhor não terem conseguido aquilo que pediram.
Resumindo, temos o nosso livre arbítrio e recebemos a oportunidade de uma nova encarnação para exercitá-lo. É preciso que tenhamos humildade de reconhecer os nossos limites e de termos boa vontade para viver uma vida que valha a pena, e, uma vez que a fila dos que desejam reencarnar é bem grande, façamos dessa vida algo que justifique termos tido a vez de estarmos aqui neste momento.
Que o maravilhoso legado que o Mestre nos deixou seja a bússola a nos guiar nos tempos de grandes desafios e também de grandes alegrias. Que aprendamos a amar, a compartilhar e a espalharmos o que tivermos de melhor, pois embora não possamos consertar o mundo, podemos fazer a diferença no mundo através dos nossos pensamentos, palavras e atos. Que esses venham sempre carregados de amor e com uma pequena faísca da luz de Jesus, e já estaremos contribuindo para que a Terra alcance mais rapidamente a sua nova condição de planeta mais feliz e de regeneração.
Marisa Fonte

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