SOIS DEUSES DISSE O MESTRE JESUS

VOIS SOIS DEUSES – DISSE O MESTRE JESUS

“TUDO O QUE EU FAÇO PODEREIS FAZER…” JESUS.

UMA PALESTRA MAGISTRAL
Osmir Freire
Jesus, em sua passagem pela Terra, nos mostrou nossa descendência Divina: “Vós sois deuses”. (João, 10:34); “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”. (Mateus 5:48); Vós podeis fazer o que eu faço e muito mais”. (João, 14:12).
O Sede perfeitos constitui o apelo do divino Mestre para o nosso esforço permanente de evolução, como assinala a questão 115, de O Livro dos Espíritos, a obra basilar da Doutrina Espírita: “Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. (…)”
E o nosso destino é a perfeição relativa, pois a absoluta é exclusiva de Deus. Pelo conhecimento proporcionado pela Doutrina Espírita, sabemos que esse distanciamento que temos da perfeição diminui à medida que nos esforçamos para nosso auto aperfeiçoamento. E como o progresso é uma fatalidade, ainda que estacionemos, será por pouquíssimo tempo, considerando que temos uma eternidade pela frente.
Esse convite de Jesus traduz a confiança, a paciência, que Deus deposita nas suas criaturas, independente da condição evolutiva de cada um. Ele não se dirige ao homem imperfeito e falível, mas ao homem do futuro, na sua condição de perfectibilidade.
O tempo e o trabalho vão oportunizando a todos o processo transformador, qual ocorre com a pedra bruta. O Espírito Emmanuel, em sua obra Segue-me, capítulo Fardo, nos diz que: Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro. E do cascalho pesado emerge o diamante.
Deus não tem pressa, pois tudo se ajusta com sabedoria, justiça e misericórdia, com o passar do tempo. Portanto, ofertemos ao próximo o de que necessita para promover a sua mudança, mas aguardemos a ação do tempo, que constrói e reconstrói, num trabalho contínuo e permanente. E que mudemos em nós o que reprovamos no outro.
A evolução é lenta, porque a natureza não dá saltos. Trazemos ainda muitas sombras do passado, com repetições no presente, o que nos exige muito esforço de superação, com serenidade, persistência, vigilância e oração. E que sejamos bondosos no trato com o próximo, pois é pela bondade que conquistamos a simpatia das pessoas e conseguimos abrir as portas que possam estar fechadas para nós.
Na questão 625, de O Livro dos Espíritos, os Espíritos Superiores respondem que Jesus é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e modelo. “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra (…) e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor”.
A perfeição constitui a meta de todo ser humano. Como proceder para alcançá-la, segundo Jesus, consiste: “Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem. Mostra Ele, desse modo, que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes.”
Para seguir esse caminho rumo à perfeição, portanto, temos a receita dada pelo próprio Mestre Jesus, nesta que é a mensagem/convite que sintetiza toda a lei de fraternidade universal: que nos amemos uns aos outros.
*Presidente da Federação Espírita do Maranhão (FEMAR)

“VÓS SOIS DEUSES”

Por Leonardo Pereira
‘…Salvemos, pois, o Consolador Prometido, que vivifica a letra e nos faz retomar a Fé com a Razão…’
“Vós sois deuses” (João 10:34) é uma afirmativa de Jesus muito utilizada no meio espírita, para gerar motivação e esperança. É acompanhada, em geral, do complemento “podem fazer o que eu faço e muito mais…” (João 14:12). (Neste artigo usamos a tradicional tradução de João Ferreira de Almeida corrigida e revisada).
Por ser de uso corrente, principalmente entre os oradores, consideramos que sua análise deve partir, primordialmente, do contexto original no qual Jesus a formulou, a saber: “Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.” (Salmo 82:6).
Reproduzamos, então, o que anotou o apóstolo João em seu Evangelho (10:23-38):
“E Jesus andava passeando no templo, no alpendre de Salomão. Rodearam-no, pois, os judeus, e disseram-lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente. Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço, em nome de meu Pai, essas testificam de mim. Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito.

As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um.”
Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar. Respondeu-lhes Jesus: “Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais?”
Os judeus responderam, dizendo-lhe: “Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo”. Respondeu-lhes Jesus: “Não está escrito na vossa lei: “Eu disse: Sois deuses?” Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),
Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus? Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis. Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e eu nele.”
Observe que nessa passagem Jesus “cita” a lei já existente, ou seja, o Salmo 82:6; não faz nenhuma afirmativa, nem a anula.
Usa a própria Lei Judaica para calar a boca da turba, pois a lei referia-se a homens comuns ─ embora homens de autoridade e prestígio (juízes) ─ muitas vezes, citados pela tradição judaica como “deuses”. Vale salientar que a afirmação é do Salmista do Antigo Testamento, e não de Jesus, que a utilizou somente para demonstrar a contradição de seus perseguidores, ao acusá-lo de blasfemo. Depois de tudo isso, todos se vão, indo também Jesus rumo ao rio Jordão…
Quanto ao complemento da frase de Jesus, citada no início do nosso texto: “Podem fazer o que eu faço e ainda muito mais”, observemos que esta remete à sentença original: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas…” (João 14:12).
Ambas as formas, por sua vez, fazem parte de um das mais ricas passagens do Mestre Nazareno, cuja essência demonstra estreita relação com os princípios básicos da Doutrina Espírita. Analisemos, pois, a partir do texto bíblico integralmente – João 14:1-17:

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.”

Analisemos, então, o excelso ensinamento do Cristo:
Ao começar pedindo “credes em Deus, crede também em mim”, está em concordância com um princípio básico da Doutrina Espírita: a crença em Deus como “inteligência suprema, causa primária de todas as coisas” (1) ;
Em seguida, maravilhando os que O cercavam, ao dizer “Na casa de meu Pai há muitas moradas” também acorda com outro princípio básico da 3ª Revelação: a existência de “diferentes categorias de mundos habitados” (2) . Continuando com o roteiro seguro para a felicidade, assevera “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”.
Mais adiante, respondendo a Felipe que O interpelara rogando para que lhe mostrasse o Pai, o Rabino da Galileia, com exímio raciocínio lógico, leciona acerca da fé raciocinada (princípio basilar espírita):
“Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.”
É justamente nesse contexto que o Meigo Carpinteiro se utiliza da frase: “[…] Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas […].
Finalmente, a maior correspondência doutrinária se dá quando, na excelsa passagem bíblica, o Mestre promete: “[…] eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.”.
Assim, quando nos promete enviar um novo Consolador, ensina acerca da esperança, sobrevivência e retorno do espírito ao mundo corporal ─ princípios basilares do próprio Espiritismo.
Vale notar que o Cristo de Deus já nos trazia um Consolador: sua mensagem de amor e paz; suas lições de vida e felicidade; sua forma simples de dizer de nossas imperfeições e de nos apontar o caminho reto e seguro, pautados nas verdades eternas do ‘amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo’.
Logo, o Ser mais evoluído que pisara em nosso planeta, falava de Si mesmo e de Suas mensagens. Por outro lado, sabia, de antemão, que nós as esqueceríamos, motivo pelo qual faz sentido prometer um outro Consolador e rogar ao Pai enviar o Espírito da Verdade, que os apóstolos conheciam e estaria com eles.

E foi assim que aconteceu…
Transformados pela letra morta, ludibriados pelos poderes temporais dos sacerdócios em seu nome, movidos pela ambição e covardia, esquecemos as mensagens do Cristo. Deflagramos guerras santas, queimamos pessoas, destruímos ideias e ideais, levantamos falso testemunho, erigimos castelos de ouro e templos vazios – tudo em Seu nome, e Ele o sabia.
“Vós sois Deuses”, disse o Mestre de Amor, mas à medida que seguirmos seu caminho: suportando nosso cadinho de dor, erigido nos dias de ontem (vivos, porém, na consciência de hoje), enviaria o Consolador, relembrando-nos de nossos compromissos perante a nossa consciência, perante Deus e perante os talentos desprezados nas sucessivas encarnações.
Este mesmo Consolador chega e fala-nos do Sublime Peregrino que exemplificou todas as Leis e os Profetas, dividindo a Historia em antes e depois d’Ele, vivificando o espírito da verdade de que tanto precisamos nos dias de hoje.
Sim, somos ‘deuses’, ou um templo divino!
E, para que o Reino de Deus se estabeleça em nós e seja compartilhado com o próximo, precisamos acreditar que isso, de fato, seja possível. Sem vaidade ou supervalorização, pois Deus não fere, não mata, não magoa, não rouba, não sofre, não se envaidece, nem é egoísta ─ “a Causa primária de todas as coisas” só pode ser Amor…
Salvemos, pois, o Consolador Prometido, que vivifica a letra e nos faz retomar a Fé com a Razão, que retira o véu dos textos apostólicos, transfigurando-os em frases iluminadas a nos banhar de conhecimento!
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(*) Leonardo Pereira é orador espírita.
1 – KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita.
67. ed. S.Paulo: FEB,/USE. 1985: Parte Primeira; Das Causas Primárias; Capítulo I; De Deus. pág. 51.
2 – KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.106. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1992.cap. III, pág. 71.

ORAÇÃO DA NOITE

SENHOR, cuida-nos como ” crianças e aprendizes ” que ainda somos…
Ensina-nos a amar mais, com mais qualidade e sinceridade, permitindo que, ao praticarmos o Bem, nossas ações sejam sempre movidas pelo Amor e não pelo orgulho ou interesse…
Ensina-nos a TE amar em cada semelhante, para construirmos um mundo melhor, mais fraterno e mais justo, pois sabemos que esse é o TEU maior projeto para nossa vida…

Escutai a nossa prece, PAI,

e abençoa-nos com a Tua Paz…

Pai nosso que estais no céu,
Pai nosso que estais na minha casa,
Pai nosso que estais no meu trabalho,
Pai nosso que estais em meu caminho,
Pai nosso que estais com meus filhos,
Pai nosso que estais com minha família,
Pai nosso que estais com meus amigos,
Pai nosso que estais com os incrédulos,
Pai nosso que estais com os doentes,
Pai nosso que estais com os sãos,
Pai nosso que estais com necessitados,
Vem a nós o Vosso reino,
E seja feito a Tua vontade,
Assim na terra como no céu.
Assim Seja !

“Regue a vida diariamente com águas limpas:
Bondade, compreensão, tolerância, esperança.
Trabalhe nela em turno integral, podando a inveja, o ciúme, a ganância, a cobiça e a gula.
Faça com que as raízes estejam firmes na fé, justiça, humanidade e fraternidade.”
*****
“A tua ansiedade ou o teu receio não alterarão o curso das horas.”
Joanna de Ângelis
Vida Feliz (1992), tema 47. Psicografia de Divaldo Franco.

Convite de Urgência

É chegado pois, o momento, espíritas, de reflexionarmos em torno das nossas responsabilidades.
O tempo urge. Não mais amanhã. É agora. Agora soa a hora da nossa libertação.
Por muito tempo caminhamos por estradas difíceis, perdemo-nos em caminhos acidentados pelas nossas paixões, tombamos, irremediavelmente nos abismos do egoísmo e, deixamos Jesus à margem.
Comprometemo-nos servir, abraçados aos ideais de solidariedade. E, de imediato, jugulados ao câncer das paixões, mudamos de atitude.
Que temos feito de Jesus, meus filhos?
Utilizamo-nos da Sua presença de Cordeiro de Deus para nos erguermos a posições efêmeras e enganosas, longe do serviço de construção do mundo íntimo.
Usamos o Seu nome para escravizar e levar ao exílio muitas vidas, destruir ideais. Apesar disso não conseguimos retirá-lO de nosso coração.
Quem encontra Jesus, não mais é o mesmo. Impregnado pela suave misericórdia e, de amor banhado, altera-se completamente…
Não basta pois conhecer Jesus. É necessário entregar-Lhe a vida para que Ele a conduza. Recebendo os Filhos do Calvário como irmãos; distendendo a compaixão e a caridade em Seu nome para que fiquemos como cartas-vivas assinalando a nossa passagem na Terra.
Não posterguemos mais a oportunidade de servir.
Este é o nosso momento de iluminação.
Voltai aos vossos lares tocados por Jesus.
Dai notícia da Sua presença em vosso coração a todos, pela cordura, pela humildade, pela misericórdia.
…E, se vos perseguirem, se vos maltratarem, se vos odiarem, perdoai porque eles não sabem ainda o que fazem.
Sede vós aqueles que têm a honra de amar, e de amar até sofrer.
Que Ele nos abençoe, meus filhos, são os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra
Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco na noite de 05 de agosto de 2003 ao término da Conferência de reinauguração do salão nobre da Federação Espírita Brasileira na Avenida Passos, 30, Rio de Janeiro.
Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Divaldo Franco

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