AMOR IMPERECÍVEL AMOR – BEZERRA DE MENEZES

Mensagem Amor Imperecível,
ditada por Bezerra de Menezes

Que Jesus, o nosso Mestre, Sol de todos nós, ilumine-nos a jornada da autotransformação!
Nestes dias em que sentimos pairar sobre nós os ensinos sublimes das palavras de vida eterna do nosso Senhor, comungando-nos uns com os outros da fraternidade e um convite perene para a humildade; agradeçamos!
Agradeçamos por estarmos recebendo a joia preciosa da Doutrina Espírita!
Celebremos na alma a certeza de que as dores do mundo que clamam por consolação e paz, contam com nossas mãos dedicadas no trabalho do bem!
Somos aqueles que ouvimos o cântico inesquecível da Galileia, que recebemos a musicalidade das epístolas de luz, que encontramos com a pobreza sagrada de Francisco e que recebemos as luminares estrelas do pentateuco Kardequiano.
Não nos falta nada, meus irmãos!
A chuva interminável de misericórdia que cai sobre nós vem para adubar os nossos corações ressequidos, ainda atrelados às disparidades de nossos desejos infrenes e descabidos.
Fortaleçamo-nos no aproveitamento seguro das instruções superiores que nos conclamam ao trabalho do desenvolvimento do amor dentro de nós. Que as letras se tornem alimento em nossas vidas, para que possamos, por meio da exemplificação de Jesus, nos encontrar com o Reino de Deus em nosso próprio coração.
Desafios se avolumam nesses dias tempestuosos.
A indiferença parece traçar um tropel de sanguinolentos episódios que grassam pela humanidade sofredora, vertendo ódio e sofrimento nas criaturas.
A companhia da violência parece destronar os esforços dos pacificadores destilando veneno entre as nações e entre as comunidades de todo jaez.
A ambição parece teia atrativa e perigosa que leva os incautos a proliferação da superficialidade na alma, colocando-os nas atividades em que a dor dilacera em vícios excruciantes.
Permanecei fiéis!
Jesus tem movimentado a Terra para a propagação da paz desde o seu surgimento. Prestai atenção nos impérios que ruíram, observai os tiranos que caíram, verificai os dominadores que se dobraram no sepulcro da morte. O triunfador imortal jamais foi vencido pela ignorância dos homens. Ele está como dantes, chamando a todos, como aos quinhentos da Galileia, a subirmos no monte das bem-aventuranças e encontrá-lo no cume da renúncia, no cume do sacrifício, no alto da doação incondicional do amor.
Filhos e filhas da alma, os circos romanos se abriram para a humanidade toda se transformando na arena da indiferença, do desamor, da ingratidão!
As tochas queimam milhões de criaturas no sensualismo e na culpa.
As flechas continuam ferindo a sensibilidade que não observa o sofrimento à volta e não estende a mão.
Sim, vivemos dias como aqueles dias em que as dores eram tão expressivas quanto as de hoje, porém as da atualidade se disfarçam na maquiagem da comodidade e da tecnologia.
Buscai os corações que sofrem, que choram, que gritam, pois a falange interminável das virtudes vos acompanha e vos clama ação libertadora na própria consciência.
Não sejamos nós os que firamos!
Não sejamos nós os que caluniemos!
Não sejamos nós os que abandonemos o Senhor, pois Ele ainda clama que a própria cruz seja erguida na humanidade sofredora, trazendo o seu amor imperecível!
Do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra.

Muita paz!

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Afro Stefanini II no encerramento do Encontro Reflexivo à Luz do Evangelho de Jesus 2017, em 16 de abril de 2017 na sede da Federação Espírita do Estado de Mato Grosso)

ORAI SEMPRE

Jesus nos abençoe:
mãos postadas em prece:
Filhos: Lembremo-nos de orar para que Deus nos abençoe. É dom da oração o privilégio de nos comunicarmos com Ele, de nos voltarmos para Ele para termos coragem, vigor e orientação. Poderemos fazê-lo a qualquer momento, a fim de que a Sua amorosa presença felicite a nossa vida e a Sua sabedoria nos guie para procurarmos a perfeição em tudo quanto fizermos.
A oração nos traz, como resposta, as bênçãos do Pai, insuflando em nossa alma vigor, entusiasmo, alegria, entendimento, compreensão e fé. Ao término de cada tarefa, dirijamos a Deus uma oração de ação de graças. Ao iniciarmos qualquer trabalho, oremos, reconhecendo com humildade o poder e a habilidade do Pai em nós.
Terminemos cada dia com uma prece. Descansemos das atividades de cada dia nos braços eternos de Deus, seguros na paz que a oração nos traz, seguindo os divinos exemplos do Evangelho segundo as anotações de Lucas, cap. XVIII v.1: “Propôs-lhes Jesus uma parábola, para mostrar que deviam orar sempre”. A oração e a vigilância são fatores essenciais para a conquista da vitória em todos os problemas da vida humana, principalmente sobre nós mesmos. A prece ungida de fé leva a criatura ao Criador. O pensamento é como que o mensageiro alado que transpõe as fronteiras da Espiritualidade.
A lei suprema da reencarnação movimenta o laboratório da vida terrena, prescrevendo o itinerário que o homem deve cumprir em seu destino, resgatando erros do passado nas provações que dinamizarão o progresso do seu espirito. Bastar-lhe-á compreender a necessidade da renúncia sincera e da humildade espontânea, para que sinta a consoladora virtude da resignação ao aceitar todas as dores, angústias e sofrimentos.
Na prece, todos os sentimentos do amor se expandem, buscando elevar-se ao encontro do Amor Máximo, que é Deus. Aqueles que a fazem eficientemente, com todas as veras de sua alma, como que dirigem ao Pai Amantíssimo e Amadissimo uma mensagem de profunda humildade, recolhendo dentro delas, qual abençoado óbulo divino, as puríssimas vibrações de supremo conforto espiritual. Dai as vibrações que impulsionam o Espírito, as fortes emoções que determinam a eclosão de sentimentos que dão à criatura a ideia perfeita de que Deus a ninguém abandona e que Jesus pode sempre estar asilado no âmago de cada coração que pulsa pela fé.
O homem sente que, ao orar com fervor, uma força interior o impele para o caminho da luz e da verdade, dando ao Cristo todo o seu amor, levando ao próximo a sua sinceridade, ofertando a Maria Santíssima toda a pureza dos seus mais elevados sentimentos. O instinto da razão indu-lo a compreender também que o orgulho e a vaidade são sentimentos negativos, que geram irrefreável ódio e açoitam a consciência, segregando este veneno sutil – o Egoísmo, espalhando-o pela Terra, na gama dos preconceitos sociais.
Despido dessas vestes impuras, maculadas pelo pó negro das estradas terrenas, o homem compreenderá, por fim, que esse pó desaparecerá ao sopro de ventos renovadores, à medida que for evoluindo, simples e humilde, caridoso e bom. Então, chegará ao fim da jornada, depois de haver vencido ásperas sendas e encontrado caminhos perfeitos, cheio de fé, que é o bem, o maior fator para que vislumbremos mais amplos horizontes, aproximando-nos do Excelso Mestre – Jesus.
A Fé dá a Esperança; a Esperança une-se á Caridade e a Caridade se funde no Amor. Desse modo, o homem consegue a reforma espiritual para ingressar, feliz, numa das muitas moradas do Pai.
Sigamos o Divino Exemplo, estudando e vivendo na prática o Evangelho, é o desejo dêste humílimo servo do Senhor, que muito vos ama.
Paz e amor em Jesus – Bezerra de Menezes
(Mensagem recebida pelo fundador e Orientador Geral de nossa CASA, Azamor Serrão, e publicada em O Cristão Espírita No. 15 – Dezembro de 1967 e Janeiro de 1968)
O AMOR
Não há ponto final para o amor.
O amor é vida e vida é eternidade.
André Luiz

VIGILÂNCIA, ORAÇÃO E TRABALHO

Meus irmãos e meus amigos,
Que a doce paz de Nosso Senhor Jesus-Cristo tome conta de nossas vidas!
Continuamos juntos na Seara da Luz, procurando acumular os tesouros do discernimento e do trabalho, a fim de sermos considerados servidores fiéis.
São tantos os impedimentos que surgem pelo caminho, ameaçando o êxito da realização que, não raro grande número de candidatos do Bem desanima e abandona o serviço. Para esse tipo de obreiro, o ideal seria o fácil acesso aos patamares elevados, sem que fossem necessários a prova e a aferição de valores. Ao se apresentar para agir na obra do Cristo, esse grupo se supõe imune ao sofrimento ou credor de deferências que, em realidade, não merece.
Por isso, ainda são escassos os servidores dedicados que tomam a charrua e não olham para trás.
Nós, porém, ouvimos o chamado e o atendemos sem medir esforços, entregando-nos de coração confiante às mãos do Divino Condutor, que jamais nos abandona.
Alegro-me com a sua decisão de manter a nossa Casa assinalada com o selo da mansidão de Jesus e caracterizada pela conduta do Bem em todas as suas resoluções. Se algo ameaçasse a nossa realização, a estrutura do nosso serviço, isso seria a dissensão, que levaria ao divisionismo com prejuízo à ordem e em favor do personalismo, esse terrível inimigo do progresso humano.
Haja o que houver, que sejam mantidos a fraternidade, o clima de união e de entendimento, porquanto, todos estamos a serviço do Mestre Único, que nos ensinou e vivenciou o amor sempre e em quaisquer circunstâncias.
Estes são dias de desafios, de mudanças de padrões morais, de surgimento de uma nova ordem, que sairá dos escombros de uma sociedade cansada de violência, de sexo e de insensatez.
Os espíritas, que perseguem os ideais de engrandecimento, defrontarão os obstáculos agressivos nessas áreas, experimentando as atribulações da época, que se apresentarão como vírus contaminadores ou como psicosfera envenenada, que terminaria intoxicando todos aqueles que a experimentem por largo tempo.
Mais do que nunca se tornam necessários a vigilância, a oração e o trabalho, que equilibrarão as vidas de resistências, oferecendo credenciais de paz e saúde moral para atravessar-se o período que será de curta duração.
Não se estranhem, desse modo, os sofrimentos, as incompreensões, as lutas, serão as cicatrizes das feridas que nos assinalarão nas batalhas da evolução.
Nossa Federação tem a missão de cristianizar as terras virgens do Mato Grosso, implantando nas mentes e nos corações a mensagem libertadora do Evangelho, em Espírito e Verdade, conforme o viveram Jesus e os seus Apóstolos.
Não anotem problemas – resolvam-no, não relacionem incompreensões – aclarem-nas, não guardem ressentimentos – diluam-nos; não separem corações – unam-se…
Somente se conseguirá uma sementeira feliz, se for entronizada na própria existência a paz, que é o resultado do dever nobremente cumprido.
Nossos guias confiam no espírito de sacrifício decorrente da iluminação de consciência, dos nossos irmãos e amigos, que operam em nossa Casa.
(…)
O campo a cuidar é muito grande e as decisões harmônicas devem ser aplicadas com calma e bom direcionamento, objetivando-se sempre a realização do melhor ao alcance.
Herdeiros do passado, todos carregamos pesados fardos de intolerância, de egoísmo, de malquerença, que nos cumpre despojar pelo caminho.
Lentamente, o amor de Nosso Pai nos facultará crescer e ser livres das paixões.
Não desanimem!
A criança carente, o enfermo, a família em abandono, o obsidiado, o esfaimado, o desnudo são nossas oportunidades de vivenciar a Doutrina no Mundo… A tolerância, a paciência, a piedade fraternal, o perdão, a solidariedade, a unção no Bem, são os recursos que não poderemos dispensar para a própria iluminação.
Unamo-nos e vivamos o Evangelho esclarecido pelo Espiritismo, a fim de sentirmos Jesus e O apresentarmos aos nossos irmãos com a dignidade e elevação que Ele merece.
Se algo mais o velho companheiro de lutas pudesse acrescentar, seria: – Meus irmãos e meus amigos, Jesus espera que cumpramos com o nosso dever, aguardando-nos amoroso e pacientemente.
Abraçando-os a todos e aos demais companheiros de nossa Casa em Cuiabá e em todo Mato Grosso, o amigo dedicado e muito reconhecido,
Aristotelino Alves Praeiro (1903 – 1993).
(Mensagem recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, em Salvador, Bahia, em 14 de abril de 1994)

FLOR DO CÉU

Jesus nos abençoe.
Filhos, o Consolador prometido pelo meigo Rabi da Galileia, quando disse: “mas o Consolador- o Espirito da Verdade, que meu pai enviará em meu nome, ensinará todas as coisas e vos fará lembrar tudo o que eu vos lenho dito”, está plenamente identificado na Terra com o advento do Espiritismo. Surgem médiuns em todas as partes do mundo. Antes da Codificação os médiuns eram chamados Profetas pelos antigos. Esses Profetas anunciavam tudo a respeito do Salvador, das mais importantes às mínimas coisas. Eram homens a quem Deus concedia o privilégio de ver o futuro. Por isso eram também chamados Videntes. Gozavam de grande influência junto ao povo de Israel, porque através deles Deus enviava as Suas mensagens, falando acerca do Redentor, outras vezes revelando as Suas vontades, repreensões e provações que teriam de suportar.
Os Profetas – ou médiuns – levavam vida pura e santa, para que o Espírito Santo deIes se servissem. Espírito Santo, segundo a compreensão de algumas tradições religiosas, é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, mas nós – Espiritas – sabemos que essa expressão designa uma plêiade de Espíritos puros, iluminados pelo amor de Jesus, os quais, através de médiuns, trazem Suas mensagens do Céu.
Apesar da grande autoridade dos Profetas sobre todos, pois até os reis lhes obedeciam, foram já naquele tempo perseguidos e sacrificados, porque lidavam contra os vícios e prediziam castigos que às vezes não tardavam. Vejamos as profecias relativas ao Cristo, reveladas pelo Profeta Miqueias, Cap. V. versículo 2: “E tu- Belém», chamada Efrata, és a mais pequenina das cidades de Judá, mas de ti é que há de sair aquele que há de reinar em Israel”.
O Profeta Isaías revela no Cap. 7. vers. 14: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho e seu nome será Emanuel (Deus conosco)”. Essa virgem, de que Deus fala aqui pelo Profeta, é Maria Santíssima, nosso Anjo Tutelar, Mãe simbólica de toda a Humanidade. Vivia ela na aldeia de Nazaré, na Galileia. Era uma jovem bela, virtuosa em seu espirito virginal pela pureza de seu caráter. Os seus contemporâneos sabiam que ela , embora pobre, descendia do Rei Davi e estava prometida em casamento ao carpinteiro José. Não sabiam, porém, que ela era anunciada pelo Profeta como a mulher por Deus predestinada para ser a Mãe do Salvador.
Quando oramos, mergulhamos no coração boníssimo de Deus e ali sentimos a ternura de Maria, que é a flor do Céu a espargir perfume de amor por toda a Humanidade. Que Jesus, nosso Mestre e Senhor, nos abençoe; que Maria Santíssima nos envolva com seu amor, para que, na estrada em que caminhamos, sejamos fiéis a Deus, nosso Pai.
Bezerra de Menezes
(Mensagem recebida pelo fundador e Orientador-Geral de nossa CASA, Azamor Serrão, e publicada em O Cristão Espírita No. 18, Ed. junho-julho de 1968)
ALFABETO DA BONDADE
Soletrai, antes de tudo, o alfabeto da Bondade (…). Sem as primeiras letras do Amor, nunca entenderemos o sagrado poema da vida.
Dr. Bezerra de Menezes

Em Louvor da Verdade

… relevai-nos a sugestão de trabalho, embora rogueis a luz sem esforço.
… o Espiritismo que indaga simplesmente deu lugar, há muito tempo, ao Espiritismo que estende os braços.
…atravessais verdadeira floresta, onde os caminhos de volta ao campo da Luz Divina parecem intransitáveis.
Pensamentos de egoísmo, de incompreensão, de discórdia, vaidade e orgulho se entrechocam, à maneira de projéteis invisíveis ao redor de vossa personalidade, e se faz imperiosa a coragem para os óbices multiplicados não nos vençam os labores recíprocos.
…efetivamente, a vossa procura é nobre e edificante.
… bem-aventurados aqueles que demandam a verdade e que anseiam por passagem libertadora no rumo da claridade eterna!
…não comeceis o empreendimento da própria iluminação, ao modo de um homem que iniciasse a construção de uma casa pelo teto.
…soletrai, antes de tudo, o alfabeto da bondade.
Sem as primeiras letras do amor, nunca entenderemos o sagrado poema da vida.
… é indispensável abrir o coração, vaso destinado às sementes do Céu, convertendo-nos em instrumentos do bem ativo e incessante.
…não iluminaremos a mente sem purificar os olhos, tanto quanto ninguém alcança o discipulado do Senhor, sem mobilizar as mãos na obra redentora da terra.
…encetemos a reestruturação dos próprios destinos, compreendendo-nos mutuamente.
…que lição recolheremos na visita de benfeitores que residem à distância, se não aprendemos a fraternidade primária com o próximo?
…ouçamos a mensagem das necessidades que nos cercam.
Há dor e ignorância, treva e indiferença, na estrada em que pisais: estendamos, através dela, o nosso sentimento cristão, imitando o lavrador que não desampara a terra lodosa do charco.
…não esperemos o paraíso, quando ainda nem mesmo auxiliamos no trato do chão que operamos.
…espíritos endividados, perante a Bondade Divina que nos deu ouvidos para registrar os ensinamentos da vida, olhos para surpreender a luz, braços para erguer o castelo de nossa própria felicidade e recursos imensos para dilatarmos o nosso próprio engrandecimento espiritual, guardemos a fé, servindo e auxiliando, corrigindo a nós mesmos e amando a todos, em louvor da verdade.
…nossa vida é um campo aberto.
Nosso coração é uma fonte.
Cada um de nossos atos é mensagem viva.
Que nossa alma se afeiçoe ao bem supremo, sob a inspiração de Jesus, a fim de que o mundo se transforme em Seu Reino.
Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
QUE QUERES?
Jesus nos abençoe.
Hoje, mais do que nunca, fazem-se necessários o amparo e as bênçãos de Jesus, para fortalecer o ânimo das criaturas, no sentido do Incentivar a compreensão entre elas. Somente amparados por Ele, lendo o seu Evangelho e praticando os Seus ensinamentos é que poderemos lutar e vencer todos os obstáculos que habitualmente encontramos na estrada da vida, pois nem todos compreendem ainda que as dificuldades da caminhada provêm de erros do pretérito ou mesmo do presente, frutos da nossa imprudência ou desatenção.
Quando pudermos entender a razão da vida e a sua legitima finalidade, poderemos melhormente superar os obstáculos que nos defrontam na rota iniciada. Então compreenderemos que eles foram criados por nós mesmos, pois são consequência de nossos atos e pensamentos. Dessa forma, a resignação, a humildade e a paciência nos fortalecerão a fé consciente, que é a mensageira da alegria e da esperança.
Se nos dispusermos a caminhar unidos, com o firme propósito de não nos deixarmos vencer pelo cansaço das lutas de nosso trabalho e dos esforços que despendemos, tão necessários para a edificação de nossa vida maior; se, simultaneamente, estudarmos e aplicarmos os ensinamentos do Mestre, que é o nosso sublime Orientador, compreenderemos que todas as dificuldades do caminho são experiências indispensáveis e úteis proporcionadas pela bondade divina, como que para verificar se estamos capacitados para avançar sozinhos e se já merecemos a confiança do Pai Celeste.
Deus nos ampara e fortalece a todos os instantes, através da prece em que revelarmos o nosso amadurecimento sincero, porque Ele vê sempre o que sentimos, pois nem sempre o que dizemos é a realidade do nosso íntimo.
Quando lhe dirigimos uma súplica sincera, Deus nos perdoa, dando-nos oportunidades que nem sempre sabemos aproveitar. Mas quando sentimos nascer dentro de nós o Cristo de Deus – que é a luz que nos ilumina e orienta, qual farol amigo a indicar-nos o roteiro seguro, para, assim orientados, não encalharmos nos recifes, que são barreiras destinados a desviar-nos da rota certa, tropeços por nós mesmos colocados, mercê de atos e pensamentos indevidos – então novas perspectivas se abrem diante do nós e novas possibilidades se nos apresentam.
Multos embaraços que sentimos no curso da vida são resultados da imprevidência com que procedemos. Os obstáculos criados por nosso comportamento nem sempre estão visíveis nos nossos olhos, como nem sempre são imediatos. Quando, porém, nos inspiramos nos divinos conhecimentos do Evangelho, novas forças nos animam à tarefa de removê-los. É a luz de Jesus que nos desperta do sonho de ilusões em que nos situamos. É um despertar sublime, porque vale por um renascimento, mas cuja comprovação reside na resignação do nosso entendimento em face dos males que nos perseguem a todos os instantes.
Chegado o momento de despertarmos, a voz do Cristo que nos chama dirige-nos a pergunta amiga: “Que queres?” E complementa: “Aproveita todas as oportunidades de luta e não esperes que um anjo materializado venha pegar-te na mão para te conduzir até o reino Céu, carregado de glórias e facilidades, pois o merecimento é maior se maiores forem as dificuldades vencidas. Se queres verdadeiramente colaborar na obra divina, auxiliando a criação e o aprimoramento das criaturas, entrega-te à luta sem desânimo. Quanto mais sérios os obstáculos, mais valioso o merecimento ao superá-los.
Trabalhemos, portanto, com afinco e boa disposição, para que o desanimo não nos torne intolerantes. Busquemos no Evangelho a inspiração de cada dia, pois o Mestre disse: “Pega a tua cruz e segue-me.” Nesta indicação do Mestre para que o seguíssemos, encontramos uma advertência, porque ele é exemplo de quem soube vencer todas as incompreensões humanas, renunciando todas as facilidades.

Paz e amor em Jesus.

Bezerra de Menezes
(Mensagem recebida mediunicamente pelo fundador e orientador-geral de nossa Casa, Azamor Serrão, e publicada originalmente em O Cristão Espírita No.16, janeiro-fevereiro-março de 1968)
VENCER O MAL
Com efeito, como poder-se-ia vencer o mal, o erro, a injustiça no mundo se não se começar a vencê-la em cada ser em particular?
Léon Denis

AMOR

Jesus nos abençoe:

O amor é como a árvore dadivosa cuja fronde, guarnecida de viventes folhas e de ótimo aspecto vital, convida o viajor faminto e sem forças para prosseguir na caminhada, a comer do seu fruto maduro e apetitoso para revigorar-se. A árvore dá tudo de si: frutos, sombra, abrigo, proteção, sem nada reclamar em seu favor.
O amor é uma árvore sublimada na sua missão de ternura: alimenta esperanças na caminhada para a luz que nos espera, unindo-nos num só foco de carinho, onde o Amor Eterno nos buscará para que também possamos irradiar em derredor de nós as puras vibrações nele concentradas.
Aprendemos, nas grades e sublimes lições de Jesus, o roteiro que devemos seguir para encontrar o Grande Amor que está, latente, dentro de nós, a fim de que sejamos capazes de irradiá-lo ao nos integrarmos no conhecimento da Verdade.
***
Regressava Jesus da Betânia, quando avistou à beira da estrada uma figueira adornada e belas folhas, supondo estivesse ela cheia de figos. Era natural que pensasse assim, pois, como sucede a muitas outras árvores, a figueira, quando está revestida de folhas verdes, costuma ostentar belos e adocicados frutos. Quando as folhas amarelecem e caem é porque a árvore já não tem mais frutos ou, se ainda os tem, não prestam, estão empestados, como comumente se diz. A árvore está doente. Ora, a figueira que atraiu a atenção de Jesus mostrava vigor nas suas folhas verdes e firmes.
Parecia, portanto, ter frutos excelentes. Jesus sabia que a árvore não era culpada de tal anormalidade, mas como quase sempre aproveitava as oportunidades para deixar valiosos ensinamentos, transformou o episódio em soberba lição para mostrar que a criatura inútil, egoísta, imprestável. vaidosa, vale tanto quanto a figueira bonita, vistosa, mas incapaz de dar bons frutos. Por isso, depois de olhar a árvore alguns instantes, objetivando fixar no exemplo uma conclusão de natureza moral, disse:
– Nunca mais de ti nascerão frutos!
Não será difícil compreender que essa valiosa lição encerra uma advertência para que saibamos cumprir nossos deveres de fraternidade e amor para com os nossos semelhantes. Se não temos frutos para dar na hora necessária em que os nossos irmãos necessitam de ajuda, de que servirá aparentarmos tardiamente a nossa colaboração, quando já não poderão ser úteis? Quantas aImas clamam pelos bons frutos da vida e vêm até nós esperançadas de que as poderemos atender! Ao se aproximarem, entretanto. ficam decepcionadas, porque, apesar da aparência que exibimos, tal como a figueira cheia de belas folhas verdes, nada temos para lhes dar, senão promessas, promessas, promessas – folhas, folhas, folhas , onde encontrarão apenas a estéril louçania da nossa vaidade!
Aquele que vinha cansado e faminto, seguiu seu destino, ávido por achar algo que lhe mitigasse a fome e lhe propiciasse repouso. Apenas achou quem, sem préstimo, ocupava o lugar de outro que poderia ser muito bem o servo fiel e útil nas miraculosas mãos da Natureza.
Assimilemos e exemplifiquemos o fecundo ensinamento de Jesus, que deu ao mundo os preciosos frutos do seu imenso amor, espalhando pela humanidade, ternura, bondade, justiça e paz interior, através da explanação da Verdade. Os que nele já colheram os frutos da remissão pelo amor, reconquistando a vitalidade necessária à multiplicação do bem na Terra, retomaram com fé e determinação o caminho de luz que levará ao Pai amantíssimo .
Que o amor de Jesus desça sobre os vossos corações, como sementes benditas, fazendo renascer em outros corações a árvore do Bem, na qual as folhas verdes indiquem com segurança a existência de saborosos frutos de devotamento ao próximo para a felicidade do mundo.
Jesus nos abençoe. – BEZERRA DE MENEZES
(Mensagem recebida pelo fundador e orientador de nossa Casa, Azamor Serrão, e publicada em O Cristão Espírita, em sua edição No. 13 – Agosto e Setembro de 1967)

TRABALHANDO COM JESUS

Filhos,
Silenciai a vossa fala sempre que não puderdes fazer o bem, sempre que vosso eu se manifeste antes que vossa vontade de progresso espiritual ou abafe o benefício alheio; deixai sempre que o vosso silêncio construa melhor por vós. Todavia, que este silêncio seja de segundos de reflexão, pois logo que consigais vencer a vós mesmos, voltai à carga, enfrentai os vossos erros e combatei-os, estendendo as mãos e o coração para socorrer aos que de vós necessitem.
Jesus não sentiu aversão por nós quando teve de lidar com nossa ignorância, a nossa incompreensão e os nossos preconceitos. Mesmo diante dos leprosos, sua expressão e o seu olhar não foram de repugnância, mas de meiguice, que se acentuava e deixava que a Ele se achegassem todos para receber, de acordo com o merecimento de cada um, as virtudes que de seu Espirito puríssimo continuamente partiam, a fim de curar a matéria pútrida.
Experimentai, de hoje em diante, sorrir diante dos necessitados e assim estareis assegurando algum alivio às suas dores. E com o vosso carinhoso amparo, se sentirão eles como que junto ao Mestre que vos indicou o caminho. Contai a todos, então, aonde aprendestes, e com quem, a servir com todo amor e fazei que, através de vós, possa Jesus penetrar o coração dos que sofrem. Vereis chuvas de bênçãos virem do Alto a vos ajudar e estareis, então, na estrada certa, pois, como nos disse o Cristo, “Ninguém vai ao Pai senão por mim”.
Paz e amor em Jesus.
Bezerra de Menezes
(Mensagem recebida pelo fundador e Orientador-Geral de nossa CASA, Azamor Serrão, e publicada em O Cristão Espírita No. 17, Ed. de abril – maio de 1968)

PACIÊNCIA E CÓLERA


Jesus nos abençoe.
Filhos: Se vos encolerizais frequentemente, não sois cristãos. Olhai a estrada percorrida pelo Mestre e verificareis que, em inúmeras ocasiões, a sua paciência evitou muitos dissabores a todos os que o cercavam e vos envergonhareis de vos dizerdes seguidores de Jesus.
Jamais o Cristo procurou ver primeiro a si mesmo, como Filho de Deus, antes de ver o povo humilde, sofredor e necessitado de esclarecimento e amparo. Sua passagem por este planeta, em abnegado esforço, dada a excelsitude do seu Espirito, foi exemplo de paciência, tolerância, cordura e amor. Aconselhava indulgência, resignação e fé, como elementos do trabalho moral que fortalece a alma e a aproxima do Pai amoroso que, um dia, a virá buscar para o mundo da Verdade. A descrença nunca o assaltou, nunca ficou Ele em dúvida quanto à presença do Pai a seu lado. Mesmo quando as turbas ignorantes o insultavam, Jesus procurava sempre, na alma revoltada desses infelizes, a razão do ódio que extravasavam sobre a Sua pessoa. O silêncio que o Mestre guardou diante das autoridades tinha uma eloquência impressionante. Naqueles instantes dramáticos, Jesus mostrou-se despreocupado dos elevados postos terrenos que eles ocupavam, os quais nada valem para a situação difícil a que o mau uso do livre-arbítrio pode levar as criaturas divorciadas da razão e do sentido. Assim, a ignorância de Pilatos mereceu seu doce olhar de misericórdia e perdão, deplorando-lhe a covardia, mas compreendendo tratar-se de um espírito fraco, que falhava em graves provas reformatórias.
Irmãos: Se deixais que a cólera vos domine em face dos pequeninos nadas da vida cotidiana, é porque assimilais fluídos pesados e destruidores, que vos perturbam o Espírito e não raro afetam o vosso organismo. Relembrai sempre dos exemplos de Jesus. Amparai-vos sem cessar nas lições do Evangelho, a fim de poderdes cumprir os vossos deveres de espíritas cristãos. Dessa forma, dominareis a irritação, o mau-humor, a cólera e vos forrareis de paciência e tolerância. Distribuindo a paz em vosso redor, conseguireis que, ao penetrardes em qualquer ambiente, todos sejam beneficiados com a vossa presença. Se também fizerdes orações para os vossos irmãos de peregrinação terrena, quaisquer que eles sejam, mesmo que não compreendam o que Jesus nos pede – e Ele nos pede tão pouco! – estareis espalhando o amor que há de tornar este mundo, um dia, digno dos sacrifícios que Jesus por ele tem feito.

Paz e amor em Jesus.

Bezerra de Menezes
(Mensagem recebida pelo fundador e Orientador-Geral de nossa CASA, Azamor Serrão, e publicada em O Cristão Espírita No. 20, Ed. de outubro-novembro de 1968)

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