CAUSAS PRINCIPAIS DAS AFLIÇÕES VISÃO ESPÍRITA

CAUSAS PRINCIPAIS DAS AFLIÇÕES – VISÃO ESPÍRITA

CAUSAS PRINCIPAIS DAS AFLIÇÕES 

CAUSAS PRINCIPAIS DAS AFLIÇÕES

VISÃO ESPÍRITA

No mundo tereis aflições, tende bom ânimo eu venci o mundo.
Jesus

Encontro com a Realidade

O ego iludido busca sobreviver, utilizando-se de inúmeros mecanismos de fuga da realidade, e expressa-se usando variadas máscaras, a fim de não se deixar identificar.
No inter-relacionamento pessoal apresenta-se disfarçado, ora exigente em relação aos outros ou excessivamente severo para consigo mesmo, projetando os seus conflitos ou introjetando as suas aspirações não realizadas. Subconscientemente possui conceitos incorretos sobre si mesmo, não se dispondo à coragem de enfrentar a realidade, superando-a, quando negativa, ou aprimorando- a, se favorável.
Fixando-se na ilusão dos conflitos, cuida de apresentar-se de forma conciliadora – a atitude subconsciente com o que gostaria realmente de ser e a aparência conveniente – expressando-se como pessoa feliz, realizada.
Em razão do desgaste dos valores éticos na sociedade, o medo de desvelar-se a outrem gera reações e subterfúgios, nos quais procura compensações psicológicas, que não são plenificadoras. Porque os seus alicerces são frágeis, logo ruem as construções de bem-estar que se aparenta possuir, tombando-se em angústias reprimidas e agressões, por transferência emocional, para compensação íntima.
Há uma gama expressiva de atitudes humanas que estão longe de serem legítimas e resultam de posturas opostas à sua realidade.
Ressalvadas algumas exceções, que ocorrem nos idealistas não apaixonados nem extremistas, a maioria dos que vociferam contra, seja o que for, mascara desejos subconscientes, que reprime por falta de valor moral para expressá-los com nobreza.
O indivíduo puritano, que fiscaliza a má conduta alheia, projeta o estado interior que procura combater noutrem, porque não se dispõe a fazê-lo em si.
O crítico mordaz, persistente, de olhar clínico para os erros e misérias dos outros, é portador de insegurança pessoal, mantendo um grande desprezo por si próprio e compensando-se na agressão.
Quem se identifica normalmente com as dores e aflições, a humildade exagerada, portanto inautêntica, exterioriza, inconscientemente, um estado paranoico, ao lado de insopitável desejo de chamar a atenção para si.
Aquele que sempre racionaliza todas as ocorrências, encontrando justificativas para os próprios insucessos e erros, teme-se, sem estrutura emocional para libertar-se dos conflitos.
Sem agressividade nem pieguismo, ou ânsia de confissões injustificáveis, desvela-te aos teus irmãos, aos teus amigos, a fim de que eles se descontraiam e se te apresentem como são.
Não pretendas ser o censor das vidas, perturbando os jogos das pessoas com a apresentação das tuas verdades. Se lhes tiras o suporte de sustentação, tens o que oferecer-lhes em termo de comportamento e segurança?
Vigia-te, pois, e descontrai-te, deixando-te identificar pelos valores grandiosos e pelas deficiências, assim facilitando aos que convivem contigo o mesmo ato de desvelamento e confiança.
Somente com pessoas que conhecemos, podemos sentir-nos realmente bem.

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Saúde. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 17.

Convite à Definição

“Eis agora vós que dizeis… amanhã.” (Tiago: capítulo 4º, versículo 13.)
 
O desânimo exsuda tóxico deprimente e destruidor.
A indiferença é o anestésico da desdita.
A dúvida pode ser comparada à fumaça que perturba a visão.
A incerteza produz distonia perniciosa à paz.
A suspeita dilata a insegurança, estabelecendo contágio perigoso e molesto.
No entanto, o convite do Evangelho à definição é claro:
“Eia agora!” – proclama Tiago.
Não somente hoje, mas seguramente, agora. Agora é o instante azado da definição de propósitos.
O convite para a resolução libertadora das paixões ultrajantes é ensancha que merece reflexão, sem dúvida, todavia, é, também, diretriz irreversível a ser seguida.
Por toda parte pululam aflições e desaires, multiplicando-se, complexas, as desditas mas a edificação moral nas linhas austeras do Cristianismo que jaz à margem, tem regime de urgência, é inadiável. Define-te cristão, e, se possível, espírita, atestando-o através dos atos salutares.
Decidido à superação das imperfeições e resolvido à sublimação, começa, agora, a programática renovadora partindo dos pequenos compromissos negativos a que te vinculas, de modo a prosseguires, seguro, pela senda feliz, – a do dever reto nobremente exercido – a única que produz alegria e paz reais.
Definição é atitude de maturidade espiritual.
Realiza-a, agora.
FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 11.

Aflições

“Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições do Cristo.” – (I PEDRO, capítulo 4, versículo 13.)
 
É inegável que em vosso aprendizado terrestre atravessareis dias de inverno ríspido, em que será indispensável recorrer às provisões armazenadas no íntimo, nas colheitas dos dias de equilíbrio e abundância.
Contemplareis o mundo, na desilusão de amigos muito amados, como templo em ruínas, sob os embates de tormenta cruel.
As esperanças feneceram distantes, os sonhos permanecem pisados pelos ingratos. Os afeiçoados desapareceram, uns pela indiferença, outros porque preferiram a integração no quadro dos interesses fugitivos do plano material.
Quando surgir um dia assim em vossos horizontes, compelindo-vos à inquietação e à amargura, certo não vos será proibido chorar. Entretanto, é necessário não esquecerdes a divina companhia do Senhor Jesus.
Supondes, acaso, que o Mestre dos Mestres habita uma esfera inacessível ao pensamento dos homens? julgais, porventura, não receba o Salvador ingratidões e apodos, por parte das criaturas humanas, diariamente? Antes de conhecermos o alheio mal que nos aflige, Ele conhecia o nosso e sofria pelos nossos erros.
Não olvidemos, portanto, que, nas aflições, é imprescindível tomar-lhe a sublime companhia e prosseguir avante com a sua serenidade e seu bom ânimo.
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 83.

Fielmente

“O bem e mal que fazemos decorrem das qualidades que possuímos. Não fazer o bem quando podemos é, portanto, o resultado de uma imperfeição. Se toda imperfeição é fonte de sofrimento, o Espírito deve sofrer não somente pelo mal que fez como pelo bem que deixou de fazer na vida terrestre.” O CÉU E O INFERNO 1ª parte – Capítulo 7º – Item 6.
 
Cônscio das lutas reservadas aos fiéis trabalhadores da sementeira evangélica, Jesus foi definitivo: “No mundo – disse Ele – só tereis aflições”.
Comparava o Senhor a caminhada cristã ao ingente trabalho sobre a gleba humilde e boa, para a aquisição do pão.
Aqueles que desejassem serenidade antes da sementeira e bênção antes do merecimento, certamente veriam com desencanto a terra cobrir-se de cardo e urze perdendo o tempo e a oportunidade. E, se repousam prematuramente, reservam ingentes lutas para a própria subsistência no futuro.
No entanto, cientificados da necessidade de laborar, se se dispusessem a aprofundar sulcos, vergastando abismos para que os grãos atingissem a madre interna do solo, sofreriam o acúleo, a tormenta, a canícula e o cansaço, banhando-se de suor, mas de olhos fitos no chão coberto de vegetação e nos dedos do arvoredo, amparados pelos frutos.
Não se revoltariam por lutar nem se deixariam abater se a terra lhes negasse as primeiras dádivas, na colheita.
Pelo tirocínio, o homem sabe que, plantando, a produção advirá se os requisitos necessários forem observados e o trabalho for desenvolvido dentro das injunções tecnológicas.
É compreensível, portanto, o não haver lugar no mundo dos negócios nem dos prazeres para os lídimos cristãos. Não têm eles a pretensão de receber enflorescência antes da sementeira nem se podem candidatar à colheita enquanto a terra coberta de urze se consome na inutilidade. Sabem que o tempo desperdiçado na inoperância é abuso da fortuna do Senhor e é roubo à atividade da vida.
Por essa razão, sofrem.
Quanto mais se deixam absorver pela luta fastidiosa, sob o sol causticante, mais se lhe acentuam as rugas da dor, mais se aprofundam as feridas das mãos, mais se avoluma o cansaço sobre as costas. Porque o trabalhador fiel não se detém a reclamar nem a exigir: ele sabe que há tempo para semear como há tempo para colher.
Espíritas! Serviço cristão é sofrimento, porta de serviço para a renovação de si mesmo, estrada longa a percorrer sítios difíceis a transpor!
Náufragos não têm condições de escolher batéis salva-vidas; presidiários não podem escolher sítios para a liberdade; déspotas, no ofício da reparação, não dispõem de credenciais para as tarefas a executar.
A tua é a acre-doce luta da transformação interior.
Muitas vezes o vinagre da ingratidão ser-te-á o tônico de reconforto sob a canícula solar.
A mão espalmada do “vingador” sobre ti representará a cobrança da dívida adiada, que não podes reclamar; o desprezo, em forma de escárnio traduzirá o apelo-convite à humanidade que não pode ser desconsiderada.
E a solidão, originária nas vergastadas e no abandono te conduzirá à trilha por onde chegarás ao porto da espiritualidade maior.
Ninguém guarde, por enquanto, coroas brilhantes para a cabeça nem se iluda com os ouropéis mentirosos que enganam o tempo.
Tapetes estendidos para os teus pés podem esconder abismos, como muitas pinturas brilhantes disfarçam manchas e escabrosidades…
Tua tarefa é de sublimação interior no dia-a-dia. Para quem sabe discernir cada dia guarda uma lição; cada lição é mensagem de experiência; cada experiência significa aprendizado; cada aprendizado representa bênção e cada bênção traduz oportunidade evolutiva.
Aproveita, assim, as ensanchas que te surgem mesmo com as suas carregadas tintas e aprende a silenciar a ofensa, a desculpar o ultraje, a esquecer a malquerença, pontificando no bem infatigável sob chuvas de granizo ou vapores terrificantes de calor. Não pretendas melhor dádiva do que aquela com que foi aquinhoado o Mestre a quem serves, que, vendido, açoitado, escarnecido, e plantado numa cruz, ainda foi constrangido pela dúvida de Tomé, companheiro desatento que estava ausente…
E, se duvidam de ti – bendize ao Senhor; se zombam de ti – confia no Senhor; se te abandonam – busca o Senhor que recebeu por companheiros, à hora extrema, dois criminosos que a penologia atual, embora não os levasse à cruz, daria a cela úmida e imunda do presídio a fim de cerceá-los do convívio social em nome da ética e dos direitos legais da Sociedade.
FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 44.

Causa das Aflições, segundo Allan Kardec

Você sente aflições? Quais são as suas aflições?

A vida nos proporciona diversos momentos, tantos bons quanto ruins.
Chegará o tempo em que seremos tão evoluídos que não vamos mais saber identificar o momento.
As aflições nunca vão deixar de existir.
Porque o espírito está em constante evolução, logo tem metas, provas e expiações para passar de acordo com o grau de evolução e ambiente que se encontra.
Mas, como lidar com as aflições?
No Evangelho Segundo o Espiritismo responde,
“Deus vos nega consolações, se não tiverdes coragem. A prece é um sustentáculo para a alma, mas ela por si só não é suficiente: é preciso que esteja apoiada sobre uma fé ardente na bondade de Deus. Tendes muitas vezes ouvido que Ele não põe um fardo pesado em ombros fracos. Porque o fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e à coragem.”
Essa parte do Evangelho nos mostra que nada é demais para nós, tudo tem um motivo e somos capazes de vencer todas as dificuldades.
Única coisa que temos que realizar é ter coragem, não se fazer de vítima em nenhum momento e aproveitar todas as provas.
Porque uma coisa é certa, não vamos para de evoluir mas para isso acontecer temos que passar dificuldades, logo, vamos ter aflições por toda eternidade.
Então viva e esteja pronto para outras provas, porque elas irão vir.
Diz ainda Kardec, “Estejais, satisfeitos quando Deus vos envia à luta. Porque essa luta não é fogo das batalhas, mas as amarguras da vida, para as quais, muitas vezes, é preciso mais coragem que num combate sangrento, pois aquele que enfrenta firmemente o inimigo se curvará ante o impacto de um padecimento moral.”
Então, felizes aqueles que têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua determinação, a sua perseverança e a sua submissão à vontade de Deus, pois terão centuplicadas as alegrias que lhes faltam na Terra.
(Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo)

Comentários