respeitamos a criança verdade luz

DEUS FALA CONOSCO PELAS CRIANÇAS – VERDADE LUZ

RESPEITO A DEUS E AS CRIANÇAS

Deus fala conosco pelas crianças,

se não as respeitamos,

não respeitamos a Deus.

Adeilson Salles
Escritor – Palestrante – Psicanalista

“Ao dia que nasce, um pedido:

Que Ele nos apresente caminhos onde possamos encontrar a coragem que move, a luz que guia, o amor que transforma e a fé que cura.”

PASSANDO PELA TERRA

(Do livro “Calma”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
Sempre útil não te esqueceres de que te encontras em estágio educativo na Terra.
Jornadeando nas trilhas da evolução, não é o tempo que passa por ti, mas, inversamente, és a criatura que passa pelo tempo.
Conserva a esperança em teus apetrechos de viagem.
Caminha trabalhando e fazendo o bem que puderes.
Aceita os companheiros do caminho, qual se mostram, sem exigir-lhes a perfeição da qual todos nos vemos ainda muito distantes.
Suporta as falhas do próximo com paciência, reconhecendo que nós, os espíritos ainda vinculados à Terra, não nos achamos isentos de imperfeições.
Levanta os caídos e ampara os que tropecem.
Não te lamentes.
Habitua-te a facear dificuldades e problemas, de ânimo firme, assimilando-lhes o ensino de que se façam portadores.
Não te detenhas no passado, embora o passado deva ser uma lição inesquecível no arquivo da experiência.
Desculpa, sem condições, quaisquer ofensas, sejam quais sejam, para que consigas avançar, estrada afora, livre do mal.
Auxilia os outros quanto estiver ao teu alcance, e repete semelhante benefício tantas vezes quantas isso te for solicitado.
Não te sirvam de estorvo ao trabalho evolutivo as calamidades e provas em que te vejas, já que te reconheces passando pela Terra, a caminho da Vida Maior.
Louva, agradece, abençoa e serve sempre.
E não nos esqueçamos de que as nossas realizações constituem a nossa própria bagagem, onde estivermos, e nem olvidemos que das parcelas de tudo aquilo que doamos ou fazemos na Terra, teremos a justa equação na Vida Espiritual.

Essas Outras Crianças

Quando abraças seu filho, no conforto doméstico, fita essas outras crianças que jornadeiam sem lar.
Dispões de alimento abundantes para que teu filho se mantenha em linha de robustez.
Essas outras crianças, porém caminham desnorteadas, aguardando os restos da mesa que lhes atira, com displicência, findo o repasto.
Escolhes a roupa nobre e limpa de que teu filho se vestirá, conforme a estação.
Todavia, essas outras crianças tremem de frio, recobertas de andrajos.
Defendes teu filho contra a intempérie, sob o teto acolhedor, sustentando-o à feição de Jóia no escrínio.
Contudo, essas outras crianças cochilam estremunhadas na via pública quando não se distendem no espaço asfixiante do esgoto.
Abres ao olhar deslumbrado de teu filho, os tesouros da escola.
E essa outras crianças suspiram debalde pela luz do alfabeto, acabando, muita vez, encerradas no cubículo das prisões, à face da ignorância que lhes cega a existência.
Conduzes teu filho a exame de pediatras distintos sempre que entremostre leve dor de cabeça.
Entretanto, essas outras crianças minadas por moléstias atrozes, agonizam em leitos de pedra, sem que mão amiga as socorra.
Ofereces aos sentidos de teu filho a festa permanente das sugestões felizes, através da educação incessante.
No entanto, essas outras crianças guardam olhos e ouvidos quase sintonizados no lodo abismal das trevas
Afagas assim, teu filho no trono familiar, mas desce ao pátio da provação onde essas outras crianças se agitam em sombra ou desespero e ajuda-as quanto possa!
Quem serve o amor de Cristo sabe que a boa palavra e o gesto de carinho, o pedaço de pão e a peça de vestuário, o frasco de remédio e a xícara de leite operam maravilhas.
Proclamas a cada passo que esperas confiante o esplendor do futuro mas, essas outras crianças chorarem desamparadas, clamaremos em vão pelo mundo melhor.
Xavier, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel.

O Semeador

A professora Angélica não era considerada uma pessoa equilibrada, em razão de suas esquisitices.
Os seus alunos da Escola de 1º grau, onde ensinava desde há muitos anos, tinham-na na conta de uma pessoa estranha.
Embora fosse excelente mestra, muitas vezes era surpreendida, quando nas suas viagens de ida-e-volta do lar à escola, com gestos e movimentos de mãos que não condiziam com a sua posição de educadora.
Dona Angélica residia numa cidadezinha e ensinava numa vila próxima.
Os dois lugares se comunicavam por meio da estrada-de-ferro.
Diariamente ela tomava o trem, sentando-se ao lado da janela, quando ia à aula e, quase sempre retornava para casa sentada no mesmo lugar.
As crianças faziam zombaria, criticavam-na, mas ela não sabia.
Mesmo alguns pais irresponsáveis, que se davam à maledicência, comentavam com certa falta de caridade:
– “É uma boa educadora, – diziam com malícia, para logo completarem, – porém completamente maluca.”
E punham-se a rir, impiedosamente.
Os anos se passavam e a situação continuava a mesma.
Várias gerações receberam da bondosa e dedicada professora ensinamentos valiosos e abençoados.
Ela era uma pessoa de boas maneiras, calma e gentil, mas não muito bem compreendida.
Envelhecia no exercício do dever de preparar as crianças para um futuro melhor, com espírito de abnegação e devotamento quase maternal.
Certo dia em que viajava para a sua querida Escola, com diversas crianças na mesma classe do comboio, movimentando, de quando em quando, suas mãos, enquanto as crianças na parte de trás sorriam maliciosamente, Alberto, seu aluno de dez anos, que cursava a 4ª série, porque amava sua mestra, aproximou-se dela, sentou-se ao seu lado e, com ternura, perguntou-lhe:
– Professora, por que você insiste em continuar com essas atitudes loucas?
– O que deseja dizer, meu filho? – interrogou, surpresa a bondosa mestra.
– Ora, professora – continuou ele, – você fica dando adeuses para os animais, nos pastos, abanando as mãos… Isto não é loucura?
A mestra amiga compreendeu e sorriu. Sinceramente emocionada, chamou a atenção do aluno, dizendo:
– Veja esta bolsa. Nota o que há aí dentro? – E apontou para a intimidade do objeto de couro forrado.
– Sim – respondeu Alberto.
– Sabe o que é? – Insistiu.
– Não, senhora.

– É pólen de flores, são sementes miúdas… Observe bem. Há quase vinte anos eu passo por este caminho, indo e vindo da escola. A estrada antes era feia, árida, desagradável.
Eu tive a ideia de a embelezar, semeando flores. Desse modo, de quando em quando, reúno sementes de belas e delicadas flores do campo e as atiro pela janela… Sei que cairão em terra amiga e acarinhadas pela primavera se transformarão em plantas a produzirem flores, dando cor à paisagem, criando alegria. Como sempre passo por aqui eu gostarei de que pelos meus caminhos haja sempre beleza a fim de agradar a todos que também transitarão por estes caminhos.
Calou-se por um pouco e depois disse:
– Alberto, meu filho. Na vida, todos somos semeadores. Há uns que semeiam flores e descobrem belezas, perfumes, frutos e outros que semeiam espinhos e se ferem nas pontas agudas. Ninguém vive sem semear, seja o bem, seja o mal. Felizes são aqueles que por onde passam deixam sementes de amor, de bondade, de flores… Nunca te esqueças disso, entendeste?
– Sim, professora. – Respondeu o aluno com emoção. – Eu também hei de semear flores… Muito obrigado!
FRANCO, Divaldo Pereira. O Semeador. Pelo Espírito Amélia Rodrigues. LEAL.

Oração da Criança

Dizes que sou o futuro.
Não me desampares no presente.
Dizes que sou a esperança da paz.
Não me induzas à guerra.
Dizes que sou a promessa do bem.
Não me confies ao mal.
Dizes que sou a luz dos teus olhos.
Não me abandone às trevas.
Não espero somente o teu pão.
Dá-me luz e entendimento.
Não desejo tão só a festa de teu carinho.
Suplico-te amor com que me eduques.
Não te rogo apenas brinquedos.
Peço-te bons exemplos e boas palavras.
Não sou simples ornamento de teu caminho.
Sou alguém que te bate a porta em nome de Deus.
Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.
Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo…
Corrige-me enquanto é tempo, ainda que eu sofra…
Ajuda-me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.
Por: Meimei, Médium: Francisco Cândido Xavier

Mensagem da Criança ao Homem

Proclamas o bem por base da evolução; todavia, se não tens paciência para comigo, porque eu te aborreça, provavelmente ainda hoje cairei na armadilha do mal, como ave desprevenida no laço do caçador.
Em nome de Deus que dizes amar, compadece-te de mim!…
Ajuda-me hoje para que eu te ajude amanhã.
Não te peço o máximo que alguém talvez te venha a solicitar em meu benefício…
Rogo apenas o mínimo do que me podes dar para que eu possa viver e aprender.
Pelo Espírito Meimei
XAVIER, Francisco Cândido. O Espírito da Verdade. Espíritos Diversos. FEB.

“Se Plantares o Bem e o Amor com Fé”, de Vera Jacubowski

“Se plantares o bem e o amor com fé e razão,
com justiça e participação ativa,
colherás as mais lindas flores
nos jardins celestes.
A Semeadura produzirá frutos
da tua árvore espiritual.
Se semeares a flor da paz terás
harmonia e felicidade sem fim.
Se semeares da semente do mal
colherás ervas daninhas, da indisciplina,
do ódio, das paixões inferiores,
dos conflitos de várias ordens…
Colherás o fruto amargo dos teus desatinos.
Se semeares da semente da bondade,
da caridade, da solidariedade, e do amor
ao próximo sem mescla, com simplicidade
e humildade colherás os frutos
da recompensa eterna e habitarás
no reino do Pai.”
Vera Jacubowski
Olhar para frente nos impulsiona na busca dos nossos objetivos.
Mas, olhar para o lado durante a busca, pode nos surpreender.
Carmi Wildner

Presença Divina

Um homem, ignorante ainda das Leis de Deus, caminhava ao longo de enorme pomar, conduzindo um pequeno de seis anos.
Eram Antoninho e seu tio, em passeio na vizinhança da casa em que residiam.
Contemplavam, com água na boca, as laranjas maduras, e respiravam, a bom respirar, o ar leve e puro da manhã.
A certa altura da estrada, o velho depôs uma sacola sobre a grama verde e macia e começou a enchê-la com os frutos que descansavam em grandes caixas abertas, ao mesmo tempo que lançava olhares medrosos, em todas as direções.
Preocupado com o que via, Antoninho dirigiu-se ao companheiro e indagou:
– Que fazes, titio?
Colocando o indicador da mão direita nos lábios entreabertos, o velho respondeu:
– Psiu!… psiu!
Em seguida, acrescentou em voz baixa:
Aproveitemos agora, enquanto ninguém nos vê, e apanhemos algumas laranjas, às escondidas.
O menino, contudo, muito admirado, apontou com um dos pequenos dedos para o céu e exclamou:
Mas, o senhor não sabe que Deus nos está vendo?
Muito espantado, o velho empalideceu e voltou a recolocar os frutos na caixa, de onde os havia retirado, murmurando:
Obrigado, meu Deus, por haveres despertado a minha consciência, pelos lábios de uma criança.
E, desde esse momento, o tio de Antoninho passou a ser realmente outro homem.
XAVIER, Francisco Cândido. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.
*****
Todos nós somos portadores da luz divina.
Fazê-la brilhar é tarefa de cada um.

Comentários