LEI DA REENCARNAÇÃO ESPIRITISMO

ESPIRITISMO CONCEITOS E TEORIA DA REENCARNAÇÃO

REENCARNAÇÃO RETORNO A VIDA FÍSICA

Reencarnação é o processo pelo qual o espírito, estruturando um corpo físico, retorna, periodicamente, ao polissistema material. Esse processo tem como objetivo, ao propiciar vivência de conhecimentos, auxiliar o espírito reencarnante a evoluir.
O reencarne obedece a um princípio de identidade de frequências, ou seja, o espírito reencarna em um determinado continente, em um determinado país, em uma determinada região desse país, em uma determinada localidade dessa região, com determinadas características culturais (idioma, usos, costumes, valores, tradições, história etc.), bem como em uma determinada família, de acordo com a sintonia que a frequência do seu pensamento consiga estabelecer em relação a cada um desses elementos.
O espírito realiza a reencarnação conscientemente, inclusive traçando o seu próprio plano geral para a existência material que está se iniciando. O espírito reencarnante, de acordo com suas limitações, será mais ou menos auxiliado por espíritos com mais conhecimento e com os quais tenha afinidade. No entanto, se não estiver suficientemente equilibrado ou consciente, será orientado no planejamento de sua passagem pelo polissistema material.
Todavia, reencarnado o espírito, inicia-se o processo de existência corporal no polissistema material. É um processo aberto, pois a trajetória pessoal do encarnado segue o exercício do seu livre-arbítrio. Portanto, não há que se falar em destino, em caminhos previamente traçados.
O espírito encarnado, fundamentando-se em seu existente (a bagagem de conhecimentos e experiências adquiridos ao longo de toda a sua história, seja encarnado, seja desencarnado), passa a exercitar sua capacidade, a constatar e desenvolver suas potencialidades, enfim, passa a construir seu momento presente e seu momento futuro. Vai enfrentando contradições, dificuldades, obstáculos, facilidades, administrando encontros e desencontros, permanecendo no seu plano geral ou se desviando em função de algumas variáveis do processo, mas sempre de acordo com sua vontade.
No exercício do livre-arbítrio, o espírito encarnado vai construindo seu equilíbrio ou seu desequilíbrio, de acordo com a maneira pela qual enfrenta as situações e a vida. Vai, por assim dizer, determinando-se, segundo a natureza de seus pensamentos e atos. Por menos que faça, ou por mais que se desequilibre, o espírito sempre alcança progressos em um ou outro aspecto do seu ser.
A evolução não está necessariamente vinculada ao tempo de vida material, mas à intensidade com que ela é vivida. A quantidade de experiências e o aproveitamento que é feito delas é fundamental para o crescimento do espírito, não importando se as experiências estão sendo vivenciadas no polissistema material ou espiritual.
É de se ressaltar que, entre uma encarnação e outra, o espírito continua trabalhando, continua aprendendo, continua evoluindo, de modo que ele não reencarna no mesmo estágio em que desencarnou.
A Doutrina Espírita trabalha, atualmente, com a hipótese de que o processo reencarnatório envolve os conceitos de missão, provação, expiação e carma.
Vale ressaltar que no entendimento atual da Doutrina, os processos reencarnatórios apresentam facetas desses quatro conceitos, mas que algumas reencarnações podem apresentar o predomínio de algumas dessas características. Eles não são consequência de uma interferência ou controle externo ao espírito reencarnante, descartando-se portanto qualquer ideia de castigo, punição ou recompensa. Eles são decorrentes da lei de causa e efeito e das condições de equilíbrio e harmonia do espírito.
Missão é a situação na qual o espírito reencarnante aplica conhecimentos internalizados a favor de uma pessoa ou do grupo de sua convivência.
Provação é a situação na qual o conhecimento em processo de acomodação e internalização deve ser vivenciado; é a situação na qual o espírito é desafiado ao limite de seu conhecimento.
Expiação não se refere à aplicação de conhecimento, mas, sim, a uma consequência de um conhecimento aplicado, que provocou consequências difíceis, desagradáveis, muitas vezes dolorosas, que o seu responsável deverá enfrentar.
Carma ainda é um conceito útil dentro da concepção da Doutrina, desde que se esteja atento para o seu significado, diverso do de outras Doutrinas. Para o Espiritismo, carma caracteriza a situação na qual o espírito está enfrentando as conseqüências de atos seus que lhe provocaram um desequilíbrio muito intenso, tanto em qualidade como em quantidade, e que, pela sua intensidade, o espírito poderá levar toda uma encarnação, ou mais de uma, para recuperar seu equilíbrio.
A pessoa em desequilíbrio estará sempre em recuperação tanto pela sua reação própria como pela ajuda de outras pessoas (curar, aliviar, consolar; conhecimento técnico, moral e afetivo). O que varia é apenas o tempo necessário para que o equilíbrio seja novamente retomado. É importante frisar que as dificuldades que o espírito encarnado encontra em seu cotidiano muitas vezes não são explicadas pela reencarnação. Reencarnação não explica tudo. Há muitas situações de desequilíbrio causadas em sua encarnação atual.
Em resumo, reencarnação não serve para explicar tragédias e desgraças; não serve para esconder a ignorância, não serve como desculpa ao imobilismo; não serve como consolo para aquelas situações que deveriam ser modificadas e não o são; não serve para destacar o passado e paralisar o presente. Reencarnação é oportunidade de aprendizado, é oportunidade de se aplicar o que se sabe e superar as limitações através de vivências sucessivas no polissistema material. Reencarnação é afirmação da unidade e da continuidade da vida.

SBEE

Reencarnação: A Maior Prova da Infinita Bondade de Deus

O conceito da reencarnação não é exclusivo da Doutrina Espírita, ele existe há muito tempo e é descrito em várias filosofias e religiões, mas o Espiritismo nos explica o porquê e como esse processo ocorre. A questão número 171 do O Livro dos Espíritos nos ensina sobre ele: “Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la pelas provações da vida corpórea. Mas, em sua justiça, Ele lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova”.
Se só existisse uma vida e quem agisse de forma incorreta fosse condenado a sofrer, sendo castigado por toda a eternidade, onde estaria a bondade de Deus? Se Jesus nos ensinou que devemos perdoar todos os erros de nossos irmãos, seria Deus então inferior ao homem por não fazer isso? Conforme nos disse Chico Xavier, na sua grandiosa sabedoria: “Sem a ideia da reencarnação, sinceramente, com todo respeito às demais religiões, eu não vejo uma explicação sensata, inclusive, para a existência de Deus”.
Caso tivéssemos uma só vida corpórea, nós seríamos criados por Deus antes dela. Por que algumas pessoas nascem com um corpo biológico saudável, em um lar com pais amorosos e não tem grandes dificuldades durante a sua existência e, já outros, nascem com defeitos físicos, ou tem alguma doença grave já na infância, ficando com sequelas e tendo uma existência breve ou vivem em uma condição social difícil, passando por muitas tribulações? Por que Deus daria privilégios a alguns e dificuldades a outros? Se só houvesse uma existência, seria Ele que escolheria quem teria uma vida mais fácil ou mais difícil. Isso seria justo e imparcial? A única coisa que explica essas e outras questões sobre nossas vidas é a reencarnação.
A doutrina da reencarnação corresponde à ideia que fazemos da Justiça de Deus. Ela nos evidencia como O Criador é infinitamente bom, justo, imparcial e ama a todos indistinta e igualmente. Somos criados simples e ignorantes e temos o livre-arbítrio para que sejamos livres. Porém, todos estamos submetidos às leis universais, como a de causa e efeito ou plantio e colheita, ou seja, nós escolhemos o que iremos plantar, mas colheremos obrigatoriamente tudo aquilo que plantarmos. Assim, os percalços que todos nós temos e as adversidades pelas quais passamos, uns mais, outros menos, são em decorrência de nossas escolhas feitas em nossa atual ou em pretéritas encarnações.
A pluralidade das nossas existências nos oferece a oportunidade de evoluirmos conforme nos explica a questão número 167 de O Livro dos Espíritos: “Qual a finalidade da reencarnação? Resposta: Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isso, onde estaria a Justiça?”. Quando desencarnamos, retornamos à dimensão Espiritual, ou Mundo dos Espíritos, ficamos lá por determinado período e voltamos a nascer na dimensão material, quantas vezes forem necessárias para a nossa evolução. Quando atingirmos um determinado estágio evolutivo, não necessitaremos mais encarnar para progredirmos, embora ainda possamos fazer isso, mas em caráter missionário.
Existem três tipos principais de reencarnações e elas ocorrem de acordo com a nossa necessidade. Pode ser para expiação, que é o resgate, por meio da dor, de erros cometidos em outras existências. Para provação, que são provas voluntariamente solicitadas pelo Espírito, as quais, se bem suportadas, resultarão em seu progresso espiritual. E, por último, em missão, que é a realização de qualquer tarefa, de pequena ou grande relevância.
Todas as nossas encarnações são planejadas, por nós ou por Espíritos que nos auxiliam. Nós nascemos com o corpo que precisamos, na família correta, passamos por certas situações, convivemos com determinadas pessoas, ou seja, tudo ocorre nas condições mais adequadas para o nosso aprendizado. Não existe acaso e nem equívoco, conforme nos ensina Chico Xavier: “Já vivemos muitas vezes, estamos com as pessoas certas para ajustarmos os nossos corações e resolvermos os nossos problemas. Na reencarnação ninguém erra de endereço”.
Eduardo Battel
Fonte: Agenda Espírita Brasil

TEMA: REENCARNAÇÃO IDEIAS BÁSICAS •

A reencarnação é o meio de que dispõe o Espírito para abreviar a caminhada rumo à perfeição. • Através das vidas sucessivas o Espírito adquire maior conhecimento e se eleva em moralidade, passando a cooperar conscientemente na obra do Criador. • A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas não tem mais necessidade da vida corporal. • As encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito LE 169. • A justiça de Deus fica evidenciada pela reencarnação, através das novas oportunidades de reajuste que Ele oferece sempre aos filhos que transgridem as suas Leis, até que um dia todos nos identifiquemos com Seus Sábios desígnios, vencendo, assim, dores e sofrimentos decorrentes de nossa invigilância. • O conhecimento da pluralidade das existências leva assim o homem a valorizar a sua experiência carnal, empenhando se no esforço de renovação com Jesus, de modo a superar a sua própria inferioridade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA A PREPARAÇÃO DO EVANGELIZADOR
1. Bases Evangélicas Mateus: 10:34 a 36 11:14 15:24 e 25 16:13 a 16 17:10 a 13 20:6 e 7 25:14 a 30. Marcos: 8:28 9:43 a 45. Lucas: 1:13 a 17 1:57 e 58 6:6 7:26 11:47 a 51 12:51 a 53 12:58 e 59 13:1 a 5 14:26 e 27 16:9 16:19 a 22 18:16 – 21:23 e 24. João: 3:1 a 12 9:1 a 6. I Coríntios: 6:20 15:37 a 44. Hebreus: 10:5 a 10 – 11:13 a 15. 2. Bases Doutrinárias O Livro dos Espíritos: 132 a 146, 166 a 222, 330 a 358 O Evangelho Segundo o Espiritismo: Cap. 4 Cap.28, itens 53 a 56 O Céu e o Inferno: Cap.3, itens 8 e 9 A Gênese: Cap.1, itens 34, 36, 38 Cap.11, itens 10 a 42 Obras Póstumas: “O Caminho da Vida” O que é o Espiritismo: “Esquecimento do Passado”. 3. Obras Subsidiárias Através do Tempo: Caps.12, 45 A Terra e o Semeador, itens 50, 116, 141, 149 A Vida Escreve: Caps.13 e 26 Baú de casos: Caps.11, 14, 15 e 17 Bezerra, Chico e Você: Cap.45 Caminho de Volta: “Entre Dois Planos”, “Gênio Enfermo”, “Considerações no Plano Físico”, “Vingança e Teratologia” Chão de Flores: “Amor e Reencarnação” e “Amor na Reencarnação” Chico dos Hippies aos Problemas do Mundo: Cap.11, 14, 23, 25 e 26 Companheiro: Caps.17 e 49 Contos e Apólogos: Cap.29 Coração e Vida: Cap.18 Entre Duas Vidas: Cap.37 Escrínio de Luz: Cap.131 Estude e Viva: Caps.22 e 31 Fonte Viva: Cap. 97 F.C.X. Pede Licença: Cap.5 e 6 Ideias e Ilustrações: Cap.39 Instrumento do Tempo: Cap.33 Justiça Divina: Caps.11, 23 Mãos Marcadas: Caps.21 e 26 Mãos Unidas: Caps.12, 33, 34 e 41 Momentos de Ouro: Caps. 13 e 20 No Portal da Luz: Cap.3 Orvalho da Luz: Caps.22 e 26 O Espírito Cornélio Pires: Cap.40 O Espírito da Verdade: Caps.18 e 48 Palavras de Emmanuel: Caps.22 e 42 Pensamento e Vida: Caps.11 e 13 Recanto de Paz: Caps.14 18 Respostas da Vida: Caps.14 18 Retratos da Vida: Caps.2 e 8 Rosas com amor: “Lei Bendita”, “Renascimento e Reajuste” e “Reencarnação e Corrigenda” Segue me: “O Proveito de Todos” Taça de Luz: Caps. 15 e 29.

REFERÊNCIAS PRÁTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA AULA

1. Jardim e I Ciclo Semente lançada à terra Cuidados com o recém nascido – Nascer e o pôr do sol Continuidade de tarefas (uma construção, sequência de aulas) O livro e seus capítulos Fenômenos de repetição (dormir e acordar, almoçar e jantar) As estações do ano Regresso de uma viagem distante e demorada A volta ao lar de um dia de trabalho Mudança de roupas O trabalho da agricultura (semeaduras e colheitas anuais). 2. II e III Ciclos Semente lançada à terra Nascer e o pôr do sol Fases da Lua O livro e seus capítulos Fenômenos de repetição As estações do ano Regresso de uma viagem distante e demorada A volta ao lar de um dia de trabalho A edição de um jornal O trabalho da agricultura (semeaduras e colheitas anuais).

CONCLUSÃO EVANGÉLICO DOUTRINÁRIA

• Como a semente lançada à Terra brota e cresce para frutificar, o Espírito retorna à carne para aperfeiçoar se, produzindo frutos sazonados de exemplificação cristã. • O corpo que recebemos e as experiências pelas quais passamos na Terra, refletem as nossas necessidades espirituais consoante nossas atitudes nas precedentes existências e edificação do fruto que nos aguarda, segundo a nossa programação. • Assim como acordamos diariamente para prosseguir em nossa jornada construindo, aprendendo e retificando, reencarnamos inúmeras vezes, objetivando nossa evolução espiritual, “Nascer, viver, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a Lei…”

A lei divina e a reencarnação

 Por Marcus De Mario
Ao estudar o Espiritismo, conforme seus princípios codificados por Allan Kardec, passamos a ter uma percepção e uma compreensão mais exata do funcionamento da Lei Divina e de um de seus instrumentos, que é a reencarnação. Durante muito tempo, e isso ainda perdura em muitos segmentos religiosos e culturais, tivemos o entendimento equivocado da punição, do castigo exercidos por Deus contra Seus filhos pecadores, e que somente a dor e o sofrimento poderiam nos regenerar. Mesmo assim, dependendo da infração, do pecado, o castigo divino poderia ser uma pena eterna, sem remissão, ou seja, sem oportunidade de reformulação por parte do condenado. Essa visão distorcida sobre um Ser perfeito, justo, bom e misericordioso, como o Espiritismo no-lo apresenta, fez com que muitos se tornassem ateístas, não conseguindo acreditar na existência de um Ser Supremo, causa de todas as coisas. Isso é compreensível, pois o raciocínio, a lógica e o bom senso rejeitam um Deus guerreiro, parcial e vingativo.
Com o Espiritismo aprendemos que o Ser Supremo deve estar muito acima das imperfeições humanas. Que Ele é o Criador de tudo o que existe no Universo, e reveste-se da configuração de Pai, pois Ele é o amor, e o amor vibra em tudo, sendo que nós, Suas criaturas, somos destinados ao encontro com Ele através da lei de evolução, que nos leva paulatinamente à perfeição e felicidade. Essa lei vai nos impulsionando para o amor ao próximo, para a prática do bem, conforme os preceitos e exemplos trazidos por Jesus Cristo.
Com o Espiritismo passamos a entender quem somos, de onde viemos, porque estamos aqui e para onde vamos, compreendendo que somos Espíritos imortais, que a vida prossegue além do túmulo em outra dimensão existencial, e que a Lei Divina nos propicia sempre um novo recomeço através da reencarnação, quando nascemos de novo, num novo corpo, nova personalidade e novas condições sócioculturais, para empreendermos a continuidade de nosso progresso moral e intelectual, assim como da sociedade humana.
É a reencarnação instrumento divino de nossa reabilitação e reequilíbrio, permitindo recomeçar e refazer. Não nos isenta das expiações e provas ainda necessárias, mas todas elas são justas e de acordo com nossas possibilidades, com nossas forças, pois se a cada um é dado segundo as suas obras, ninguém carrega sobre os ombros um fardo mais pesado do que as suas forças suportam. E por misericórdia de Deus, recebemos o auxílio daqueles que nos amam, que nos querem bem, estejam encarnados ou não. A reencarnação é instrumento pedagógico utilizado por Deus para nos impulsionar, Seus filhos, para a frente e para o Alto.
Assim, quando dificuldades e problemas nos visitarem, nada reclamemos, pois eles têm sua razão justa de ser, o acaso não existe, e os acontecimentos, invariavelmente, estão ligados a causas remotas ou presentes, ou seja, decorrem de atos praticados em existências anteriores ou nesta existência. Não se trata de carma, pois com o Espiritismo compreendemos que não existe o está escrito e nada pode ser feito, pelo contrário, somos incessantemente convidados para mudanças e transformações. Se a dor, muitas vezes, é inevitável, o sofrimento só depende da nossa maior ou menor confiança em Deus.
Façamos da atual existência oportunidade diária e contínua de aprimoramento intelecto-moral, sendo úteis para a sociedade, a partir de nossa convivência familiar, pois não adianta querer consertar o mundo se vivemos num lar em desequilíbrio, e intimamente em desarmonia. Aproveitemos a oportunidade reencarnatória agradecendo a Deus pelo que recebemos, pelo que temos, pelo que podemos fazer, mergulhando no amor, o maior dos sentimentos, única forma de reparar o passado e, no hoje, construir um futuro bem melhor.
Em O Livro dos Espíritos, obra fundamental do Espiritismo, Allan Kardec pergunta qual a finalidade da encarnação (q. 132), recebendo a seguinte elucidação:
Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição,  têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.
Em missão ou expiação, não importa, temos que dar o nosso melhor, bem aproveitando a oportunidade existencial que Deus nos proporciona, educando-nos, melhorando-nos, desenvolvendo as virtudes e crescendo em conhecimento, para que possamos retornar ao mundo espiritual com a glória de termos vencido a nós mesmos e o mundo, tornando-nos um homem de bem. Essa é a grandiosa oportunidade que a reencarnação nos oferta, dando-nos diversas experiências com o objetivo de nosso crescimento espiritual. Não sejamos teimosos a ponto de desperdiçar a encarnação, nada acrescentando a nós mesmos e aos outros, nossos irmãos em Humanidade, pois, quando estivermos de volta à dimensão espiritual, não tenhamos que, envergonhados, ter de baixar a cabeça diante da pergunta: O que fizeste da oportunidade existencial que Eu te concedi? É muito melhor dormir e despertar com a consciência tranquila e a paz de espírito.

3 tipos de reencarnação: quais são os objetivos e etapas [visão espírita]

Os tipos de reencarnação dados como oportunidade de renascimento no Planeta Terra são equivalentes ao nível de esclarecimento do espírito que as irá experienciar.
Isso acontece para que todos recebam os desafios proporcionais às faltas que tenham cometido e à possibilidade que possuem de depurá-las. Além disso, novas experiências positivas também farão adiantar o Espírito em desenvolvimento.
Ou seja, o caminho da evolução existe para todos os seres, mas estes são apresentados de formas distintas, de acordo com a capacidade e compreensão de cada um.
Neste texto, vamos explicar quais são os tipos de reencarnação, quais seus objetivos e etapas.
Objetivos da reencarnação, segundo o Espiritismo
A existência da reencarnação é um dos princípios que formam a base da Doutrina Espírita.
Em um mundo de provas e expiações, evoluindo para um mundo de regeneração, a Terra acolhe inúmeras almas que necessitam da experiência material para evoluir.
Ou seja, é o processo no qual o espírito recebe um novo corpo físico para prosseguir o caminho de sua transformação moral e espiritual.
Ademais, esta nova oportunidade tem o intuito de fazer com que a criatura possa depurar todo o mal causado em suas encarnações pregressas e desenvolva suas nobres potencialidades no convívio com as demais pessoas.
Assim sendo, o objetivo da reencarnação, segundo o Espiritismo, é servir como mecanismo divino para a evolução espiritual.

3 tipos de reencarnação

Os espíritos encontram-se em distintos graus evolutivos.
Portanto, nem todos contam com conhecimentos e esclarecimentos suficientes para planejar e cumprir as determinações de seu planejamento reencarnatório.
No entanto, todos têm o direito a uma nova chance.
Por isso, existem 3 tipos de reencarnação que se adequam à frequência vibratória de cada indivíduo.
Vejamos a seguir quais são eles:

1. Reencarnação compulsória

A reencarnação compulsória acontece sem a prévia concordância do espírito.
Esse tipo de reencarnação é direcionado às almas que ainda estão muito apegadas à matéria e encontram-se em baixo grau de evolução espiritual.
Consequentemente, são seres que colecionam muitos vícios, rancores, obsessões e vibração moral negativa.
Dessa forma, são seus guias e mentores espirituais que tomam as decisões para sua próxima encarnação, sem dar-lhes o direito de escolha. Seus abusos tolheram-lhe este direito que poderá ser readquirido caso cumpra bem sua nova oportunidade de vida na Terra.
Aquele que vivencia a reencarnação compulsória, recebe as condições necessárias para seu progresso.
Contudo, é comum que haja muitas provações, como privações econômicas, físicas ou mentais.
No entanto, é uma etapa necessária para seu crescimento e libertação.

2. Reencarnação mista

A reencarnação mista é consequência do livre-arbítrio do espírito que decide por conta própria reencarnar.
Tomada a decisão, pede-se o auxílio dos guias e mentores para que seja feito o planejamento reencarnatório.
Nesta etapa, são levados em conta os débitos e méritos da alma, de acordo com seu grau evolutivo.
Afinal, é fundamental propiciar um ambiente compatível com a sua necessidade de evolução.
Há aqueles que desejam reencontrar-se com desafetos do passado para solucionar pendências morais, por exemplo.
Além disso, há espíritos que escolhem vir com alguma mazela física ou privação material para aprender a lidar com a escassez.
Assim como podem também escolher um trabalho nobre e edificante que lhe dê oportunidades de crescimento moral e espiritual.

3. Reencarnação livre

A reencarnação livre acontece para almas com alto grau de pureza e evolução.
Estes espíritos não têm mais a necessidade de reencarnar, mas o fazem com um propósito maior. É a chamada reencarnação por MISSÃO.
Ou seja, tais seres elevados renascem com o intuito de auxiliar o progresso de seus irmãos menos evoluídos.
Dessa forma, a descoberta da cura de doenças graves, os grandes avanços científicos e tudo mais o que possa ocorrer de positivo é obra destes espíritos de luz.
Sua chegada é prova de um amor fraternal.
Afinal, eles decidem retornar a um mundo de tanto sofrimento para trazer alento e esperança.

6 etapas da reencarnação

Tanto a reencarnação compulsória quanto a mista e a livre carecem de 6 etapas para que sejam totalmente concluídas.
Isso se explica pelo fato de tratar-se de um processo muito importante, complexo e delicado, que necessita de máxima atenção.
A seguir, vamos explicar cada uma dessas etapas.
Continue a leitura até o final.

1. Planejamento reencarnatório

O planejamento reencarnatório acontece durante o período de tempo necessário para que o espírito compreenda e se comprometa com seu propósito.
É uma etapa bastante delicada, afinal, nem sempre o sofrimento é inevitável para a evolução, mas constitui um mecanismo divino de recuperação.

2. Arquitetura espiritual do corpo físico

Meses antes da concepção, ocorre a preparação espiritual do perispírito para o acoplamento ao novo corpo físico.

3. Contato fluídico com os pais

Semanas antes da concepção, inicia-se a aproximação com os pais.
Isso normalmente acontece durante o momento de sono do casal , no qual ocorre o desdobramento e a recepção do Espírito que tem necessidade e merecimento de uma nova existência.
Dessa forma, os futuros pais também se comprometem com tal responsabilidade, compreendendo a importância desta missão para sua evolução.
Essa fase nem sempre é fácil, e podem acontecer episódios de revolta e rejeição.

4. Ligação do espírito a matéria

Dias antes da concepção, ocorre a redução perispiritual.
Isso acontece para que ele consiga ser ligado à matéria.
Em seguida, há a seleção do espermatozóide e a fecundação, ou seja, a vinculação inicial do corpo com o espírito.

5. Formação do feto

A partir da concepção, o embrião torna-se feto e segue o percurso da gestação que pode durar até nove meses.
Os fatores que fazem com que um indivíduo nasça de forma prematura ou prolongada podem se relacionar a questões físicas ou espirituais.
No entanto, recomenda-se que toda a gestação seja acompanhada e que os cuidados com a saúde sejam tomados.

6. Adaptação à vida

Somente sete anos após o nascimento é que ocorre a vinculação completa entre corpo e espírito.
Nesta fase, o indivíduo ainda está se adaptando ao mundo material, portanto, carece de maiores cuidados.

Qual a diferença entre encarnação e reencarnação?

O termo encarnação é definido como a entrada do espírito no corpo físico.
Já a reencarnação refere-se a uma nova chance de habitar a carne, e isso acontece quantas vezes for preciso para que a alma progrida.

Reencarnar na mesma família seria possível?

Não só é possível, como é bastante comum o reencarne de espíritos na mesma família.
Isso acontece por causa da forte ligação entre os seres destinados a compor o mesmo núcleo familiar.
Afinal, quando se convive com alguém, pode-se lapidar a relação de modo a redimir erros do passado e auxiliar no progresso mútuo.
Embora não seja uma tarefa simples, é uma grande chance de reparar erros do passado.
Além disso, há espíritos que se unem pela afeição ou que precisam passar por desafios semelhantes.
Dessa maneira, é permitido que reencarnem na mesma família para que sirvam de amparo um ao outro.

Quando paramos de reencarnar?

A quantidade de reencarnações é proporcional à necessidade de evolução do espírito.
Portanto, não há um número pré-estabelecido.
Isso significa que paramos de reencarnar quando conquistamos progresso suficiente para habitar mundos mais elevados.
Para isso, é fundamental aproveitarmos a oportunidade presente para trabalharmos em nossa edificação moral.
Confira a seguir algumas ações que aproximam da libertação espiritual:
Reconheça sua origem espiritual
Agradeça pela oportunidade da reencarnação
Pratique o perdão
Faça preces
Realize o Evangelho no Lar
Invista em sua reforma íntima
Reforce sua fé
Tenha Jesus como seu modelo e guia.
Adotando as atitudes citadas acima, o indivíduo abre mão do orgulho, egoísmo e materialismo.
Compreendendo sua natureza espiritual, observa-se a grandiosidade de ter outra chance para acertar e depurar os erros do passado.

Vídeos sobre a reencarnação

Assistir a vídeos que falem sobre a reencarnação também auxilia em demasia a compreender esta grande oportunidade que recebemos.
Afinal, dessa forma, somos capazes de visualizar as nuances deste processo e a misericórdia divina.
Portanto, confira abaixo uma sequência de conteúdos edificantes e esclarecedores sobre o tema.

Gestação e Reencarnação, por Chico Xavier

Neste vídeo, o médium Chico Xavier nos explica sobre o processo da gestação e da reencarnação.
Vale a pena conferir para melhor entender a complexidade e responsabilidade de receber um espírito que continuará trilhando o caminho de seu crescimento e reforma moral.

Reencarnação e suicidas, por Chico Xavier

O conteúdo a seguir, também ministrado pelo médium Chico Xavier, nos explicita sobre a reencarnação e os suicidas.
Os espíritos que tomam a triste decisão de acabar com sua existência física sofrem duras consequências.
Afinal, este ato os aproxima de criaturas inferiores que vão acentuar sua dor e atrasar seu avanço.
Portanto, quando recebem novamente a oportunidade de reencarnar, precisam passar por lições muito significativas no plano terreno.

A lógica da reencarnação, por Divaldo Franco

De modo didático e esclarecedor, o médium Divaldo Franco explica no conteúdo a seguir a lógica da reencarnação.
Dessa maneira, a compreensão sobre este fenômeno será ampliada, gerando inspiração para que possamos aprimorar cada vez mais nossa jornada espiritual.

Conclusão

Como vimos, os tipos de reencarnação têm o objetivo de permitir que o espírito tenha uma nova chance de conquistar sua reforma íntima.
Dessa forma, até a criatura que ainda não possui esclarecimento para tomar atitudes positivas em relação ao seu futuro, tem a oportunidade de contar com uma equipe que os assista.
Portanto, torna justa as etapas da reencarnação, sob a vontade de nosso Criador.

CONTEÚDO ESPÍRITA

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