COLONIAS ESPIRITUAIS E IMORTALIDADE

IMORTALIDADE E AS CIDADES ESPIRITUAIS

Vida e Imortalidade 

Joanna de Ângelis
O Universo é um ser vivo que se expande e se contrai ao impacto de forças inimagináveis num continuum infinito.
Tudo quanto se movimenta traduz ação, portanto, vida imanente em desenvolvimento.
Eis porque a vida se encontra em toda parte demonstrando ser incoercível.
Desde as expressões vibratórias mais primárias até as colossais, ei-la em crescimento e qualificação que transcendem a qualquer observação, por mais profunda que seja.
O ser humano encontra-se no pináculo da vida desde o momento que pode pensar e entender os desígnios que dizem respeito ao existir.
A partir dos primeiros ensaios moleculares até o estabelecimento equilibrado de todas as que dão forma e compreensão ao ser humano, a vida alcançou um dos mais harmônicos e belos estágios do processo de evolução.
A energia que reuniu os inumeráveis segmentos que se transformaram em órgãos até alcançar a arte de pensar, entender e cocriar, é, como definiram os Espíritos do Senhor, o princípio inteligente do Universo, conforme a resposta de número 23 de O livro dos Espíritos.
Esse princípio, portanto, representa a fase inicial da experiência criadora que jamais cessará de desenvolver os inconcebíveis conteúdos que lhe jazem em potência gigantesca.
A vida humana, pois, é bênção que o ser alcança no seu processo de evolução, por meio de mutações, de atividades incessantes para alcançar a plenitude, nessa viagem descomunal da Imortalidade.
Nada perece, pois que tudo se encontra em movimento, mesmo que não perceptível, rumando em direção do finalismo que lhe está destinado, e deve ser alcançado a esforço pessoal, o que representa, no conceito do Evangelho de Jesus, a conquista do Reino dos Céus.
Assim sendo, não existe a morte, a destruição, no que diz respeito ao aniquilamento, mas sim, contínuas transformações dentro de um esquema adrede traçado, no qual a presença do que se denomina caos faz parte do processo.
Os sentidos físicos são muito pobres para perceberem a grandeza e majestade do fenômeno a que se chama vida, especialmente a de natureza humana, que desafia os seus mais cuidadosos investigadores, em razão da sua complexidade infinitamente sutil – o Espírito; semimaterial – o perispírito, e o corpo material, em uma interpenetração energética de grande intensidade.
Quando a organização física deixa de receber a força mantenedora que vem do Espírito, dá-se o afrouxamento dos liames perispirituais e a separação do princípio inteligente. Esse fenômeno, a morte, é uma fase para a restruturação dos valores do Espírito durante a vilegiatura material.
Retorna às origens, envolto no invólucro perispiritual, no qual estão impressas as ondas vibratórias do comportamento moral que o capacitam ao acesso de patamar superior ou repetição da experiência por intermédio de nova investidura carnal.
A libertação da roupagem celular dá lugar a consequências compatíveis com as qualidades morais de que se fez utilitário o Espírito imortal.
Morrer constitui a separação dos invólucros materiais e a desencarnação quando há a separação dos despojos em processo de transformação na química inorgânica da Natureza ou dos fatores que produziram o fenômeno, libertando o Espírito.
Assim sendo, morte é transferência de vibração ou de onda nas quais se movimentam os seres.
Cada qual vive no campo energético a que faz jus, o que é felicidade ou desdita.
Essa a razão pela qual a vida exige uma ética para ser experienciada por todos os indivíduos.

O desenvolvimento intelecto-moral do Espírito ocorre por meio de etapas terrenas e espirituais, quando aprende a compreender a realidade da vida.
Por essa razão, as Leis que regem o Universo estabelecem códigos e programas que facultam a aprendizagem e desenvolvem os potenciais divinos que se encontram adormecidos no cerne da energia vital.
Quando esses códigos são vivenciados dentro dos padrões estabelecidos, novos desafios surgem e abrem horizontes mais amplos que proporcionam bem-estar e estímulo para a continuação do processo.
No sentido oposto, quando não se valorizam as lições existenciais, permanece-se nas faixas primevas entre os instintos agressivos e as possibilidades emocionais não utilizadas.
A reencarnação é o recurso precioso que a Vida oferece a todos que rumam na busca da plenitude.
Primordial, a Lei de Amor é a base de todas as demais, por ensejar a ampliação do conhecimento e controle das manifestações ambientais e sociais que servem de escola para a conquista de si mesmo, já que é do interior que partem os impulsos e as emoções.
Essas Leis sustentam a do Progresso, que favorece com a de Justiça, do Trabalho, de Solidariedade, de Perdão, de Destruição…
Periodicamente, o aprendiz deste educandário, que é a Terra, é chamado a prestar contas dos recursos que lhe foram confiados e de como foram ou não aplicados devidamente.
Trata-se da morte, transferência de onda existencial, a fim de serem conferidas as atividades a que cada qual esteve submetido.
Todos os seres vivos periodicamente experimentam essa inevitável transformação, que é uma etapa da Imortalidade.
É natural que, durante a sua ocorrência, aqueles que se encontram no convívio carnal experimentem a ausência das afeições que se fizeram estabelecer mediante a estrutura da afetividade, na família, na convivência social e espiritual…
Essa saudade, que fere os sentimentos, pode e deve ser superada ante a certeza do reencontro que se dará oportunamente, quando da partida de quem ficou e agora segue ao Mais Além.
Não te deixes abater ou retirar o teu sentido existencial quando alguém amado for convidado a retornar antes.
Prossegue amando e recordando os momentos felizes que viveste ao seu lado e faze o bem em sua memória, maneira eficaz de demonstrar-lhe a gratidão pelas dádivas que foram fruídas ao seu lado.
A morte é inevitável experiência para a conquista da perenidade.
Não a lamentes nem a louves.
Respeita-a e prepara-te para o teu momento.
*
Mesmo Jesus, o Divino Construtor do planeta, utilizou-se de um corpo tangível para depois experimentar o fenômeno da morte e ressurgir em gloriosa forma de luz.
…Enquanto isso, ama e opera no bem crescendo para Deus.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão
mediúnica de 27.8.2020, na Mansão do Caminho,
em Salvador, Bahia.
Em 7.1.2023

Imortalidade: triunfo do Espírito

Autor: Joanna de Ângelis (espírito)
A imortalidade é de todos os tempos. A ameba, por exemplo, sendo um dos organismos unicelulares mais simples, pode ser considerada como imortal, porquanto, à medida que envelhece, graças ao fenômeno da mitose, dá lugar a duas outras, ricas de vida, e assim, sucessivamente. Jamais ocorre a morte do elemento inicial.
Assim sucede com a vida humana,do ponto de vista do ser espiritual, que enseja a cada um experienciar o que é sempre melhor para si mesmo.
O impositivo que se apresenta é o de viver o presente, em razão de o passado apresentar-se já realizado, enquanto o futuro se encontra ainda em construção.
Atingir o máximo das suas possibilidades no momento que passa, constitui o desafio que não pode ser ignorado.
Essa mecânica, porém, é produzida pelo amor, que deve orientar a inteligência na aplicação das suas conquistas.
Isso significa um esforço individual expressivo, que se torna seletivo em benefício do conjunto social.
À semelhança do que ocorre no organismo, em que nenhuma célula trabalha unicamente em favor de si mesma, porém do conjunto que deve sempre funcionar em harmonia, vão surgindo os padrões de comportamento que dão lugar às tendências universais em torno da vida, que se processa de acordo com o mecanismo da evolução. Cada parte que constitui o órgão está sempre preparada para transformar-se em favor de um elemento maior e mais expressivo. É uma verdadeira cadeia progressiva, infinita, até o momento em que se encerra o ciclo vital e a matéria se desagrega em face do fenômeno biológico da morte.
Todo esse processo tem lugar sob o controle do Espírito que modela a organização de que se serve através do seu invólucro semimaterial, e quando se dá a desarticulação das moléculas, eis que se libera e prossegue indestrutível no rumo da plenitude, quando se depura de todas as imperfeições resultantes do largo período da evolução.
Essa busca pode ser também denominada como a da iluminação, cuja conquista elimina o medo dos equívocos, da velhice, das doenças, da morte, porquanto enseja a consciência da imortalidade, dessa forma, do prosseguimento da vida em todas as suas maravilhosas nuanças que se apresentam em outras dimensões, em outros campos vibratórios.
Essa iluminação propicia o despertar do sonho, da ilusão em torno dos objetivos da existência, tornando o ser consciente de tudo que pode realizar por si mesmo e pela sociedade.
Por mais que postergue essa conscientização, momento chega em que o Espírito sobrepõe-se ao ego e rompe o limite do intelecto, conquistando a visão coletiva sobre o infinito.
É quando se autoanalisa, voltando-se para dentro e descobrindo os tesouros inabordáveis da imortalidade, buscando no coração as forças que lhe são necessárias para a entrega à autoiluminação.
Como bem assinalou Jesus: O Reino dos Céus está dentro de vós, portanto, do Espírito que se é e não do corpo pelo qual se manifesta.

Esse mecanismo é possível de ser ignorado, quando a pessoa resolve-se pela remoção das trevas que ocultam o conhecimento de si mesma, deixando-a confusa, a fim de que se estabeleça a pujança do amor franco e puro, gentil e corajoso que não conhece limites…
A imortalidade é, pois, a grande meta a ser atingida.
Cessasse a vida, quando se interrompesse o fenômeno biológico pela morte, e destituída de significado seria a existência humana, que surgiu em forma embrionária aproximadamente há dois bilhões de anos… Alcançando o clímax da inteligência, da consciência e das emoções superiores, se fosse diluída, retornando às energias primárias, não teria qualquer sentido ético-moral nem lógico ou racional.
Muitos, entre aqueles que assim pensam, que a vida se extingue com a morte, certamente rebelam-se contra os conceitos ultrapassados de algumas doutrinas religiosas em torno da Justiça Divina após a morte, com as execuções penais de natureza eterna e insensata.
Considerada, porém, como o oceano gerador da vida, a imortalidade precede ao estágio atual em que se movimenta o ser humano e sucede-o, num vir-a-ser progressista sempre melhor e mais grandioso.
Existe o mundo imaterial, causal, de onde procede o hálito da vida, que impregna a matéria orgânica e a impulsiona na sua fatalidade biológica, e aguarda o retorno desse princípio inteligente cada vez mais lúcido e rico de complexidades do conhecimento e do sentimento.
Desse modo, o sentido existencial é o de aprimoramento pessoal com o consequente enriquecimento defluente da sabedoria que conduz à paz.
Ninguém se aniquila pela morte.
A melhor visão em torno da imortalidade é contemplar-se um cadáver do qual afastou-se o agente vitalizador, o Espírito que o acionava.
Não morrendo jamais a vida, todo o empenho deve ser feito em seu favor, de modo que a cada instante se adquiram melhores recursos de iluminação, de compaixão, de beleza, de harmonia.
Desse modo, não morreram também aqueles que a desencarnação silenciou, velando-os com a paralisia dos órgãos a caminho da decomposição.

Eles prosseguem na caminhada ascensional e mantêm os vínculos sentimentais com aqueloutros que lhes eram afeiçoados ou não, deles recordando-se e desejando intercambiar, a fim de afirmar que continuam vivendo conforme eram.
Se fizeres silêncio íntimo ao recordar-te deles, em sintonia com o pensamento de amor, eles poderão comunicar-se contigo, trazer-te notícias de como e de onde se encontram, consolando-te e acalmando-te, ao tempo em que te prometem o reencontro ditoso, mais tarde, quando também soar o teu momento de retorno.
Ao invés da revolta inútil porque se foram, pensa que a distância aparente é apenas vibratória e conscientiza-te de que nada aniquila o amor, essa sublime herança do Pai Criador.
Utiliza-te das lembranças queridas e envia-lhes mensagens de esperança e de ternura, de gratidão e de afeto, de forma que retemperem o ânimo e trabalhem pela própria iluminação, vindo em teu auxílio, quando as circunstâncias assim o permitirem…
Não os lamentes porque desencarnaram, nem os aflijas com interrogações que ainda não te podem responder.
Acalma a ansiedade e continua amando-os, assim contribuindo para que permaneçam em paz e cresçam na direção de Deus sendo felizes.

A morte é a desveladora da vida em outras expressões.
Jesus retornou da sepultura vazia para manter o contato com os corações queridos, confirmando a grandeza da imortalidade a que se referira antes, demonstrando que o sentido existencial é o da aquisição dos tesouros do amor e da amizade, para a conquista da transcendência.
Ora pelos teus desencarnados, envolve-os em carinho e vive com dignidade em homenagem a eles, que te esperam além da cortina de cinza e sombra, quando chegar o teu momento de libertação.
Joanna de Ângelis
Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco,
na tarde de 19 de maio de 2008, Esch, Ducado de Luxemburgo.

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