dividir amor riqueza trabalho com os outros

IMPERIOSO APRENDAMOS A DIVIDIR AS INFINITAS RIQUEZAS DO CORAÇÃO

Penúria de espírito – Obra: Rumo Certo

Acreditarás talvez que nada possuis para dividir nas tarefas do bem; no entanto, pensa naqueles cujas provações foram somadas até o resultado da angústia extrema e cujos sofrimentos podes diminuir, através da multiplicação dos teus gestos de amor.
Não só isso. Coloca-te, sinceramente, no lugar deles.
Se fosses o doente largado às horas, com que júbilo receberias os quinze minutos de companhia e de afeto que alguém te pudesse oferecer, repartindo contigo algum saldo de tempo.
Se estivesses na posição do obsidiado infeliz, com que reconforto recolherias as ligeiras instruções de algum companheiro que viesse a destacar humilde parcela do próprio conhecimento a fim de suprir-te a necessidade de paz e orientação!…
Em semelhante assunto, ao lado da penúria material, consideremos aquela outra, a penúria de espírito, para verificar que a divisão do entendimento e da bondade é recurso a ser aplicado, incessantemente, na contabilidade da vida!…
Reflete naqueles que foram ludibriados pela fortuna sem trabalho e resvalaram no tédio, às vezes comprando, a preço de ociosidade e imprudência, a ficha dourada que lhes assinala a presença no manicômio.
Calcula o suplício moral dos que se enganaram com as facilidades da inteligência, com menosprezo pelo serviço aos semelhantes, e acordaram, um dia, de consciência perdida nas teias da criminalidade.
Pensa no sofrimento das crianças desajustadas que se desenvolvem para o mundo entre a revolta e o desânimo e reflete naqueles companheiros outros da Humanidade que tombam diariamente, em frustração, conquanto instruídos e abastados, aniquilando nos excessos do álcool e nos abusos do entorpecente as melhores possibilidades da reencarnação promissora!…
Comumente admitimos que, a rigor, a obra de assistência é trabalho tão somente atribuível às forças administrativas do campo oficial através da conjugação de verbas gigantescas que suprimam as exigências imediatas do corpo.
Ainda assim, por enquanto as exigências da alma sobram em grande número.
Desespero, aflição, desencanto, rebeldia, ódio, desequilíbrio, obsessão e loucura são males que nem sempre o apoio amoedado consegue socorrer.
Para a eliminação da penúria de espírito, essencialmente só existe um remédio — o amor; no entanto, para que o amor se transfira por bênção, de criatura a criatura, é imperioso aprendamos a dividir, uns com os outros, as infinitas riquezas do coração.
Emmanuel/Chico Xavier

Jesus

Em verdade, Jesus deu mais de si mesmo para a evolução da humanidade do que todos os milionários da história juntos. Portanto, o amor que se
irradia em bênçãos de felicidade e trabalho, paz e confiança, é sempre a dádiva maior de todas.
Autor: Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Abraço…


Abraço ninho de aconchego
Lugar de onde foge o medo
Se encontram sentires profundos
E onde o coração respira fundo
Em batidas ritmadas de amor seguro…
E onde apetece sempre regressar…❤
Autora do texto Graça Cardoso uma Alentejana em Lisboa.

QUEM ENGANA É O ENGANADO

Chico Xavier, certa vez, quando fazia a distribuição de cestas básicas em um bairro carente, chegou uma mulher gritando e dizendo:
– Chico, Chico! O fulano, já passou 3 vezes na fila para pegar a cesta básica. Ele não precisa!
Chico, com um sorriso no rosto disse:
– “Deixe, minha filha! Ele está treinando para a encarnação futura.”
Chico, sabiamente quis dizer que, ninguém engana ninguém, nós enganamos nós mesmos, pois nossas ações podem nos dar vantagens materiais hoje, mas nos darão desvantagens espirituais no futuro.
Às vezes, somente diante da dor e do sofrimento, despertamos para o progresso material e espiritual.
Se este despertamento não acontecer nesta vida acontecerá numa próxima encarnação.
Podemos enganar muitas pessoas, mas nunca a lei divina.
Então, façamos a nossa parte. Aquele que nos enganar é o grande enganado. Está plantando o que terá que colher.
Sabiamente explicado!
Rudymara

PACIÊNCIA COM OS OUTROS 

“Precisamos estar preparados, compreendendo que a nossa dor não é maior do que a dos outros. Se não temos paciência com uma caneta quebrada, com o café, com o prato à mesa que não vem de acordo com a nossa predileção, como vamos ter paciência com as grandes coisas – se não temos com as pequeninas ?!O choro que vive na preguiça esquece o trabalho; não é mais choro: é perturbação”.
Do livro “O Evangelho de Chico Xavier” / Carlos A. Baccelli
O tempo com o cuidado é um tempo de amar,
Tanto o tempo, o cuidado e o amor se fazem necessários, nas relações em qualquer lugar.
O que nos move todos os dias é o que temos no coração.
O dono de um coração repleto de bons sentimentos terá em cada dia, incontáveis motivos para ser bom, nas atitudes consigo e com os outros.
Carmi Wildner

PERDOA, SIM!?

MEIMEI
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 15 do Cap. X do ESE
O desconhecido passou, de carro, enlameando-te a veste, como se toda a rua lhe pertencesse… Compadece-te dele. Corre, desabalado, à procura de alguém que lhe socorra o filhinho nos esgares da morte.
Linda mulher, que pérolas e brilhantes, segue a teu lado, parecendo fingir que te não percebe a presença… Compadece-te! Ela tem os olhos embaciados de pranto e não chegou a ver-te.
Jovem, admiravelmente bem-posto, cruzou contigo endereçando-te palavra de sarcasmo e de injúria… Compadece-te! Ele tem os passos no caminho do hospício e ainda não sabe.
O amigo que mais amais negou-te um favor… Compadece-te dele! Não lhe vês a dificuldade encravada no coração.
Companheiros do mundo!… Estarão contigo, notadamente no lar, filhos e irmãos… Muita vez, levantam-se de manhã, chorosos e doloridos, aguardando um sorriso de entendimento, ou chegam do trabalho, fatigados e tristes, esmolando compreensão.
Todos trazem consigo aflições e problemas que desconheces.
Ergue a própria alma e auxilia sempre!… Indulgência para todos! Bondade para com todos!…
E, se algum deles te fere diretamente a carne ou a alma, não levantes o braço ou a voz a revidar.
Busca no silêncio a inspiração do Senhor, e o Mestre como se estivesse descendo da cruz em que pediu perdão para os próprios verdugos, te dirá compassivo:
– Perdoa, sim! Perdoa sempre, porque, em verdade, aqueles que não perdoam também não sabem o que fazem…
O Espírito da Verdade — Autores diversos — F. C. Xavier / Waldo Vieira

CONSTELAÇÃO FAMILIAR

A família é a base fundamental sobre a qual se ergue o imenso edifício da sociedade.
No pequeno grupo doméstico inicia-se a experiência da fraternidade universal, ensaiando-se os passos para os nobres cometimentos em favor da construção da sociedade equilibrada.
Em razão disso, toda vez que a família se entibia ou se enfraquece a sociedade experimenta conflitos, abalada nas suas estruturas.
Vive-se, na Terra, destes dias, injustificável agressão à constelação familiar, defluente dos transtornos e insatisfações que tomam as mentes e os corações juvenis.
Aturdidos, ante os tormentos que vêm assaltando os adultos, alguns, irresponsáveis, outros, imaturos em relação aos compromissos graves do lar, que se deixam arrastar pelas utopias do prazer, em detrimento das bênçãos do dever em relação à família, desgarram-se, e, sem rumo, atiram-se nos resvaladouros da alucinação, desesperados, investindo contra o instituto doméstico.
A aparente falência das uniões consagradas pelo matrimônio, assim como a de todas aquelas que frutesceram em descendentes, não é da família, mas da desestruturação da ética e da moral, vitimadas pelas mudanças impostas pelos denominados novos tempos, nos quais, escravizando-se às paixões dissolventes, os indivíduos optam pela ansiosa conquista das coisas e dos fetiches da tecnologia que os distraem e entorpecem.
A decadência dos dogmas arbitrários e dos estatutos punitivos estabelecidos por algumas doutrinas religiosas do passado, que vêm sucumbindo ante os camartelos da evolução cientifica e experimental, tem facultado maior espaço para a ampliação do materialismo existencialista, centrando no corpo toda a realidade da vida, e através do seu uso a única oportunidade de desfrutar os gozos, que logo se consomem ante a presença da morte.
Em assim sendo a realidade humana, a pressa pela fruição de todas as sensações possíveis apresenta-se na condição de meta que deve ser alcançada a qualquer preço, para não se perder a oportunidade de viver bem, quando o ideal seria bem-viver.
O irrefragável passar do tempo, cada dia com maior celeridade, em face das complexas engrenagens existenciais e da busca para a manutenção da vida, oferece uma visão incorreta em torno da sua dimensão. Aqueles que se debatem na ambição e se esfalfam pelo ter, pelo poder, pelo desfrutar, veem-no rápido demais para atender a todas as suas necessidades.
Aqueloutros, que se encontram em conflitos, irrealizados, enfermos, acreditam que ele não transcorre como deveria, e sim morosa, dolorosamente…
Como efeito, os jovens atiram-se nos emaranhados processos de busca do deleite sem qualquer freio, enquanto os adultos apresentam os primeiros sinais de cansaço, tentando renovar programas em favor de novas satisfações, ao tempo em que os velhos, ante tantas facilidades que não fruíram antes, em razão dos preconceitos e dos limites impostos na época, deprimem-se, lamentando o que consideram haver perdido…
Nesse báratro, a família torna-se um campo de lutas ásperas entre os princípios de equilíbrio que a devem constituir e as facilidades que proporcionam correspondência em relação aos desvarios propostos por pensadores de ocasião e pelas aberrações divulgadas através da mídia extravagante.
A denominada luta de gerações, na qual os reais valores da dignificação humana são ultrajados pelas proposições modernistas do hoje, do aqui e do agora, favorece a debandada do lar pelos jovens, incapazes ainda de orientar a existência, de enfrentar os desafios, de viver em equilíbrio.
lnexperientes e deseducados, animados mais à astúcia do que à inteligência e à razão, tornam-se vítimas fáceis das armadilhas que encontram pela frente, sem as perceber…
Faltando o lar seguro, buscam organizar tribos e reagem a tudo que os vincule à estrutura familiar, dando lugar a novos hábitos e a costumes próprios, matando as imagens ancestrais e construindo a própria identidade, agressiva e arrogante, estranha e especial, em nome da liberdade de pensamento e de ação, que o tempo demonstra frágil e sem sustentação a longo prazo.
Os pioneiros e militantes dos movimentos rebeldes dos anos sessenta, hoje envelhecidos, arrependidos uns, enfermos outros, dependentes da drogadição ainda outros tantos, sem nos referirmos aos que foram devorados pelos vícios, pelas enfermidades, que transformaram o sonho em sofrimento, reveem os programas fantasiosos e alucinantes daquela época tomados pela amargura e pelo cansaço…
lncontáveis deles, incapazes de construir família, mudaram de parceiros conforme os ventos da sensação e da moda, produziram frutos amargos, na condição de filhos mais rebeldes e mais insatisfeitos do que eles próprios, com as exceções compreensíveis, terminando a caminhada terrestre hoje desacompanhados, pessimistas e tristes.
A família, no entanto, vem sobrevivendo estoicamente aos golpes que lhe têm sido desferidos, os códigos de ética, lentamente vêm sendo revividos, aumentando o número de matrimônios, enquanto diminui o de divórcios, em respeito à monogamia, a mais elevada expressão do afeto, no processo da evolução antropossociopsicológica, à fidelidade e ao respeito pelo outro…
O ser humano é estruturalmente constituído para viver em família, a fim de desenvolver os sublimes conteúdos psíquicos que lhe jazem adormecidos, aguardando os estímulos da convivência no lar, para liberá-los e sublimar-se.
Quando procria com responsabilidade atinge um dos momentos clímax da existência, especialmente quando se torna consciente do significado da progenitura.
Em forma de instinto que confere aos animais o cuidado com a prole e o seu amparo, no ser humano essa energia atinge a faixa de sentimento superior, que induz ao zelo e à proteção, chegando mesmo ao sacrifício em favor da sua preservação. Quando ocorre o contrário, trata-se de uma patologia, um transtorno de natureza psicológica ou psiquiátrica.
Há, em todas as formas de vida, essa energia divina que, no ser humano, apresenta-se em forma de consciência, de discernimento, de razão, de amor, de sabedoria.
Na família, esse nobre sentimento encontra campo fértil para desenvolver-se, felicitando os seres frágeis que reiniciam a jornada, bem como aqueles que lhes constituem a segurança.
Por essas e muitas outras razões, a constelação familiar jamais desaparecerá da sociedade terrestre, dando lugar ao enfermiço egoísmo, pelo contrário, superando-o com beleza espiritual.
Acompanhando o processo de evolução que se opera no planeta abençoado, que nos serve de colo de mãe para o crescimento na direção do Genitor Divino, reflexionamos por largo período em torno da família e reunimos, no presente livro, trinta temas que dizem respeito à afetividade, ao mecanismo de desenvolvimento espiritual e moral do ser humano, como singela contribuição em favor da constelação doméstica.
Reconhecemos a singeleza das abordagens, a falta de informações que ainda não tenham sido apresentadas por outros estudiosos das questões abordadas, porém, considerando a valiosa contribuição do Espiritismo para o desenvolvimento ético-moral do espírito, oferecemos nossa modesta cooperação como um pouco do fermento, que pode fazer crescer a massa que se transformará em pão mantenedor da vida.
Agradecendo ao Senhor Jesus pela oportunidade que nos concede de servir na sua seara, somos sua servidora humílima.
Salvador, noite de Natal de 2007
Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco

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