regeneração do planeta terra

NO RUMO AO MUNDO REGENERADO

MENSAGEM DE REGENERAÇÃO – DR. BEZERRA DE MENEZES

Aqui nos encontramos para produzir as bênçãos de Deus dentro de nossas existências. Vivem-se hoje, na Terra, crises de muitas denominações. A criatura humana perdeu o endereço de Deus e, por isso, também perdeu o endereço de si mesma. O prazer, as utopias, as necessidades do encantamento frívolo, as distrações preenchem os espaços do viajante terrestre que viaja sem saber exatamente para onde. Não é de estranhar as pessoas se interrogando: qual é o objetivo essencial da minha vida?
Se dúvidas e incógnitas pairam nas vossas interrogações existenciais, abri o evangelho de Jesus e leia uma frase, leia um artigo que possa significar resposta dos céus às sombras do desencanto, e deixai-vos arrastar pela misericórdia do Senhor. Não estais a sós, ninguém está abandonado, mas é natural que para identificar o acompanhamento, consulte-se a consciência. Busque o silêncio interior para escutar a música delicada do mundo espiritual.
Estais convidados para implantar o reino de Deus na Terra, não vos aflijais, tende tento, tornai preciosas as vossas vidas. Falamos a Deus, orando. Deus nos responde, inspirando-nos. E quando o Pai deseja ajudar alguém, utiliza-se de nós para o socorro. Tornai-vos as mãos de Jesus acariciando a dor, a palavra de conforto moral do Mestre apontando caminhos, os pés que andam ao lado do padecente para impedir que ele tombe.
Vós sois os chamados desta hora, reflexionai. Filhas e filhos queridos, o Senhor necessita de nós, quanto Dele necessitamos. Este é o nosso momento divino de libertação. Contemplemos os prazeres que já fruímos e verificaremos que passaram, deixaram sabor amargo ou um desejo de tormentosa repetição. Mas se nos deleitarmos com a presença de Cristo dentro de nós, então, a paz, a perfeita alegria e a esperança tomarão conta das nossas vidas. Sede alegres, viveis em paz.
São os votos dos espíritos amigos aqui presentes, que nos pedem para transmitir-vos a mensagem da sua afetividade. Com carinho, o abraço terno do velho servidor e humilde amigo paternal Bezerra de Menezes.

Muita paz, meus filhos.

Bezerra de Menezes
Médium Divaldo Pereira Franco

 

A PRIMEIRA REENCARNAÇÃO NO PLANETA TERRA

– “Você tem certeza que quer encarnar na Terra?”
– Totalmente. A decisão está tomada.

– “Você está ciente dos desafios que enfrentará?”
– Eu nunca encarnei naquele planeta antes, então não sei o que realmente significam os conceitos de “medo”, “dor”, “solidão” ou “tristeza”. Talvez o que mais me preocupe seja o da “morte” … Não entendo a ideia de deixar de existir para sempre: isso é impossível, mas os humanos acreditam que é assim. Seja como for, minha alma quer “descer” e experimentar tudo isso, trazer minha luz e contribuir com meu ser para a mudança de consciência.
– Quando você está lá embaixo, limitado pelo corpo físico e se perguntando o que faz naquele lugar, “entenderá” … Desse estado de consciência, você não pode nem intuir o que significa experimentar densidade e limitação.
– “Eu assumo o desafio …
– Então, se essa é a sua vontade, só posso lhe desejar uma feliz viagem pelo mundo tridimensional e lembrá-lo de que estaremos com você, a partir desta dimensão, observando-o e guiando-o. Se você conseguir abrir o seu coração o suficiente, uma tarefa que não é nada simples, você será capaz de “ouvir” e perceber nossos sinais.
– “E qual é a melhor maneira de abrir o coração?”
– “Preste atenção nele.” Escute sua voz interior. Deixe-se ir e deixe ir a resistência, as coisas na Terra não são como você deseja … Aceite-se, em resumo, como você é. Somente dessa maneira você pode aceitar os outros e honrar o aprendizado deles. A paz e o amor, que surgirão em você como resultado dessa aceitação, automaticamente o colocarão em “contato” conosco.
– “Ok, eu vou manter isso em mente.”
– “Não, meu amigo … você vai se esquecer.” São as regras. Você terá que se lembrar disso na medida que seu corpo físico, já contaminado com julgamentos, apegos e crenças negativas, cresce e se torna adulto. A luz da sua alma deve emergir através das trevas do medo, desconfiança e incompreensão. Confie, nosso amado: temos certeza de que você será capaz de alcançá-lo.
– O que é isso?
– “É a barriga da sua mãe terrena.” E aquele pequeno embrião com membros que você pode ver por dentro é o corpo físico no qual você encarnará. Boa viagem, alma das estrelas!
Guido Antonio Barreto

Progressão dos Mundos

O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o termo final de todas as coisas, é apenas uni meio de se chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e nada sofre o aniquilamento.
Ao mesmo tempo que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada em a Natureza permanece estacionário. Quão grandiosa é essa ideia e digna da majestade do Criador! Quanto, ao contrário, é mesquinha e indigna do seu poder a que concentra a sua solicitude e a sua providência no imperceptível grão de areia, que é a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos homens que a habitam!
Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado inferior ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus. – Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 3. Item 19.

As Três Revelações: Moisés, Cristo e Espiritismo

Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los: – porquanto, em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto. (S. MATEUS, cap. V, vv. 17 e 18.)

MOISÉS

Na lei mosaica, há duas partes distintas: a lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Uma é invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.

A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:

I. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. – Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano.
II. Não pronunciareis em vão o nome do Senhor, vosso Deus.
III. Lembrai-vos de santificar o dia do sábado.
IV. Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.
V. Não mateis.
VI. Não cometais adultério.
VII. Não roubeis.
VIII. Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo.
IX. Não desejeis a mulher do vosso próximo.
X. Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas que lhe pertençam.
É de todos os tempos e de todos os países essa lei e tem, por isso mesmo, caráter divino. Todas as outras são leis que Moisés decretou, obrigado que se via a conter, pelo temor, um povo de seu natural turbulento e indisciplinado, no qual tinha ele de combater arraigados abusos e preconceitos, adquiridos durante a escravidão do Egito. Para imprimir autoridade às suas leis, houve de lhes atribuir origem divina, conforme o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do homem precisava apoiar-se na autoridade de Deus; mas, só a ideia de um Deus terrível podia impressionar criaturas ignorantes, em as quais ainda pouco desenvolvidos se encontravam o senso moral e o sentimento de uma justiça reta. E evidente que aquele que incluíra, entre os seus mandamentos, este: “Não matareis; não causareis dano ao vosso próximo”, não poderia contradizer-se, fazendo da exterminação um dever. As leis mosaicas, propriamente ditas, revestiam, pois, um caráter essencialmente transitório.

O CRISTO

Jesus não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus; veio cumpri-la, isto é, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens. Por isso é que se nos depara, nessa lei, o principio dos deveres para com Deus e para com o próximo, base da sua doutrina. Quanto às leis de Moisés, propriamente ditas, ele, ao contrário, as modificou profundamente, quer na substancia, quer na forma. Combatendo constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, por mais radical reforma não podia fazê-las passar, do que as reduzindo a esta única prescrição: “Amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo”, e acrescentando: aí estão a lei toda e os profetas.
Por estas palavras: “O céu e a Terra não passarão sem que tudo esteja cumprido até o último jota”, quis dizer Jesus ser necessário que a lei de Deus tivesse cumprimento integral, isto é, fosse praticada na Terra inteira, em toda a sua pureza, com todas as suas ampliações e consequências. Efetivamente, de que serviria haver sido promulgada aquela lei, se ela devesse constituir privilégio de alguns homens, ou, sequer, de um único povo? Sendo filhos de Deus todos os homens, todos, sem distinção nenhuma, são objeto da mesma solicitude.
Mas, o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina. Ele viera ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim a que é vivida no reino dos céus; viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humanos. Entretanto, não disse tudo, limitando-se, respeito a muitos pontos, a lançar o gérmen de verdades que, segundo ele próprio o declarou, ainda não podiam ser compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos implícitos. Para ser apreendido o sentido oculto de algumas palavras suas, mister se fazia que novas ideias e novos conhecimentos lhes trouxessem a chave indispensável, ideias que, porém, não podiam surgir antes que o espírito humano houvesse alcançado um certo grau de madureza. A Ciência tinha de contribuir poderosamente para a eclosão e o desenvolvimento de tais ideias. Importava, pois, dar à Ciência tempo para progredir.

O ESPIRITISMO

O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo. Ele no-lo mostra, não mais como coisa sobrenatural, porém, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar atuantes da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje incompreendidos e, por isso, relegados para o domino do fantástico e do maravilhoso. E a essas relações que o Cristo alude em muitas circunstâncias e dai vem que muito do que ele disse permaneceu ininteligível ou falsamente interpretado. O Espiritismo é a chave com o auxilio da qual tudo se explica de modo fácil.
A lei do Antigo Testamento teve em Moisés a sua personificação; a do Novo Testamento tem-na no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, sim pelos Espíritos, que são as vozes do Céu, em todos os pontos da Terra, com o concurso de uma multidão inumerável de intermediários. É, de certa maneira, um ser coletivo, formado pelo conjunto dos seres do mundo espiritual, cada um dos quais traz o tributo de suas luzes aos homens, para lhes tornar conhecido esse mundo e a sorte que os espera.
Assim como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, também o Espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.” Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 1.

Mundos Regeneradores

Entre as estrelas que cintilam na abóbada azul do firmamento, quantos mundos não haverá como o vosso, destinados pelo Senhor à expiação e à provação! Mas, também os há mais miseráveis e melhores, como os há de transição, que se podem denominar de regeneradores. Cada turbilhão planetário, a deslocar-se no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo seus mundos primitivos, de exílio, de provas, de regeneração e de felicidade.
Já se vos há falado de mundos onde a alma recém-nascida é colocada, quando ainda ignorante do bem e do mal, mas com a possibilidade de caminhar para Deus, senhora de si mesma, na posse do livre-arbítrio. Já também se vos revelou de que amplas faculdades é dotada a alma para praticar o bem. Mas, ah! há as que sucumbem, e Deus, que não as quer aniquiladas, lhes permite irem para esses mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, regeneram e voltam dignas da glória que lhes fora destinada.
Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis.
Nesses mundos, todavia, ainda não existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O homem lá é ainda de carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação.
Comparados à Terra, esses mundos são bastante ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel. Contudo, menos absorvido pelas coisas materiais, o homem divisa, melhor do que vós, o futuro; compreende a existência de outros gozos prometidos pelo Senhor aos que deles se mostrem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida. Então, liberta, a alma pairará acima de todos os horizontes. Não mais sentidos materiais e grosseiros; somente os sentidos de um perispírito puro e celeste, a aspirar as emanações do próprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam.
Mas, ah! nesses mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há perdido completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então, novas e mais terríveis provas o aguardam.
Contemplai, pois, à noite, à hora do repouso e da prece, a abóbada azulada e, das inúmeras esferas que brilham sobre as vossas cabeças, indagai de vós mesmos quais as que conduzem a Deus e pedi-lhe que uni mundo regenerador vos abra seu seio, após a expiação na Terra. – Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 3.

Cristo e Nós

“E disse-lhe o Senhor em visão: – Ananias! E ele respondeu: – Eis-me aqui, Senhor!” (Atos dos Apóstolos, 9:10)
Os homens esperam por Jesus e Jesus espera igualmente pelos homens.
Ninguém acredite que o mundo se redima sem almas redimidas.
O Mestre, para estender a sublimidade do seu programa salvador, pede braços humanos que o realizem e intensifiquem. Começou o apostolado, buscando o concurso de Pedro e André, formando, em seguida uma assembléia de doze companheiros para atacar o serviço da regeneração planetária.
E, desde o primeiro dia da Boa Nova, convida, insiste e apela, Junto das almas, para que se convertam em instrumentos de sua Divina Vontade, dando-nos a perceber que a redenção procede do Alto, mas não se concretizará entre as criaturas sem a co laboração ativa dos corações de boa-vontade.
Ainda mesmo quando surge, pessoalmente, buscando alguém para a sua lavoura de luz, qual aconteceu na conversão de Paulo, o Mestre não dispensa a cooperação dos servidores encarnados. Depois de visitar o doutor de Tarso, diretamente, procura Ananias, enviando-o a socorrer o novo discípulo.
Por que razão Jesus se preocupou em acompanhar o recém convertido, assistindo-o em pessoa? É que, se a Humanidade não pode iluminar-se e progredir sem o Cristo, o Cristo não dispensa os homens na obra de soerguimento e sublimação do mundo.
“Ide e pregai”.
“Eis que vos mando”.
“Resplandeça a vossa luz diante dos homens”.
“A Seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros”.
Semelhantes afirmativas do Senhor provam a importância por ele atribuída à contribuição humana.
Amemos e trabalhemos, purificando e servindo sempre.
Onde estiver um seguidor do Evangelho aí se encontra um mensageiro do Amigo Celestial para a obra incessante do bem.
Cristianismo significa Cristo e nós.
XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 17.

Mundo de Regeneração:

o que é regeneração no Espiritismo?

O progresso é uma Lei Universal. Tudo progride, o mundo físico, as pessoas encarnadas e também os espíritos na espiritualidade maior.
Os planetas, como abrigo ou casa para seus habitantes também sofrem mudanças e progridem fisicamente a fim de receber espíritos cada vez mais evoluídos.
Se você soubesse que estamos migrando de um planeta de provas e expiações para um planeta de regeneração, qual seria a sua percepção sobre os acontecimentos atuais onde tudo parece um caos? É que na verdade estamos em transição.
O conhecimento em relação à esta transição planetária, certamente, fornece uma outra perspectiva acerca das aflições encontradas e passamos a encará-las como inerentes a este processo de transformação para melhor.
Afinal, é a dor do processo para um futuro mais promissor, conforme previsto por Jesus em seu Sermão Profético.
Um mundo de regeneração está sendo organizado para todos, com condições superiores às que existem hoje.
Mas, para isso, precisamos nos preparar.
Quer saber mais sobre o assunto?
É só avançar na leitura e acompanhar o conteúdo até o final.

O que é um mundo de regeneração?

Se você procurar o significado de mundo no dicionário, vai encontrar por definições relacionadas ao planeta Terra.
Isso porque, para a ciência tradicional, até o momento, o globo terrestre é o único lugar que possui habitantes.
Entretanto, para o Espiritismo, há diversos mundos habitados além deste orbe.
Cada um deles possui sua civilização em diferentes estágios de evolução.
Há, por exemplo, planetas em estágios primitivos, mundos de expiação e provas como o nosso e mundos superiores, como os mundos de regeneração e os planetas ditosos ou felizes. Esta é a chamada “escala espírita” dos estágios de desenvolvimento dos planetas ou mundos habitados descrita por Allan Kardec no Capítulo III de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Um mundo de regeneração, portanto, é uma situação planetária mais elevada do que a que vivemos.
Nela também estamos nós, espíritos encarnados, mas que poderão alcançar graus morais mais adiantados.
Isto é, estamos nos tornando espíritos menos apegados à matéria e que, embora ainda precisemos desenvolver a inteligência e a bondade, já estamos à frente em alguns quesitos. E para continuarmos neste desenvolvimento e progresso, precisamos de um planeta também melhor, que nos ofereça condições melhores de vida, sem tantos problemas que vivemos hoje, para nos preocuparmos mais com o nosso lado espiritual.

Classificação dos mundos

Como disse Jesus Cristo, “há muitas moradas na casa de meu Pai” (João 14:1 a 3).
Além do mundo de regeneração, do qual já mencionamos, há outros planetas que são habitados pelos espíritos.
Cada um deles possui características próprias.
Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec classifica os mundos da seguinte forma:

Mundos primitivos

São lugares destinados às primeiras encarnações do espírito.
Isso quer dizer que os habitantes desses mundos estão no início do progresso espiritual.
Dessa forma, ainda possuem mazelas morais expressivas.

Mundos de provas e expiações

Esses planetas , por sua vez, são designados para os espíritos que já possuem algum grau de adiantamento.
Contudo, apesar de terem consciência em relação à prática do bem, o mal ainda é predominante.
Por essa razão, são submetidos a provas e expiações para que possam corrigir suas falhas e progredir espiritualmente.

Mundos de regeneração

Como vimos, os mundos de regeneração são esferas que abrigam os espíritos que estão em graus mais elevados do que aqueles que pertencem aos mundos de provas e expiações.
Mesmo assim, ainda têm o que expiar para aperfeiçoar os atributos morais.

Mundos ditosos

Os mundos ditosos, por sua vez, são lugares para espíritos mais evoluídos.
Nesses ambientes, o bem sobrepuja o mal.
Todos podem gozar da felicidade plena.

Mundos celestes ou divinos

São as esferas mais elevadas entre os mundos.
Nelas, vivem os espíritos que depuraram todas as suas falhas.
Nos mundos celestes ou divinos, reina puramente o bem.
 

Características do mundo de regeneração

No mundo de regeneração, o homem ainda precisa se depurar, mas ele já experimenta uma aurora da felicidade plena.
Segundo Kardec no livro A Gênese, no capítulo Os Tempos São Chegados, “Será o reinado da felicidade, porquanto diz Ele que – ‘depois dos dias de aflição, virão os de alegria’”.
As condições do mundo de regeneração já se revelam em caráter de paz.
Além do crescimento moral perceptível, outras características como a compreensão do espírito e a rejeição do materialismo podem ser notadas.
O amor ao próximo e a caridade se tornam a base das relações sociais.

O que está acontecendo com o mundo?

Nos últimos anos, muito tem se discutido e refletido sobre tudo que está acontecendo no mundo.
Isso porque eventos diversos têm causado sentimentos de aflição na humanidade.
A pandemia do coronavírus é um exemplo.
No livro A Gênese, de Allan Kardec, situações desse tipo são relatadas:
“(…) Há, primeiramente, a predição das calamidades de todo gênero que assolarão e dizimarão a humanidade, calamidades decorrentes da luta suprema entre o bem e o mal, entre a fé e a incredulidade, entre as ideias progressistas e as ideias retrógradas.”
Todos esses sinais e sintomas fazem parte dos novos tempos que são chegados.
Trata-se da transição planetária.
Isto é, a mudança de dimensão espiritual da Terra.

Futuro espiritual da Terra

A transição planetária é um processo em que a Terra deixa de ser um planeta de provas e expiações para se tornar um mundo de regeneração.
Para isso, os espíritos menos evoluídos que habitam este orbe não se afinizam com a psicosfera (qualidades morais dos outros habitantes) e precisam dar lugar aos espíritos que se encontram em graus mais avançados de evolução.
Dessa forma, o futuro da humanidade, segundo o Espiritismo, conta com espíritos mais evoluídos, que serão responsáveis por impulsionar o progresso da Terra.
Muitos deles, inclusive, estão se preparando para reencarnar.
Segundo Divaldo Franco, 200 mil espíritos altamente evoluídos retornarão à Terra em 2025.
Esse será um importante marco da transição planetária.

Quando termina a transição planetária?

A mudança da Terra é gradativa.
Afinal, para se tornar um mundo de regeneração, é preciso muita preparação.
A transição já vem acontecendo há bastante tempo, e a previsão é de que o mundo esteja regenerado em 2057, segundo Emmanuel, guia espiritual de Chico Xavier, no livro Plantão de Respostas.
De acordo com a espiritualidade, a fase com mudanças mais perceptíveis ocorre entre 2012 e 2052.
Já os eventos mais significativos ficam marcados para o intervalo entre 2020 e 2025.

O que fazer nesse processo de transição?

Como filhos de Deus, temos o dever de compreender seus desígnios, manter a fé e confiar em sua sabedoria.
Mas devemos nos lembrar sempre de que temos responsabilidade com o mundo em que vivemos.
Por isso, precisamos contribuir com a transição planetária.
No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo III, Santo Agostinho faz uma importante reflexão sobre os Mundos Regeneradores.
Para finalizar a mensagem, ele escreve:
“(…) Contemplai, pois, à noite, à hora do repouso e da prece, a abóbada azulada e, das inúmeras esferas que brilham sobre as vossas cabeças, indagai de vós mesmos quais as que conduzem a Deus e pedi-lhe que um mundo regenerador vos abra seu seio após a expiação na Terra.”
A prece, certamente, é parte indispensável nesse processo.
Elevar os pensamentos a Deus e pedir orientações aos espíritos superiores é de suma importância na fase de mudança da Terra.
Aprender a lidar com as emoções que, por vezes, se descontrolam diante dos fatos, também é um passo fundamental.
E não podemos nos esquecer ainda das nossas ações.
Já não estamos em um grau de ignorância que atenua nossas falhas em virtude do livre-arbítrio.
Além disso, se quisermos viver em um mundo de regeneração, precisamos nos firmar na senda do bem.
“O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba de onde vem, para onde vai e por que está na Terra; um chamamento aos verdadeiros princípios da lei de Deus e consolação pela fé e pela esperança.”

Allan Kardec

Não basta fazer de JESUS o benfeitor que orienta, protege e cura, é indispensável transformá-lo em padrão permanente em sua vida por exemplo e modelo de cada dia… 
Emmanuel

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