universo infinito liberdade e perfeição divina

O AMOR INFINITO A LIBERDADE E A PERFEIÇÃO DIVINA

O AMOR INFINITO A LIBERDADE E A PERFEIÇÃO DIVINA

Disse-lhes Jesus: “A minha comida é fazer eu a vontade daquele que me enviou, a cumprir sua obra.” (João 4:34)

Ressurreição

Não aguardes o futuro para descerrar os olhos à própria ressurreição.
O atalho do amor puro consegue reduzir as sinuosidades da senda que nos cabe trilhar para a comunhão com o Senhor.
É possível o nosso renascimento ainda agora.

Para isso, porém, não guardes o coração na rígida armadura das palavras, incapacitando-lhe a movimentação no Infinito Bem.
O Evangelho não é um prontuário de fórmulas inexequíveis.

Não se reduz a museu de símbolos mortos, nem se resume a ensinamentos que os séculos hajam sentenciado ao abandono.
Lembra-te de que Jesus não é um Mestre distante. É o Amigo Divino e Eterno, em nossas atividades de cada dia, convocando-nos à assimilação da Vida Superior.
Ouçamos-lhe a voz, no âmago da consciência.
Fujamos à intoxicação mental da cultura mal conduzida.
Apaguemos o fogo da crítica no altar de nossa vida de relação.
Evitemos a imobilidade da lição redentora no leito das frases brilhantes.
Indispensável reconstruir as causas para que os resultados se modifiquem.
Uma renovação integral do nosso modo de ser se nos reclama nos santuários da Nova Revelação, a fim de que a vida se reerga por nosso intermédio.
É imprescindível recordar que o Nome de Jesus se encontra empenhado em nossas mãos.
E, compreendendo que o tempo ser-nos-á sempre o juiz sereno e justo, evitemos as longas curvas das reencarnações expiatórias em nossa marcha para o Alto.
Façamos o melhor ao nosso alcance, refletindo o Cristo em nossa própria consciência e, nessa diretriz salvadora, estejamos convictos de que para nós a Divina Ressurreição começará desde hoje.
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
Espírito: Emmanuel.
Livro: Bênçãos de amor — Autores diversos.

Jesus nos abençoe:
O amor é como a árvore dadivosa cuja fronde, guarnecida de virentes folhas e de ótimo aspecto vital, convida o viajor faminto e sem forças para prosseguir na caminhada, a comer do seu fruto maduro e apetitoso para revigorar-se. A árvore dá tudo de si: frutos, sombra, abrigo, proteção, sem nada reclamar em seu favor.
O amor é uma árvore sublimada na sua missão de ternura: alimenta esperanças na caminhada para a luz que nos espera, unindo-nos num só foco de carinho, onde o Amor Eterno nos buscará para que também possamos irradiar em derredor de nós as puras vibrações nele concentradas.
Aprendemos, nas grades e sublimes lições de Jesus, o roteiro que devemos seguir para encontrar o Grande Amor que está, latente, dentro de nós, a fim de que sejamos capazes de irradiá-lo ao nos integrarmos no conhecimento da Verdade.
***
Regressava Jesus da Betânia, quando avistou à beira da estrada uma figueira adornada e belas folhas, supondo estivesse ela cheia de figos. Era natural que pensasse assim, pois, como sucede a muitas outras árvores, a figueira, quando está revestida de folhas verdes, costuma ostentar belos e adocicados frutos.
Quando as folhas amarelecem e caem é porque a árvore já não tem mais frutos ou, se ainda os tem, não prestam, estão empestados, como comumente se diz. A árvore está doente. Ora, a figueira que atraiu a atenção de Jesus mostrava vigor nas suas folhas verdes e firmes. Parecia, portanto, ter frutos excelentes.
Jesus sabia que a árvore não era culpada de tal anormalidade, mas como quase sempre aproveitava as oportunidades para deixar valiosos ensinamentos, transformou o episódio em soberba lição para mostrar que a criatura inútil, egoísta, imprestável. vaidosa, vale tanto quanto a figueira bonita, vistosa, mas incapaz de dar bons frutos. Por isso, depois de olhar a árvore alguns instantes, objetivando fixar no exemplo uma conclusão de natureza moral, disse:
– Nunca mais de ti nascerão frutos!
Não será difícil compreender que essa valiosa lição encerra uma advertência para que saibamos cumprir nossos deveres de fraternidade e amor para com os nossos semelhantes.
Se não temos frutos para dar na hora necessária em que os nossos irmãos necessitam de ajuda, de que servirá aparentarmos tardiamente a nossa colaboração, quando já não poderão ser úteis? Quantas almas clamam pelos bons frutos da vida e vêm até nós esperançadas de que as poderemos atender!
Ao se aproximarem, entretanto. ficam decepcionadas, porque, apesar da aparência que exibimos, tal como a figueira cheia de belas folhas verdes, nada temos para lhes dar, senão promessas, promessas, promessas – folhas, folhas, folhas , onde encontrarão apenas a estéril louçania da nossa vaidade!
Aquele que vinha cansado e faminto, seguiu seu destino, ávido por achar algo que lhe mitigasse a fome e lhe propiciasse repouso. Apenas achou quem, sem préstimo, ocupava o lugar de outro que poderia ser muito bem o servo fiel e útil nas miraculosas mãos da Natureza.
Assimilemos e exemplifiquemos o fecundo ensinamento de Jesus, que deu ao mundo os preciosos frutos do seu imenso amor, espalhando pela humanidade, ternura, bondade, justiça e paz interior, através da explanação da Verdade. Os que nele já colheram os frutos da remissão pelo amor, reconquistando a vitalidade necessária à multiplicação do bem na Terra, retomaram com fé e determinação o caminho de luz que levará ao Pai amantíssimo .
Que o amor de Jesus desça sobre os vossos corações, como sementes benditas, fazendo renascer em outros corações a árvore do Bem, na qual as folhas verdes indiquem com segurança a existência de saborosos frutos de devotamento ao próximo para a felicidade do mundo.
Jesus nos abençoe. – BEZERRA DE MENEZES
(Mensagem recebida pelo fundador e orientador de nossa Casa, Azamor Serrão, e publicada em O Cristão Espírita, em sua edição No. 13 – Agosto e Setembro de 1967)

Nosso Universo…

Quem costuma ler livros de história ou quem acompanha o noticiário policial ou o dos conflitos pelo planeta, muitas vezes se sente impotente, impressionado com a quantidade de maldade que existe no mudo. Tantas guerras, tanta ganância, fanatismo e desprezo pela vida do próximo.
A impressão que sem tem é a de que o mundo é um oceano infinito de maldade.
A primeira coisa que devemos ter em mente é que o mal em si não existe, o que chamamos de “mal” é a manifestação da ignorância do bem. Existem muitos ignorantes e movimentos que representam essa ignorância do bem, que são capazes de gerar muito sofrimento, mas não existem forças do mal ou uma divisão entre poderes do bem e do mal, apenas espíritos bons e espíritos ainda ignorantes a caminho de se tornarem bons.
A outra coisa que devemos sempre considerar é que todo o sofrimento do mundo e toda a maldade do mundo inteiro com seus quase 8 bilhões de habitantes não são nada num universo infinito.
A parcela de maldade que podemos testemunhar no mundo inteiro é uma fração minúscula se comparada com todo o universo.
Temos a consciência de que devemos ser bons, devemos agir para melhorar o nosso mundo na medida do possível. Mas por mais que nos esforcemos, a mudança que podemos fazer no mundo é obviamente muito limitada e relativamente insignificante num universo infinito.
Se olharmos apenas para o que existe de ruim no nosso mundo, a impressão será sempre a de que a maldade é imensa, infinita e que nada do façamos poderia contribuir para melhorar. Mas se igualmente olhássemos apenas para o que existe de bom, ficaríamos também com uma impressão distorcida, achando que o mundo é feito só de pessoas bem intencionadas e que agem somente em prol do bem maior.
A tendência de acharmos que o mundo é um infinito de maldade é fruto de nossa mania de olhar mais para o lado negativo.
É difícil lidar com a matemática do infinito, mas é fácil perceber que não existe motivo para acreditar que o universo é um infinito de maldade, no mínimo seriam dois lados equivalentes.
Sendo o universo infinito, naturalmente existe uma infinidade de mundos piores do que o nosso, mas é claro também um infinidade de mundos melhores do que o nosso.
Deixando um pouco de lado estas questões impossíveis de serem compreendidas por espíritos limitados como somos, a única certeza que podemos ter é a de que a marcha da evolução é irreversível.
Os espíritos só caminham do estágio inferior para o superior, vão de tristes e ignorantes que podem praticar o mal, para se tornarem esclarecidos e praticantes do bem, que por isso são felizes.
Cada um de nós está situado exatamente entre duas metades infinitas de espíritos superiores e espíritos inferiores, estamos no centro do nosso universo particular.
Aqui do nosso ponto de vista particular, não existe motivo para se desesperar pelo fato de existirem uma infinidade de espíritos sofredores no universo, que sofrem sem que possamos fazer algo para ajuda-los.
Assim como também não deveria ser motivo para ficarmos tranquilos e apáticos ao saber que existe uma infinidade de espíritos bons e felizes que não precisam de nossa ajuda.
Só o que importa aqui na nossa posição única no universo é o que fazemos e como afetamos a vida daqueles espíritos próximos a nós.
Qual o impacto positivo ou negativo que causamos não em todo o universo, ou em todo o planeta, país ou cidade, mas o nosso restrito grupo de pessoas próximas, aquelas que realmente podem ser influenciadas por nossas boas ou más ações.
Costumo ver pessoas dizerem “esse mundo tá perdido” em tom meio que de brincadeira, mas também outros que realmente se deixam levar por essas falas exageradas e bem humoradas e começam a levar essas ideias pessimistas a sério.
Repetem frases como “esse mundo é cheio de maldade” ou “o ser humano não presta”, também outros que dizem terem tomado a decisão de não terem filhos porque não querem trazer alguém para um mundo “tão cheio de maldade”.
Mas o espiritismo nos mostra que o espirito em evolução, só aprende a maioria das suas lições sofrendo os percalços da vida aqui na terra. As dificuldades, as disputas e os conflitos de um mundo material como o nosso, fornecem as oportunidades perfeitas para o tipo de aprendizado que os espíritos deste planeta necessitam adquirir.
Gostemos ou não, a terra é cheia de espíritos muito parecidos com nós mesmos, a “maldade” que enxergamos nos outros pode ser muito parecida com a “maldade” que, sem que percebamos, alguém pode enxergar em nós em outra situação.
O convívio com diferentes espíritos, cada um com os seus defeitos e necessidades de aprendizado particulares, serve como um reforço daquelas lições que talvez já tenhamos aprendido, mas que ainda precisam ser reforçadas e gravadas definitivamente.
O erro do próximo reforça a nossa convicção de que temos de tomar cuidado para nunca mais cometer aquele mesmo erro, pois, no passado todos fomos espíritos ignorantes ou “maus” e quase com certeza já cometemos atos muito parecidos.
Assim, não faz muito sentido o desalento diante da realidade de que existe um universo de tristeza, porque ao fazermos isto estamos ignorando o universo igualmente imenso de felicidade a que ainda não temos muito acesso.
A sensação de estar cercado de espíritos maus, sofredores e infelizes tem mais a ver com o nosso meio, o nosso estado evolutivo inferior que nos coloca junto de espíritos igualmente inferiores. Mas esta sensação é também um bom sinal, um sintoma de que ao invés de estarmos acomodados e “nadando na lama”, o sofrimento e os erros dos outros já nos incomodam bastante.
A insatisfação com o estado do mundo é um indicativo de que estamos evoluindo e já conseguimos, pelos menos em alguns pontos, pensar acima da maioria e temos vontade de fazer algo para mudar para melhor o nosso minúsculo espaço no universo.
Podemos nos desesperar com o “universo de maldade” e achar erroneamente que tudo está perdido e que estamos impotentes.
Mas muito melhor do que isso, é perceber que tudo o que enxergamos de ruim no mundo são erros que muito provavelmente já cometemos no passado, mas que já superamos e aprendemos a não cometer novamente, assim o “universo de maldade” é um universo de pessoas que precisam aprender algumas das lições que já podemos ensinar, um universo de oportunidades de fazer o bem.
José da Silva de Jesus
“Se eu não tivesse encontrado Jesus no espiritismo, eu não teria ficado.”
Chico Xavier

FLOR DO CÉU

Jesus nos abençoe.
Filhos, o Consolador prometido pelo meigo Rabi da Galileia, quando disse: “mas o Consolador- o Espirito da Verdade, que meu pai enviará em meu nome, ensinará todas as coisas e vos fará lembrar tudo o que eu vos lenho dito”, está plenamente identificado na Terra com o advento do Espiritismo.
Surgem médiuns em todas as partes do mundo. Antes da Codificação os médiuns eram chamados Profetas pelos antigos. Esses Profetas anunciavam tudo a respeito do Salvador, das mais importantes às mínimas coisas. Eram homens a quem Deus concedia o privilégio de ver o futuro.
Por isso eram também chamados Videntes. Gozavam de grande influência junto ao povo de Israel, porque através deles Deus enviava as Suas mensagens, falando acerca do Redentor, outras vezes revelando as Suas vontades, repreensões e provações que teriam de suportar. Os Profetas – ou médiuns – levavam vida pura e santa, para que o Espírito Santo deIes se servissem.
Espírito Santo, segundo a compreensão de algumas tradições religiosas, é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, mas nós – Espiritas – sabemos que essa expressão designa uma plêiade de Espíritos puros, iluminados pelo amor de Jesus, os quais, através de médiuns, trazem Suas mensagens do Céu.
Apesar da grande autoridade dos Profetas sobre todos, pois até os reis lhes obedeciam, foram já naquele tempo perseguidos e sacrificados, porque lidavam contra os vícios e prediziam castigos que às vezes não tardavam. Vejamos as profecias relativas ao Cristo, reveladas pelo Profeta Miqueias, Cap. V. versículo 2: “E tu- Belém», chamada Efrata, és a mais pequenina das cidades de Judá, mas de ti é que há de sair aquele que há de reinar em Israel”. O Profeta Isaías revela no Cap. 7. vers. 14: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho e seu nome será Emanuel (Deus conosco)”.
Essa virgem, de que Deus fala aqui pelo Profeta, é Maria Santíssima, nosso Anjo Tutelar, Mãe simbólica de toda a Humanidade. Vivia ela na aldeia de Nazaré, na Galileia. Era uma jovem bela, virtuosa em seu espirito virginal pela pureza de seu caráter.
Os seus contemporâneos sabiam que ela , embora pobre, descendia do Rei Davi e estava prometida em casamento ao carpinteiro José. Não sabiam, porém, que ela era anunciada pelo Profeta como a mulher por Deus predestinada para ser a Mãe do Salvador.
Quando oramos, mergulhamos no coração boníssimo de Deus e ali sentimos a ternura de Maria, que é a flor do Céu a espargir perfume de amor por toda a Humanidade.
Que Jesus, nosso Mestre e Senhor, nos abençoe; que Maria Santíssima nos envolva com seu amor, para que, na estrada em que caminhamos, sejamos fiéis a Deus, nosso Pai.
Bezerra de Menezes
(Mensagem recebida pelo fundador e Orientador-Geral de nossa CASA, Azamor Serrão, e publicada em O Cristão Espírita No. 18, Ed. junho-julho de 1968)

Tratamento e destino

Que o destino pode ser tratado, não há dúvida. E com palavras resumidas, ser-nos-á possível encontrar a chave de semelhante providência, nos exemplos simples da vida.
No processo curativo, o campo doente para mostrar-se recuperado solicita a renovação das células.
Na higiene, o foco enfermiço deve ser extinto, em auxílio à saúde geral.
Na área das construções, esse ou aquele trecho comprometido reclama completo refazimento.
Em agricultura, o escalracho será erradicado para que a lavoura nobre venha a surgir.
Igualmente na vida, êxito e melhoria nascem de comportamento e rumo, tanto quanto rumo e comportamento para o bem e para a felicidade dependem de nossos pensamentos.
Pensamentos positivos em matéria de consciência tranquila, limpeza de intenções, reajuste de maneiras e supressão de hábitos inferiores são suportes indispensáveis para a edificação de vida melhor.
Pense e fará o que pensa.
Faça e você será aquilo que faz.
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
Espírito: Emmanuel/André Luiz.
Livro: Busca e acharás.

 O Pão Nosso de Cada Dia Dá-nos Hoje

O pão nosso de cada dia não é somente o almoço e o jantar, o café e a merenda.
É também a ideia e o sentimento, a palavra e a ação.
Para que reine a saúde com alegria, em torno de nós, precisamos de nossas refeições, mas necessitamos também de paz e esperança, de fé e valor moral.
Com os nossos modos de agir, operamos sobre os outros.
Conversando, distribuímos nossos pensamentos.
Nossos atos influenciam os que nos cercam, segundo as nossas intenções.
Por isso, também os outros nos alimentam com as suas atitudes.
Se estimamos as conversações deprimentes, se buscamos a leitura de natureza inferior, depressa nos vemos alterados e perturbados, sem disso nos apercebermos.
As nossas companhias falam claramente de nós.
Nossas leituras revelam nosso intimo.
Procuremos, desse modo, o pão espiritual que nos garanta a harmonia interior, que conserve o nosso caráter firme sobre os alicerces do bem, que nos guarde contra a maldade e que nos ajude a ser exemplos de compreensão e fraternidade.
Em Jesus temos o pão que desceu do Céu.
E, ainda hoje, o Mestre continua alimentando o pensamento da Humanidade, por intermédio de um Livro – o Evangelho Divino, em que ele nos ensina, através da bondade e do amor, o caminho de nossa felicidade para sempre.
XAVIER, Francisco Cândido. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.

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