MENSAGEM DO NATAL DIA A DIA

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS PAZ NA TERRA AOS HOMENS

Canção para Jesus

Desejava, Jesus,
Ter um grande armazém
De bondade constante,
Maior do que os maiores que conheço
Para entregar sem preço
Às criaturas de qualquer idade
As encomendas de felicidade,
Sem perguntar a quem.

Eu desejava ter um braço mágico
Que afagasse os doentes
Sem qualquer distinção
E um lar onde coubessem
Todas as criancinhas
Para que não sentissem solidão.

Desejava, Senhor,
Todo um parque de amor
Com flores que cantassem,
Embalando os pequeninos
Que se encontram no leito
Sem poderem sair,
E uma loja de esperança
Para todas as mães.

Eu queria ter comigo
Uma estrela em cuja luz
Nunca pudesse ver
Os defeitos do próximo
E dispor de uma fonte cristalina
De água suave e doce
Que pudesse apagar
Toda palavra que não fosse
Vida e felicidade.

Eu queria plantar
Um jardim de união
Junto de cada moradia
Para que as criaturas se inspirassem
No perfume da paz e da alegria.

Eu queria, Jesus,
Ter os teus olhos
Retratados nos meus
A fim de achar nos outros,
Nos outros que me cercam,
Filhos de Deus
E meus irmãos que devo compreender e respeitar.

Desejava, Senhor, que a bênção do Natal
Estivesse entre nós, dia por dia,
E queria ter sido
Uma gota de orvalho
Na noite em que nasceste
A refletir,
Na pequenez de minha condição,
A luz que vinha da canção
Entoada nos Céus:

— Glória a Deus nas Alturas,
Paz na Terra,
Boa Vontade em tudo,
Agora e para sempre!…

 Meimei/Chico Xavier
(Os dois maiores amores, cap. 1)

Prece do Anjo Ismael 

Glória a Deus nas alturas, paz aos homens na Terra! Jesus, bom e amado Mestre, sustenta os teus humildes irmãos pecadores nas lutas deste mundo.
Anjo bendito do Senhor, abre para nós os teus compassivos braços; abriga-nos do mal, levanta os nossos espíritos à Majestade do teu reino, e infunde em todos os nossos sentidos a luz do teu imenso amor.
Jesus, pelo teu sublime sacrifício, pelos teus martírios na Cruz, dá, a esses que se acham ligados ao pesado fardo da matéria, orientação perfeita do caminho e da virtude, o único pelo qual podemos te encontrar.
Jesus, paz a eles, misericórdia aos nossos inimigos e recebe em teu seio bendito a prece dos últimos dos teus servos.
Bendita Estrela, Farol das imortais falanges, purifica-nos com teus raios divinos; lava-nos de todas as culpas, atrai-nos para junto do teu seio, santuário bendito de todos os amores.
Se o mundo com seus erros, paixões e ódios, alastra o caminho de espinhos, escurecendo o nosso horizonte com as trevas do pecado, rebrilha mais com Tua misericórdia, para que seguros e apoiados no Teu Evangelho, possamos trilhar e vencer as escabrosidades do carreiro e chegar às moradas do teu reino.
Amiga Estrela, Farol dos pecadores e dos justos, abre Teu seio divino e recebe a nossa súplica pela Humanidade inteira.

Que Assim Seja! 

Extraída da 57ª edição de PRECES ESPÍRITAS, de Caibar Schutel.

Acalmando as tempestades

Deixa as injúrias no tempo…
Perdoa, auxilia e cala…
A rosa envolve de aroma
O vento que a despetala.
Meimei.
Psicografia de Chico Xavier, livro “Meditações Diárias”, editora IDE.
 
…Quando a luz está bem perto, você reconhece que é Jesus quem está à sua frente. Sorrindo, ele pede que você continue remando, ele diz que você é mais forte que as ondas, que tudo isso vai passar e que você reconhecerá que a dificuldade foi uma escada para seu crescimento.
José Carlos De Lucca

És tu nação querida, escolhida para levar a todo mundo o verdadeiro evangelho de amor sobre as mãos suaves do meigo Jesus.

Vida e amor

Maria Dolores
Ante as provas do mundo a que a vida te lance,
Não te sintas a sós, alma querida,
O amor é a luz dos Céus, em toda parte,
Para a sustentação da própria vida.
Se algo te fere o coração ou pisa o sonho,
Não chores, nem te inclines para trás,
Ama, serve e prossegue construindo
Que o bem se te fará conforto e paz.
Fui ao campo aprender simplicidade
E admirada vi, de alma surpresa,
Que toda a evolução do homem se realiza
Pelo extremado amor da Natureza.
O Solo me explicou: — há milênios recolho
Lixo, pancadaria, lodo e estrume
Mas devo responder aos golpes recebidos
Com celeiros de pão e vagas de perfume.
A Pedreira me disse: — o martelo me oprime,
A dinamite me estraçalha e arrasa
Para doar ao homem segurança,
Na proteção de sua própria casa.
Ouvi, no subsolo, a raiz da Roseira
A esclarecer-me sem quaisquer rancores:
— Ouço dizer que tenho rosas lindas,
Mas nunca vi as minhas próprias flores.
Disse o Minério Bruto: — sei que o fogo
Purificar-me-á, de pedaço em pedaço,
Enviando-me ao corpo do Progresso
Por vínculos de apoio e nervos de aço…
Então reconheci que, em toda a Terra,
Do recurso mais nobre aos mais plebeus
A vida inteira brilha e se aprimora
Sobre o amor e o perdão da grandeza de Deus.
Livro: Seara de Fé
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

As duas virtudes básicas

“Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.
Em todos os seus ensinos, ele aponta essas duas virtudes como sendo as que conduzem à eterna felicidade […]
Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar e o de que dá, ele próprio, o exemplo.
Orgulho e egoísmo, eis o que não se cansa de combater.
E não se limita a recomendar a caridade; põe-na claramente e em termos explícitos* como condição absoluta da felicidade futura.”
(Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XV, 3; FEB, trad. Guillon Ribeiro.)

A mágoa do Chico :vizinha envenena seu cachorro 

O que fazer?
Há muitos anos o Chico possuía um cachorro, que não sei ao certo se nasceu deficiente ou se foi atropelado.
Este animal lhe dava um trabalho muito grande. Madrugada, quando regressava do Centro Espírita, tinha que limpar todo o quarto.
Comprava, com seu diminuto ordenado, uma coberta que não chegava a durar um mês.
Assim foi durante muito tempo.
Certo dia, quando ele chegou, o cachorro estava morrendo.
– Parecia que ele estava me esperando. Olhou-me demoradamente de uma maneira muito terna, fez um gesto com a cauda e morreu. Enterramo-lo no fundo do quintal, não sem derramar muitas lágrimas.
Passaram-se alguns meses e uma das suas irmãs lhe disse:
– Chico, você se lembra daquele cachorro aleijado?
– Olha, vou lhe contar uma coisa. Ele não morreu naturalmente não. Dona Fulana tinha pena de você chegar de madrugada e ter tanto trabalho e, querendo aliviá-lo, deu a ele um veneno.
Ele não sentiu raiva da pessoa (naquele coração não há lugar para isso), mas uma tristeza invadiu-lhe a alma e uma sombra começou a envolver-lhe o coração.
Passados alguns dias o espírito de Emmanuel lhe disse:
– Esta mágoa que você asila no coração está atrapalhando o trabalho dos Bons Espíritos. Você precisa se livrar dela.
– Não consigo esquecer, disse-lhe o Chico.
– Mas é preciso.
– Como fazer?
– Você precisa dar uma grande alegria a ela.
– Eu, dar uma alegria a ela? O ofendido fui eu!
– A receita não é minha. É de Nosso Senhor Jesus Cristo. ‘Fazei o bem aos que vos aborrecem”. Leia o Evangelho.
Obediente e resignado, Chico procurou descobrir o que a pessoa gostaria de ter e ainda não tinha.
Era uma máquina de costura.
Chico comprou, então, uma máquina de costura para pagar em longas prestações.
Quando foi visitá-la, a pessoa estava tão feliz, tão feliz e quando viu o Chico chegando, correu para ele e lhe deu um abraço com tanto amor que uma luz se desprendeu dela e envolveu o Chico da cabeça aos pés.
Quando ela o soltou do abraço, a sombra havia desaparecido.
Eis aí uma receita para quem comete a imprudência de carregar a mágoa no coração.
(Livro Chico, de Francisco – Adelino da Silveira)

Raiva, mágoas e ressentimentos

Toda vez que alguém ou algo se choque com o bem-estar de outra pessoa, com o seu prazer, irá imediatamente produzir a chispa da raiva. Esta poderá abrandar-se logo ou atear incêndio, dependendo da área que tenha atingido.
A raiva é a reação emocional imediata à sensação de se estar sendo ameaçado, sendo que esta ameaça possa produzir algum tipo de dano ou prejuízo.
Não há quem já não tenha sido vítima da raiva. Todos os dias nos deparamos com diversas pessoas, no trabalho, no trânsito, nas conversações cotidianas…sendo estas as mais diversas, portadoras dos mais variados estados de ânimo. Não raro, alguma palavra mal empregada, algum tom de voz equivocado, e então nos sentimos ofendidos, tendo a raiva como reação imediata.
Sentir raiva é atitude natural e normal no quadro das experiências terrenas. Canalizá-la bem, elucidando-a até a sua diluição, é característica de ser saudável e lúcido, conforme assevera a benfeitora espiritual Joanna de Ângelis. Mas como impedir que esta sensação inquietante se alastre e não ocupe mais espaços na nossa mente e sentimentos?
Segundo a nobre mentora de Divaldo Franco, o primeiro passo a ser dado é a aceitação de se estar sentindo raiva. Não há motivos para nos envergonharmos da raiva e do fato de senti-la. Camuflá-la perante atitudes de falsa humildade e santificação são atitudes de quem ilude a si próprio, optando pelo parecer em detrimento do ser.
Em seguida devemos nos indagar: “ Por que fiquei tão bravo ou brava com a atitude daquela pessoa? Por que me deixei atingir tanto? O que esta pessoa fez de tão desagradável a ponto de conseguir me desequilibrar o restante do dia?” Neste momento inicia-se a racionalização da raiva, e então é que percebemos que nós mesmos tivemos uma participação ativa na sua elaboração. Não foi o outro que produziu raiva em mim, pois somos nós que estamos sentindo raiva, logo nós mesmos a produzimos. Está em nós a sua origem e não no exterior.
Como dissemos, a raiva é uma reação emocional que ocorre toda vez que alguém vai de encontro ao nosso bem-estar, de maneira que nos sentimos ameaçados. O que então nos deixou tão ameaçados? Que área do meu ser aquela palavra proferida pelo ofensor atingiu de maneira tão precisa? Por que aquilo que foi dito significou tanto para nós?
A partir desse momento nós começamos a perceber que na verdade a sensação de inferioridade ou de ofensa não foi produzida pelo outro, ela já existia dentro de nós. Seria como se a palavra empregada fosse a chave certa para uma determinada idéia existente dentro de nós mesmos – ela já estava ali – bastava acioná-la.
Decorre daí o enunciado de Joanna de Ângelis, de que “a raiva é o lançamento de uma cortina de fumaça sobre nossos próprios defeitos, a fim de que eles não sejam percebidos pelos outros”, sendo que quanto maior for o complexo de inferioridade da pessoa, mais vulnerável ela será a tudo o que for direcionado a ela do mundo exterior.
Canalizar bem a raiva significa, assim, refletir sobre o porquê de nosso desequilíbrio momentâneo. Da mesma forma, outro recurso deve ser empregado: refletir sobre a origem do ato na outra pessoa. Isso significa perceber que a pessoa estava em desarmonia no momento em que agiu, de forma impensada, produzindo o conflito. Significa tentar perceber que o outro agiu sem nenhuma intenção de produzir o dano que nós agora sentimos.
Isso não significa, de maneira alguma, que devamos ser coniventes com o desrespeito e ironia das pessoas ao nosso redor, as quais agem sem pensar nas consequências de seus atos. Mostrar-se ofendido, mostrar-se desgostoso com a situação, demonstrar os sentimentos de contrariedade e até mesmo a raiva inerente à ofensa são reações perfeitamente normais, de quem respeita a si mesmo e se considera credor do respeito e consideração dos seus semelhantes.
Da mesma forma, dar uma corrida, realizar exercícios físicos ou algum trabalho que leve à exaustão, são recursos valiosos para se diluir a raiva. Extravasar, contar para os amigos como se sente, também são atitudes saudáveis e terapêuticas. O que não se deve fazer é camufla-la, reprimi-la, pois então estaremos oportunizando o surgimento da mágoa e do ressentimento.
Certamente há situações em que a dor nos atinge sem que possamos nos defender. Ocorrências em que ficamos paralisados, sem saber como agir, tamanha nossa surpresa e decepção. Entretanto, parece que nunca estamos preparados para as decepções. Acreditamos que sempre seremos estimados e considerados por todos, e que as pessoas nunca irão nos trair – e então nos magoamos.
A ingratidão e a calúnia ainda fazem parte do orçamento moral da humanidade, e não há quem não se depare com elas em algum momento. Dependendo da pessoa autora do disparo, do lançamento do dardo, este parece penetrar o mais profundo da alma, produzindo enorme sofrimento. Muitas vezes, aquela pessoa em quem nós mais confiávamos nos trai, nos decepciona, nos fere – e a dor então é perfeitamente natural.
Chorar, considerar a ocorrência injusta, demonstrar os sentimentos ao agressor, mostrando-lhe os ferimentos, são atitudes que auxiliam para que a dor diminua e se abrande. Contar aos amigos o ocorrido, demonstrando como se sentiu diante da situação, dizer o quê o magoou, são recursos que colaboram para que a mágoa não se instale na criatura.
Em nenhum momento devemos nos permitir guardar a mágoa, diz o espírito Hammed. Quando a mágoa se instala, o indivíduo vai perdendo aos poucos a alegria de viver, avançando em direção aos estados depressivos e de melancolia – extinguindo-se o prazer pela vida. A mágoa cultivada aloja-se em determinado órgão e o desvitaliza, alterando o funcionamento normal das células. Quando dissimulada e agasalhada nas profundezas da alma, se volta contra o próprio indivíduo, em um processo de autopunição inconsciente. Neste caso, o indivíduo passa a considerar a si próprio culpado pelo ocorrido, e então se pune, a fim de expiar a sua culpa.
Segundo Sigmund Freud, o grande psicanalista do século vinte, todos nós temos uma certa predisposição orgânica para cedermos à somatização de algum conflito. Esta se dá geralmente em algum órgão específico. Desta forma, muitos de nossos adoecimentos repentinos são fruto do que ele chamou de complacência somática. Nós guardamos a mágoa ou “fazemos de conta” que ela não existe. Como os sentimentos não morrem, eles são drenados no próprio ser, ferindo aquele que lhe deu abrigo.
Mais uma vez, assevera Joanna de Ângelis, devemos recorrer à racionalização do ocorrido. Refletirmos sobre o desequilíbrio da outra pessoa, sobre sua insensatez e situação infeliz, o que faz com que a mágoa vá perdendo terreno para a compreensão e impedindo que o acontecimento venha a repetir-se continuamente na mente da criatura através do ressentimento.
O ressentimento é o produto direto da repressão da raiva. Não expressamos nossos sentimentos ao ofensor, não lhe demonstramos nosso desapontamento e desgosto e então passamos a guardá-la, a fim de desferi-la no momento oportuno.
O ressentimento é fruto de nosso atraso moral. Nós guardamos a dor da ofensa a fim de esperar o momento oportuno da vingança, do revide, a fim de sobrepormos nosso ego ferido em relação ao ego do ofensor. Quando isto acontece, um sentimento de animosidade cresce dentro de nós a cada dia, até que a convivência com a outra pessoa se torne insuportável. Um olhar não suporta mais o outro e a relação cessa por completo.
Muitas amizades terminam assim, por falta de diálogo, de sinceridade e humildade em reconhecermos para o outro que ficamos chateados com sua atitude. Casais acumulam memórias de brigas, guardando lembranças de atritos que já ocorreram há meses, sem trocarem sequer uma palavra sobre o assunto, criando um clima silencioso o qual vai tornando o ressentido amargo e infeliz. Assim, há pessoas que possuem sobre o olhar uma “máscara espessa”….que encobre qualquer sorriso…Chegam a nos causar quase medo! É a amargura…que vai retirando toda a alegria de viver da pessoa.
Nós devemos reagir imediatamente ao ressentimento, impedindo o seu desdobramento. Sem dúvida que existem pessoas que se comprazem na calúnia, em proferir ofensas e mentiras sobre toda e qualquer pessoa. Não devemos sintonizar com este tipo de faixa vibratória e aceitar-lhes os dardos infamantes.
Quando optamos por não guardar ressentimentos estamos fazendo um bem a nós mesmos, impedindo a desarmonia e inquietação decorrentes da sua instalação nos painéis das emotividade. O outro, porque em desequilíbrio, receberá os frutos de suas ações, decorrente da faixa em que se encontra.
A causa destes algozes da alma humana, tais como a raiva, a mágoa e o ressentimento, quase sempre é a mesma: a falta de autoestima da criatura, ou seja, a falta de amor por si mesmo. Quando valorizamos em demasia o olhar de amigos, colegas e familiares, estamos nos apoiando em terreno movediço. Nos tornamos apegados e dependentes.
Por outro lado, quanto mais nos descobrimos, quanto mais passamos a desenvolver nossas potencialidades, reconhecendo nossos valores e nossa beleza única, mais seguros nos tornamos, de maneira que a raiva e a mágoa não encontram alicerces para sua instalação.
Aquele que se ama e valoriza não se magoa facilmente e tampouco fica irado com qualquer palavra descabida de um colega de trabalho ou amigo. Dessa forma, trabalhar pelo desenvolvimento de nossa autoestima é o melhor antídoto para evitarmos o acúmulo do lixo mental dos ressentimentos e mágoas.
Na origem de nossos males – por mais que insistamos em culpar os outros – , sempre está a própria criatura, herdeira de si mesma.
Bibliografia:
Joanna de Ângelis, em “Autodescobrimento – Uma busca Interior”.
__”O Ser Consciente”
__”Amor, Imbatível Amor”
__”Elucidações Psicológicas à Luz do Espiritismo”
__” Episódios Diários”
Hammed, em “As Dores da Alma”.

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