NÃO DEVEMOS VIVER SEM A RAZÃO A NOS GUIAR

VIVER RAZÃO VERA JACUBOWSKI

Razão a nos guiar

Não devemos viver sem a razão a nos guiar, mas devemos sempre colocar o sentimento mais puro que tenhamos para dulcifica-la.
Vera Jacubowski

ESPECIAL PARA MIM

Sofrimento


   Mesmo diante de toda tecnologia e evolução, o homem ainda se depara com o sofrimento lhe angustiando, buscando de todas as formas dele se livrar. Vemos, hoje que os sofrimentos causados por várias doenças já estão sob controle, mas existem tantos outros que o homem se perde na fuga, dessa praga, ou como alguns dizem desse castigo de Deus.
Geralmente, associamos sofrimento a dor. Mas se pensarmos que a dor nada mais é do que a consequência de alterações de nossa energia entenderemos que a causa maior da dor é de nossa responsabilidade. Toda energia impura, se torna energia deteriorada comprometendo e sendo insuficiente para manter as atividades de nosso organismo (espiritual e físico), causando desgastes e os desequilíbrios.
A maioria de nosso sofrimento provém da desordem perispiritual que acaba somatizada na matéria (corpo material) através de doenças. Tratando a matéria (corpo físico; dor material) estamos na verdade atingindo apenas os efeitos. Consequentemente após um período diverso, pois para cada um é de uma forma, ela reaparece.
Ansiando a felicidade, a qual ele julga ser proveniente de aquisições materiais, o homem não enfrenta o sofrimento, mas a máscara com supostas necessidades e aquisições, não tratando a causa dor. A fuga o afastado mesmo apenas por breves intervalos.
Eis a razão do sofrimento da humanidade: recusar enfrentar as verdadeiras causas do mesmo. Onde a raiz dessa dor provém do egoísmo que gera o desequilíbrio, aprisionando o ser humano em si mesmo e adoecendo. Fomos criados para sermos livres, para vivermos o Amor, e em companhia do outro através das comunidades e sociedades. Quando nos isolamos, perdemos contato com a energia que provem da ligação e de Tudo e de Todos.
O sofrimento, portanto não é castigo de Deus, mas opção do homem que se afasta de si (seu eu Crístico), do outro (Jesus) e de Deus (Amor).
Somos induzidos a acreditar que nossas necessidades são materiais, e acumulamos bens, nos tranquilizando na falsa segurança do TER. Não buscamos um local agradável e decente para podermos morar, queremos luxo e ostentação, e assim, continuamos na busca do querer sempre mais e mais.
Infelizmente somos imediatistas e vivemos num frenesi, nos esquecendo da necessidade de termos mais Caridade, Paciência, Amor, Humildade e Perseverança. As qualidades do SER, que nos trarão a segurança do equilíbrio e o amadurecimento espiritual. Se vivêssemos assim todos vivenciaríamos momentos não mais de sofrimento, mas de construção de um ser espiritual mais completo e um mundo mais fraterno.
O sofrimento pode ainda ser causado por débitos adquiridos anteriormente (vidas passadas) e que se apresentam hoje (expiações, carmas, etc.), mas mesmo nesta situação ele não é um castigo.
Deve-se entende-lo, e estuda-lo com base em suas causas, ser aceito com resignação, nos proporcionando a oportunidade para sermos melhores.
Na procura de suas causas nos deparamos com espanto, que esse sofrimento foi plasmado por nós, através de nossos sentimentos de culpa, falta de Auto amor, Auto perdão.
Por isso não basta somente o arrependimento e muito menos o sentimento de culpa. A Lei Divina nos ensina que o erro precisa ser reparado, mas não menciona em momento algum, que precisa ser pela dor.
Lembremo-nos do que diz Paulo no Novo Testamento: o amor cobre a multidão de pecados. Reflitamos: há sempre a oportunidade de reparar todos os nossos erros através do Amor. Se escolhemos o sofrimento, a dor, é por nossa ignorância, nosso orgulho em aceitar as mudanças que se fazem necessárias em nosso interior para vivermos plenamente esse AMOR.
Muitos ainda usarão como desculpa o fato de estarmos vivendo no Orbe terrestre que é considerado mundo de provas e expiações, portanto vivencia da dor e do sofrimento. Se me permitem, eu discordo, pois não está explicito que viver uma prova ou expiação precise ser pelo sofrimento. Como já vimos há a possibilidade de vencê-los com Amor e resignação, tornando o nosso jugo muito mais leve, como ensina-nos Jesus. E além do mais essas provas e expiações são em sua maioria nossas escolhas quando do plano reencarnatório.
O nosso Deus que é Bondade e Misericórdia não nos quer sofrendo, mas vivendo o AMOR.
   Fomos criados para o Amor, a Saúde e a Felicidade, mesmo em um mundo de provas e expiações, só dependendo de nós fazer o que nos cabe.
Deixo-os com esse tema para reflexão na semana e os envolvo em muita alegria para contagiar o coração a fim de que possam caminhar rumo ao Amor e a Felicidade Plena.
Médium Lúcia (Cavile).
Irmão Matheus (Colônia Espiritual Maria de Nazaré).

CORAÇÃO EM PAZ

Ciladas


Na trajetória humana em favor do desenvolvimento moral e intelectual, o Espírito, não poucas vezes, defronta armadilhas bem urdidas, nas quais tomba, de maneira irreversível, comprometendo-se por largo período…
Constituem testes à resistência moral de todo jornadeio que se aprimora através das experiências da evolução.
Ninguém, que desempenhe funções ou papéis relevantes, que não seja surpreendido por esses mecanismos perigosos que lhe põem à prova a capacidade mental e as resistências morais.
Sutis, algumas vezes, apresentam-se como dourados atrativos que seduzem e terminam por envilecer o caráter de quem lhes aquiesce ao convite.
Noutras ocasiões, surgem de inopino, ameaçadoras e voluptuosas, surpreendendo e obrigando as vítimas a capitular, inermes, interrompendo o ritmo do ideal, da conduta, do trabalho a que se afervoram.
Algumas anunciam favores e glórias fascinantes que atingem a sensibilidade emocional, levando a paixões de afetividade doentia…
Inúmeras outras assumem o odioso aspecto da animosidade e da perseguição inclemente e gratuita, que termina por desestruturar aquele que lhe padece o cerco.
Normalmente, fazem-se insinuantes e agradáveis, sem aparente malícia nem mácula, culminando pelo envolvimento daquele que se permite fascinar pelo engodo de que se revestem.
Semelhante ao que ocorre com os insetos colhidos nas malhas brilhantes da teia de aranha que os espreita, a fim de devorá-los depois, logra êxito em razão dos fios viscosos e de aparência inocente que retêm as presas incautas, impossibilitadas de qualquer forma de libertação.
Existem s ciladas licenciosas, vulgares, insensatas, em que muitos corações gentis e dóceis se enleiam, comprazendo-se, irresponsavelmente, no comportamento divertido que se torna chulo e perturbador.
Diversas outras são refinadas e trabalham a presunção do indivíduo invigilante, afastando-o do convívio social saudável que parece asfixiá-lo, isolando-o na alienação da falsa autossuficiência.
As ciladas constituem recursos perturbadores durante a experiência humana que têm a finalidade de proporcionar a aquisição de resistências espirituais e de valores pessoais ao indivíduo, mediante os quais o Espírito se enriquece de sabedoria.
Todos os seres humanos, de uma ou de outra maneira, experimentam-nas durante a vilegiatura terrestre.
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Há, porém, outro gênero de ciladas perversas que merecem atenção redobrada. Trata-se daquelas que são programadas no mundo espiritual inferior, nas quais se comprazem os Espíritos invejosos, atrasados, primários e os malvados que se transformam em obsessores, verdadeiros verdugos das demais criaturas humanas, individualmente, assim como da sociedade terrestre como um todo…
Odiando o progresso moral, do qual se alijaram por vontade própria, elegendo o sofrimento decorrente da ignorância em relação à Verdade como diretriz de segurança pessoal, esses Espíritos infelizes transformam-se em inimigos do Bem, que pensam impedir de expressar-se, assim como da felicidade do próximo que invejam.
Quando alguém se alça acima da craveira comum e chama a atenção pelos valores éticos, culturais, políticos, religiosos ou de qualquer outra natureza, investem, furibundos, contra, gerando situações embaraçosas, complicando-lhes os relacionamentos e comprazendo-se em afligi-los…
São hábeis nas técnicas de inspiração doentia, trabalhando as reflexões mentais daqueles a quem antipatizam com vibrações perniciosas e extravagantes que desajustam as suas vítimas.
Noutras ocasiões, trata-de de inimigos de existências passadas, que mantêm ressentimento em forma de rancor e desejo incontrolável de vingança na sua morbidez dominadora.
Insinuam ideias de enfermidades simulacros, transmitem sensações doentias, envolvem em ondas mentais depressivas, suspeitosas ou de violência, em contínuas tentativas de alienar aqueles que lhes caem nas ciladas mentais.
Ociosos e insensíveis à compaixão ou à fraternidade, persistem com virulência nos seus propósitos infelizes, tornando-se inflexíveis na razão direta em que encontram resistência naqueles que pretendem azorragar.
Atiram pessoas irresponsáveis e igualmente ignorantes contra quem se esforça por superar as inclinações inferiores, tornando-se patrulheiros inconsequentes dos seus atos, em razão de não desejarem sintonia com as suas mazelas.
Estimulam a sensualidade e provocam paixões tórridas de consequências desastrosas, desrespeitam os sagrados vínculos do matrimônio, da fidelidade, da consideração que todos se devem reciprocamente.
Acompanham aqueles que estão sob a sua alça de mira na condição de vigias impiedosos, sempre aguardando qualquer brecha mental, emocional ou moral, a fim de iniciarem as vinculações obsessivas, mediante as quais pensam em destruí-los.
No que diz respeito aos trabalhadores do Evangelho de Jesus através da revelação espírita, iracundos e violentos tudo investem, na sua sanha alucinada, para impedir-lhes o cumprimento dos nobres deveres abraçados.
Certamente, ninguém se encontra sem a proteção do Senhor da Vinha através dos Seus emissários e dos Seus próprios benfeitores que Lhe executam a vontade.
Nada obstante, as ciladas que padecem os trabalhadores do Bem, fazem parte do esquema para a aprendizagem superior a respeito da realidade imortalista na qual todos nos encontramos mergulhados.
Essas experiências também ensinam como se deve comportar o obreiro de Jesus diante dos famigerados enfermos da alma, que se demoram na erraticidade necessitados de compaixão e de socorro.
Constituem treinamento para o futuro, quando convocado às tarefas de misericórdia em regiões dolorosas onde os mesmos se homiziam.
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Nunca desanimes, quando te sentires assediado por esses vândalos do mundo espiritual inferior.
Quanto mais responsabilidades tenhas, maior será o cerco em volta dos teus passos.
Porque és fiel ao objetivo que persegues, mais violentas serão as técnicas usadas nas ciladas que preparam.
Dulcifica-te e não reajas ao mal.
Age com bondade e sê fiel em qualquer circunstância do ideal ao qual te afervoras.
Nunca revides, mesmo quando agredido, desperdiçando valiosa quota de energia com o que realmente não tem significado real, exceto aquele que lhe atribuis.
Ora e confia, alegrando-te quando sob chuva de calhaus e sorrindo quando jornadeando sobre cardos, deixando pegadas de dor e de júbilo pelo caminho, a fim de que demonstres que segues Aquele que, aparentemente morreu vencido em uma cruz de vergonha, e que, após essa máxima cilada dos maus, retornou Triunfante conforme prometera.
Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Joanna de Angelis. Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 31 de março de 2010, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, BA.

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