NOVAS REVELAÇÕES SOBRE JOANNA DE ÂNGELIS

NOVAS REVELAÇÕES SOBRE JOANNA DE ÂNGELIS

Um exemplo de mulher na evolução dos tempos

Uma das mulheres vem mantendo, de forma comovedora, sua fidelidade ao Cristo há mais de 2000 anos, desde o início da Era Cristã,quando ela, na personalidade de Joana, esposa de Cusa, intendente de Ântipas, acompanhava as pregações do Mestre às margens do lago de Cafarnaum.Ela possuía a verdadeira fé, mas vivia atormentada com as amarguras domésticas, porque o seu companheiro de lutas não aceitava as claridades do Evangelho, o esposo não tolerava a doutrina do Mestre.Atendida fraternalmente por Jesus, é aconselhada a “amá-lo ainda mais”, recomendando-lhe permanecer sempre fiel. No ano de 68, “quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas”, Joana de Cusa é submetida ao poste do martírio e, quando desafiada pelos verdugos a abjurar a sua fé, que lhe diziam: – O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer? Ela, reunindo todas as suas forças, responde:- Não apenas a morrer, mas também a vos amar!…É neste momento decisivo que ela escuta a voz carinhosa e inesquecível:- Joanna, têm bom ânimo!…Eu aqui estou…
Mais de 1500 anos depois vamos encontrá-la reencarnada no México, em San Miguel Nepantla.Que perfil nos interessa nessa encarnação dessa fidelíssima servidora do Cristo? Um escritor, poeta e crítico mexicano, Octavio Paz, escreveu um livro de 709 páginas para fazer uma espécie de ressurreição da vida e do mundo de Juana de Asbaje Y Ramírez de Santillana, nascida em 12 de novembro de 1651. Foi uma mulher inteligente, que desde menina pedia à mãe para vesti-la de homem para ela poder ir a Universidade. Era a necessidade do saber, do conhecimento, certamente preparando-se para as tarefas do futuro.É nesse estágio reencarnatório que aprende, sozinha, o idioma português.
Aos 16 anos entra para a Ordem das Carmelitas Descalças, mas não suporta a vida ascética. Aos 18 anos, então,tomou o véu de noviça no Convento de São Jerônimo, e adota o nome de Sóror Inês de la Cruz. Tinha enorme biblioteca- era conhecida como a monja da biblioteca. Juana nasceu numa época de grande restrição à mulher. Teve vários perseguidores, que não aceitavam a sua excepcionalidade: a de seu sexo e de sua superioridade intelectual.Um deles foi o Arcebispo da Cidade do México, Aguiar y Seijas, cuja misoginia o levava a propagar que caso uma mulher entrasse em sua casa, mandaria trocar o piso.
O que marcou a reencarnação de Sóror Juana Inês de la Cruz foi sua constante preocupação pela situação da mulher, especialmente a mexicana, a qual era totalmente marginalizada, levando-a promover um movimento, tornando-se, então, a primeira feminista das Américas. Foi poeta e musicista. Houve um instante de inquietação em sua vida , quando interrogou:onde está a felicidade? Orando, e fazendo profunda reflexão, lembrou, talvez, que deveria proceder como o moço rico da parábola evangélica. Precisava dar tudo o que tinha e dedicar-se aos pobres, à caridade. E é o que faz a partir daí. Em abril de 1695, grave epidemia varreu o México, ceifando inúmeras vidas, entre elas a de Sóror Juana Inês de la Cruz, aos 44 anos de idade, em 17.04.1695.
Sessenta e seis anos depois renasceria no Brasil, em 11.12.1761, e seria a personalidade Sóror Joana Angélica de Jesus. Seus registros terrestres não explicam a sua renúncia ao mundo e a opção pela clausura de um mosteiro da ordem contemplativa. Só os registros das vidas passadas, desde 68 d.C., COMO Joana de Cusa, passando pela religiosa Juana Inés de la Cruz, podem explicar essa opção, pois aos 21 anos ingressou no Convento da Lapa, em Salvador, BA., fazendo profissão de irmã das religiosas reformadas de Nossa Senhora da Conceição da Lapa e, por incontáveis méritos,chegou a Abadessa em 1815. Em 20.02.1822 ela desencarna, trespassada por uma baioneta, enfrentando às portas do Convento, os soldados do Brigadeiro Madeira, nomeado por Portugal para pôr fim ao movimento de independência. Seria a Heroína da Independência do Brasil.
No mundo espiritual, 40 anos após a sua desencarnação no Brasil, ei-la na França, ao lado de Allan Kardec, colaborando com a Codificação Espírita. Imaginamos o número incalculável de Espíritos que se ofereceram para colaborar com o advento da Terceira Revelação! E ela foi um dos escolhidos. Em abril de 1864, ao lançar em Paris a terceira obra da Codificação Espírita, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec insere duas mensagens desse Espírito, que se assina Um Espírito Amigo: um texto sobre A Paciência , no capítulo IX, item 7 e outro capítulo XVIII, item 15,Instrução dos Espíritos, intitulado Dar-se-á Àquele que Tem, ambos ditados em 1862 nas cidades francesas de Havre e Bordéus, respectivamente.
Continuando a sua trajetória iluminativa, em 1948 ela revela-se ao médium Divaldo Franco, assinando suas primeiras comunicações como Um Espírito Amigo e, mais tarde, em 1956, solicitada pelo médium a identificar-se, pede que seja chamada de Joanna de Angelis, passando a desenvolver a sua grandiosa tarefa, conhecidíssima em todo o Brasil e no Exterior, agora verdadeira Heroína da Independência do Homem, para liberta-lo do materialismo.
Há, dentro de suas existências na Terra, um ponto que gostaria de realçar. Quando em 1970 Divaldo Franco visitou o Monastério de Santa Clara, em Assis, na Itália, o Espírito Joanna de Angelis,diante do corpo em conservação de Clara de Assis, desvela um outro ângulo de suas existências. Esse momento, em nosso entendimento, revela sua reencarnação como Clara de Assis, no século XII, na cidade de Assis , na Itália.
Relatam seus biógrafos que durante a gestação, sua mãe tinha medo, era o primeiro filho. Um dia correu à igreja . Lá ouviu uma voz: “não tenhas medo, com felicidade serás mãe de uma menina, e esta filha há de aclarar o mundo com o seu esplendor”. Finalmente, no dia 16.07.1194, o castelo dos Condes de Favarone e Hortolona comemora o grande momento:o nascimento de sua primogênita. A mãe insistiu em chamar-lhe de Clara, pois em seus ouvidos soava a promessa: ela há de aclarar o mundo inteiro com o seu espelendor…
No ano de 1211, com 17 anos, ouviu um jovem de 29 anos pregar a Quaresma na Catedral de Assis e ficou arrebatada, não apenas com a eloqüência da palavra , mas com o gesto da vida daquele jovem. O jovem era Francisco de Assis(26.09.1182 – 04.10.1226), que desde o ano de 1206 havia criado um grande impacto em sua cidade natal. Jovem rico, filho do grande comerciante Pedro Bernadone que, de repente, após retornar da guerra, no sul da Itália, passara a pregar o desapego às coisas materiais e o amor à mais absoluta pobreza.
Em 18.03.1212, Clara toma uma decisão: abandonar a família e seguir Francisco, o que consegue. Mais tarde ela se tornaria a primeira mulher franciscana e, com ela, nasceria a Segunda Ordem Franciscana, a das mulheres. Em 15.08.1253, ela desencarna aos 59 anos, após uma vida de prodígios e dedicação aos pobres.
Identificamos dias interessantes e significativas conexões reencarnatórias entre Clara de Assis e Joanna Angélica de Jesus: Em 1241, a Itália é invadida por Frederico II, com bandos armados à busca de riqueza e aventuras e chegaram à cidade de Assis. Clara enfrenta a soldadesca com a imagem do Santíssimo Sacramento na mão, na porta do Mosteiro, defendendo as irmãs de ideal e a cidade; em 20.02.1822(581 anos depois) ela enfrentaria,às portas de outro Mosteiro, o da Lapa, em Salvador, os soldados do brigadeiro Madeira, comandante das tropas portuguesas.
As tradições relatam comovedor momento, narrado por Divaldo Franco em suas palestras, envolvendo essas duas elevadas almas, a de Clara e a de Francisco: numa tarde de inverno, ambos voltavam de Espoleto para Assis. A neve cobria o caminho, vestia as oliveiras…É quando Francisco declara: – Irmã devemos nos separar aqui. – E quando tornaremos a nos encontrar, irmão? Pergunta Clara. – Quando a primavera chegar com suas flores, responde Francisco. E separaram-se. Francisco faz um sinal da cruz e desaparece como que diluído na neblina. Clara ajoelha-se na brancura do caminho, enquanto, em Assis, os sinos repicavam. E de repente… Uma carícia primaveril a envolveu. Abriu os olhos. A neve sumira. Por toda parte rosas. Rosas à beira dos caminhos. Rosas nas oliveiras e ciprestes. Rosas na amplidão. Por toda parte rosas. Colheu-as às braçadas e correu ao encalço de Francisco, gritando: – Irmão, irmão,a primavera voltou. Não nos separemos mais…
A união entre Joanna de Ângelis e Jesus; dela com Francisco de Assis ecom o médium Divaldo Franco, em séculos de vínculos fraternais e de labor em benefício da humanidade , é o exemplo máximo, a excelência da harmonia íntima, da mensagem da eterna amorosidade.Certamente que, para lograrmos esse estado de harmonia que os atingiu, é preciso que semeemos rosas sem espinhos à beira dos caminhos,dos nossos caminhos redentores e com todos aqueles com quem nos encontrarmos e então, também nós, um dia, quando conseguirmos construir a primavera definitiva, na história de nossas vidas, nunca mais nos separemos de Deus e de suas Leis.
Adilton Pugliese
( Artigo retirado da Revista Presença Espírita de números 238- set/out de 2003 e 239 – nov/dez de 2003 )

Ciência de bem viver

Tranquilamente, confiante, avança, passo a passo, pelo caminho da evolução. Não busques, nem fujas dos fenômenos da existência física.
Intenta ser o controlador dos teus impulsos e sentimentos, de maneira que o insucesso não te infelicite nem o êxito te exalte.
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Na paz interior descobrirás a libertação das dores, porque lograrás vencer as paixões.
Utilizando-te de uma consciência equânime, aceita as ocorrências positivas e negativas com a mesma naturalidade, sem sofreguidão nem indiferença.
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Mantém-te interiormente livre em qualquer circunstância, adquirindo a ciência verdadeira do viver.
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A ilusão fascina, mas se desvanece.
A posse agrada, porém se transfere de mãos.
O poder apaixona, entretanto, transita de pessoa.
O prazer alegra, todavia é efêmero.
A glória terrestre exalta e desaparece.
O triunfador de hoje, passa, mais tarde, vencido…
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A dor aflige, mas passa.
A carência aturde, porém um dia se preenche.
A debilidade orgânica deprime, todavia, liberta da paixão.
O silêncio que entristece, leva à meditação que felicita.
A submissão aflige, entretanto engrandece e enrija o caráter.
O fracasso espezinha, ao mesmo tempo ensina o homem a conquistar-se.
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Todas as situações no mundo sensorial passam, mudam de posição e de forma.
A essência da realidade, porém, permanece sempre a mesma.
Nada é definitivo na aparência.
Apena
s o que tem valor intrínseco é duradouro.
Quem, espontaneamente, se abstém dos sentidos e das exterioridades, sem mágoa nem frustração, encontrou a ciência de bem viver.
FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Meditação. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 6.

Critério de Julgamento

Há uma tendência muito grande para o indivíduo supervalorizar ou desconsiderar as tarefas que executa.
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Por processo de auto-afirmação, um grande número de criaturas se crê a razão pela qual o Sol se movimenta nos espaços, superestimando-se, em prosaico processo de engrandecimento pessoal.
Não se dão conta de que todos possuem critérios de avaliação e de julgamento, derrapando no ridículo que poderiam evitar.
Tornam-se, assim, desagradáveis no trato e na convivência, evitados por uns e antipatizados por outros.
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Da mesma forma, encontramos larga faixa de pessoas que se subestimam e não concedem o valor que merecem às suas realizações.
Crêem-se incapazes para qualquer atividade e supõem-se dispensáveis em toda parte.
Pessimistas, por índole, fazem-se desestimulantes e arredios, caindo em frustrações desnecessárias.
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Dá o valor real aos teus atos.
Se poderias fazer melhor o que te parece imperfeito, logra-o da próxima vez.
Se consideras insignificante o teu feito, menor seria sem ele.
Se outros realizam com mais eficiência qualquer coisa, exercita-te e chegarás à mesma posição dele.
Todas as ações positivas são importantes no contexto geral da vida.
Até mesmo o erro tem o sentido de ensinar como se não deve fazer o que ora resulta prejudicial.
Esforça-te um pouco mais, quando estiveres produzindo algo, e, mediante o teu critério de julgamento, valoriza sem excesso nem depreciamento o que faças, pensando na finalidade para que se destina.
FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 27.

Adversidades e Insucessos

Todos nos encontramos sujeitos ao que se convencionou chamar adversidade.
Uma tragédia, uma ocorrência marcante pela dor que produz, um acontecimento nefasto, a perda de uma pessoa querida, constituem infortúnios que maceram.
Prejuízos financeiros, danos morais, enfermidades catalogadas como irreversíveis, são adversidades desastrosas em muitas existências.
No entanto, se fosse encarada a vida sob o ponto de vista espiritual, o homem compreenderia a razão de tais insucessos e não se entregaria a desastres mais graves, quais a loucura e o suicídio, a fuga pelo álcool ou pelos tóxicos…
A existência física não transcorre qual nau sem rumo em mar encapelado.
Os atos anteriores e a conduta atual são-lhe mapa e rota para chegar ao destino pelo qual o indivíduo opta.
Realmente desastrosos são os males que se praticam em relação ao próximo, pois que eles irão fomentar as adversidades de amanhã, que são os inadiáveis resgates do infrator.
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Trabalha para te impedires infortúnios, especialmente os atuais, que defluem da insensatez, da malversação de valores, da malquerença. Entretanto, se fores colhido por insucesso de qualquer natureza ou algum sinistro, assume um comportamento de equilíbrio e enfrenta-os com serenidade.
Tudo passa, às vezes, mais rápido do que se espera.
Contorna os danos causados e, se estiveres ferido no sentimento, confia no tempo, que te pensará a chaga, ajudando-te a sair do embate mais forte e com visão mais clara a respeito da vida.
Em qualquer circunstância, projeta-te mentalmente na direção do amanhã, vendo-te feliz como gostarás de estar.
Com essa imagem positiva avança, superando o primeiro momento inditoso e o próximo, passo a passo, e te surpreenderás vitorioso, no alvo almejado.
FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 34.

Serenidade Sempre


Todo homem sábio é sereno.
A serenidade é conquista que se consegue a esforço pessoal e passo a passo.
Pequenos desafios que são superados; irritação que se faz controlada; desajustes emocionais corrigidos; vontade bem direcionada; ambição freada, são experiências para a aquisição da serenidade.
Um Espírito sereno, já se encontrou consigo próprio, sabendo o que, exatamente, deseja da vida.
A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os circunstantes.
Inspira confiança, acalma e propõe afeição.
O homem sereno já venceu grande parte da luta.
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Que nenhuma agressão exterior te perturbe, levando-te à irritação, ao desequilíbrio.
Mantém-te sereno em todas as realizações.
A tua paz é moeda arduamente conquistada, que não deves atirar fora por motivos irrelevantes.
Os tesouros reais, de alto valor, são aqueles de ordem íntima, que ninguém toma, jamais se perdem e sempre seguem com a pessoa.
Tua serenidade, tua gema preciosa.
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Diante de quem te enganou, traindo a tua confiança, o teu ideal, ou envolvendo-te em malquerença, mantém-te sereno.
O enganador é quem deve estar inquieto, e não a sua vítima.
Nunca te permitas demonstrar que foste atingido pelo petardo da maldade alheia.
No teu círculo familiar ou social sempre defrontarás com pessoas perturbadas, confusas e agressivas.
Não te desgastes com elas, competindo nas faixas de desequilíbrio em que se fixam.
Constituem teste à tua paciência e serenidade.
Assim, exercita-te com essas situações para, mais seguro, enfrentares os grandes testemunhos e provações do processo evolutivo. Sempre, porém, com serenidade.
FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 36.

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