o perdão te faz livre chico xavier

O PERDÃO NÃO FAZ A OUTRA PESSOA CORRETA ELE TE FAZ LIVRE – CHICO XAVIER

O PERDÃO NÃO FAZ A OUTRA PESSOA CORRETA ELE TE FAZ LIVRE

– CHICO XAVIER

 

O Perdão Justo

Em certa cidade europeia, um homem ignorante, considerado malfeitor, foi condenado à morte na forca.
O juiz fora severo no julgamento.
Afirmava que o infeliz era grande criminoso e que só a pena última podia solucionar-lhe a situação.
Alguns dias antes do enforcamento, o magistrado veio ao cárcere, em companhia de um filho, jovem alegre e de bom coração que, em se aproximando de velho soldado, pôs-se a examinar-lhe a arma de fogo.
Sem que o rapaz pudesse refletir no perigo do objeto que revirava nas mãos, um tiro escapou, rápido, e, com espanto de todos, a bala, em disparada, alojou-se num dos braços do condenado a morte, que observava a cena, tranquilamente, da grade.
Banhado em sangue, foi socorrido pelo juiz e pelos circunstantes e, porque a palavra do magistrado fosse dura e cruel para o filho irrefletido, o prisioneiro lembrou os ensinamentos de Jesus, ajoelhou-se aos pés do visitante ilustre e suplicou-lhe desculpas para o moço em lágrimas, afirmando que o jovem não tivera a mínima intenção de magoá-lo.
O juiz notou a profunda sinceridade da rogativa e, em silêncio, passou a reparar que o condenado era portador de nobre coração e de inexprimível bondade.
No dia imediato, promoveu medidas para a revisão do processo que lhe dizia respeito e, em pouco tempo, a pena de morte era comutada para somente alguns meses de prisão.
Perdoando ao rapaz que o ferira, o prisioneiro encontrou o perdão justo para as suas faltas, conseguindo, desse modo, recomeçar a vida, em bases mais sólidas de paz, confiança, trabalho e alegria.
XAVIER, Francisco Cândido. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.

Penhor de Fé

Não te surpreendam as dificuldades nem as incompreensões na esfera da. ação em que te encontras a serviço da Era Melhor do Espírito Imortal. Todo empreendimento que visa a modificação de estrutura ultramontana do erro experimenta a reação contrária da própria fôrça em atuação.
Apontas ásperas lutas e duras provas, referes-te a desencantos e dubiedades, arrolas desassossego e evasão, abisma-te em desaire e amargura como se desejasses um jardim florido para aspirar aroma e não uma gleba a transformar-se em seara de bênçãos, toda por inteira.
Considera, porém, que a lâmina que produz desgasta-se, a pedra que atrita destrói-se, o lume que clareia consome o combustível de sustentação, o corpo que se desenvolve e cresce para a glória do espírito caminha para o sepulcro…
Tudo são permutas incessantes.
Átomo a átomo agrega-se à molécula.
Célula a célula compõe-se o órgão.
Partícula a partícula forma-se o vegetal.
Vibração a vibração aglutinam-se as forças do Universo.
O sol que nos sustenta aniquila-se paulatinamente ao converter massa em energia para o equilíbrio e manutenção dos astros que gravitam na sua órbita… Assim, também, ocorre no campo das aspirações morais.
A excelência dos nossos ideais se revela no testemunho que deles oferecemos.
Começamos e recomeçamos tarefas de sublimação até atingirmos o ápice da libertação, resgatando todos os débitos.
Por essa forma, cada qual respira no clima elaborado pelo pensamento e cultivado pela vontade.
Ante o que fazer, não te aquietes no já feito.
Fase ao produzir em nome do amanhã, evita a paisagem do passado.
Projetando o bem esquece o mal, que em última análise é apenas o bem ausente.
Não desfaleças, não retrocedas, porque as tuas aspirações sofrem a baba da injúria e as tuas expressões são entendidas como acicates que no entanto não esparzes.
Reverenciando Jesus, a Quem procuras atender e cujo amor te incendeia a alma em pleno despertar, agradece todo empeço e azedume que te apareçam, perdoando sempre, porquanto, testemunhando a legitimidade dos teus propósitos, o perdão que ofertes é oportunidade para ti mesmo, como perdão de Nosso Pai na direção dos teus desejos.
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“Tende fé em Deus!” Marcos: capítulo 11º, versículo 22.
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“A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus”. Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo 19º – Item 4.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 53.

Perdoar

Sim, deves perdoar! Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa, quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, e, se o fez com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor.
Ele deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão.
Ante a tua aflição, talvez ele sorria. A insanidade se apresenta em face múltipla e uma delas é a impiedade, outra o sarcasmo, podendo revestir-se de aspectos muito diversos.
Se ele agiu, cruciado pela ira, assacando as armas da calúnia e da agressão, foi vitimado por cilada infeliz da qual poderá sair desequilibrado ou comprometido organicamente. Possivelmente, não irá perceber esse problema, senão mais tarde.
Quando te ofendeu deliberadamente, conduzindo o teu nome e o teu caráter ao descrédito, em verdade se desacreditou ele mesmo.
Continuas o que és e não o que ele disse a teu respeito.
Conquanto justifique manter a animosidade contra tua pessoa, evitando a reaproximação, alimenta miasmas que lhe fazem mal e se abebera da alienação com indisfarçável presunção.
Perdoa, portanto, seja o que for e a quem for.
O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental.
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Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente, sem parcimônia.
O perdoado é alguém em débito; o que perdoou é espirito em lucro.
Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem.
Todo agressor sofre em si mesmo. E um espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para o ajudar.
Há tanto tempo não experimentavas aflição ou problema – graças à fé clara e nobre que esflora em tua alma – que te desacostumaste ao convívio do sofrimento. Por isso, estás considerando em demasia o petardo com que te atingiram, valorizando a ferida que podes de imediato cicatrizar.
Pelo que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o teu ofensor.
O que te é Inusitado, nele é habitual.
Se não te permitires a ira ou a rebeldia – perdoarás!
*
A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos e urze que carrega, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as lacerações.
O regato singelo, que tem o curso impedido por calhaus e os não pode afastar, contorna-os ou para, a fim de ultrapassá-los e seguir adiante.
A natureza violentada pela tormenta responde ao ultraje reverdecendo tudo e logo multiplicando flores e grãos.
E o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar, parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim.
Que é o “Consolador”, que hoje nos conforta e esclarece, conduzindo uma plêiade de Embaixadores dos Céus para a Terra, em missão de misericórdia e amor, senão o perdão de Deus aos nossos erros, por intercessão de Jesus?!
Perdoa, sim, e intercede ao Senhor por aquele que te ofende, olvidando todo o mal que ele supõe ter-te feito ou que supões que ele te fez, e, se o conseguires, ama-o, assim mesmo como ele é.
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“Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes”. Mateus: 18-22.
“A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacifico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas”. O Evangelho Segundo O Espiritismo, Cap. X – Item 4.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

Lições de Amor e Perdão

O mundo conheceu o drama da mulher nigeriana que, por ter concebido fora do casamento, foi condenada a morrer apedrejada.
Sua história comoveu o Mundo, mas poucos a sabem em detalhes.
Poucos sabem que ela, aos 13 anos foi dada em casamento, pelos pais, a um homem de mais de 50 anos.
Após ela ter quatro filhos, foi repudiada por esse marido, com a alegação de que não cuidara de forma eficiente das crianças, permitindo que duas viessem a morrer.
Diga-se, de catapora, em uma região desolada, na savana nigeriana, com total falta de recursos.
Quando o médico chegou, era tarde demais.
Depois disso, ela se casou mais três vezes, tendo ao todo sete filhos.
Conforme a Lei Islâmica, foi repudiada por mais duas vezes e, do último marido, ela mesma pediu o divórcio.
Um primo distante, pertencente à família de seu pai a começou cortejar.
Toda vez que ela saía, ele a encontrava. Falava-lhe coisas gentis, agradáveis, que a foram seduzindo.
Prometeu-lhe casamento. Ela acreditou ter encontrado a felicidade.
Quando engravidou, feliz, lhe deu a notícia. Ele a aconselhou a fazer um aborto clandestino, que ela não aceitou.
Quando a gravidez não podia mais ser ocultada, ela foi denunciada à Corte Islâmica.
Quem a denunciou? Não foram os vizinhos, amigos ou curiosos. Foi seu irmão. O irmão mais querido.
Aquele que ela, ainda menina, auxiliara a cuidar, levando amarrado às costas muitas vezes.
O drama vivido por essa mulher foi pungente. Humilhada várias vezes, ao ter sua sentença de morte decretada, seu maior pesar foi que sua filhinha, Adama, ficaria sem mãe.
Duas grandes lições essa mulher passou ao Mundo.
A primeira, é que o fruto da sua ligação com o homem que a abandonou, o motivo da sua sentença de morte, é intensamente amado por ela.
Em nenhum momento, ela deixou de olhar para a menina com olhos de muito amor.
Mesmo condenada à pena capital, continuou a amamentá-la, acarinhá-la, considerando-a um presente de Deus.
“Minha filha me dá forças, ela é o meu alento.” – dizia.
A outra grande lição é a do perdão incondicional. Quando foi decretada sua sentença, o irmão que a denunciara a foi visitar.
Sem esperar que ele falasse, ela se aproximou dele e o abraçou.
Ele estava arrependido do que fizera. Dera ouvidos a amigos, não pensara nas conseqüências finais.
Misturaram as lágrimas. Ele se ofereceu para auxiliar a pagar o advogado que faria a apelação perante a Corte Islâmica.
Safiya foi perdoada. Considerada inocente.
Graças ao esforço de seu advogado e da grande pressão internacional.
A sua história auxiliará, em seu país, a outras mulheres, com certeza.
As suas lições de amor, de perdão, contudo, se fazem exemplo para o Mundo inteiro.
Curiosidades
Safiya vive no mesmo lugarejo, ao norte da Nigéria. Ela tornou a se casar.
Um jornalista italiano transformou em livro a sua história. Parte dos proventos advindos da venda do livro são doados a um projeto de apoio e assistência às mulheres e crianças nigerianas.
Tudo realizado por uma ONG italiana, fundada em 1965. Ao todo, essa ONG trabalha em 36 países da África, América Latina, Ásia e nos Bálcãs, envolvendo quase 1.800 operadores.
A solidariedade não tem fronteiras.
Redação do Momento Espírita. Com base no livro Eu, Safiya de Raffaele Masto, ed. Verus. Em 02.01.2008.

O Perdão

O perdão, em qualquer tempo,
É sempre um traço de luz,
Conduzindo a nossa vida
À comunhão com Jesus.
XAVIER, Francisco Cândido. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.
Desculpar
Desculpe e você compreenderá.
Onde existe amor não há lugar para ressentimento.
Ao colocar-se na condição de quem erra, seja qual seja o problema, de imediato, você notará que a compaixão nos dissolve qualquer sombra de crítica.
A existência humana é uma coleção de testes em que a Divina Sabedoria nos observa, com vistas à nossa habilitação para a Vida Superior; quem hoje condena o próximo não sabe que talvez amanhã esteja enfrentando os mesmos problemas daqueles companheiros presentemente em dificuldade.
Nos esquemas da Eterna Justiça, o perdão é a luz que extingue as trevas.
Às vezes, aquilo que parece ofensa é o socorro oculto do Mundo Espiritual em seu benefício.
A misericórdia vai além do perdão, criando o esquecimento do mal.
Em muitas ocasiões a Divina Providência nos permite erro para que aprendamos a perdoar.
A indulgência é a fonte que lava os venenos da culpa.
Perdão é a fórmula da paz.
Aprendamos a tolerar, para que sejamos tolerados.
XAVIER, Francisco Cândido. Respostas da Vida. Pelo Espírito André Luiz. IDEAL. Capítulo 22.

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