OS SETE SINAIS DA TRANSIÇÃO PLANETÁRIA – JORGE ELARRAT

Ante as Crises do Mundo

Tema –
Comportamento individual perante as crises da sociedade humana.
As crises, as dificuldades, os desregramentos do mundo!…
De modo habitual, referimo-nos às provações terrestres, mormente nas épocas de transição, como se nos regozijássemos em ser folha inerte nas convulsões da torrente.
Em verdade, o mundo se encontra em renovação incessante, qual sucede a nós próprios, e, nas horas de transformações essenciais, é compreensível que a Terra pareça uma casa em reforma, temporariamente atormentada pela transposição de linhas e reajustamento de valores tradicionais.
Tudo em reexame, a fim de que se revalidem os recursos autênticos da civilização, escoimados da ganga dos falsos conceitos de progresso, dos quais a vida se despoja para seguir adiante, mais livre e mais simples, conquanto mais responsável e mais culta.
Natural que a existência em si mesma, nessas ocasiões, se nos afigure como sendo um painel torturado de paixões à solta.
Costumamos olvidar, porém, que o mundo é o mundo e nós somos nós. Entre o passageiro e o comboio que o transporta, há singulares e inconfundíveis diferenças. Se o veículo ameaça desastre, é possível que o viajante, dentro dele, se converta em ponto de calma, irradiando reequilíbrio.
Assim também, no Planeta. Somos todos capazes de fazer cessar em nós qualquer indução à indisciplina ou à desordem. Cada qual pode assumir as rédeas do comando íntimo e estabelecer com a própria consciência o encardo de calafetar com a bênção do serviço e da prece todas as brechas da alma, de modo a impedir a invasão da sombra no barco de nossos interesses espirituais, preservando-nos contra o mergulho no caos, tanto quanto auxiliando aqueles que renteiam conosco na viagem de evolução e de elevação.
Faze-te, pois, onde estiveres, um ponto assim de tranquilidade e socorro. O deserto é, por vezes, imenso; no entanto, bastam algumas fontes isoladas entre si para garantirem a jornada segura através dele. Na ausência do Sol, uma vela consegue acender milhares de outras, removendo o assédio da escuridão.
Que o mundo se encontra em conflitos dolorosos, à maneira de cadinho gigantesco em ebulição para depurar os valores humanos, é mais que razoável, é necessário. Entretanto, acima de tudo, importa considerar que devemos ser, não obstante as nossas imperfeições, um ponto de luz nas trevas, em que a inspiração do Senhor possa brilhar.
XAVIER, Francisco Cândido. Encontro Marcado. Pelo Espírito Emmanuel. FEB.

Tempo de Confiança

“E disse-lhes: Onde está a vossa fé?” – (LUCAS, capítulo 8, versículo 25.)
A tempestade estabelecera a perturbação no ânimo dos discípulos mais fortes. Desorientados, ante a fúria dos elementos, socorrem-se de Jesus, em altos brados.
Atende-os o Mestre, mas pergunta depois:
– Onde está a vossa fé?
O quadro sugere ponderações de vasto alcance. A interrogação de Jesus indica claramente a necessidade de manutenção da confiança, quando tudo parece obscuro e perdido. Em tais circunstâncias, surge a ocasião da fé, no tempo que lhe é próprio.
Se há ensejo para trabalho e descanso, plantio e colheita, revelar-se-á igualmente a confiança na hora adequada.
Ninguém exercitará otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. É difícil demonstrar-se amizade nos momentos felizes.
Aguardem os discípulos, naturalmente, oportunidades de luta maior, em que necessitarão aplicar mais extensa e intensivamente os ensinos do Senhor. Sem isso, seria impossível aferir valores.
Na atualidade dolorosa, inúmeros companheiros invocam a cooperação direta do Cristo. E o socorro vem sempre, porque é infinita a misericórdia celestial, mas, vencida a dificuldade, esperem a indagação:
– Onde está a vossa fé?
E outros obstáculos sobrevirão, até que o discípulo aprenda a dominar-se, a educar-se e a vencer, serenamente, com as lições recebidas.
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 40.

Liberdade de Escolha

– O pensamento divino concedeu-me liberdade de poder realizar todo bem que deseje.
– Ser feliz ou desventurado é-me opção voluntária.
– Sou escravo da lei, que me enseja progredir sem interrupção no tempo.
– O que eu sou ou o que serei, depende de mim.
– A inspiração superior nunca me falta, porém, sintonizar com ela será aspiração pessoal.
– Construindo as estruturas existenciais na mente, torná-las-ei realidade no percurso carnal.
*
És livre para imprimir na tua existência o padrão de felicidade ou de aflição com o qual desejes conviver.
A liberdade é lei da vida, que faz parte do concerto da harmonia universal.
Os imperativos inamovíveis e deterministas são vida e morte, no que diz respeito aos equipamentos orgânicos, mesmo assim, sob o fatalismo de incessantes transformações.
Submetido à ordem da ação, que desencadeia reações correspondentes, és o que de ti próprio faças, movimentando-te no rumo que eleges.
Há pessoas que preferem a queixa e a lamentação, armazenando o pessimismo em que se realizam. Negociam o carinho que pretendem receber com as altas quotas de padecimentos que criam psiquicamente.
Ao lado de outras, que chantageiam os afetos, mediante a adoção de sofrimentos irreais, estabelecem como metas a conquista de atenções e carícias que lhes são sempre insuficientes, não se dando conta que, dessa forma, farão secar a fonte generosa que as oferece.
Ninguém se sente bem ao lado de criaturas que elegem o infortúnio como falsa solução para os seus conflitos existenciais.
Essa coação emocional termina por produzir amizades falsas, situações constrangedoras, mais insegurança.
Podes e deves ser feliz. Esta é a tua liberdade de escolha.
Se te encontras atrelado ao carro das aflições, porfia construindo o bem e te libertarás.
A dificuldade de agora é o efeito da insensatez do passado.
A vida renova-se a cada momento.
Situações funestas alteram-se para melhor, à semelhança de paisagens ensombradas que rapidamente vestem-se de Sol.
Não dês trégua à desdita, à ociosidade, aos queixumes.
És senhor do teu destino, e ele tem para ti, como ponto de encontro, o infinito.
Quem se desvaloriza e se desmerece e se invalida, fica na retaguarda.
É necessário que te envolvas com o programa divino. Todo aquele que se não envolve positivamente, nunca se desenvolve.
Se preferires sofrer, terás liberdade para a experiência até o momento em que te transfiras para a opção do bem-estar.
Desse modo, não transformes incidentes de pequena monta, coisas e ocorrências corriqueiras, em tragédias.
Ninguém tem o destino do sofrimento. Ele é resultado da ação negativa, jamais a causa. Faze uma avaliação honesta da tua existência, sem consciência de culpa, sem pieguismo desculpista, sem coerção de qualquer natureza, e logo depois desperta para o que deves produzir de bom, de útil, de construtivo empenhando-te na realização da tua liberdade de ser feliz.
FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Saúde. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.
”Se Jesus coloca a caridade no primeiro plano das virtudes, é porque ela encerra, implicitamente, todas as outras: a humildade, a doçura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc.., é porque é a negação absoluta do orgulho e do egoismo…
( E.S.E Capítulo XV )

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